Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

Assim que Dulce contou tudo o que sabia pra Poncho, ele saiu de casa, deixando Perla completamente confusa. A promessa era de que ele não demoraria a voltar. Muitos assuntos precisavam ser esclarecidos entre Perla e ele. Mas ela não o esperarou. Muito irritada, juntou suas coisas e foi embora.

6 horas depois e ele estava parado em frente a mansão Velasco, em Chiapas. A confusão em sua cabeça era tão grande que ele nem sabia o que dizer a Anahí quando a visse. A descoberta que tinha um filho e a compulsão que sentia por vê-la, estavam o sufocando.

Anahí: Mande-o entrar. – Disse a empregada que veio avisa-la da chegada de Alfonso.

Anahí andava de um lado para o outro na sala, os dedos tamborilando no queixo. Ela sabia exatamente o que deveria fazer, pois já imagina o que Dulce havia feito.

Quando o viu entrar, todas as suas certezas se dissiparam como fumaça. Olhar pra ele, sabendo que a verdade já havia sido revelada era difícil. Parecia mais difícil também conter a vontade de se jogar nos braços dele.

Mudos eles se encararam por longos minutos. Os olhos de Alfonso, perdidos, aos poucos ganhavam uma convicção que não tinham até então.

Alfonso: Anahí, eu... – foi interrompido.

Anahí: Por favor, Poncho. Me deixa falar primeiro. – Pediu e ele assentiu. Após respirar fundo ela começou a falar - Eu imagino que você já saiba de tudo. E sei que eu poderia passar o resto da vida tentando consertar o que fiz, que nada que eu diga poderá te fazer entender o porquê disso. – o olhou, sentindo os olhos marejados - Sei que por mais que eu prove o quanto eu me arrependo, não vai mudar o meu erro... E que existem marcas que não se apagam. – Murmurou – Sei disso, Alfonso. Mas, por favor, tente me perdoar... Porque eu te amo e eu preciso de você.  

Alfonso: Minha vez de falar. – Se aproximou dela. Anahí não se moveu, ficando a um palmo de distância dele.

Com os olhos azuis dilatados, Anahí assentiu. O coração pulando no peito, as pernas bambas. Sentimento típico de quando ele estava por perto.

Alfonso: Eu também preciso de você. – Soltou, acolhendo o rosto dela entre as mãos.

Anahí: Que?

Alfonso: Eu já sei de tudo sim. – Pausa – Mas dane-se! Nós dois já erramos muito. Aliás, nossa historia foi marcada por erros. Erros que nos afastaram e nos impediram de ser felizes. Passei cinco anos sem você, não vou passar mais nenhum dia. Eu não consigo, entende?

Anahí: Poncho... – E uma pequena lágrima escapou de seus olhos.

Alfonso: Independente dos motivos que te levaram a fazer isso. Eu te perdoo. - Os dedos de Poncho deslizaram pelo rosto dela.

Com os lábios trêmulos, ela tentava, a todo custo, impedir que aquele nó que sentia na garganta viesse à tona. Ela não estava preparada para aquilo. Imaginara justamente o contrario. Pensou que ouviria coisas horríveis, que receberia o ódio e o desprezo dele.

Alfonso se inclinou e deslizou os lábios pelo rosto dela. Como se quisesse secar suas lágrimas, distribuiu leves beijos por toda a bochecha de Anahí. Ela fechou os olhos, sentindo o toque tão suave. O pequeno sorriso que tinha surgido em seus lábios aumentou quando os lábios dele pousaram sobre os seus. Ele sorriu junto, para depois morder-lhe o lábio inferior, puxando-o para si. E aí ambos os sorrisos morreram para dar lugar a um beijo lento e ritmado. A língua dele buscou a dela, degustando-a. Os lábios se moveram sem pressa, e as mãos dele envolveram o rosto dela, afagando-o. Inevitavelmente, ela soltou um longo suspiro. Talvez pela primeira vez ela vislumbrou que as coisas poderiam dar certo. Algum tipo de esperança pareceu ter acendido dentro dela, e ela até pôde imaginar um futuro ao lado de Alfonso e Miguel.

Anahí: Eu amo você. Tanto. – Murmurou, os lábios ainda grudados aos dele. – Você é o amor da minha vida. – Ele abriu os olhos, os polegares acariciando o rosto dela.

Alfonso: Quero que venha comigo. – Any franziu o cenho, confusa. – Pra Nova York. – Completou. – Não posso esperar! Quero conhecer o nosso filho. Quero vocês dois comigo. – E aí ela não pôde deixar de abrir um sorriso imenso. Seus olhos voltaram a se encher de lágrimas. Deus, ela tinha mesmo ouvido aquilo? Nosso filho.

Anahí: Claro que sim! – Disse para depois ser beijada outra vez.

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