Fanfics Brasil - Arrependimentos Watermark Fight - 2

Fanfic: Watermark Fight - 2 | Tema: Enya, Sarah Brightman


Capítulo: Arrependimentos

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Jay fica radiante ao ouvir a novidade.


- Acordou? É uma notícia maravilhosa!


- Sim. Mas o efeito do sedativo passou e ela começou a sentir muita dor. Estou indo providenciar comida para ela, pois o analgésico que Sarah precisa tomar não pode ser ingerido em jejum.


- Ah sim, não vou incomodá-lo.


- Não incomoda de forma alguma, senhor Dominick. Avisarei quando puder vê-la.


- Agradeço imensamente, doutor!


Mark, então, vai até a cantina do hospital. Bocelli chega ao local e o conterrâneo vai dar a ele as boas novas:


- Andrea!


- Jayden! Parece animado...


- Ela acordou!


- Sarah acordou? Sério? – sorri o cantor, surpreso.


- Sim! Finalmente!


Enya e Bernd chegam e veem os dois conversando:


- Enya! Você é mesmo a salvadora da pátria! – exclama Dominick.


- Como? O que aconteceu? – pergunta a irlandesa.


- Sarah não está mais inconsciente. Ela despertou!


- Des... Despertou?


Eithne respira aliviada. Tirou um peso de culpa das costas, como Bernd disse que aconteceria.


- Eu lhe disse que ficaria tudo bem. – sorri Dopp para a namorada.


- Já podemos visitá-la? – indaga Andrea.


- O doutor disse que avisaria quando fosse possível visitá-la. – responde Jay.


Enquanto eles conversam na recepção, Mark volta com a refeição de sua paciente.


- Com certeza está com fome. Trouxe comida para você.


Sarah faz careta.


- E nada de fazer cara feia! – ri Mark - Eu sei que não é o que está acostumada a comer, mas não vai conseguir nada melhor enquanto estiver nessas condições.


Com ajuda da enfermeira, a britânica se alimenta.


- Muito bem, muito bem. Você consegue falar?


Brightman, apesar de estar ainda abalada e em choque, consegue falar.


- Co... Consigo. Ai!


- Está sentindo muita dor?


- Sim, muita! Quando... Quando poderei sair daqui?


- Não sei ainda. Precisa fazer alguns exames ainda e se recuperar. Temo que não poderá sair deste hospital tão cedo.


- Eu... Eu não posso ficar! Tenho shows para fazer, entrevistas para dar e...


- Nananinanão, mocinha! Tem noção de quão grave foi teu acidente? Poderia ter morrido! – exclama Mark.


- Eu... Não lembro de muita coisa. Só me lembro de gritar quando vi o poste na minha frente... – o desespero toma conta do olhar da britânica, que começa a chorar como uma criança. Uma mistura de dor e medo.


- Acalme-se, acalme-se. Você vai se recuperar. Ah, seus amigos estão aí fora.


- Amigos? Que amigos?


- Ah, o senhor Jayden, o senhor Andrea...


- Eles estão aí? – Brightman fica surpresa.


- Sim. E estão querendo vê-la.


- Ai, não queria que eles me vissem nesse... Nesse estado. Estou horrorosa!


- Acho que eles não se importarão com sua aparência, minha querida. Eles estão preocupados é com sua saúde. Pelas regras, só posso permitir a entrada de um por vez. Tudo bem?


- Ok. Pode chamá-los. Obrigada, doutor...


- Mark. Me chame de Mark.


O médico sorri e vai para a recepção.


- Sarah quer vê-los. O hospital permite que apenas uma pessoa por vez a visite. Podem ficar até no máximo uma hora cada um. Quem será o primeiro?


- Pode ir, Jay. Você está aqui há mais tempo.


- Obrigado, Andrea.


Dominick é guiado por Mark até o quarto em que a amiga está e se assusta ao vê-la envolta em inúmeros curativos. O médico e a enfermeira os deixam a sós.


- Sarah! Dio santo!


- Estou tão feia assim? Parece que viu um fantasma!


- Envolvida por tantas gazes, tá mais pra uma múmia!


- Aff! Grande amigo você, hein?


- Sou mesmo. Só voltei pro hotel uma vez, depois de muita insistência do doutor. Fiquei aqui praticamente o tempo todo. Pode perguntar para Mark.


- Hum... Vou perguntar mesmo.


- Mas e então, com muitas dores?


- Muitas! Você não... Imagina o quanto.


- Por tantos curativos, acho que posso ter uma ideia. Você... se lembra do que aconteceu?


- A última coisa que eu vi foi o poste. Só de lembrar daquilo...


- Calma, calma. Não pense nisso. Você está viva! É isso o que importa. – sorri Dominick.


O médico volta com o analgésico para a soprano.


- Vai demorar um pouco para fazer efeito, mas vai ajudá-la a ter menos dor.


Sarah toma o remédio com ajuda de Mark.


- Ai, doutor, mal posso me mover! Isso é horrível!


- Eu sei que é ruim. Hoje você deve fazer mais alguns exames. Mas já tenho boas notícias: você não sofreu lesão medular. Teve algumas fraturas nos braços e pernas, apesar disso, nada extremamente sério. Você estava com cinto de segurança, e isso salvou a sua vida, além da equipe de socorristas e uma outra pessoa.


- Outra pessoa?


Jayden olha para Mark que entende o recado.


- Sim. Mas não vem ao caso agora. Coloque o papo em dia. Daqui a pouco, chamarei o senhor Andrea para visitá-la.


 O ruivo se retira.


- Ah, a imprensa anda falando de mim?


- Falando até demais! Falaram do escândalo no Grammy, do acidente...


- É como diz aquele ditado: falem bem, falem mal, mas falem de mim! – ri a soprano timidamente.


- Muito bom ver esse sorriso no teu rosto. – diz Jay, sorrindo.


Enquanto os dois conversam, sentados na recepção...


- Como será que ela vai reagir quando descobrir que foi você quem doou o sangue que salvou a vida dela? – pergunta Bernd, enquanto brinca com os dedos aveludados de Eithne.


- Bom, se ela não tentar avançar em mim, já é um começo. – suspira a namorada de Dopp.


- No estado em que ela está, não deve conseguir se mover nem a ponto de se levantar.


- É.


- Já disse quanta falta eu senti de você durante esse tempo que ficamos afastados?


- Hum... Acho que não. – sorri timidamente a irlandesa - Mas deve ser tão grande ou maior do quanto senti a sua.


- Você sentiu minha falta?


- Claro! Mas... Meu orgulho não deixava admitir para você. Eu... Estava muito ferida por dentro. Ah, quantas noites eu fiquei pensando em tudo o que tínhamos vivido nesse tempo! Imaginava seus braços ao meu redor, me protegendo do que eu não conseguia me proteger. Os meus medos. E o pior deles era real: ficar longe de você.


- Estávamos vivendo um pesadelo. O pior que poderíamos imaginar. Mas acabou. Estamos mais fortes do que antes. As dificuldades servem para nos fortalecer.


Uma hora se passa e Jayden tem que se despedir da amiga:


- Eu volto amanhã. Deixarei Andrea com você agora.


- Acho bom voltar mesmo, sua peste.


- Também te considero muito, Nefertiti da Ópera.


Dominick dá um beijo no rosto de Sarah e vai embora.


No corredor, Jay conversa com Mark:


- Obrigado por não falar sobre Enya com Sarah. Não sei qual seria a reação dela.


- Você acha que ela não gostaria de saber que foi Enya quem fez a doação?


- Conhecendo Brightman como conheço, ou ficaria em choque ou furiosa. Ela odeia aquela mulher. Longa história!


- E ela odeia a Sarah?


- Bom, com certeza odiava. Agora acho que sente pena. E uma pitada de culpa por tudo o que houve. Uma hora ou outra Sarah descobrirá, mas acho que ainda não é o momento. Talvez daqui a alguns dias.


- Está certo. Volte para o hotel, descanse. Ainda estou o achando abatido e cansado.


- Tem razão, estou mesmo. Ando muito preocupado com minha amiga. Nos vemos amanhã!


- Tchau!


Dominick vai até Eithne e Bernd:


- E então, como ela está? – pergunta a irlandesa.


- Bem machucada. Reclama muito das dores, mas isso não é nada perto do que poderia ter acontecido. Nasceu de novo, pois o carro ficou muito destruído.


- Ela sabe da doação?


- Sabe, mas não que você é a doadora. Quase que Mark falou, mas pedi que não dissesse por enquanto. Não sabemos ao certo como ela reagiria.


- Não duvido que reagiria mal. – palpita Bernd.


- Também não duvido. Por isso mesmo pedi ao médico que não falasse. Mas você sabe que ela vai acabar descobrindo em algum momento e vai querer falar com você. Se prepare para um confronto. – diz o italiano.


- Em quanto tempo você acha que ela pode saber ou descobrir?


- Acredito que, no máximo, em três dias. Você ficará esse tempo todo aqui?


- Bom, ainda não sei. Talvez eu possa ficar, mas vou decidir ainda.


- Quando decidir, me avise. Amanhã eu voltarei. Até!


Assim dizendo, Dominick se despede e vai descansar no hotel.


- Sabe, seria bom se ficássemos essa semana por aqui e compensássemos o tempo perdido. – sorri Bernd maliciosamente, deixando Eithne vermelha.


- Hum... Até que não é má ideia! – ri a cantora. – Mas tenho que avisar aos Ryan. Acho que eles querem voltar pra casa. Moya me ligou ontem e disse que já estão de volta à Irlanda. Ela também disse que Loreena e Peter também já se foram daqui.


Mark conduz Andrea até o quarto em que Sarah está. Assim que ele entra, os olhos da soprano brilham:


- Andrea!


- Sarah! Ouvir sua voz me deixa tão aliviado!


O médico o deixa próximo de Brightman e o ajuda a se sentar. Com um pouco de dificuldade, Sarah consegue segurar a mão de Bocelli. Ele sorri e beija a mão da soprano.


- Ainda bem que está aqui. Você me acalma. Depois... Depois de ver a morte de perto... – a voz dela fica embargada.


- Não chores, minha deusa. Sabe que não gosto de ouvir seus soluços de choro. A tristeza só fará você demorar a se recuperar.


- É, você tem razão. Você sempre tem razão. – ri timidamente.


- Bom, nem sempre tenho razão. – ri Bocelli – Sou muito inseguro às vezes e cheio de incertezas. Mas de uma coisa tenho certeza: Não sei como ficaria sem você.


Sarah fica surpresa ao ouvir essas palavras do tenor. Ele beija novamente sua mão. Ela conta sobre o acidente e Andrea a ouve atentamente.


- Nunca tive tanto medo na minha vida. Nunca.


- Você realmente ficou diante de um grande perigo. Mas tens muita, muita força. E vai superar tudo isso, sem dúvidas.


Os dois continuam a conversar com tranquilidade.


Na recepção, o telefone de Bernd toca:


- É o Frank. Vou atender lá fora, já volto!


- Ok, te espero. – responde Eithne.


Enquanto Bernd vai atender a ligação, Mark vai até Enya:


- Podemos conversar?


- Claro, doutor!


O médico se senta ao lado da cantora.


- Bem, o senhor Dominick me pediu para não contar, pelo menos por enquanto, que você foi a responsável pela doação de sangue que salvou Sarah. Ele me disse que vocês duas não tem um bom relacionamento. Perdoe a minha curiosidade e indiscrição, mas o que aconteceu?


 A irlandesa respira fundo:


- É uma longa história. Tudo começou quando Sarah fez uma versão de uma de minhas músicas sem autorização. Eu não estava sabendo e... – Ela conta os detalhes para o médico, que ouve calmamente.


- Antes fosse uma intriga apenas pela música. Mas era mais do que isso. Sarah é, ou pelo menos parece ser apaixonada pelo meu namorado.


- Pelo seu namorado?


- Sim.


Ela explica tudo o que aconteceu, desde a época em que Bernd conheceu Sarah enquanto ainda estava casado, até a confusão no Grammy que, de uma certa forma, contribuiu para o acidente. O médico fica pensativo.


- Hum... Estou compreendendo. Senhora Enya, me responda com sinceridade. Mesmo com tantos motivos para odiá-la, resolveu ajudá-la. Por quê?


- Confesso que... Que sinto uma certa culpa por isso. Sinto pena dela também. E se a deixasse morrer, a culpa iria me corroer para sempre. Quem sou eu para deixar que uma pessoa morra?


- Tem um coração nobre, senhora. Desculpe-me por tantas perguntas, mas preciso entender a fundo toda essa situação para compreender melhor a minha paciente. Não tem como eu prepará-la para o choque que vai acontecer quando descobrir o nome da pessoa responsável pela doação de sangue que a livrou da morte. Normalmente, as doações são realizadas por anônimos ou por familiares das vítimas. Mas não é esse o caso. Por mais que eu tentasse mantê-la no anonimato, Sarah poderia descobrir por descuido meu ou de outra pessoa que trabalha por aqui. Prefiro não arriscar. Assim que se sentir pronta para falar com ela e conversar sobre isso, me avise.


- Está bem.


Mark olha o relógio:


- O horário de visita do senhor Andrea acabou. Preciso ir buscá-lo. Pense bem nisso.


Ele vai buscar o tenor. Bernd volta e se senta novamente ao lado de Enya.


- E então, tudo bem com Frank?


- Tudo bem. Ele disse que acabei causando o maior auê na gravadora pelo o que eu fiz, mas no bom sentido. Ponto para mim! – sorri – O doutor te deu alguma notícia?


- Ele veio, na verdade, me perguntar a razão da rixa entre mim e Sarah. Expliquei e ele acabou entendendo. Me disse para avisá-lo quando eu estivesse pronta para falar com Sarah. Acho melhor irmos embora. Por enquanto, não temos o que fazer por aqui.


- Tem razão. Vamos, assim aproveitamos para conversar com Nicky e Roma.


- Boa ideia.


O casal deixa o hospital em direção ao hotel em que Enya está hospedada com os Ryan.


- Desculpe-me, senhor Andrea, mas o horário de visitas acabou.


- Já?


- Sim. Mas não se preocupe! Se quiser, pode voltar amanhã. Vou pedir um tempo maior de visitas ao hospital para a paciente.


- Ótimo! Eu voltarei. Até amanhã, anjo que ilumina minha vida.


Sarah guia as mãos dele até seu rosto e as beija. Andrea dá um beijo em sua testa e sai.


Assim que o tenor sai, Brightman começa a pensar:


- Nesse tempo todo, eu... Eu estava obcecada por Bernd. Mas nunca o amei de verdade. Estava apenas tentando escapar de um sentimento tão forte quanto essa obsessão. O jeito que... O jeito que Bocelli beijou minhas mãos me enviou novamente aqueles choques que eu sentia há muito tempo, quando... Quando não tinha coragem de admitir que... Que o amava. E como admitir, se ele estava com outra? E depois... Depois que Andrea se separou, eu... Estava tão preocupada em separar Enya e Bernd que... Não me dei conta sobre isso. Será que... Será que Andrea sente por mim o que eu sinto por ele? Ou melhor, ao que voltei a sentir por ele? – suspira a soprano, que chora um pouco.


Três dias se passam, entre visitas de Dominick, Andrea e Amelia, irmã de Brightman. Sarah começa a demonstrar melhora, e continua a tomar remédios. Durante esse período, ela teve a perna esquerda engessada e o braço direito, além de ter recebido vários curativos. Aos poucos, vai ficando mais calma.


Brennan volta ao hospital, acompanhada por Dopp. Nicky e Roma já estão de volta à Irlanda.


- Pronta?


- Sim, mais que pronta. Chegou a hora.


Mark os recebe na recepção e conta sobre a evolução clínica da britânica.


- Ela melhorou bastante nesses dias. Mas, acho que levará pelo menos três meses para se recuperar completamente.


- É bastante tempo. – comenta Dopp.


- Doutor, eu... Eu estou pronta para falar com Sarah.


- Ótimo. Dominick está com ela agora. Assim que ele sair, te levarei até lá.


Vinte minutos depois, Jayden sai e se surpreende com a presença da irlandesa.


- Eithne? Você decidiu...


- Sim. Falarei com ela.


- Não quero nem imaginar qual será a reação dela.


Acompanhada de Mark, ela vai pelos corredores do hospital em direção ao quarto de Sarah.


- Espere aqui um momento.


O homem entra no quarto:


- Já tomou seus remédios, senhorita?


- Sim, senhor! – ri Sarah.


- Ótimo. Bem, lembra que tinha me pedido para descobrir quem fez a doação para você? Pois bem, a pessoa está ali fora.


- Sério? Peça para entrar.


- Ok.


O médico abre a porta e Eithne entra no quarto. As duas se assustam e a soprano grita, com os olhos esbugalhados. Enya se espanta pelo estado de Sarah. Já Brightman, pela presença da antiga rival. Mark, um pouco constrangido, diz:


- Vou deixá-las conversarem enquanto atendo outros pacientes. A enfermeira não ficará longe.


O médico sai e fecha a porta.


- O que... O QUE... VOCÊ ESTÁ... FAZENDO AQUI?


- Ora, não queria saber quem havia feito a doação de sangue? Fui eu!


- Vo... VOCÊ? – Brightman fita Brennan nos olhos, pasma.


- Sim, eu mesma. Não esperava, obviamente.


- Era a última pessoa da face da Terra que eu imaginava que poderia fazer isso! Por... Por que você... Resolveu... Me... Me ajudar?


- Não poderia deixá-la morrer.


- Por que não? Seria muito mais vantajoso para você! Não me ter mais infernizando sua vida! Ah, já sei! Para me ver sendo exposta ao ridículo! – grita a britânica.


- Não, nada disso! Você já pagou pelo o que fez. Pagou além da conta. Resolvi te ajudar, pois... Não deixaria alguém perder sua vida por minha omissão ou culpa. Mesmo que essa pessoa tenha aprontado tanto nesses últimos tempos comigo.


- Então, você... Fez a doação? Não, não pode ser verdade!


Enya, então, conta tudo o que houve, desde a descoberta da identidade de Jay até o tempo de inconsciência e hemorragia da soprano.


- Esta é toda a verdade. Se está duvidando, pergunte para Jayden ou Mark.


A britânica está sem palavras, atônita com tudo o que houve.


- Sabe, Sarah, não guardo mais rancor de você. Se guardasse, não a teria ajudado, afinal. Não sei se você vai se redimir e muito menos ouvir um conselho meu, depois de tudo, mas... Seja mais responsável pelo o que faz. – diz Enya, seriamente.


Brightman, então, começa a chorar compulsivamente, por minutos. Entre soluços, ela se arrepende e um sentimento de pesar toma conta de seu coração.


- Eu... Eu fui inconsequente. Hoje, Andrea veio me visitar e disse que sou o anjo de sua vida. Há anos tentava lutar contra o sentimento de amor que sentia por ele, pois ele estava casado. Fiquei cega de ódio por você e obcecada por Bernd, por tudo o que havia acontecido. E quando ele, Andrea, se separou, eu... Eu estava tão focada na vingança que, não me dei conta, de que não era Dopp o meu amor, e sim Andrea. Esse rancor, essa raiva, essa obsessão, me fizeram esquecer o mais importante: o amor por Bocelli. E... Depois de hoje, me dei conta da burrada que fiz. Não sei se ele ficou com pena de mim, ou se me ama. Não tenho coragem de perguntar, não... Não no estado em que eu estou. Tenho medo de ouvir sua resposta. E... Agora, longe dele, eu sinto o que... O que você sentiu ao ficar longe de Bernd... Por minha culpa! Por minha culpa!


As palavras de Sarah foram ditas com tanta sinceridade e verdade que Enya também começa a chorar.


- Você errou. Errou feio. Mas todos nós falhamos. Uns mais do que os outros. Também sinto que tenho culpa no seu acidente, pois você estava fugindo de mim. Só que agora não podemos mais mudar isso. Não consertamos erros desse tipo. Porém, podemos começar tudo do zero. Escrever uma nova história. Recomeçar. Espero que... Espero que você se recupere logo, e que possa confessar o que sente pelo Bocelli. Vejo muita sinceridade no que diz.


Sarah, então, faz um pedido?


- Ei... Eith... Enya, não... Não sei se vai querer ser minha amiga. Aprontei tanto, tanto com você! Mas, eu peço... Peço do fundo do meu coração, que... Que me perdoe. Agi tomada por um sentimento incontrolável, que me corroeu. Eis o resultado de tanto ódio: estou aqui, presa em uma cama de hospital, imobilizada e ferida. O que houve comigo não é pior do que uma ferida na alma. Feridas que causei a você e Bernd. Leve meus arrependimentos para ele, eu lhe peço!


Enya segura a mão da soprano.


- Acalme-se, acalme-se. Falarei com ele. Eu te perdoo, sim. Tenho certeza de que Dopp fará o mesmo. E sobre uma possível amizade... Quem sabe? – sorri Eithne.


As duas se livram, finalmente, do peso em seus ombros e de rancores antigos. Um novo ciclo está para começar.



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Autor(a): bruninharz10

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Sarah ficou três meses internada no hospital em Los Angeles. Sempre bem cuidada por Mark e sua equipe, Brightman progrediu lentamente a cada dia, mas conseguiu se recuperar de maneira completa, sem sequelas. - Você é mesmo dura na queda! Quem te vê assim jamais pensaria que você sofreu um acidente grave como aquele! - diz Jay. - É como ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • Nananannana Postado em 09/07/2018 - 20:54:32

    QUEIMAAA SENHORRRR QUEIMA TODO MAL

  • Nananannana Postado em 09/07/2018 - 19:57:55

    Isso deve ser um encosto. Toma banho de sal grosso, Enya


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