Fanfic:  Adultério. | Tema: Vondy

- Mas vocês ainda se amam. Estou errada? 
- Não, não está. Nós nos amamos. – suspirou. – Isso é o pior. – sussurrou contra o colo de Blanca.

- Oi, Manu. O Poncho está? – Christopher indagou ao entrar no escritório do amigo.
- Oi! – a secretária oferecida abriu um enorme sorriso, como se o homem a sua frente não tivesse lhe dado mais um fora á alguns dias atrás. – Está sim, vou avisar que você quer vê-lo.
- Obrigado. – ele agradeceu mentalmente por não ter que discutir ou dispensar a ex-amante. E, ainda em pensamento, implorou para que ela não tentasse se suicidar também. Não por causa dele. – Senhor Herrera, Christopher está aqui. Posso mandá-lo entrar? – a secretária assentiu ao telefone e viu o homem entrar na sala de seu novo patrão.
- Espero que você tenha voltado pra me falar que o Senhor Perroni resolveu não cancelar os contratos. – Alfonso comentou, esquecendo-se que havia deixado o telefone ligado à linha da secretária.
- Maite tentou se matar. – Christopher sentou-se na poltrona em frente à mesa.
- Quê? – arregalou os olhos. 
- Por causa de mim. – completou.
- Mas que... – ficou sem palavras. – O que essa garota tem na cabeça? Titica de galinha?!
- Cara, eu fui vê-la no hospital. – comentou com pena. – Ela tá arrasada. Me viu com a Dulce e com as meninas ontem num restaurante, e o pai dela comentou que a Dulce está grávida.
- E aí resolveu que não queria viver mais e cortou os pulsos?! – ironizou e negou com a cabeça, indignado. 
- Tomou uma cartela de remédio. – suspirou. – Não quero nem pensar na possibilidade da Dulce ficar sabendo dessa história.
- É melhor não pensar mesmo. – o moreno comentou. – Agora eu tive certeza de que o Senhor Perroni vai cancelar os contratos.

Com o fim do dia, Christopher ficou em dúvida se era melhor ir para sua casa ou para a casa dos pais. Ele não queria ter que olhar para sua esposa grávida depois do que havia acontecido com Maite. Aquela história do suicídio o deixou abalado e ele não poderia deixar que Dulce percebesse isso. Por isso tomou a direção da casa dos pais, mas, no meio do caminho, fez o retorno, decidido a ir para sua casa, afinal, não poderia ser tão egoísta e deixar sua mulher e suas filhas sozinhas. Ele não sabia definir como estava sua relação com sua esposa, mas tudo parecia estar bem por enquanto e ele tentaria manter o clima agradável que estava entre ele e sua mulher.

- Boa noite, Alice. – comentou ao procurar pelas filhas na cozinha e na sala. – Cadê as meninas?
- Dormindo.
- Dormindo? Que horas são? – ele olhou o relógio de pulso. – Sete?
- Dulce pediu pra eu fazer o jantar mais cedo. As meninas jantaram e ela as colocou pra dormir. – deu de ombro. – Se estão realmente dormindo eu não sei.
- Vou lá conferir. – subiu as escadas e viu Estefany ressonando em seu quarto, enquanto Nicole cochilava com a televisão de seu quarto ligada.