Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

Assim que Daniel foi embora, Anahí voltou a se trancar no quarto. E deitada na cama fora impossível não voltar a lembrar...

(...)

Ao adentrar em casa, Anahí encontrou Tisha e Ana Paula, sentadas no sofá, entretidas vendo Tv, bastante animadas. A mesma apenas as cumprimentou e logo seguiu para o quarto. Não tinha ânimo nenhum para conversar e não queria ficar muito perto da mãe, já que as mesma iria desconfiar. Portanto, se trancou no quarto após o banho demorado, escondendo-se debaixo das cobertas. O choro estava preso em sua garganta, mas a mesma não queria derramar uma lágrima sequer, não por uma pessoa que não merecia.

Estava tentando se fazer de forte e até estava conseguindo, mas ao pensar que teria que conviver com ele sem tê-lo fez com que grossas lágrimas rolassem por seu delicado rosto. Querendo abafar seus soluços, escondeu o rosto no travesseiro e passou um bom tempo assim, até que conseguiu se acalmar um pouco.

Agradeceu por sua mãe não ter ido interrogá-la, não ia ter forças o suficiente naquele momento para contar, pois sabia que ia acabar chorando ao lembrar de tudo o que aconteceu.

Não lembrara de ter cochilado, talvez tivesse sido apenas alguns minutos, mas acordou ao escutar a porta se abrir e Marichello gritar seu nome.

Marichello : Vamos levantando dessa cama, Any. Mamãe me disse que você está trancada há horas no quarto. Isso não é nem um pouco normal. – puxou as cobertas, destampando o rosto de Anahí. – Vamos, Anahí!

Apenas escutou a irmã resmungar e em seguida Maria entrou no quarto, sentando na cama.

Maria: Levanta, Anita! Eu vim te ver, sua mãe me ligou. Ela esta preocupada.

Elas continuaram ali, insistindo para que Anahí levantasse, sempre puxando o travesseiro e o lençol, mas a mesma apenas resmungava que queria dormir e voltava a se acomodar, sem encará-las. As meninas não desistiram e depois de quase dez minutos, finalmente, Anahí se sentou.

Marichello : Tudo bem! Tudo bem! – aproximou-se da cama, erguendo as mãos. – Conta o que aconteceu, irmã. Sua cara não está nada boa.

Maria: Coloca tudo pra fora!

Anahí: O Poncho. – disse chorosa. – Ele me machucou demais. – encolheu os ombros, triste.

Maria: Como assim, Anahí? – Anahí suspirou.

Marichello : Fala! Vai te fazer bem! – seu tão de voz era calmo, passando segurança para a amiga.

Anahí: Eu o procurei pra pedir uma nova chance e tentar concertar a burrada que eu fiz, mas... – disse olhando pra mãos – ele ama a Cláudia.

Maria: Ele te deu um fora? foi isso? – deduziu.

Não. – negou com a cabeça – depois de passar a noite comigo e me usar como uma vadia qualquer. Ele se declarou pra ela. Eu ouvi tudo. – fez um biquinho, querendo chorar. – Eu me sinto um lixo!

Marichello: Que vontade de socar esse idiota! – estava raivosa. – É um imbecil mesmo.

Maria: mas e depois? Vocês não conversaram? – passou um braço ao redor de Anahí, abraçando-a

Anahí: Não há o que conversar, Maria.  Tá tudo muito claro. – fungou, sentindo sua visão embaçar. – Eu não significo nada pra ele.

Não queria continuar chorando, não queria ficar sofrendo por alguém que a viu como um passa tempo, mas a mágoa era grande demais. Não seria mais possível segurar o choro tão sentido, pois estava a machucando, sufocando-a de uma forma assustadora. Respirou fundo por várias vezes seguidas, na tentativa de se controlar, porém o sucesso não fora alcançado. Sentia-se fraca demais por deixar a tristeza lhe dominar daquela forma, ainda mais por alguém que não valia a pena. Sentia-se envergonhada por chorar por um cara que não a levara sério.

Anahí: Eu tentei me afastar, tentei não gostar dele feito uma louca. – desabafou entre soluços e lágrimas. - Juro que tentei! Mas não deu... não... – parou de falar, já que o choro era intenso.

Maria: Fica calma!

Marichello: Não deu porque aquele estúpido te fez acreditar em certas coisas que não existiam. Ele te iludiu.  – completou o que Anahí não conseguiu, e se aproximou para em seguida abraçá-la. – Chora, Any. Chora!!!

As três passaram por vários minutos ali, abraçadas, até que Anahí começasse a se acalmar. Fora um pouco difícil, mas aos poucos e com as palavras e brincadeiras das duas, ela foi conseguindo se tranquilizar. Quando finalmente se afastaram, Maria prendeu o cabelo de Anahí, enquanto Marichello enxugava seu rosto.

Marichello : Não quero mais ver você chorando e muito menos sofrendo pelos cantos, tudo bem? – avisou, mandona. – Chora e sofre tudo hoje, é o prazo que te dou. Amanhã é um novo dia e você vai seguir teu rumo.

Anahí: Não é fácil! – passou as delicadas mãos no próprio rosto. – Tá doendo, sabe?

Marichello : Mas também não é impossível! Você vai superar isso! – segurou uma das mãos dela, apertando. – Eu sei que vai!

Maria: E também vamos estar contigo pra ajudar, amiga. – voltou a abraçá-la. – Sempre!

Anahí: Obrigada! – tentou sorrir. – Olha, se ele ligar diz que eu não estou, por favor!

Marichello: Isso! Você vai tomar o máximo de distancia que puder dele agora e vai viver a sua vida. – lhe beijou na bochecha. – Eu vou me arrumar pra levar a Ana Paula no balé e você fica aqui, descansa e não chora.

Anahí: Pode deixar. – sorriu e retribuiu o beijo. – Você vai ficar comigo, né Maria?

Maria: Mas é um bebê mesmo. – riu, puxando-a para se deitarem. – Ficarei aqui, sua boba.

Marichello: Antes de sair, passo aqui. – se levantou.

Anahí apenas assentiu e em um sussurro voltou a agradecer a irmã, que em troca lhe disse “te amo” da mesma forma antes de sair. Já ela continuou ali, deitada, juntamente com Maria. O silêncio predominou o ambiente.

Anahí: Eu não quero e não vou me abalar por ele. – disse do nada, enquanto recebia um cafuné da amiga.

Maria: Não deve mesmo. – se ajeitou, continuando a fazer o carinho. – Mas sei que ele ainda vai voltar atrás e vocês vão se acertar!

Maria: Ele é galinha demais, sempre foi. Só a burra aqui nunca percebeu. Como ele pôde dormir comigo e depois dizer a Cláudia que a amava? – fechou os olhos respirando fundo – Vamos mudar de assunto.

Maria: Quer engordar comigo? – apertou as próprias bochechas. – Estou louca pra comer pizza!

Anahí: Pode ser de quatro queijos? – sugeriu, sorrindo.

Maria: Fechado! Vou ir pedir então.

Anahí: E eu vou para o banho! – levantaram. – Vida nova, não é? – parou de frente para a amiga.

Maria: A cada dia uma nova renovação! – sorriu.

Durante o banho todo Anahí não tirou Alfonso de seus pensamentos e antes de terminar já estava com a certeza que seguiria sua vida da melhor forma possível. Só queria ser feliz! E seria... Com ele ou sem ele.

Comentários!!

julyanniaya: Bem vinda! Entendo sim.

lisaponny123: Com relação a web é tudo culpa da insegurança dos dois. Eles não acreditam nos sentimentos um do outro. Já com relação a vida real, eu torço demais pra que um dia aqueles dois se toquem e percebam que nós, as traumadas, estávamos certas durante todo esse tempo. Nossa!! Iria ser um sonho vê-los juntinhos na vida real. Realmente concordo com você! Quando eu vejo a Anahí derramando mel com o Velasco me dá vontade de vomitar. E aquela feiosa da Perlla bancando a senhora Herrera? Ela anda atrás dele com se fosse um rabo, não desgruda. Argh!! Quando esses dois vão acordar pra vida, my god???? Meu nome é Bianca.

camillatutty: Cada hora um faz uma besteira maior. Os dois são muito inseguros um com outro. E essa insegurança só vai os afastar cada vez mais.

juliapuente: Pra chutar a Claudia, não. Mas pra se acertar em definitivo com a Anahi infelizmente ainda vai demorar um pouquinho. Por enquanto a Web está na fase das lembranças do passado dela. Como deu pra ver no ultimo capitulo, atualmente ela está com o mala do Velasco!

rbd_annie_jb: Digamos que parte da culpa por ela ter ido parar no hospital é do Poncho . E quanto ao baby, Será?????? Que bom que gosta da web!!!

lyu: Bem vinda! Foi algo que marcou a vida deles e fez com que os dois nunca conseguissem se acertar.