Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

Cidade do México - Casa de Tisha - Terça-feira, ás 20h12min

Anahí: O que eu acho? – Perguntou encarando Dulce, que tinha os olhos brilhando de expectativa – Acho uma péssima ideia, Dulce.

Dulce: Credo!! Você continua a mesma desagradável de sempre.

Anahí: Você pediu minha opinião, ora. — disse, ranzinza.  — Eu dei.

Dulce: Quanto mau humor! Quanta negatividade! – dizia negando com a cabeça - Como Manuel Velasco aguenta uma mulher assim? Você já foi mais alegre e simpática, sabe.

Anahí: Manuel tem que me aguentar do jeito que eu sou. Agora, me diz, por que essa história de “reencontro” agora?

Dulce: Estou com saudade de estarmos os seis juntos. Falei com Christopher e ele disse que também está. E, ora, vamos, Maite deve estar precisando se distrair, esse fim de namoro dela não pareceu ser fácil.

E não tinha sido. Mas, se quisessem distrair Maite, por que não saíam as três numa noite qualquer e bebiam um pouco? Por que tinha que ser algo com Poncho no meio? Por quê? Era para ajudar uma amiga a superar a própria separação, ou para causá-la no namoro da outra? Anahí conhecia Dulce, ela não dava pontos sem nó.

Anahí: Dulce, eu não sou boba. E você não me engana.

Dulce: Eu não quero te enganar, Any. Não vá pensando que estou fazendo isso para juntar você e o Poncho. Eu respeito o seu namoro, e o dele também. Saiba que Perla é uma pessoa muito querida por mim e, de maneira nenhuma, eu iria fazer algo para prejudicá-la.

O silêncio imperou. Anahí não esperava e não queria ouvir aquilo. Uma coisa era inventar ou não situações para aproximá-la de Poncho. Outra, bem diferente, era rasgar seda para a atual namorada dele.

Anahí: Já entendi, Dulce.

Dulce: Não precisa ficar com ciúmes, hermosa. Sempre será a nossa favorita — Dulce tinha a voz mais animada do mundo e aquilo irritava Anahí profundamente — Além disso, qual o problema em ver o Poncho? Você e Manuel estão tão bem. Tenho certeza que você já superou. Está na hora de mostrar isso para todos.

Anahí: É claro que eu superei — Anahí bufou — Poncho e eu não estamos juntos há muito tempo.

Dulce: Exatamente, e me deixa muito feliz que vocês estejam levando isso tão bem... — Era óbvio o seu tom de ironia — Não vejo motivos para não nos vermos.

Anahí: Suponho que não devo levar Manuel...

Dulce: Supôs certo — Dulce riu — Perla também não virá. Nem o cara que está saindo com o Christian. Eu só levarei o Christopher por motivos óbvios...

Anahí: Muito bem, e quando será isso?

Dulce: Na quinta. Às nove, em minha casa

Anahí: Meio tarde...

Dulce: Você vai esquecer da hora no meio das tequilas. Não ouse furar comigo, pois Maite e eu poderemos vir aqui te arrastar pelos cabelos.

Anahí: Eu não vou faltar, Dulce. Como você mesma disse, não tenho nada a temer.

Mas ela tinha. Seria uma noite como nos velhos tempos: somente os seis. E a proximidade do grupo trazia à tona a cumplicidade que ela e Alfonso tinham. Eles poderiam não se lembrar – pois a nuvem do relacionamento mal sucedido ofuscara um pouco – mas eram melhores amigos no passado. E ainda se conheciam bem demais. Ela não podia ter a certeza e colocar as próprias mãos no fogo apostando que os dois não se reaproximariam. Eram como ímãs e sempre foram.

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