Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

¿Qué Hay Detrás De RBD

Como falar de mim sem falar de RBD?

Rebelde era um sonho. RBD virou uma realidade. Durante anos, seis pessoas – incluindo eu, junto com Maite, Dulce, Christian, Christopher e Poncho – vivemos esse sonho. Subimos em centenas de palcos e fizemos milhares de shows. Vendemos milhares de CDs. Espalhamos a nossa mágica no mundo. A mágica de ter algo no que acreditar.

Muitos foram os momentos que passamos até chegar aqui, na fase em que cada um de nós seis se encontra atualmente. É o tempo voou! Ainda lembro-me de quando ingressamos no projeto, cada qual com seus sonhos e vontades. Tudo era novidade, mas posso dizer que soubemos transformar cada pequeno instante em diversão, alegria e aprendizado.

Pedro Damián: Bom, eu reuni vocês hoje aqui para lhes informar sobre a próxima etapa de Rebelde. Como vocês já sabem faz parte do projeto da novela um grupo musical que irá sair da tela e percorrer os palcos do país... ÉÉÉ... No inicio pensamos em formar o grupo com os quatro protagonistas, assim como na versão original, mas devido à aceitação do publico, estamos incluindo, Maite e Christian. E o intuito dessa reunião de hoje é declarar oficialmente formado o grupo RBD. 

Quando Pedro terminou de falar todos nós nos olhamos em silêncio, acho que demorou um pouco para que todos entendessem o que estava acontecendo, mas nem nos nossos sonhos mais audaciosos imaginávamos o quão nossas vidas mudariam dali em diante. E assim foi, a novela era gravada durante a semana e aos fins de semana fazíamos os shows pelo país a fora. O início foi complicado, o cansaço era enorme, não havia tempo para a vida fora do contexto trabalho, mas a recompensa estava cada dia mais visível, milhares de pessoas nos aguardavam em cada canto do país, com sorrisos no rosto, lagrimas nos olhos, e os versos das nossas canções na garganta, impregnados na alma e no coração. E nós? Nós ficamos alucinados, extasiados... Queríamos retribuir todo aquele carinho, aquele amor visceral... O cansaço agora já não tinha tanto peso, apesar de estampado em nossos rostos. Haviam dias que depois das longas horas de gravações ainda tínhamos que fazer sessões de fotos, entrevistas em rádios e programas de televisão, mas tudo valia a pena pois sabíamos que assim estávamos chegando um pouquinho mais perto dos nossos fãs... Pedro nos reuniu em sua sala para novas instruções, e foi quando nos revelou o que viria pela frente.

Pedro Damián: meus queridos, hoje é um dia muito especial, começa agora uma nova fase para o RBD. Como vocês tem visto, todos abraçaram muito bem o grupo, vocês já conquistaram o espaço na musica, na mídia, e nos corações de milhares de pessoas. Hoje o RBD é uma referência nacional. Mas agora chegou a hora de levantar voo, voar para outras direções, conhecer outros céus, e o México ficou pequeno para o tamanho do sucesso que vocês alcançaram. E Eu me sinto muito orgulhoso de estar junto com vocês, neste momento. ÉÉÉÉ... Acho melhor falar logo... Acabamos de fechar a Turnê mundial do RBD.

Não me lembro de como foi reação do pessoal, mas a minha... Meu coração parecia que ia explodir, meus olhos se encheram de lagrimas, não conseguia respirar e nem falar... fiquei desligada de tudo o que acontecia ao meu redor, perdida em meus pensamentos... Eu finalmente tinha conseguido o que mais desejei a vida toda, fazer música, viajar o mundo todo e ser reconhecida pelo que mais gosto de fazer: cantar. A partir daí foi a loucura que todos sabem. Foram os quatro anos mais intensos e felizes da minha vida.

Agora só restam as lembranças...

Lembro-me que os intervalos das gravações eram os momentos em que além de repormos nossas energias, conversávamos muito e o riso rolava solto. Assim como no avião ou nos hotéis pelos quais passamos... E as fugidinhas de vez em quando pra balada eram como um refúgio. Onde deixávamos de ser o RBD e nos tornávamos apenas seis jovens amigos...

Nós nos apoiávamos muito, e ao contrario do que a mídia tentava criar não havia rivalidades. Brigar é o preço a pagar quando se ama... As discussões e desentendimentos nos serviram de lição e aprendemos que no mundo há e sempre haverá opiniões contrarias, mas o legal e mais importante foi que conseguimos superar as diferenças e hoje estamos aqui, como prova de que respeitar as opiniões dos outros e saber conviver com elas é a receita para o sucesso.

Veio-me a mente a lembrança de uma das nossas brigas mais calorosa:

(...)

Christian: Pela milésima vez... Não fui eu - falou calmo.

Dulce: Foi sim. Me devolve! - estendeu a mão, esperando - Hoje eu não tô afim dos seus joguinhos.

Christian: Joguinhos, Dul? - riu debochado - Como eu poderia ter pegado, se hoje nem passei perto de você? Pelo amor! - revirou os olhos.

Dulce: Não sei.- deu ombros - Só o que sei é que você adora essas brincadeiras toscas.-  disse e Christian bufou, já irritado com acusação dela.

Christian: Dulce – respirou fundo, tentando buscar calma - Hoje eu não tô bem, não tô pra brincadeiras.- levantou da poltrona onde estava sentado. – Então já deu, né?

Dulce: Essa é boa! – riu debochada - Hoje você não está para brincadeira... E os dias que eu também não estou e você me atormenta mesmo assim?- Cerrou os olhos - Anda, me devolve. A minha paciência está esgotando – levantou-se também.

Christian: EU NÂO TO COM DROGA DE ESTOJO NENHUM. - gritou, demostrando estar com raiva.- VOCÊ ESTÁ SURDA?

Dulce: OLHA AQUI. – apontou o dedo - NÃO FALE NESSE TOM COMIGO. - avançou, completamente gritando.

Christian: NÃO FALA VOCE... - retrucou.

Anahi: BASTA! - irritei-me – O QUE DEU EM VOCÊS? - parei entre os dois, os encarando – Estão loucos? Agente prestes a sair para uma entrevista e vocês ai, nesse bate boca. Que imagem vocês querem passar? Cantores ou lutadores de MMA?

Maite: Isso gente, se acalmem! – disse tranquila, passando um esmalte nas unhas. - O dia tá complicado e hoje o que menos precisamos é de caras feias aqui.

Dulce: Olha me desculpem, mas eu já não estou suportando essas brincadeiras. - desabafou impaciente - Toda vez tem alguém escondendo as minhas coisas.

Anahi: Dul, você da pilha. E agora vem querer reclamar?!- cruzou os braços indignada -  Acho errado jogar a culpa no Pollito, sem saber. Porque não vai ver com o Poncho? - apontei para Alfonso, que estava sentado distraído, mexendo no celular.

Poncho: Tava demorando. – resmungou, deixando o celular de lado.

Dulce: Ah, agora eu sou errada. Any? - encarou-me incrédula. – Me poupa! – se afastou com raiva.

Poncho: Já vou logo avisando que não fiz de nada. - se defendeu – Não sei por que a Anahí está me colocando no meio dessa confusão.

Anahi: Porque será, Poncho?- Avancei pra cima dele - É sua cara fazer isso.  Sempre faz com as minhas coisas. – justificou - Vai deixa a culpa cair no Pollito?

Poncho: Xiii, a protetora dos fracos e oprimidos... É advogada agora? - levantou-se ficando a centímetros de mim.

Anahi: Só não gosto de coisas erradas. - cruzei os braços, irritada.

Poncho: OK! Certinha. - disse irônico - Vivi zuando todo mundo e ainda quer dar lição de moral? Me poupa, garota! - deu as costas.

Anahi: Não me tira do sério, Alfonso. – falei com o rosto já vermelho de raiva. Se havia alguém que conseguia me tirar do sério, esse alguém era Alfonso Herrera.

Poncho: Não me tira do sério, Alfonso – imitou-me debochado – Se não eu sou capaz de dar um chilique.

Anahi:NÃO! EU SOU CAPAZ É DE DAR NA SUA CARA. – gritei.

Maite: CHEGAAAAA! EU JÁ TÔ CANSADA DISSO. CALEM A BOCA - levantou-se gritando – CALEM ESSA MALDITAS BOCAS.

Ucker: Isso May, põem moral aqui. - disse saindo do banheiro, após ouvir os gritos - Pra que tanto bate boca? - olhou-nos, esperando uma resposta, como não houve prossegui - Dul, dá mais uma olhada aí. – apontou para a penteadeira - Se o Pollito falou que não pegou é porque ele não pegou.- Poncho e Any - lançou-nos um sorriso falso. - Me deixa dar uma dica pra vocês dois... Vão transar. Gastem essa energia fazendo sexo.  

Maite: Boa, Christopher. - gargalhou.- Deve ser disso que eles estão precisando.

Poncho: O Ucker vai pra... – bufou irritado - Me esquece, falou?

Anahi: hahaha - fingi rir - Muito engraçado.

Todos nos sentamos quietos e sérios. Após permanecermos assim por um tempo, naquele clima pesado. Começamos a nos entreolhar, e logo em cada um nasceu um pequeno sorriso no canto da boca, e o silencio foi quebrado.

Dulce: Pollito, perdão?- Caminhou parando em frente a ele. – De coração.

Christian: Tá tudo bem, Candy.- sorriu – Esquece isso – Puxou-a para um abraço.

Dulce: Pessoal, me desculpem por essa confusão toda. - pediu e todos assentiram. Logo os olhares estavam voltados pra mime Poncho.

Poncho: Bem, eu acho que também te devo desculpas, Any. - Disse sem jeito.- Me desculpa? – olhou-me com aqueles olhos que me faziam estremecer.

Anahi: Sem problemas, Ponchito. – sorri sem graça - Desculpe-me também, mi amor. - joguei-lhe um beijinho.

Nós nos levantamos e nos abraçamos. Era sempre assim, tudo terminava com um abraço coletivo... Foram momentos engraçados, tensos, divertidos e cansativos, mas o que foi especial nisso tudo, foi a união do grupo.

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