Fanfics Brasil - Quem segura o bebê? {AyA} [terminada]

Fanfic: Quem segura o bebê? {AyA} [terminada]


Capítulo: 10? Capítulo

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CAPÍTULO V


 


 


A Grande Mentira.


Dia 338 e o disfarce de Anahí está desmoronando...


 


Anahí tomou o prêmio da mão de Alfonso e colocou-o sobre a cômoda.


— Você sabe o que é isso.


— Sim, eu sei. A pergunta é, o que está fazendo com ele? Voltando às roupas, ela dobrou uma blusa e colocou-a na valise.                         


— Acho que isso também é óbvio. Eu o conquistei.


— No concurso do último ano?


— Por que as perguntas, Alfonso? Ganhei o terceiro prêmio no concurso do último ano, e conheci Dom em função disso.


— E?


— Ele gostou muito de mim e recomendou-me para a vaga de sua secretária, pensei que soubesse.


— Não, eu não sabia. Por que aceitou esse emprego?


— Isso é ridículo. Aceitei o emprego pela mesma razão que leva milhares de pessoas a aceitarem tantos outros empregos. Preciso ganhar dinheiro.


— Sim, mas os participantes desse concurso estão interessados em abrir seus próprios negócios, não em trabalhar para outras pessoas.


— Onde está querendo chegar, Alfonso?


— Está interessada em abrir um negócio próprio?


— Sim, estou... algum dia. Enquanto isso, trabalhar para você pode ser uma excelente experiência.


— E tem sido?


— Sim, tem sido muito bom — ela concordou, sem desviar os olhos da valise e das roupas.


— Que tipo de negócio gostaria de abrir?


— Uma loja de brinquedos especializada em bebês. Todos os brinquedos seriam únicos, seguros e educativos, confeccio­nados artesanalmente por artistas locais.


Alfonso olhou para Toni e sorriu:


— Parece que escolhemos a mulher certa para nos ajudar, princesa.


Em seguida ele aproximou-se, entregou-lhe o bebê e começou a vasculhar o conteúdo de sua valise.


— Alfonso, pare com isso! Não tem o direito de mexer em minhas coisas!


— Só quero ter certeza de que escolheu coisas práticas — e retirou um conjunto de saia e blusa. — E estou vendo que não.


— Pare com isso! Você sabe muito bem que todas as minhas roupas são práticas!


  Sim, para o escritório. Mas para cuidar de um bebê...


  Alfonso, vamos ver se me entende. Se tirar mais uma peça dessa valise, juro que vou matá-lo!


— Já que estamos dispensando as peças que não são prá­ticas, vamos eliminar as feias, também — ele avisou, ignorando sua ameaça e esvaziando a valise. — Não fica deprimida usando essas coisas?


— Não.— Pelo menos não com frequência. A recompensa prometida por Dom era mais que compensatória. — E que diferença faz se são feias? Elas não são suas.


— Sei que não, mas tenho de olhar para elas. E Toni também. Não quero que passe dias e noites perto de minha sobrinha demonstrando tamanho mau gosto. Isso vai acabar por per­vertê-la. Francamente, já me sinto contaminado.


— Não seja ridículo!


— Quer apostar? Isso é tão contagioso que já comecei a achar que marrom é bonito. Pelo menos em você — e aproxi­mou-se do armário.


— O que está fazendo agora? Saia daí!


— O que é isso? — Ele espantou-se, mostrando um vestido verde. — Ah, muito melhor. Reserva essas coisas para quando William está aqui? Ou para quando ele não está por perto?


— William adora esse vestido! — Ela protestou. O que estava dizendo?


— Aposto que sim. Por isso a obriga a andar por aí vestida como um saco de batatas na maior parte do tempo. Esse re­lacionamento é bastante patológico, não?


— Meu relacionamento com Will... William não é da sua conta.


— Ainda não. Mas com o tempo...


Anahí fitou-o alarmada. O que estaria querendo dizer? Que pretendia um confronto com o noivo fictício? Essa história es­tava ficando mais complicada a cada minuto.


Vasculhando o que Anahí chamava de roupas de lazer, ele encontrou calças justas, suéteres macios e várias outras peças de bom gosto. Depois de um momento de consideração, Alfonso decidiu acrescentar à pilha um vestido de seda branca que não tinha nada de prático.


— Para que isso? — Ela quis saber.


— Só por precaução.


— Já terminou?


— Não. Onde estão seus cosméticos? — E aproximou-se da penteadeira. — Já os encontrei.


— Eu posso cuidar disso, Alfonso!


— Não se preocupe — ele sorriu, examinando todos os frascos e tubos que encontrava pela frente. — As cores são interes­santes, mas nenhuma delas combina com você. Exceto... ah, aqui vamos nós outra vez — ele avisou, escolhendo um conjunto de sombras, batom, rímel, máscara e outros cosméticos de uma caixa fechada. — Afinal, o que está acontecendo, Anahí?


— Não sei do que está falando — mentiu, ajeitando os óculos nobre o nariz.


— Ah, não? Dois guarda-roupas separados, dois conjuntos completos e diferentes de cosméticos... e não sabe do que estou falando?


— Não tenho que dar explicações.


— Ainda não. Essa é uma situação temporária, e garanto que ela vai mudar no futuro. Fui claro? — Alfonso perguntou com tom ameaçador, aproximando-se até que seu nariz estivesse quase tocando o dela.


— Cristalino.


— Ótimo — ele respondeu, guardando os cosméticos na valise e fechando-a com um movimento decidido. — Só para avisá-la, estou levando a nova Anahí comigo. Já passei muito tempo com a outra no escritório — sorriu, apanhando a valise e tomando o bebê de seus braços. — E agora, troque de roupa e encontre-me no carro, próxima parada... Mundo dos Brinquedos.


Anahí não se atreveu a protestar. Seria inútil, e uma dis­cussão só serviria para levá-lo a fazer perguntas ainda mais perigosas. O que diria quando ele começasse a exigir respostas? A idéia de revelar toda a verdade sobre seu acordo com Dom a apavorava.


Tudo havia parecido muito simples e inofensivo quando o patriarca dos Herrera lhe propusera o trato. Mas agora... Alfonso não reagiria bem se descobrisse, e as chances disso acon­tecer eram cada vez maiores. O que tornava o sonho da Baby Dream cada vez menos provável.


Sem perder tempo, Anahí despiu as roupas sujas e tomou uma ducha rápida. Depois de alguns instantes de reflexão, decidiu continuar usando as roupas largas que comprara para compor seu personagem, uma indicação de que precisava da­quela camuflagem mais que nunca. O conjunto de saia e jaqueta de tom cinza a fez sentir-se melhor, mais segura, e o coque austero na altura da nuca ajudou a esconder os reflexos dou­rados. Ainda não comprara mais tintura, e não tinha nenhum frasco extra escondido no apartamento. Quanto tempo Alfonso le­varia para notar a verdadeira cor sob a tonalidade falsa, se é que já não notara?


Novamente protegida pelo disfarce, foi encontrá-lo no carro. Ele ligou o motor e partiu sem dizer absolutamente nada sobre suas roupas.


Mais meia hora e entravam na loja de brinquedos, um galpão imenso e colorido cheio de movimento e alegria.


— Meu Deus! O sujeito que projetou essa loja deve ser ma­luco! — Ela exclamou, assustada com a correria de um punhado de crianças, por entre as pilhas de brinquedos.


— Fique feliz por não estarmos perto do Natal. Isso aqui vira um manicômio!


— Já esteve aqui antes?


— É claro que sim. Você não?


— Não. E, com sorte, nunca mais terei de voltar.


— Não seja desmancha prazeres. Faço minhas compras de Natal aqui. Meus irmãos contam com isso.


— Seus irmãos são homens crescidos.


— Sim, mas continuam crianças no coração — ele sorriu. — E adoram brinquedos concluiu, apanhando um carrinho. — Muito bem, ao trabalho.


Anahí o seguiu sem fazer perguntas. Se não tratasse de  manter-se perto dela, poderia passar os próximos cinco meses perdida nessa selva de plástico! Ele parou na seção de bebês.


— Olhe só isso! São bolsas como as dos cangurus! — Sor­rindo, ele rasgou a embalagem, retirou a bolsa e jogou a caixa vazia no carrinho. — Vamos ver se funciona.


— Alfonso! Não pode fazer isso! Vão prendê-lo por furto, ou desordem!.


— Furto é a palavra usada para descrever o ato de sair de uma loja levando uma mercadoria pela qual não pagamos, e eu jamais faria tal coisa. A embalagem está no meu carrinho para quem quiser ver, e tenho um excelente cartão de crédito em meu bolso.


— Mas...


— Relaxe, Anahí. Eles já me conhecem. Afinal, como funciona essa coisa?


— Por que não lê as instruções? — Ela sugeriu irritada.


— Instruções são para amadores.


— Nós somos amadores — ela lembrou, apanhando a caixa do carrinho. — Aqui diz que deve prender as duas alças superiores em seu pescoço e as duas inferiores em torno de sua cintura.


— Eu sei disso! Mas como vou saber quais são as inferiores e as superiores? Espere... Acho que consegui — ele sorriu, prendendo a bolsa ao corpo e abrindo os braços. — E então, o que acha? Toni está preparada para o primeiro passeio?


— Não — Anahí respondeu, mordendo o lábio para conter um sorriso.


— Não?


— Se a colocar nessa bolsa da maneira como está, vai der­rubar sua preciosa sobrinha de cabeça no chão.


Alfonso examinou a bolsa e constatou que a abertura para a cabeça estava voltada para baixo, enquanto as duas para as pernas estavam na parte de cima.


— Droga! — Resmungou irritado.


Uma vendedora aproximou-se e sorriu, jogando os cabelos loiros para trás. O crachá a identificava como Debbi.


— Ora, ora, sr. Herrera. Não vem nos visitar a meses! Posso ajudá-lo em alguma coisa?


Ele apontou para a bolsa em seu peito.


— Onde foi que eu errei?


— Você a prendeu de cabeça para baixo — Anahí adiantou-se, irritada com o comportamento da vendedora.


— Acho que a prendeu de cabeça para baixo — Debbi sorriu, como se houvesse acabado de inventar a resposta.


Rápida, a jovem removeu a bolsa do corpo de Alfonso e voltou a colocá-la, dessa vez corretamente.


Sem querer compreender ou refletir sobre sua reação a pre­sença da jovem sorridente, Anahí adiantou-se no instante em que a vendedora retrocedeu um passo. Colocar Toni na bolsa e ter certeza de que o anel de noivado brilhava bem diante dos olhos da jovem era uma tarefa mais que complicada.


— Perfeito — anunciou satisfeita depois de alguns segundos, forçando um sorriso na direção da moça. —Antonia é a primeira menina na família Herrera em... quantas gerações, Alfonso?


— Muitas.


— Todos estão encantados. Absolutamente todos. Não é ver­dade, Alfonso?


— Oh, sim, é verdade.


A jovem olhou de Alfonso para Antonia, e dela para o anel de Anahí. Em seguida suspirou.


— Que bom. Bem, se precisarem de mais alguma coisa, podem me chamar.


— Sim, nós chamaremos — Anahí respondeu satisfeita.


— Anahí, Anahí, Anahí — Alfonso balançou a cabeça assim que Ficaram sozinhos, os olhos iluminados por um brilho divertido. O que aconteceu com minha secretária fria e distante?


— Não sei do que está falando — ela respondeu, virando-se para esconder o rubor que tingia seu rosto. — E agora, qual  o próximo item da lista?


— Você.


— O... o quê?


Ele segurou seu braço com uma das mãos e empurrou o carrinho com a outra.


— Toda boa mãe, mesmo que seja temporária, precisa de um carrinho — riu. — Pensou que eu estivesse me referindo a outro tipo de prioridade?


— Eu... não, é claro que não! Sabia que estava falando sobre isso.


— Vejo que ainda não as esgotou.


— Não esgotei o quê?


— Sua cota de mentirinhas.


Com isso, ele dirigiu-se ao centro da seção, onde ficavam os carrinhos para bebês. Depois de experimentar dezenas de modelos e testá-los quanto ao equilíbrio, ao conforto e a resis­tência, apontou para um carrinho duplo.


— Devíamos levar um desses.


— Por quê? Só temos um bebê — Anahí apontou.


— Mas com toda essa tralha que ela precisa ter por perto, poderíamos usar o outro assento como uma espécie de depósito ambulante.


Pensando bem, a idéia não era má.


— O que acha daquele ali? Você pode acoplar o segundo assento e transformá-lo em duplo, ou retirá-lo e torná-lo no­vamente individual.


— Perfeito — ele concluiu, removendo a caixa correspondente da prateleira e colocando-a no carrinho.—Agora, vamos tratar de coisas sérias. Brinquedos!


Duas horas... e três carrinhos mais tarde, Anahí decidiu que era hora de pôr um ponto final nessa loucura.


— Isso é ridículo, Alfonso. O bebê não vai usar um décimo do que está comprando. É um desperdício!


— Não comece. Tudo que Dulce e o bebê não puderem usar será doado a instituições de caridade. Relaxe e divirta-se. Gaste um pouco do meu dinheiro. Melhor ainda, gaste muito do meu dinheiro. Estou adorando tudo isso. E você?


— Também, mas...


— Então, nem mais uma palavra. Estou cansado da Anahí do escritório — murmurou. — Mande-a para casa e chame a outra para vir brincar. Aquela que usa vestidos verdes, calças justas e suéteres macios, e que tem lindos olhos verdes. Estou louco para conhecê-la melhor.



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Autor(a): theangelanni

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Ela balançou a cabeça, apavorada. Todas as mentiras que criara estavam desmoronando, e logo estaria completamente exposta. Não queria nem pensar no que aconteceria então... Felizmente, Toni acordou de seu cochilo e encerrou a con­versa, anunciando que era hora da mamadeira e da troca de fraldas. — Pode me dar a sacola de fraldas e uma ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 54



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  • maryannie Postado em 17/05/2009 - 22:43:36

    tah ótima, num vejo a hora de ler mais.

  • pattybarcelos Postado em 15/05/2009 - 12:28:35


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  • pattybarcelos Postado em 15/05/2009 - 12:28:15


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  • pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 20:04:05


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  • pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 20:03:27


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  • pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 20:03:17


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  • pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 20:03:06


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  • pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 20:02:52


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  • aniiinhaa Postado em 14/05/2009 - 16:48:43

    Poosta ?
    Já disse que tuua web é perfeeita ?

  • pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 01:08:41

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