Fanfic: Quem segura o bebê? {AyA} [terminada]
CAPÍTULO VII
A Grande Mentira.
Dia 339 e o problema bate à porta...
Trancar-se no quarto de Alfonso não a ajudou a sentir-se mais segura. Como conseguiria dormir naquela cama? Não apanhara nem o pijama!
As batidas na porta foram como uma resposta ao seu dilema.
— Vou deixar sua camisola aqui — Alfonso informou do lado de fora. — Boa noite, Anahí.
Atenta ao som dos passos, ela esperou ter certeza de que Alfonso realmente afastara-se para abrir a porta e recolher a camisola e o robe, tomando o cuidado de substitui-los pelo pijama que encontrara em uma das gavetas da cômoda. Ele que viesse buscá-lo, se quisesse.
Alguns minutos mais tarde estava pronta para ir para a cama, apesar de não saber se conseguiria dormir. Considerando como o quarto a fazia lembrar Alfonso... Devia ser sua maneira sutil de atormentá-la.
A pior parte veio quando ela meteu-se entre os lençóis e descansou a cabeça no travesseiro. O perfume dele impregnava as roupas de cama, intoxicando-a e recordando sensações que tentava esquecer. Alfonso fizera de propósito, para enlouquecê-la. Pois não daria certo!
Três horas mais tarde, e à beira da loucura, Anahí começou a cochilar. Um banque surdo pôs fim aos instantes de relaxamento. Totalmente desorientada, ela precisou de alguns segundos para perceber que o som vinha da porta. Rápida e assustada, vestiu o robe e saiu do quarto a tempo de encontrar Alfonso no corredor. Usando o pijama que ela deixara do lado de fora horas antes, ele foi abrir a porta enquanto ajeitava os cabelos com a mão.
— O quê... — começou.
Horrorizada, Anahí viu a dupla de policiais e a Sra. Bumgartle.
— Prendam esse homem — ela exigiu, apontando para Alfonso. — Prendam os dois! Esses... esses... sequestradores de bebês!
Por um momento ninguém se moveu. Em seguida Alfonso perguntou:
— Qual é o problema, oficial?
— Sr. Herrera? Sou o oficial Hatcher. Nós nos conhecemos em seu escritório, há dois dias.
— Sim, eu me lembro. Algum problema?
— Seqüestrador de bebês! — a vizinha gritou. — Ele disse que a criança era sua sobrinha, filha de seu irmão, mas todos os irmãos vieram visitá-lo esta noite, e nenhum deles levou a menina. E ele os preveniu sobre não dizerem nada a ninguém, pois não podiam correr o risco de atrair a polícia!
Hatcher olhou para Alfonso e notou o comportamento nervoso de Anahí.
— Não acha melhor esclarecermos isso lá dentro, sr. Herrera? Cari — disse, virando-se para o parceiro — acompanhe a Sra. Bumgartle e tome seu depoimento.
Alfonso afastou-se para permitir a entrada do policial. Embora permanecesse em silêncio, o músculo tenso na altura da mandíbula indicava que estava furioso com a situação. Por que tinha de ser justamente Hatcher a atender a ocorrência?
— Não há nada a esclarecer — ele indicou ao fechar a porta. — Já expliquei que estamos cuidando de minha sobrinha.
Hatcher tirou um bloco de anotações do bolso e virou algumas páginas.
— De acordo com minhas notas, disse que estava cuidando da criança por algumas horas, e já se passaram dois dias. Importa-se em explicar essa discrepância?
— Acho que mencionei a doença da mãe de minha cunhada. Meu irmão e a esposa pretendiam levar o bebê nessa viagem à Itália, mas no último instante decidiram deixá-lo conosco. Isso é um problema? — Perguntou, segurando a mão de Anahí e puxando-a para mais perto.
O oficial começou a tomar nota.
— Tem algum documento que comprove o que está dizendo?
— Não. Não imaginei que fosse necessário. Que tipo de documento?
— Uma receita médica, certidão de nascimento, qualquer coisa.
— Não... Mas os pais da criança devem retornar em breve. Hatcher consultou as anotações mais uma vez e franziu a testa.
— Quantos anos tem sua sobrinha, sr. Herrera? Em que data ela nasceu?
Anahí tentava impedir que o pânico a dominasse.
— Ela tem três meses — Alfonso respondeu. — Eu... não sei a data de nascimento.
— E quando foi que ela deixou de ser um menino? — O oficial disparou com sarcasmo.
Alfonso resmungou alguma coisa.
— Não sabia que ela era uma menina, sabia? — O policial insistiu. — Pelo menos ela é sua sobrinha?
— Não sabia que ela era uma menina até a primeira troca de fraldas ele confessou. — Dulce a chamou de Toni, e como os Herrera só produzem meninos há muitas gerações, deduzi que... e encolheu os ombros. — Mas ela é realmente minha sobrinha.
Hatcher voltou a consultar as anotações.
— O nome da criança é Antonia Donati... Herrera? Ou isso também é mentira?
— Dulce e meu irmão não são casados... ainda. Mas espero que esse fato se altere em breve.
— Vamos ver se entendi. Disse que os pais haviam deixado o bebê aos seus cuidados e que retornariam algumas horas mais tarde. Mentira. Disse que a criança era seu sobrinho, mentira. E disse que os pais da criança eram casados. Mais uma mentira. Não tem autoridade legal para estar com esse bebê, tem?
Alfonso cerrou os punhos.
— Escute, oficial, Dulce, a mãe da criança, deixou Toni com meu irmão por causa de uma emergência familiar. Isso é verdade. E ela precisava de alguém para cuidar de Toni durante sua ausência. Isso também é verdade. Como meu irmão Christopher é pai dessa criança, a escolha natural recaiu Sobre ele. O único problema é que Christopher não sabia sobre a existência de Toni até Dulce surgir em meu escritório.
— E isso explica a discussão no saguão.
— Exatamente. Meu irmão seguiu Dulce para tentar esclarecer tudo entre eles, mas foi impossível... graças à intervenção da polícia.
Anahí encolheu-se.
— Alfonso, hostilizá-lo não vai nos ajudar em nada — murmurou.
— E daí? Se a polícia não houvesse ajudado Dulce a fugir, não estaríamos metidos nessa encrenca. Mas isso não importa. Quando Christopher conseguir alcançá-la, certamente se casarão em seguida e voltarão para apanhar a filha. Até lá, minha noiva e eu cuidaremos do bebê. Ela está perfeitamente segura e em boas mãos.
— Não cabe a mim decidir, Sr. Herrera.
— O que está querendo dizer?
— Vá com calma — Anahí aconselhou.
— Quero saber o que isso significa!
— Significa que qualquer decisão relativa ao bebê cabe ao pessoal da assistência social, não a mim. Legalmente, essa criança foi abandonada.
— É claro que não foi! — Alfonso explodiu. A mãe a deixou aos cuidados do pai.
— Sr. Herrera, não vou discutir a questão. Levarei o bebê, e se tentar resistir, terei de prendê-lo.
Antes que Alfonso pudesse reagir, Anahí perguntou:
— O que vai acontecer com Toni?
Hatcher explicou enquanto fazia mais algumas anotações.
— A lei manda que ela seja transportada numa ambulância para o hospital mais próximo. Ela será examinada e passará a noite no centro de proteção infantil. Amanhã cedo ela será transferida para um abrigo temporário enquanto as assistentes sociais investigam o caso.
— E como poderemos recuperá-la?
— Para ser honesto, não sei se poderão. Se querem um conselho, entrem, em contato com o responsável legal, a mãe, e consigam uma declaração de custódia assinada por ela e um atestado médico. A cópia da certidão de nascimento também poderá ser útil.
Anahí olhou para Alfonso e sussurrou:
— Acha que podemos conseguir?
— Christopher nos enviará todos os papéis por fax.
— E mesmo assim, não há nenhuma garantia de que as autoridades deixem a menina aos seus cuidados. Mas... — Hatcher olhou para Anahí. — Uma presença feminina constante na casa pode fazer uma enorme diferença a seu favor — e fechou o bloco de anotações. — Muito bem, levem-me ao bebê.
Não havia mais nada que pudessem fazer. Alfonso preparou uma sacola com tudo que considerava necessário, enquanto Anahí preparava a pequena para uma saída noturna. Hatcher ficou parado na porta, observando cada movimento dos dois.
— Posso preparar algumas mamadeiras extras? — Anahí perguntou com lágrimas nos olhos.
— Acho que sim — o oficial concordou.
— Alfonso, pode cuidar dela, por favor? Oficial Hatcher, importa-se de me ajudar?
Esperava que o policial concordasse, pois assim Alfonso teria alguns minutos de privacidade para despedir-se da pequena. Felizmente o oficial acompanhou-a até a cozinha.
Enquanto preparava as mamadeiras, Anahí falava sobre amenidades e rezava para que o italiano impulsivo não fizesse nenhuma bobagem. Para seu alívio, ele surgiu na porta quando já estava concluindo sua tarefa. Em silêncio, entregou o bebê e a sacola ao policial.
— Aqui está meu cartão — indicou em seguida. — O número do telefone de minha casa está anotado no verso. Espero que as assistentes sociais telefonem o mais depressa possível.
— Sim, Sr. Herrera. Sugiro que obtenha aqueles papéis bem depressa, ou não terá nenhuma chance de recuperar a criança.
Depois disso ele partiu levando Toni.
No instante em que a porta se fechou, Alfonso desferiu um murro violento contra a parede, abrindo um buraco no gesso. Anahí deu alguns passos em sua direção, sem saber se devia aproximar-se num momento tão conturbado.
— Vamos trazê-la de volta — disse em voz baixa. Ele virou-se, os olhos cheios de fúria.
— Não vou deixar acontecer novamente, Anahí. Não vou permitir que separem minha família outra vez.
— Do que está falando?
Ele não respondeu. Furioso, dirigiu-se ao quarto de hóspedes, obrigando-a a correr para acompanhá-lo.
— Alfonso!
Ao lado do berço vazio, ele dobrou o cobertor da sobrinha com carinho surpreendente. Havia se machucado ao bater contra a parede, e uma mancha de sangue indicava o local mais atingido, próximo às articulações dos dedos.
Autor(a): theangelanni
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— Eu tinha quatorze anos quando Christopher nasceu — Alfonso começou. — Embora não houvessem planejado mais um filho, meus pais ficaram encantados com a chegada do temporão. Costumavam dizer que o pequeno completava a meia dúzia com que sempre sonharam. Na primeiro vez em que o vi, tive certeza de que era a criatura mais horr&iac ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 54
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maryannie Postado em 17/05/2009 - 22:43:36
tah ótima, num vejo a hora de ler mais.
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pattybarcelos Postado em 15/05/2009 - 12:28:35
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pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 20:03:17
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pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 20:03:06
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pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 20:02:52
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aniiinhaa Postado em 14/05/2009 - 16:48:43
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Já disse que tuua web é perfeeita ? -
pattybarcelos Postado em 14/05/2009 - 01:08:41
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