Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

Nova york - Casa de Henrique, ás 09h21min

Anahí chegou à sala apressada.

Anahí: Manuel, o que faz... – foi interrompida.

Manuel: Que loucura foi essa, Anahi? – caminhou até ela. – Por que saiu de casa daquela forma?

Anahí: Que? – o olhava incrédula.

Manuel: Eu te amo tanto. – segurou o rosto dela entre as mãos. – Volta pra casa, minha vida. Eu estou disposto a esquecer de tudo. Podemos colocar uma pedra nisso e tudo voltara a ser como antes.

Anahí: E como nós éramos antes?

Manuel: Ótimos! Nós... Nós nos dávamos tão bem... Na cama e fora dela! Nos entendíamos, éramos parceiros...

Anahí: Realmente. Só faltava uma coisa, Manuel. Uma única coisa: amor.

Manuel: Não, Anahí. Não faltava amor... — ele estava começando a se alterar.

Anahí: Talvez não da maneira que você pensava. Na verdade, o que faltava era realização. Eu não me sentia realizada com você. Eu sentia satisfação, tranquilidade, segurança... você me dava prazer, é claro que dava. Mas sempre ficava um vácuo, que você não era capaz de preencher... e quando eu digo que havia um vácuo, é porque era um espaço que já havia sido preenchido antes. Que estava vazio porque nada do que você fizesse foi capaz de enchê-lo novamente.

O silêncio se fez. Manuel queria ouvi-la até o fim, embora soubesse o que Anahí iria dizer.

Anahí: Depois que eu saí da sua casa... — ela respirou e, por fim, veio ao que queria — Eu fui atrás disso. Do vazio. Do que eu não tinha.

Manuel: E você encontrou?

Ela murmurou em resposta, afirmando com a cabeça. Manuel bufou, virando-se para a parede e levando as próprias mãos ao rosto.

Manuel: Era o Poncho, não era?

Ele se virara propositalmente. Porque não queria estar olhando para ela quando ouvisse a resposta.

Anahí: Sim. Era o Poncho.

Manuel: O tempo todo?

Anahí: O tempo todo. Eu nunca deixei de amá-lo. Apenas... apenas descobri que ele me amava também.

Manuel: Grande novidade — Manuel virou-se novamente para ela, debochando — A questão é saber por quanto tempo ele vai aguentar ficar só com você e não te trocar por todas as outras, como fez antes.

Anahí: As coisas não foram bem assim...

Manuel: Não? — ele cruzou os braços, rindo. - Ele no mínimo deve ter te dito agora que mudou, que sempre te amou, que só ficou com todas aquelas mulheres na expectativa de te esquecer... e você acreditou? Não é?

Anahí: Sou eu quem tem que acreditar, Manuel, não você. E eu acredito. Eu confio no Poncho. O meu coração confia.

Os dois se encararam de frente. E ele pensou que era nítido como o fim deles era diferente do fim dela e de Poncho, um dia. Anahí estava fortalecida naquele momento, não era nem de longe a sombra da mulher destruída de anos atrás.

Manuel: Faça como quiser, Anahí. Só não venha me procurar se ele te magoar mais uma vez.

Anahí: Quem me procurou foi você. Pode ficar tranquilo, eu não vou cair nessa de novo.

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