Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

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Anahí já não conseguia agir naturalmente com Rodrigo. Sentia que sua vida estava virada de cabeça para baixo.

Rodrigo: Fazia tempo que eu não te via triste assim. – Estavam no sofá da sala, ele sentado e ela deitada em seu colo – Não vai me contar o que está acontecendo? – Perguntou, afagando-lhe os cabelos. Anahí respirou fundo, pensou. Rodrigo merecia saber porque ela estava distante, quieta e indiscutivelmente triste. E ela queria contar, queria colocar para fora aquele sentimento que a sufocava.

Anahí: Digamos que é um pouco complicado explicar o que tá acontecendo. – Sentou-se, encostando a cabeça no ombro dele.

Rodrigo: Posso tentar entender. – Disse, com seu ar amigável de sempre.

Anahí: Não sei se conseguiria explicar...

Rodrigo: Qual é? Sou teu amigo, não sou? – Tomou o rosto dela entre as mãos, fazendo-a encará-lo.

Anahí: Claro que é. – Respondeu, um sorriso começando a se formar em seus lábios.

Rodrigo: Prefiro você sorrindo! – Puxou-a para um abraço, mas antes, deu uma mordida de leve em sua bochecha.

Anahí: Você não existe! – Abraçou-o forte – Queria tanto ter conhecido você há algum tempo... Quando eu não tinha toda essa confusão na minha cabeça... – Comentou. 

Rodrigo: Quem sabe, se conversarmos sobre essa sua confusão, consigamos resolver isso. – Sugeriu, ajeitando-se no sofá, ainda com ela em seus braços.

Anahí: É... Eu quero mesmo conversar sobre isso. 

Rodrigo: Então...

Anahí: Então que eu sou uma grande idiota, Rodrigo. – Começou recostada em seu peito, sem olhá-lo. Encará-lo a exigiria mais coragem, e isso ela não tinha – Então que há alguns meses eu me apaixonei por um cara...

Rodrigo: E?

Anahí: E que eu me apaixonei de uma forma que eu nem imaginava que era possível.

Rodrigo: Corrigindo então: Você o ama. – Anahí ficou em silêncio. Por mais que ela e Rodrigo não tivessem nada sério, eles tínhamos algo. E não era legal confessar para ele o seu amor por outro homem. – Tudo bem, Any, eu não vou me chatear. – Ele podia dizer que não, mas ela sabia que ele iria. E aquilo era tão injusto. Rodrigo não merecia sofrer.

Anahí: Rodrigo – Afastou-se um pouco dele, olhando-o nos olhos. – Eu quero que você entenda que nunca pensei nele enquanto estava com você. Não sou dessas pessoas que beijam um pensando em outro.

Rodrigo: Mas assim que eu ia embora, era nele que você pensava, certo? – A voz sem ânimo dele a dilacerava. Se tivesse controle sobre o que sentia, certamente, escolheria amar Rodrigo. Sem pensar duas vezes. Mas a verdade é que ninguém tem controle sobre seus sentimentos. Por que somos fadados a amar alguém quem não merece, enquanto poderíamos ser infinitamente felizes com a pessoa certa? Não há justiça alguma nisso. Não mesmo.

Anahí: Rodrigo, eu... Eu sou uma idiota – Afundou o rosto nas mãos – Esse homem... – Olhou-o, inserta, segurando as lágrimas que ela pensava que já não tinha – Esse homem é o Poncho e eu... – Os olhos dele a encararam confusos, dilatados. – Eu estou grávida. - Ela pode ver o choque crescendo pouco a pouco em seu rosto. Ele a odiaria, ela tinha certeza disso. Sem dizer qualquer coisa, Rodrigo se levantou, ficando de costas para ela, dando alguns passos pela sala. Anahí ficou parada, observando-o, sentindo as pequenas gotas de água molhando-lhe a face.

Rodrigo: Isso é novo pra mim. Acho que eu não esperava.

Anahí: Me desculpe. Desculpe por não ter te contado antes, desculpe por sentir isso, por... – Pediu, levantando e parando às suas costas.

Rodrigo: Você não tem culpa, Anahí. – Silêncio – Vocês dois... Por isso você não quis ir a festa da minha tia...

Decepcionado. Era isso, Rodrigo estava decepcionado com ela, e aquilo a matava. 

Anahí: Rodrigo – Segurou seus ombros, fazendo-o virar-se para ela – Eu sei que errei, que te magoei, mas isso era tudo o que eu menos queria. Eu juro! – Abaixou o rosto, as lágrimas caíam cada vez mais grossas – Eu não quero perder você. Não quero!

Rodrigo: Olha pra mim, Anahí! – Disse segurando seu rosto e obrigando-a a olhá-lo – Não fica assim! 

Anahí: C-como não vou ficar a-assim, Ro-drigo? – Soluçava – E-eu não queria magoar vo-você!

Rodrigo: Any, eu não vou te poupar e dizer que isso tudo não me magoou – Prendeu o soluço na garganta – Mas – Enfatizou – tudo bem! Ninguém vai morrer por isso, certo? – Com os polegares, ele tentava secar as lágrimas dela. – Deixe de chorar! A vida segue.

Anahí: Por favor, Rodrigo, não me deixe. Por favor... Eu não sei ser forte sem você

Rodrigo: Shh... - a puxou para um abraço. 

Ficaram abraçados, no meio da sala, por um bom tempo. Pouco a pouco o choro cessou, mas não por isso a tristeza foi embora. Anahí estava triste não apenas por ter magoado Rodrigo, ou porque odiava todo aquele sentimento que nutria por Alfonso, mas porque não queria perdê-lo. Não queria perder a amizade de Rodrigo, nem a sua companhia. Ele havia si tornando alguém essencial pra ela.

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Comentários!!

franmarmentini: É, O passado dela é cheio de sofrimento. E ainda vem mais por aí. Tadinha!!

anarbdfa: Sim, ela vai perder o bebê e sim, ela e o Poncho ficarão juntos!

rbd_annie_jb: Ela ainda vai sofre bem... Tadinha, mesmo.