Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

Anahí: E é isso. – concluiu com um suspiro – o resto da historia você sabe. Eu tive o Miguel e meu pai cuidou dele esses anos...

O vinco na testa dele aumentou, seus olhos mantinham-se pregados nos dela. Foram longos minutos de silêncio até que ele dissesse qualquer coisa.

Alfonso: Eu não sei o que dizer.

Anahí: Só diga que vai ficar comigo, que vamos ficar juntos, os três.

Houve mais silêncio.

Alfonso: Você não deveria ter feito isso, Anahí. – Ela soltou-o para colocar os próprios cabelos para trás da orelha.

Anahí: Eu sei e eu me arrependo demais por isso. Mas é que naquela época, eu... Não sei. – olhou para as próprias mãos - Eu tive medo. Não iria suportar ter que manter uma relação amigável com você, enquanto você namorava com a tal da Damayanti Eu estava... – foi interrompida.  

Alfonso: naquela época eu não namorava a Damayanti, Any. – confessou.

Anahí: Não?  - olhou-o num misto de surpresa e desconfiança.

Alfonso: Não. Eu comecei a namora-la bem tempo depois do fim do RBD.

Anahí: Mas... – maneou a cabeça - Como ela me atendeu dizendo aquilo? Ela estava com o seu celular, Poncho.

Alfonso: Aquela noite na boate eu bebi demais... – pausa - O motivo é meio obvio, não?

Anahí: Eu – sorriu sem graça.

Alfonso: É. Você. – fez uma nova pausa antes de prosseguir – Bem, sabe-se lá de onde, Dama apareceu. Ela estava com um grupo de amigos, e acabou se juntando a nós. No fim me deu carona e eu esqueci o celular no carro. Simples assim. – Anahí fechou os olhos. Por Deus! Teria cometido um engano tão grande? - Ela me devolveu no dia seguinte. Eu não sabia que você tinha ligado e muito menos que ela tinha te dito isso.

Anahí: Isso é verdade?  - Perguntou-o ainda sem olha-lo.

Alfonso: É.

Anahí: Estraguei tudo, não foi? - Poncho assentiu. - E agora?

Alfonso: Agora você vai ter que concertar. – Disse firme e ela temeu. – Casando comigo.

Anahí levantou o rosto para poder olhá-lo. Encontrou as íris verdes atentas, fitando-a. Tratou de acalmar sua respiração e lutou contra a lágrima que arriscava rolar de seu olho.  Alfonso deslizou o polegar pelo maxilar dela, indo e vindo inúmeras vezes. E então ela sentiu uma necessidade desesperada de alcançar os lábios dele. E não esperou que ele o fizesse. Inclinou o rosto, fechando os olhos, e sentiu os dedos dele embrenhando-se em seus cabelos. Os lábios dela roçaram nos dele, e Alfonso prendeu o lábio inferior dela entre os dentes, puxando-o delicadamente, depois sugando-o. Ela deixou escapar um suspiro antes de encontrar a língua dele. A mesma sintonia, incrivelmente perfeita. Ele a abraçava apertado e segurava-lhe o rosto com a outra mão. Anahí podia sentir todo o seu corpo respondendo àquele beijo; o arrepio que percorria sua espinha sem que ele precisasse fazer nada, os músculos que tensionavam e relaxavam, a respiração que disparava. O beijo não foi agressivo, tampouco rápido.

Anahí: Me diz que eu não tô sonhando. – Pediu, a boca ainda colada à dele. Alfonso sorriu, segurando o rosto dela e mordiscando seu lábio.

Alfonso: Você não está sonhando.

Ela voltou a beijá-lo, dessa vez com um pouco mais de urgência. Afundou os dedos nos fios escuros de Alfonso, puxando-os enquanto suas bocas se consumiam.
Aos poucos ela o empurrou, deitando-o no gramado. Sem desgrudar os lábios dos dela, Alfonso a envolveu com os braços, trazendo o corpo dela para cima do seu. Apertou-lhe a cintura com força, arrastando as mãos por toda a lateral do corpo esguio.
Quando precisou de ar, ele diminuiu a velocidade do beijo, prendendo o lábio dela entre os dentes. Ao abrir os olhos, viu que ela o observava. Anahí sorriu, trazendo as mãos para o rosto dele, contornando seus traços com a ponta dos dedos.

Anahí: Você é tão lindo. – Ele repuxou o canto da boca num sorriso discreto, depois levou o indicador aos lábios dela, delineando-os. Quando estava a ponto de beijá-la outra vez, o celular dele começou a tocar. Alfonso bufou, sentando e tirando o aparelho do bolso. Olhou o visor e rolou os olhos.

Anahí: Não vai atender? – Perguntou. Ele negou com a cabeça. – Quem é?

Alfonso: Perla.

Anahí: A inconveniência em pessoa. – Suspirou – Mas, bom, ela deve estar preocupada. – Ponderou. Ele ficou encarando-a por um segundo, depois atendeu o celular.

Alfonso: Oi, Perla... Não, não precisa se preocupar... Eu ainda não sei quando volto... é vai demorar. Não... Depois a gente se fala, Perla. Um beijo. – Quando desligou, Anahí o olhava com a sobrancelha erguida, um ar divertido no rosto. – O que foi?

Anahí: Eu não quero nem imaginar o que ela vai fazer quando descobrir tudo.

Alfonso: Ela vai ter que aprender a lidar com isso. – Deu de ombros – Mas então? Onde estávamos?

Anahí: Aqui. – Disse, puxando-o pela gola da camiseta e colando a boca à dele. Alfonso não resistiu ao beijo, mas também não deixou que durasse muito. – O que foi? – Perguntou, quando ele rompeu o beijo, segurando os ombros dela.

Alfonso: Ainda não me respondeu. - Disse sério - Quer casar comigo, Portilla?

Anahí: É tudo que mais quero, Herrera. – disse, com um meio sorriso, e o puxou para abraçá-lo o mais forte que podia.

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