Fanfic:  Adultério. | Tema: Vondy

Ele preferiu não incomodar a filha caçula, uma vez que ela já estava quase dormindo. Ao invés disso, foi até seu quarto, imaginando que Dulce estivesse tomando banho, no entanto, ao tentar abrir a porta notou que estava trancada e que não havia qualquer ruído de ducha ligada. 

- Dulce? – bateu levemente na porta.
- O quê? – a voz feminina soara ríspida através da porta.
- Pode abrir pra mim? – perguntou cauteloso.
- Não.
- Está ocupada? – estranhou.
- Não.
- O que foi então?
- Só não vou abrir. – disse cínica. Sabia que estava sendo extremamente exagerada e infantil, mas não se importava. Quando Christopher a conheceu ela já era assim e, do mesmo jeito, ele quis se casar com ela.
- Por quê?
- Porque não quero. Hoje de manhã você não estava a fim de conversa e agora que não quer conversa sou eu. Boa noite.

O homem bufou com a infantilidade de sua mulher, mas, ao mesmo tempo, respirou aliviado por ela estar brava apenas por aquilo. Por um momento lhe passou pela cabeça que ela já sabia sobre a tentativa de suicídio de Maite, mas era improvável que ela soubesse. A única pessoa que poderia lhe contar era Alfonso, mas, claro, ele não faria disso. O amigo afirmou que não comentaria aquele assunto nem com Anahí. E seria melhor assim.

Christopher desceu as escadas e jantou sozinho, assistindo televisão. Ficou cochilando no sofá por uma hora e depois decidiu subir, tomar banho e dormir. Ao se deitar na cama, pensou em ir até o seu quarto e derrubar aquela porta para poder dormir junto com sua esposa e desfrutar das carícias dela, no entanto, a própria havia deixado bem claro que não queria a companhia dele aquela noite, e ele respeitaria, afinal, queria evitar qualquer tipo de desentendimento com Dulce.

Seu celular tocou sobre o criado mudo, despertando-o de seus pensamentos. O visor indicava o nome de Maite, causando um suspiro e um meio sorriso no rosto do homem. Era triste a situação em que a morena se encontrava, no entanto, ele a admirava pela insistência. Ela sempre havia sido assim com ele, às vezes chegando até a irritá-lo, no entanto, seu jeito inocente e seu sorriso encantador não permitiam que ele ficasse com raiva dela por muito tempo.

- Oi. – disse com a voz sonolenta.
- Oi, te acordei? – a voz doce e ansiosa soou no aparelho.
- Não.
- Fiquei esperando você me ligar.
- Eu estava indo fazer isso agora. – mentiu e ponderou no segundo seguinte se era melhor ser sincero ou cortar de vez aquele apego de Maite.
- Como se eu não te conhecesse, Chris. – ela brincou. 
- Ainda está no hospital?