Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

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Dulce: O que está acontecendo, hein? – apareceu do nada, fazendo-a sobressaltar – Você está trancada nesse quarto desde ontem, não saiu nem pra comer... Você tem que pensar no bebê, Any. – se acomodou ao lado da amiga. – É o Poncho, não é?

Anahí: Como você sabe? – a encarou.

Dulce: Te conheço o suficiente. – suspirou fundo. – Sei que está apaixonada por ele, e que é ele o pai dessa criança. – afirmou. – Só não sei o que está acontecendo com vocês dois.

Anahí: Ele acha que eu engravidei propositalmente.  – confessou.

Dulce: O que??

Anahí: Acha que eu armei tudo, Dulce. – fez bico, querendo chorar.

Dulce: Cachorro! – irritou-se. – Esse imbecil não quer assumir o filho?

Anahí: É bem pior que isso. – fungou.

Dulce: Vem cá. – abriu os braços e logo a Anahí se jogou ali, chorando. – O que é pior?

Anahí: Ele me disse algo terrível. – recebeu um cafuné. – Me disse pra... Me disse pra abortar. – sua voz quase não saiu.

Dulce: Ele só pode estar louco. – Negou com a cabeça, incrédula. – Ele não é assim.

Anahí: Eu tô com medo. – fungou, fechando os olhos. – Não sei se conseguirei sozinha.

Dulce: Você não está sozinha. Você tem a mim. Tem um monte de gente que te ama.  – passou a mão pelo rosto dela, enxugando as lágrimas. – Agora, pare de chorar. Daqui a pouco aquele idiota percebe a burrada que está fazendo e...

Anahí: Não! Não quero, Dul . – voltou a se sentar, mas dessa vez de frente para Dulce. – Dessa vez ele foi longe demais. Mesmo que se arrependa eu não o perdoarei – passou as mãos pelo próprio rosto, fungando depois.

Dulce: Mas ele é o pai do seu filho, Any.

Anahí: Ele perdeu esse direito.  – voltou a fazer bico, querendo chorar de novo. – Deixou de ser pai quando me pediu pra matar o meu bebê.

Dulce: Any, vocês dois tem esfriar a cabeça. Precisam conversar direito.

Anahí: Não quero! – a abraçou, deixando seu rosto apoiado no peito da mesma. – Sou apaixonada por ele, Dulce e estou muito magoada.

Dulce: O tempo vai ajudar acabar com essa mágoa. – lhe beijou no topo da cabeça, apertando-a um pouco.

Anahí: Posso te pedir uma coisa? – perguntou e Dulce assentiu – Não conta pra ninguém sobre a paternidade do meu filho. Não quero que essa noticia vaze.

Dulce: Mas, Any...

Anahí: Por favor. Eu te imploro. – a encarou com os olhos já vermelhos de tanto chorar - Não quero que saibam.

Dulce: Eu não falarei. – disse e Anahí voltou a abraça-la.

Ficaram ali, abraçadas, por bastante tempo. Dulce no começo até que tentou convencer Anahí a conversar com Alfonso, entretanto desistiu e apenas a consolou quando a mesma voltou a chorar, dessa vez com muitos soluços. Viu o quanto ela estava frágil e isso lhe machucava, pois era sua melhor amiga, era como uma irmã e não queria que ela passasse por isso.

Quando Anahí finalmente se acalmou, continuou nos braços de Dulce, pois ali se sentia completamente segura e queria receber carinhos, por estar sensível demais.

Os dias passam...

Anahí: Foi muito legal. Tinha tanta gente. – bebeu um pouco do cappuccino – E é sempre emocionante ouvi-los gritando o meu nome, dizendo que me amam... É um sensação inexplicável.  

Rodrigo: E deixa eu adivinhar... Agora vocês terão uns dias descanso?

Anahí: Ah meu Deus, como você adivinhou? – Brincou e os dois cairam na risada pela milésima vez naquele dia.

Rodrigo havia ido até o apartamento de Anahí naquele sábado à tarde. Maria, sua amiga, contara-o que Anahí estava deprimida. Óbvio, sem mencionar o motivo. Talvez tenha sido por isso que ele insistira tanto para vê-la. Parecia estranho, mas ela se sentia tão bem com Rodrigo que em pouco tempo tinham criado uma boa amizade. Compartilhavam uma espécie de cumplicidade e ela se sentia extremamente confortável com ele, não a ponto de contar sobre a gravidez e sobre Poncho, claro.

Rodrigo: Tá, agora falando sério, Any. O que aconteceu? Você não aparece mais lá boate, não sai pra beber com a turma... Fica só me privado da sua companhia. Eu não estou preparado psicologicamente pra viver sem você, Carmem!

Anahí: Você é tão bobo! – Revirou os olhos – Desculpa ter sumido. Eu tenho andado muito concentrada no trabalho... – Mentiu. – A novela tá acabando. Estou sobrecarregada.

Rodrigo: Simples assim?

Anahí: Aham! – Mentiu outra vez – Simples assim.

Rodrigo: Se você diz... Não vou insistir – Deu de ombros – Tá a fim de ver um filme?

Anahí: Se isso envolve sair de casa, não.

Rodrigo: Ô desanimo! Por que está triste? – Encarou-a sério.

Anahí: Estou cansada. É só isso. 

Rodrigo: Triste, seus olhos não negam. – Insistiu.

Anahí: Talvez. Um pouco. – Concordou um pouco distraída.

Rodrigo: Já te falaram que a vida é curta demais para perdermos tempo com esse negócio de tristeza?

Anahí: Toda essa psicologia barata é para me fazer sair de casa? – Ele a olhou por segundos sem dizer nada. – O que?

Rodrigo: E aí? Vamos?

Anahí: Ah não, Ro.

Rodrigo: Any, gracinha, você não está entendendo. Eu não estou te dando uma opção. – Levantou-se, puxando-a pela mão. Então, sem opção, ela foi. E não se arrependeu. Depois de uma semana inteira chorando e pensando em Poncho, naquela tarde, pela primeira vez, ela conseguira passar mais de uma hora sem pensar nele.

Mas se naquele sábado ela quase não pensou, domingo fora o dia de pensar o dia todo. Talvez porque eu não tivesse nada para fazer, ou porque fazia exatamente uma semana que ouvira aquelas palavras, ainda muito vivas em sua memória. Remédio? Fazer o máximo de coisas que ela conseguia. E foi fazendo isso que Anahí passou a semana seguinte. Trabalhava como uma louca. Procurava chegar o mais tarde possível em casa, o silêncio e a solidão do seu quarto não vinham sendo uma boa companhia. Passava horas no telefone com a irmã, as amigas e Rodrigo, que mostrara-se uma ótima companhia para assistir a filmes de terror depois das gravaçoes.

(...)

Comentários!!

franmarmentini: Pois é, ele surtou dessa vez.

iza2500: Ele vai se arrepender amargamente. Pode esperar!

rbd_annie_jb: Infelizmente vai acontecer sim.

anarbdfa: Continuando...

camillatutty: E põe errado nisso. Antes fosse só emocional. :(

juliapuente: Extrapolou mesmo, mas vai se arrepender.