Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

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O RBD faria uma apresentação especial numa festa particular. Como era na capital mesmo, seguiram no ônibus do grupo até o local.

Os bancos já estavam quase todos ocupados. Anahí já estava sentada ao fundo. Chris iria com ela, exceto pelo fato de que notou que Poncho procurava um lugar. Antes que ele pudesse sentar no banco na frente de Anahí, Chris se interpôs e ocupou aquele lugar. Ele não teve escolha, sentou-se ao lado dela. Any abaixou o rosto, não acreditava naquilo, era algum tipo de complô ou o que? Ele a cumprimentou com um aceno, e ela retribuiu com um leve sorriso.

Os dois ficaram em silêncio, era algo realmente constrangedor. Há meses não ficavam tão perto sozinhos. Anahí mexeu na bolsa, procurando alguma distração. Puxou uma latinha de energético. Ela a abriria e a tomaria se o onibus não tivesse arrancado no exato momento em que estava abrindo a latinha e se o líquido não tivesse derramado nela e em Alfonso.

Anahí: Merda! – Soltou – Me desculpe! – Olhou a mancha que se formara na calça dele. – E-eu... Eu vou limpar. – Tirou da bolsa um lenço e tratou de esfregá-lo na coxa de Alfonso, tentando absorver o líquido. 

Poncho não podia fazer outra coisa senão rir da situação. A cara com que ela o olhara, tão desnorteada, tão constrangida, parecia aquela mesma Anahí de sempre. Aquela de antes.

Alfonso: Tá tudo bem, Anahí! – Disse entre risos. 

Any soltou o lenço assim que ouviu a voz dele. Por Deus, o que estava fazendo? A cena era ridícula. 

Anahí: Me desculpe! – Olhou-o, o rosto levemente corado.

Aqueles olhos intensamente azuis fitando-o envergonhados... Ele se perdeu na intensidade daquele olhar. Era sempre assim, os olhos dela o fascinavam.

Lembrou-se que era exatamente por isso que procurava ficar tão distante. A presença dela despertava-lhe uma espécie de vício. E uma vez perto, era difícil se afastar outra vez. 

Alfonso: Tudo bem. – Disse cessando o riso.

Anahí: Nossa. – Levou as mãos ao rosto – Isso foi constrangedor. – Confessou.

Alfonso: Também acho. – Respondeu sorrindo. Enquanto limpava a calça com o lenço.

Anahí abaixou os olhos: Ahm... E aí, já resolveu o que vai fazer depois da novela? – Perguntou tentando puxar qualquer assunto.

Alfonso: Outra novela. Fui escalado semana passada e o personagem é muito bom.

Anahí: Uau. Parabéns. – Disse falsamente empolgada. Não que não estivesse feliz por ele, mas a cada segundo ela percebia o quanto já não fazia parte da vida dele.

Alfonso: E você? Já pensou o que vai fazer quando terminar?

Any: Não sei. – Riu de leve – Acho que vou tirar umas férias... Aproveitar a minha gravidez. – Suspirou.

Poncho: Férias não é má idéia. – pausa - Vai viajar? 

Anahí: Acho que não.  – Sorriu – Já viajo tanto com o RBD não faria muita lógica viajar nas férias também.

Alfonso: Nem tudo no mundo precisa seguir uma lógica. – Ela assentiu quieta. E novamente um silêncio se formara.

Any entristeceu-se, mas procurou não transparecê-lo. Deu-se conta de que depois daquele ano talvez não visse Alfonso tão cedo. A única coisa que os unia era o trabalho, e sabia que assim como a novela, a banda também acabaria em algum momento. Claro, tinha o bebê, mas Alfonso o renegara, nunca sem se quer demonstrou interesse pelo filho.

Poncho, assim como ela, foi tomado pela tristeza, não queria perder contato com Anahí. Pensar em não vê-la mais era torturante. Já sentia tanta falta de tê-la por perto, e essa falta só aumentaria. Foi por isso que ele disse o que disse, rompendo totalmente a barreira que seu orgulho impunha.

Alfonso: Anahí, eu andei pensando... – Ela a olhou, os olhos atentos aos seus lábios, esperando as palavras que diria a seguir – Eu agi muito mal com você, fui um idiota, um moleque e... – Tentou. Era difícil dizer aquilo – Eu devo desculpas a você e ao... e ao nosso filho. – abaixou os olhos e Anahí manteve-se calada, esperando-o prosseguir. - Eu me arrependo todos os dias por aquelas malditas palavras que eu disse. - olhou para as próprias mãos - Eu também quero esse filho. Quero muito!

Anahí: Tudo bem, Poncho – Falou após uma pausa olhando pela janela – Acho que não há porque guardarmos mágoas de algo que já passou. – Seus olhares se cruzaram – Talvez nós dois...

Alfonso: Nós dois... – Repetiu induzindo-o a continuar.

Anahí: Nós dois pudéssemos ser amigos. – Soltou de uma só vez. 

Amigos? Não havia como negar que ele ficara um pouco desapontado. É claro que sentia falta da amizade dela. Mas não era só isso que ele queria. Teve por um segundo a esperança de que ela quisesse voltar. Tolice. Ela jamais voltaria, pensou.

Alfonso: Claro. – Concordou. – Amigos. - E os dois ficaram quietos mais uma vez.

Anahí encostou a cabeça no banco, o rosto virado para a janela. Chovia lá fora. Ela fechou os olhos, não porque estava com sono, mas aquele silêncio já se tornara tão insuportável que ela achou melhor fingir que estava dormindo. E ela fingiu. 
Poucos minutos depois ela sentiu um peso sobre o seu ombro. Abriu os olhos lentamente e virou o rosto deparando-se com Alfonso adormecido. A cabeça dele pendera para o lado e repousara sobre os ombros de Anahí. O coração dela imediatamente respondeu àquilo. Sentiu-se como uma adolescente boba e apaixonada. Droga. Por que ele lhe causava isso? Ela odiava perder o controle sobre o que sentia. Mas simplesmente não conseguia ter controle algum quando estava perto dele. 
A pele do rosto de Alfonso tocava-lhe suavemente o ombro desnudo. Anahí parecia ter sido invadida por uma série de descargas elétricas. Como era possível que um toque tão sutil surtisse nela tamanho efeito? O perfume dele a inebriava. E involuntariamente ela levantou a mão, quase tocando o seu rosto. Mas não o fez, ainda restava um pouco de razão naquela mente perturbada. Ela virou o rosto, voltando-o para a janela. Fechou os olhos tentando esquecer o fato de que ele estava logo ali, ao seu lado. Demorou, mas enfim adormeceu. Só foi acordar quando chegaram ao lugar do show. Poncho acordou antes dela, abriu os olhos lentamente tomando consciência de onde estava. Sobressaltou-se ao sentir a presença dela tão próxima. Levantou o rosto afastando-o de Anahí, ela ainda dormia. Alfonso a observou por alguns segundos, deixando um sorriso nascer em seus lábios antes acordá-la.

Alfonso: Anahí. - Sussurrou tocando-lhe o braço. 

Anahí abriu os olhos assustada: Chegamos?

Alfonso: Uhum. - Disse rindo do estado em que ela acordara.

Anahí: Ah! - Esfregou os olhos – Estou toda descabela. – passou as mãos pelo cabelo.

Alfonso: Nem reparei. – brincou e em seguida se levantou.

Anahí: Poncho! – repreendeu-o rindo.

Porém ao se preparar para levantar se desequilibrou e se não fosse pela rapidez com que Poncho a segurou pela mão, teria caído de mão jeito no banco.

Os olhos dele se fixaram na aliança grossa que ela trazia no dedo e nesse momento ele sentiu o mundo parar ao seu redor, junto com seu coração

Alfonso: Você... você tá noiva?

Anahí: É, eu... – afastou sua mão da dele - Eu deveria ter contado. – disse com a respiração ofegante - Com lincença! - Passou por ele saindo do ônibus apressada.

Poncho se manteve imóvel no mesmo lugar, tentando asimiliar o que acabara de ouvir. Havia perdido Anahi.

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Comentários!!

anarbdfa: Finalmente apareceu!!

franmarmentini: Agora ele vai ter que correr atrás do prejuizo se quiser tê-la de volta.

rbd_annie_jb: Sim, é uma possibilidade. Suspense!!!

camillatutty: Rodrigo, é TDB! Seria um desperdicio se ele morresse. Não?