Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

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Quando Anahí abriu os olhos, Alfonso não estava ao seu lado, e o celular tocava insistentemente. Droga. Havia esquecido completamente que prometera passar o final de semana com Maria, sua melhor amiga. Ela acabara de terminar um relacionamento e estava, digamos que, bem deprimida.

Levantou-se apressada, procurando suas roupas pelo quarto. Foi aí que ouviu o barulho do chuveiro. Devidamente vestida, afastou a porta presenteando seus olhos com Alfonso tomando banho. Parou encostada no batente e colocou-se a observá-lo.

Alfonso: Vem cá. – Chamou-a, assim que a viu.

Anahí: Preciso ir embora.

Alfonso: Pra onde?

Anahí: Para a casa de uma amiga. Ela está com uns problemas e eu prometi que passaria o final de semana com ela. Brigadeiro, filmes, conversa e muita tequila.

Alfonso: Tinha pensado em algo diferente para o nosso final de semana. – Lamentou, puxando a toalha branca e secando-se.

Anahí: Desculpe, eu não posso. – E acreditem, ela lamentava tanto quanto ele. Era fato, a presença dele a viciava e era difícil, lê-se muitíssimo difícil, deixá-lo.

Alfonso: Não mesmo? – Perguntou, aproximando-se dela.

Anahí: Não faça isso! – Pediu com um meio sorriso. Ele suspendeu a sobrancelha encarando-a, e Anahí alternava a sua atenção entre os olhos dele, o peitoral nu ainda um pouco molhado, e aquela toalha branca amarrada à sua cintura que gritava para que fosse arrancada. – Você sabe bem que se você me abraçar agora eu desisto do mundo para ficar com você.

Alfonso: Ah é? – Encarou-a abrindo aquele sorriso que a encantava. E então envolveu o corpo dela com seus braços deliciosamente fortes. – Então fica.

Anahí: Poncho. – Suspirou – Juro que não posso. Maria está mal e precisa de mim.

Alfonso: Mas eu também preciso.

Anahí: Mas você não está mal. – Rebateu reunindo o pouco de força que ainda restava-lhe. Seria muita maldade deixar Maria chorando o dia inteiro em casa, enquanto ela se divertia de todas as maneiras com Alfonso. – Me desculpe, mas eu preciso ir.

Alfonso: Sério? – Perguntou com uma carinha de cachorro sem dono que derreteu o coração dela.

Anahí: Uhum. – Assentiu.

Alfonso: Sendo assim, eu te levo em casa.

Anahí: Obrigada. – Agradeceu levando seus dedos até os fios negros, massageando levemente o couro cabeludo dele.

Despedir-se de Alfonso na porta do seu apartamento não foi nada fácil. Queria puxá-lo para dentro e passar o dia todo agarrada à ele, mas as vinte chamadas perdidas de Maria em seu celular a lembravam que ela devia cumprir seus deveres como amiga. E assim seria.

Assim que Poncho entrou no carro e puxou o cinto de segurança, sentiu o celular vibrar no bolso. Ao olhar pelo visor, não reconheceu o número. Pensou em não atender, mas no fim acabou atendendo.

Alfonso: Alô – atendeu.

Dama: Poncho Herrera? – falou a voz feminina do outro lado da linha.

Alfonso: Sim é ele. Quem fala?

Dama: É Dama, Damayanti Quintanar. Lembra-se de mim?- Fez uma pausa esperando uma resposta. – Amiga do Carlos... Em Bogotá...

Alfonso: Ah, sim. – disse rápido - Como vai, Dama?

Dama: Muito bem e você?

Alfonso: Vou bem. – Colocou o cinto de segurança. - Quando voltou de Bogotá?

Dama: Retornei ontem à noite. - Fez uma pausa e em seguida mudou de assunto – Bem... Vou com uns amigos a uma boate hoje... Queria te rever.

Alfonso: Ah! Uma boate?

Dama: Essa boate é incrível, acho que você vai gostar... – Falou empolgada. – E eu tô louca pra te ver de novo. – disse, a voz sexy e Poncho engoliu seco.

Alfonso: Er... – tentava pensar numa desculpa, quando viu uma chamada em espera no celular. Era Claudia. – Eu... Eu acho que a minha namorada não vai gostar muito da ideia...

Dama: Ah sim... – disse desapontada. - Sua namorada...

Alfonso: É, aliás, ela tá me ligando agora. – falou – Faz marcação cerrada, sabe?!

Dama: Sei... Então deixa pra próxima, Poncho.  – fez uma pausa, estava com raiva, odiava ser rejeitada. – Bom, vou deixar você falar com a sua namorada. Tchau.

Alfonso: Tchau. – deligou, respirando aliviado em seguida. – E o que eu faço com você? – encostou a cabeça no banco do carro, enquanto olhava pro celular.

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