Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

Central Park, Nova York – Domingo

Já passava das duas. Depois de terem almoçado com Henrique e sua esposa, Anahí, Poncho, Miguel e Shot (cãozinho de Any) foram para o Central Park desfrutar da tranquilidade daquele lugar. Miguel e Shot corriam pelo gramado, enquanto, Anahí e Poncho permaneciam sentados e quietos, as costas encostadas numa arvore, apenas os observando.

A inquietação começava a tomar conta de Poncho. Estava procurando um meio de começar aquela conversa, ele queria colocar todas as cartas na mesa e encaixar as peças daquele quebra-cabeça para que a história dos dois fizesse o mínimo de sentido. Ela, no entanto, sequer pensava em qualquer coisa. Deixava que sua mente pairasse sobre a alegria do filho. Deus, estava feliz, feliz de verdade. Aproveitando um momento que ela não sabia o quanto duraria, mas que pouco importava, porque naquele instante perdido no tempo ele era eterno.
Com o canto dos olhos, ela percebeu que Alfonso esfregava as mãos no rosto. E então pôde notar a sua inquietação.

Anahí: Ok. – Ela se endireitou, ficando de frente para ele. – Tem algo te incomodando.

Alfonso: Na verdade, não. Não há nada me incomodando, mas precisamos conversar.

Anahí: Eu sei. – E então foi a vez dele virar o corpo para ela.

Alfonso: Anahí, eu queria muito que você fosse sincera comigo nessa conversa. Eu preciso que seja sincera. – Ela pegou uma folha que caíra da árvore e passou a destrinchá-la discretamente.

Anahí: É o que eu venho tentando ser. – Disse, baixo, depois de clarear a garganta.- Depois que você soube sobre o Miguel, o que eu mais tenho feito é ser sincera, Poncho. -  Alfonso sorriu, levando a mão até o queixo dela e levantando seu rosto até que ela voltasse a olhar para ele.

Alfonso: Eu acredito. – Ela largou a folha, os olhos surpresos. Podia ver que ele estava sendo sincero naquelas palavras, e aquilo a pegou completamente desprevenida. – Acredito quando você diz que não vai mais se afastar, quando diz que me ama. Mas, por mais que eu acredite nisso, eu não vou conseguir superar tudo o que aconteceu até que tenhamos conversado sobre isso. – O corpo dela retesou por um instante – Convenhamos, Anahí, toda essa nossa ‘história’ é ilógica demais.

Anahí: Eu sei. – Ele se mexeu, ajeitando-se e entrelaçando os dedos das mãos.

Alfonso: Eu preciso que esclareçamos algumas coisas antes de poder seguir em frente. Porque, sinceramente, se eu apenas tentar ignorar o que aconteceu, eu não vou conseguir. Olha, você não sabe o quão difícil é pra mim. Se coloque no meu lugar...

Anahí: Poncho se você não... – foiinterropida.

Alfonso: Se eu me dispus a tentar, eu quero tentar direito. Eu quero derrubar essas malditas barreiras que se formaram entre a gente nesses anos, Anahí, eu quero fazer dar certo. Só que eu não vou conseguir fazer isso sozinho.

Anahí: Você não está sozinho. Eu estou aqui, e vou fazer o impossível para que consigamos. Juntos.

Alfonso permitiu-se alguns segundos de silêncio. Enterrou os dedos nos cabelos e respirou fundo.

Alfonso: Eu estive pensando muito, Anahí, e cheguei à conclusão que existem muitas peças que não se encaixam em toda essa história. Existe muita coisa que eu não sei. Você dizia me amar, mas do nada se afastou. Me escondeu um filho... A minha pergunta é: o por quê disso? Eu, sinceramente, não entendo. – A mão dela buscou a dele, trazendo-a para o seu colo.

Anahí: É complicado, Poncho. – Ele suspirou. - Mas eu mudei... Aprendi com meu erro.

Alfonso: Não duvido que tenha mudado, Any, caso contrário não haveria porque estarmos aqui. Mas não é só isso. Preciso que me conte as partes dessa história que eu não sei. – Ela abaixou os olhos.

Anahí ponderou. Deduziu que, nas atuais circunstâncias, a melhor opção era abrir o jogo. Caso não o fizesse, sabia que o fantasma do passado os assombraria enquanto estivessem juntos, e além.

Comentários!!

annymaniaca: Eu confundo, mas vai ter Julia na historia. Aguarda aí!

ligia: Lindo mesmo!!

camillatutty: Demorou mas agora é só felicidade!!

juliapuente: Por enquanto eles vão se curti  muito, pra compensar os anos longe. Tranquila!