Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny
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Naquela terça-feira, quando Anahí acordou, ele estava lá, sentado no sofá, o celular nas mãos. Assim que ele viu que os olhos azuis estavam abertos, Alfonso caminhou até ela, sentando na beirada da cama.
Alfonso: E aí? – Perguntou com um meio sorriso – Como está? – Anahí ficou um tempo encarando a íris esverdeada, ali, tão perto. Fazia exatos oito dias que ela não o via. Durante um bom tempo, ela pensou que ele não voltaria e, no entanto, agora ele estava ali, como se nunca tivesse partido. – Falei com a sua mãe e ela disse que, provavelmente, no final dessa semana você já vai receber alta. – Quieta, ela tentava assimilar o que estava acontecendo – O que foi? – Perguntou, a sobrancelha levemente arqueada – Sente alguma coisa? – Sim, ela se sentia confusa, um tanto destroçada, e ela ousava dizer que até um pouco magoada. Ainda que Anahí não se sentisse no direito de exigir nada dele, ela esperava que ele estivesse ao lado dela naqueles dias. O que não aconteceu.
Anahí: Não. Eu estou bem. – Resumiu-se a dizer.
Alfonso: Ainda não está. – Afirmou.
Anahí: Já perdi meu filho, Alfonso, o que de pior poderia acontecer?
Alfonso: Nosso filho. – Corrigiu e, depois de um longo suspiro, continuou – Sua mãe me disse que você não tem se alimentado direito. O que pretende assim, Anahí?
Anahí: Morrer, Alfonso. M-o-r-r-e-r.
Alfonso: Eu tento te ajudar, Anahí, mas assim não dá.
Anahí: Você quer mesmo me ajudar? – Ele levantou a sobrancelha, esperando – Então me faça esquecer desse vazio que existe dentro de mim. Só isso.
When it`s black, take a little time to feel around
Quando está escuro, tome um pouco de tempo para notar o que está em volta
Before it`s gone
Antes que se vá
Alfonso a encarou por longos minutos. No olhar dela ele via o quanto estava ferida e o quanto sofria. Aquele azul parecia tão desesperado por um alento, qualquer alento. E então, movido por algo que nem ele sabia explicar, ele tomou a mão dela entre as suas.
Alfonso: Eu queria poder consertar isso, Anahí. Me culpo todos os dias por...
Anahí: Para, Poncho. – Pediu, apertando a mão dele – Eu não quero que você se culpe. Você não tem culpa alguma.
Alfonso: Sim, eu tenho. E eu sinto muito. Muito mesmo. Eu deixei que a droga da minha insegurança falasse mais alto do que todos os meus princípios. Eu me esqueci do meu próprio caráter quando te deixei sozinha.
Anahí: Você tinha motivos para fazer isso. – Ainda que uma lágrima escorresse dos olhos dela, Anahí tentou confortá-lo. – Eu errei com você primeiro.
Alfonso: Não se compara, Anahí. Eu desejei que o meu filho morresse.
Anahí: Já passou.
Alfonso: Não passou. – Disse, enquanto sentava na cama, ainda com a mão dela entre as suas.
Anahí: A insegurança ou a dor? – Perguntou, baixinho, quando uma das mãos dele deixou as suas para tocar o seu rosto, interrompendo o caminho da lágrima que caía, tímida.
And if there`s love, just feel it
E se existe amor, apenas sinta-o
And if there`s life, we`ll see it
E se existe vida, veremos
Então Alfonso se inclinou, os olhos fixos nos dela, cada vez mais perto.
Alfonso: Ambos. – Sussurrou antes de fechar os olhos. E, sem nem entender o porquê, ele alcançou os lábios dela. Devagar, receoso.
Trêmula, Anahí sentiu seu coração acelerar, exatamente como a sua respiração. Era um beijo tão singelo e, ao mesmo tempo, capaz de completá-la de uma forma tão sublime que chegava a ser assustador.
This is no time to be alone, alone, yeah
Essa não é a hora de ficar sozinha, sozinha, yeah
I won`t let you go, oh, no
Eu não vou te deixar ir, oh, não
A mão de Alfonso deslizava sutilmente pelo rosto dela e ambos os lábios se mantinham imóveis, apenas colados, trocando uma infinidade de sentimentos.
Say those words like there`s nothing else
Diga essas palavras como se não houvesse mais nada
Close your eyes and you might believe
Feche seus olhos e você poderá acreditar
That there is some way out, yeah
Que há alguma maneira de escapar, yeah
Com a mesma lentidão e sutileza, ele deixou os lábios dela. Afastando-se aos poucos, observando-a ainda de olhos fechados. Quantas coisas já haviam passado. E de tantas, quantas foram reais? Bom, a dor que partilhavam agora era real.
(...)
Autor(a): TayTay
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(...) Alfonso: Eu preciso ir. Foi a primeira frase que Anahí ouviu depois que os lábios de Alfonso deixaram os seus. Anahí: Poncho, por favor. – Pediu, esticando o braço para alcançá-lo – Podemos esquecer que isso aconteceu. – Balbuciou – Por favor, não vá embora agora. Eu não quero fic ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 319
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ari.grega Postado em 20/07/2018 - 10:48:40
Pena que não terminou... Tão linda a história....Bem escrita...
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♛margareth_hale_ Postado em 12/01/2016 - 11:26:15
Pena que não terminou, pois a fic foi verdadeiramente linda e faltava muito pouco para o final, mas mesmo assim foi tudo maravilhosooo. Não consegui parar de ler até terminar. Provavelmente vc não vai ler isto, mas obrigada por ter escrito ela =) Ponny <3
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gabriellef_ Postado em 04/04/2015 - 14:47:45
posso colaborar :]
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camillatutty Postado em 03/03/2015 - 02:42:28
Aaaah mocinha! Nem segunda temporada nem o final dessa aqui? Não me tortura tanto assim não!!!
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amandaanyfan Postado em 24/02/2014 - 14:13:38
não vai terminar de postar aqui???
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brendacocatti Postado em 12/02/2014 - 19:46:36
Aaaaaaaai, posta mais pf!! ://
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nyb Postado em 31/01/2014 - 10:46:14
Não nos abandone ><
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gabriellef_ Postado em 29/01/2014 - 09:29:17
não para de postar aqui não :(
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franmarmentini Postado em 29/01/2014 - 09:22:01
postaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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rbd_annie_jb Postado em 24/01/2014 - 21:00:45
continua :) losA só no love! :)