Fanfic: Pedaços de mim | Tema: Ponny

Dia seguinte

Cidade do México - Apartamento de Alfonso - ás 10h20min a.m.

Anahí desceu do carro, ainda nervosa. Não estava bem segura de como falaria com Poncho, como começaria, não sabia nada. Exceto, sobre o quê viera falar. Fora quase impossível dormir na noite passada, sabendo que o encontraria no dia seguinte. Qual seria a reação dele?

Agora estava ali, em frente ao apartamento dele e sorria lembrando dos momentos que haviam passado juntos

Finalmente sabia exatamente o que deveria fazer.

Perdeu parte da segurança que sentia quando viu a porta do apartamento dele aberta. Caminhou, a passos lentos, planejando tocar a campanhia. E ela iria, realmente. Esticou o braço em direção ao botão, que soaria um barulho anunciando-a, na parede ao lado da porta.

“É ela, não é?”

Anahí sentiu seu coração pulsar em seu peito, batendo fortemente, machucando-a. Puxou o braço de volta, junto ao corpo, na hora em que ouviu a voz de uma mulher dentro do apartamento de Alfonso. Seu coração estava machucando, pulsava ansioso, dolorido.

Perla: Responde, Alfonso. É a Anahí?

Anahí fechou os olhos, tentando controlar os impulsos que sentia em todas as partes de seu corpo. Encostou as costas na parede e fechou os olhos. Respirou fundo, esperando ansiosamente pela resposta de Alfonso.

Alfonso: Sempre foi ela – Alfonso respondeu. Não queria terminar daquele jeito. Não queria magoar Perla, pois realmente gostava dela. Mas não havia outra forma de dizer que amava outra mulher. – Mesmo quando eu não a conhecia, era ela.

Perla: Por quê? – Perla, de frente para Alfonso, chorava.

Alfonso: Sabe... – Alfonso continuou. Seus dedos tocaram suavemente o rosto da namorada, secando a região abaixo dos olhos dela – Eu vou contar uma coisa pra você... – Ele disse – Quando eu fiz amor... com ela, pela primeira vez – Alfonso ouviu a namorada chorar copiosamente em sua frente, pensou em desistir, mas não poderia. Não poderia desistir. Algo em seu peito o dizia para continuar – Quando nós fizemos amor... E ela deitou ao meu lado. Eu tive certeza de que havia encontrado a parte que me faltava...

Anahí segurou as lágrimas, pondo a mão na boca. Alfonso estava falando dela, da primeira vez que fizeram amor. Não deveria estar ali. Mas... seu coração não permitiria que ela fosse embora.

Alfonso: Ela era tudo que eu mais queria. Ela era... Ela é tão perfeita que ás vezes eu me sinto pequeno perto dela. Desde que a vi sorrir, pela primeira vez, sabia que aquela mulher seria a maior encrenca de toda a minha vida. Eu já estava hipnotizado. Se ela me pedisse qualquer coisa, qualquer coisa, eu faria, ali, naquele momento.

Anahí sorriu, sem conseguir conter as lágrimas que caíam em maior quantidade agora. Mordeu os lábios, sem querer fazer barulho.

Alfonso: A primeira vez que ela deitou a cabeça, aqui – Alfonso fez um pequeno círculo em volta de seu coração com as mãos – Que eu senti aquele pequeno rosto, encostado em meu peito – “depois de termos feito amor”, completou Anahí mentalmente – Eu soube que aquele era o lugar dela. Sempre foi dela. Mesmo quando eu ainda não sabia disso...

Perla: Mas você... – Anahí ouviu a pessoa, que ela assumiu ser Perla, chorar.

Alfonso: Eu sei, Perla – Alfonso a abraçou. Anahí sabia que ele estava chorando. Conhecia aquela voz, aquele homem inteiro melhor do que ela mesma. Pegou-se chorando, mais uma vez – Eu sei que dói. Acredita, dói em mim também.

Perla: Você a ama muito, não é? – Ela perguntou com o rosto no peito dele. Anahí não ouviu o que ela disse.

Alfonso: Mais do que eu consigo expressar com palavras – Anahí ouviu e sorriu, dando-se conta de qual fora a pergunta dela . – Mais do que eu posso calcular ou medir... Ela me deu um filho, Perla. – revelou, surpreendendo-a. – E tudo que quero agora é recompensar o tempo perdido. Quero estar com a minha família.

Anahí fechou os olhos com força, sentindo-se chorar outra vez. Pos a mão na boa e afastou-se dali, encontrando outra parede, onde encostou-se, sem saber muito bem o que fazer. Chorou. Passou as mãos pelo rosto, enquanto ainda chorava, silenciosa.

Alguns minutos depois, ela já não ouvia mais nada. Aliás, já não ouvia mais nada há algum tempo. Mas seu cérebro ainda processava as últimas palavras que ouvira. E ele continuava repetindo-as a todo o momento “Quero estar com a minha familia”

Alfonso a amava. A amava muito. Rompera com Perla, por saber que aquele lugar tão especial, no coração dele, era somente de Anahí. Ele sempre a amou, desde sempre... Ouvi-lo dizer as palavras mais bonitas do mundo inteiro à outra pessoa, era a maior prova de amor que jamais poderia ter pedido. Ouvi-lo expressar essas palavras à ela, fora gostoso, fora reconfortante, fora mágico. Mas jamais pensara que ele falaria à outra pessoa. Não julgava que os sentimentos dele fossem tão fortes e intensos como os dela.

Comentários!!

nyb: Ficará tudo bem agora.

juliapuente: Agora é só felicidade. Tá acabando. :(

franmarmentini: kkk... Sms? Coitada dela! o Poncho seria muito insencível se fizesse isso.