Fanfic: Filho Da Guerra: Um caso De Andrey Z. | Tema: Policial
O relógio já marcava cinco da tarde quando Andrey entrava pelos portões da mansão Petrovisk.
–- Estou orgulhosa de você Andrey, não para sequer um minuto de trabalhar – Disse Helena sentada em um lindo sofá de couro.
–- É Dona Helena, assumi uma responsabilidade e tentarei fazer o meu melhor.
–- Sua determinação me lembra de seu pai, e por falar nele tem uma carta que chegou hoje, está no seu quarto, acho que é dele.
–- Que noticia maravilhosa, obrigado. Já vou logo conferir, até logo.
Andrey subiu as escadas correndo, ignorando até o mordomo que descia com toda a classe.
–- A onde está? Aqui! É dele mesmo, deixe-me ler:
Legnica, 6 de Julho de 1940.
Andrey...
Como vai meu garoto? Espero que bem, não me aguento de saudades de ti meu filho, mas você entende não é? Afinal sabe que é pelo bem de nossa terra. As coisas aqui não vão muito bem, estamos presos em uma nevasca aqui em Legnica na Polônia e estamos atrasados para partir para a Alemanha, lá realmente as coisas vão ficar feias, mas ao menos sei que a cidade é frágil e as tropas que guardam a região estão em baixa. Petrovisk me disse que se envolveu em um caso de assassinato e está indo muito bem, logo você que sempre gostou dessas histórias de detetive, que ironia ter de sair da Rússia e se arranjar na Inglaterra, fico feliz por você Andrey e sei que sua mãe também está.
Espero te ver em breve meu filho e quando nos encontrarmos espero estar comemorando a nossa vitória nessa guerra, só lhe peço cuidado, como sabe em toda Europa não são tempos fáceis e qualquer pessoa é desconfiável. Mande abraços para meus amigos Petrovisk e Helena e faça um bom trabalho.
Dê seu pai
Puchkin Zyrmytrov
–- Papai como queria poder falar com o senhor agora, não se preocupe não te decepcionarei – Disse Andrey enxugando as lágrimas que escorriam dos seus olhos.
–- Andrey... Andrey desça aqui, telefone pra você – Gritou uma voz que vinha da sala de estar.
–- Telefone? Quem será? Já vou Dona Helena – Disse Andrey retribuindo o alto tom de voz que vinha lá de baixo.
Andrey desceu as escadas correndo e pegou o telefone nas mãos.
–- Pode falar, aqui é Andrey.
–- Jovem Andrey aqui é Maria, tenho coisas do seu interesse a lhe falar, coisas que poderão esclarecer a morte daquele maldito Conde, por favor, me encontre aqui na mansão amanhã as nove – Disse Maria numa voz afoita.
–- Poderia ir vê-la agora se for preciso.
–- Não!Agora não poderá, tenho um importante compromisso, como já disse amanhã as nove e lhe direi o que precisa saber.
–- Só peço que se acalme e tente se manter segura.
–- Não sei se conseguirei, mas vou tentar. Tenha uma boa noite Andrey.
–- Igualmente Srta. Sanchez – Disse desligando o telefone.
–- Algum problema Andrey? –Perguntou Alice.
–-- Possivelmente eles virão, mas enquanto não aparecem que tal um chá?
–- Seria ótimo. Pedirei para levarem ao jardim, essa hora a vista é muito bonita daqui – Disse Alice fazendo sinal para empregada.
–- Então vamos? – Falou Andrey estendendo o braço para a moça.
Caminharam até o jardim, era por volta de 17h30min. A tarde estava deslumbrante e o Sol estava se pondo.
–- É lindo, não acha Andrey? – Perguntou Alice.
–- Sim, mas não é mais encantador que você Alice – Mal terminou de dizer Andrey já beijava Alice que também o retribuía – Desculpe Alice, eu não deveria ter... Perdoe-me – Desculpou-se envergonhado Andrey.
–- Imagine só, nós já somos bem crescidinhos e sabemos muito bem o que queremos e com quem queremos, eu também gostei e acho você uma pessoa maravilhosa – Disse Alice com as bochechas vermelhas.
–- Apesar de também gostar muito de você Alice, não acho que podemos ficar juntos, você sabe que estou atrás de um louco que mataria qualquer um por nada e sabendo que estou envolvido com você ele poderia te fazer mal só para me prejudicar, você já sofre demais por seu pai e a ultima coisa que quero é que tenha que se preocupar comigo também.
–- Você tem razão Andrey, o problema é que já me preocupo com você, tarde demais.
–- Mas, por favor, só peço para que espere um tempo, porque uma hora tudo isso acabará e poderemos ficar juntos.
–- O tempo que quiser Andrey. Mas mudando de assunto porque não tomamos o chá antes que esfrie – Disse Alice caindo na risada.
–- Se você insiste, então vamos.
As horas passaram e Andrey e Alice passaram todo o fim de tarde conversando e se conhecendo melhor, até que uma nuvem que ameaçava que choveria tomou conta do céu e espantou o casal para dentro da mansão.
–- Enfim entraram, achei que dormiriam lá fora – Disse Helena abraçando a filha.
–- Dona Helena a companhia de sua filha muito me agrada, não temos moças com tão alto astral lá na Rússia.
–- Senhora o jantar já está pronto – Disse a empregada interrompendo a conversa.
–- Obrigado. Então jovens, o que acham de irmos jantar? – Perguntou Helena.
–- Acho uma ótima ideia mamãe, estou morta de fome – Disse Alice.
Sentaram-se a mesa e o jantar foi servido.
–- Tenho noticias de seu pai Alice, ele ligou hoje as 03h00min da manhã, acredita? Disse-me que o Sul da França está um caos, nunca se viu tanta gente morta e tantas cidades destroçadas como agora, mas me disse para ficarmos tranquilas porque a cidade onde estão não está na linha de batalha, te mandou um beijo e disse que te ama minha filha. Já para você Andrey ele mandou um forte abraço e pediu que o escrevesse para atualizar sobre o caso – Relatou precisamente o recado que fora pedido pelo marido.
–- Fico feliz por saber que papai está bem, já estava preocupada pela falta de noticias – Disse Alice dando uma garfada em um pedaço de carne.
–- Também fico Alice, apesar de conhecer seu pai há pouco tempo, ele se mostrou um ótimo militar e mais do que isso um ótimo amigo – Disse Andrey.
–- Mudando um pouco o assunto, chamei o soldado para vir jogar Pôker depois do jantar, o que acham? – Disse Helena.
–- Uma ótima ideia sem duvida mamãe gosta de Pôker Andrey? – Perguntou Alice
–- Para falar a verdade lá na Rússia o Pôker é jogado só por homens, me surpreende as mulheres jogarem aqui. Mas é claro não só gosto de jogar, como jogo muito bem e tenho certeza que irei ganhar.
–- Convencido! Veremos no jogo. – Disse Alice rindo.
–- Dona Helena você conhece mais da vida do soldado?Eu não sei nem o nome dele, e me parece ser de muita competência e muito simpático – Perguntou Andrey levando a boca uma taça de vinho do Porto 85 anos.
–- Olhe Andrey eu não sei muito mais do que você. Ele se chama Willian Parker, não conheço a família porque parece que ele veio de uma cidade próxima a Liverpool, ele é muito tímido e fala pouco, mas é astucioso e já foi da guarda pessoal do finado Conde Sunderland, foi assim que conheceu Petrovisk que pediu suas referências ao Conde e logo o promoveu a soldado e agente de primeira instância da Scotland Yard – Relatou com muita dificuldade Helena, como se fizesse esforço para lembrar os fatos.
–- Que história interessante, isso só para a competência do garoto. A propósito qual é a idade dele? – Perguntou Andrey.
–- No começo do ano mandamos um cartão de aniversário para ele, se não me engano fez 30 anos. – Respondeu Helena.
–- Trinta!Mas não parece, aparenta ter no máximo 20 anos – Completou Andrey.
–- O soldado que a senhora aguardava já está na sala – Disse a empregada.
–- Perfeitamente. Então vamos ao jogo?
Dirigiram-se a sala onde estava sentado o soldado.
–- É sempre uma honra poder participar de reuniões com a sua família Dona Helena – Disse o soldado se levantando.
–- O que é isso rapaz, para nós quanto mais pessoas para jogar melhor, e você sabe que não só meu marido, mas minha família tem enorme respeito por você e pelo seu trabalho.
–- Então chega de conversa que estou a fim de ganhar tudo esta noite – Falou quase gritando Alice.
Jogaram por longas horas e Andrey confirmou seu favoritismo, ganhou quase todas. Após a partida todos se dirigiram a seus quartos. Só foram acordados no outro dia com incessantes batidas na porta.
–- Andrey, Andrey, desça aqui pelo amor de Deus – Gritou uma voz masculina que vinha do hall de entrada.
–- Ãh, o que é isso? Quem está gritando o meu nome essa hora? O pessoal estranho esses ingleses. Já vou!Já vou! – Gritou Andrey que vestia seu roupão e calçava suas pantufas.
–- Desça logo garoto, vamos – Continuou a gritar a voz ainda não identificada.
–- Mas quem é? Pelo amor de Deus fale baixo – Dizia Andrey enquanto descia as escadas.
–- Sou eu! Ande logo – Continuava gritando o anônimo.
–- Eu quem? Ah é você Dr. Donaldson, para que tanto escândalo essa hora da manhã homem, ficou louco? – Falou Andrey cumprimentando o médico.
–- Deixe seu sono de lado, o assunto é mais importante.
–- Então diga – Falou Andrey como se desdenhasse da noticia que estava prestes a ouvir.
–- Maria morreu!
–- Que Maria? A empregada da mansão Sunderland?
–- É claro, conhece outra?
–- Para falar a verdade eu já esperava. Só não achei que a noticia viesse tão cedo.
–- Como é? Você já sabia? – Perguntava o Doutor boquiaberto.
–- Sabia não, esperava. Ontem ela me ligou e disse que tinha uma importante informação a me dar – Disse Andrey em tom monótono.
–- E você não fez nada? – Falava Donaldson espantado com a tranquilidade do outro.
–- Fazer o quê? Disse a ela que hoje iria ouvi-la, mas pelo visto não deu tempo não é.
–- Sinceramente não entendi, no que a morte de Maria te ajudaria? Além do mais você disse que ela tinha uma importante informação a dar, e isso significa que perdemos e não ganhamos.
–- Como você disse não ajuda, mas também não atrapalha, porque o assassino teve de matar Maria as préssas e sem duvida teremos uma série de pistas explicitas, pelo menos é o que penso.
–- Mas pelo que vimos o assassino é bem cuidadoso, não deixou rastros no primeiro, quem dirá no segundo.
–- Ai que você se engana, não tem ninguém perfeito e como eu disse, ele não teve muito tempo e com certeza cometeu um erro. Mas depois entremos em detalhes, que tal um café? – Perguntava Andrey ao Doutor a sua frente.
–- Me espanta como consegue pensar em comer sabendo que uma moça morreu.
–- Doutor a fome não escolhe momento e comendo ou não Maria ainda está morta e o assassino solto, então relaxe e venha tomar café comigo.
Tomaram café por mais ou menos meia-hora, depois de se arrumar Andrey e Donaldson rumaram a um bairro na periferia, onde no fim de um beco encontravam-se umas pessoas em volta de um saco preto.
–- Ela está ali. Morta a facadas e... – Dizia o Dr. Donaldson.
–- Não me diga que ele...
–- Sim!Ele cortou a língua dela.
–- Que tipinho fascinante é esse assassino hem, tão ousado e cruel, gostaria tanto de conhecê-lo – Falava Andrey com os olhos brilhando.
–- Você é louco!Louco de pedra!Que detetive pensa em conhecer um assassino por pura admiração?
–- Chega de papo, vamos trabalhar. Com quem eu posso conversar? Tem algum policial, soldado, alguma autoridade?
–- Tem sim, o soldado chegou aqui muito cedo e poderá te ajudar, eu sou apenas um médico, certas coisas não são da minha conta – Murmurava o médico enquanto caminhavam até o soldado.
–- Ei soldado, bom dia. Como se recuperou das derrotas de ontem no Pôker? – Perguntou Andrey.
–- Bom dia Andrey, estou ansioso pela próxima partida.
–- Você sabe se há alguma testemunha ou alguém que possa ajudar com alguma informação?
–- Não, pelo visto a rua estava deserta quando aconteceu – Disse o soldado.
–- Não é possível! Alguém ter de ter visto ou escutado alguma coisa – Mal terminou de falar Andrey foi interrompido por um senhor que gritava dizendo para alguém o escuta-lo.
–- Eu sei... Eu vi... Alguém me escute... –Gritava um senhor ao longe.
–- Andrey não dê atenção a esse louco, como esses vemos todos os dias por essas ruas, é efeito de muita bebida, quem sabe até drogas. – Disse o soldado.
–- Entendo soldado, mas uma vez li em um livro que nunca devemos desacreditar de uma informação antes de ouvi-la, no momento é preferível ouvir um suposto bêbado, do que continuar no vazio.
–- Mas Andrey, justamente por não termos nada, não podemos perder tempo, mande embora este louco – Continuou argumentando o soldado.
–- Não levará muito tempo, eu prometo,pode chama-lo, por favor, soldado.
–- Se insiste então vamos lá – Disse o soldado se retirando na direção do senhor que continuava a gritar.
Os dois caminharam até Andrey que esperava sentado em um banco de madeira perto do corpo.
–- Bom dia, como o senhor se chama? – Perguntou Andrey.
–- Rufhus me chamo Rufhus Clipper.
–- Me parece que você viu alguma coisa ontem á noite, estou certo?
–- Sim, vocês tem que acreditar, eu vi... Eu vi... – Dizia o homem parecendo perturbado.
–- Sim eu acredito, mas acalma-se e me diga o que aconteceu.
–- Eu estava dando uma volta, refrescando a cabeça, tinha sido um daqueles dias onde nada dava certo, havia perdido meu emprego e brigado com minha esposa, resolvi pensar um pouco na vida, segui pela Rua Stanford e me sentei naquela calçada ali – Apontando para frente – Derrepente vi uma moça caminhando em direção ao beco, em seguida um homem de cabelos curto, e com a sua altura aproximadamente, porte atlético e com roupas pretas entrou logo atrás, eles conversaram um pouco e vi-o tirar uma faca e fazer tudo o que fez, só não corri por medo de ele me ver – Descreveu com o máximo de precisão que lhe era permitido.
–- Muito bem! E o senhor sabe para onde ele foi? – Perguntou Andrey.
–- Andou até a esquina e entrou em um carro preto, que arrancou em sentido Hill Park – Disse Rhufus.
–- O senhor muito nos ajudou, pode ficar tranquilo que arrumaremos um emprego para você, eu cuidarei pessoalmente disso.
–- O que é isso, eu que agradeço. Agora me deixe ir porque minha esposa deve estar preocupada – Disse Rufhus apertando a mão de Andrey e se retirando.
–- Acho que esse velho está mentindo, bebeu todas e agora fala o que não viu, se fosse você não levaria em conta uma só palavra dele – Disse o soldado.
–- Muito bem dito, se você fosse eu, como você não é a minha pessoa, vou sim levar em consideração todas as palavras dele, os fatos batem, olhe só ali na esquina tem marcas de pneu e pelo visto são muito recentes, e Rufhus disse que estava sentado naquela calçada ali que proporcionou uma ampla visão do beco, e de onde estamos não seria possível nem Maria nem o assassino ver o homem sentado do outro lado da rua.E Rufhus não está bêbado,está em choque, afinal viu uma mulher morrer e não pôde fazer nada,nem fugir. Dessa vez demos sorte soldado.
–- Você é bom Andrey, você é muito bom – Disse o cabisbaixo soldado.
–- Pode chamar o Doutor, por favor?
–- Não precisa Andrey, já estou aqui, pode falar – Disse Dr. Donaldson.
–- Por favor, qual foi à hora da morte? – Perguntou Andrey.
–- Segundo o que testemunha disse foi mais ou menos 02h30min da madrugada, e segundo meus exames foi entre 2 e 3 horas da madrugada, o que quer dizer que ele está falando a verdade.
–- Soldado os empregados da mansão já sabem? – Perguntou Andrey.
–- Não, eu estava esperando você chegar para decidirmos o que fazer.
–- Pode avisa-los; aproveitarei e farei algumas perguntas.
Passaram-se mais ou menos 45 minutos até chegarem Charles e Patrícia no carro do finado Conde.
–- Onde esta ela? Como alguém pôde fazer isso? Essa pessoa tem que ser presa, pessoa não ele é um mostro! – Lamentava Patrícia.
–- Bom dia Sra. Kilsko, lamentamos por Maria. – Disse o médico.
–- Não é possível, o que Maria tinha a ver com isso? – Perguntou Charles.
–- Olhe senhores ontem Maria me ligou e disse que tinha uma importante informação a me dar, provavelmente a assassino ficou sabendo e agiu mais rápido que todos nós – Concluiu Andrey.
–- Que tipo de informação Maria poderia oferecer? O que ela sabia? – Perguntou Patrícia.
–- Sem dúvida era sobre o assassinato do Conde – Disse Andrey.
–- Que coisa triste, ela era tão jovem e desejava até formar família – Disse Charles.
–-Eu sei que é um momento triste, mas eu poderia fazer algumas perguntas? – perguntou Andrey.
–- Se é necessário não tem problema algum, certo Charles?
–- Claro que não há problema Patrícia, ele pode perguntar a vontade.
–- Comecemos por você Sra. Kilsko, pode nos dar licença senhor Charles?
–- Sim é claro – Disse Charles se retirando.
–- Obrigado. Então Sra. Kilsko, pode começar me dizendo onde estava ontem à noite.
–- Sim. Como é de costume jogamos buraco até as 02h00min da manhã, quando Charles pela 5ª vez ganhou decidimos parar.
–- E como a Senhora me comprova isso?
–- Você pode falar como Ana e Mill, que são empregados na mansão vizinha e passaram toda a noite conosco.
–- Muito bem, já ia me esquecendo, onde estava na hora do assassinato do Conde?
–- Ah, mas essa informação eu já dei para um dos policiais que estavam na mansão no dia do assassinato.
–- Sim eu acredito que tenha dado, mas incrivelmente eu não fiquei sabendo ainda e tinha me esquecido de perguntar, sou iniciante sabe – Disse Andrey meio envergonhado pelo desleixo.
–- Tudo bem me deixe lembrar... Sim é claro, foi há exatamente uma semana atrás, era uma quinta-feira e á exatamente 10 anos todas as quintas nós jogamos buraco, e vocês podem comprovar com Ana e Mill, além de seus patrões que também jogaram comigo, Charles e Maria naquela noite.
–- Obrigado Sra. Kilsko, pode chamar Charles, por favor – Agradeceu Andrey.
–- Sempre as ordens – Disse Patrícia se retirando e chamando Charles.
–- Então Sr. Cartwhite, me diga onde se encontrava ontem à noite.
–- Eu e Patrícia jogamos buraco com os empregados dos Dicksons até as 02h00min horas da madrugada. A propósito paramos porque eu engatei uma sequência de cinco vitórias seguidas que irritou a todos.
–- E no dia do assassinato do Conde, onde estavam?
–- Por volta de 18h30min da tarde o Conde disse que estávamos liberados e como de costume as quintas fomos jogar buraco e dessa vez Ana e Mill disseram que seus patrões queriam jogar, então ficamos até as 03h00min da madrugada, me lembro de que entramos sem fazer barulho para que o Conde não nos ouvisse.
–- E não perceberam nada de diferente? Portas, janelas ou portão arrombados?
–- Não, tudo estava devidamente fechado como havíamos deixado.
–- Tem ideia do que Maria gostaria de me dizer hoje pela manhã Sr. Cartwhite?
–- Não faço a mínima ideia e tão pouca questão meu jovem, às vezes Maria tirava conclusões precipitadas, não deveria ser nada de importante, até porque se fosse teria contado a mim e a Patrícia.
–- Sim, pode ser. A propósito recomendo que tome cuidado, já tivemos provas de que o assassino está acertando algumas pontas soltas que deixou para trás, Maria é o maior exemplo disso.
–- Não tenho medo Andrey, porque não devo nada a ninguém e muito menos sei de alguma coisa, não tenho motivos para morrer.
–- E para matar? Tem motivos para matar Sr. Cartwhite?
–- Tome cuidado com suas palavras meu caro, não procure nada que não queira achar – Disse Charles se retirando.
Notas finais do capítulo
A cidade de Legnica fica situada no sudoeste da Polônia,perto da fronteira com o leste da Alemanha.
Autor(a): Souza
Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
–- Sabe Doutor lhe chamei aqui para podermos fazer um levantamento de tudo que temos até agora – Disse Andrey sentado na cadeira da biblioteca da mansão Petrovisk. –- Andrey você poderia ter chamado o soldado, eu sou apenas um médico. –- Deixe disso Dr. Donaldson, não seja modesto, tem se mostrado um a ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo