Fanfic: Silent Masochism | Tema: Original
Hoje faz três meses que ele me mantem assim. Meus punhos já estão avermelhados, as correntes me apertam, meu pescoço, minhas pernas, meu corpo por completo, está cheio das marcas de seus toques tão brutos. –Ah sim. Eu gosto disso. Sinto-me vivo. Quando ele demora a voltar, sinto-me só, a morte é tentadora. Não viverei sem os toques dele.
Hoje ele me vestiu com a fantasia que mais gosta. Ela deixa meu corpo respirar e não aperta. Mesmo eu sendo homem, me sinto confortável com esse vestido. Seu tecido é tão macio, e o cheiro “dele” o toma por completo, acho que faz isso de propósito, pois sabe que me excito fácil quando sinto seu cheiro. Sim, ele só me pediu isso. “–Esteja pronto, quando eu voltar meu Chibi”. – Sua voz faz meu corpo tremer, amo quando ele me chama assim. Tenho dezoito anos, um metro e cinquenta e sete de altura, meu peso eu não sei, desde que ele me trouxe para sua casa, não fui a médico e nem cheguei a checar meu peso.
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Guardo a lembrança agradável, de um corpo quente, em uma noite chuvosa. Ele estava febril o salvei de uma suposta gripe, eu um garoto de rua, tive o privilegio de aquecê-lo daquela forma. Seu corpo foi o mais lindo que vi em toda minha vida. Eu apenas queria aquece-lo normalmente, com um pouco de tecido que eu tinha roubado de uma loja na manhã daquele dia. Mais seus olhos olharam pra mim de uma forma tão profunda, que sentir-me estranho. Suas mãos seguraram firme em meus ombros, ficamos de joelhos por um bom tempo. A chuva que caia fora de meu barraco acompanhada pelo o forte vento, fazia o frio ficar insuportável, e com isso ele me apertava mais. Seu corpo quente pela a febre fez-me sentir protegido, acabei me excitando ao ouvir suas lamurias dos delírios da febre em meus ouvidos. –Ar...Atrito. –Essas foram suas palavras, eu não entendi muito bem o que significava, só o abracei mais forte. –Salve minha vida. Chibi. –Não sabia o que fazer, não estava entendendo a situação, mais logo de ter dito aquilo, senti suas mãos em minhas ancas, ele me puxou de uma forma tão precisa, acabei ficando sentado nele. Aquele homem que eu nunca vi em minha vida estava fazendo meu corpo sentir algo estranho, algo que nunca senti. –“Gomen-ne por isso”. –Disse ele rasgando as minhas poucas roupas, fiquei com mais frio, mais seu corpo me aqueceu. Aquela foi a minha primeira vez, não sei se ele desconfiou disso, porém a forma que ele me tratou naquele dia, foi muito diferente da forma que ele me trata atualmente.
–Está com pensamento longe meu chibi? –Ah ele chegou, como sempre com esse belo sorriso em seu rosto. –Vejo que já estais pronto. –Todos os dias é essa rotina tão magnifica. Ele as vezes apenas se senta e fica a me observar. Toco-me com tanto cuidado, faço tudo que ele manda.
Tem dias que quero gritar teu nome, ao extremo orgasmo, porém minha deficiência de criança não me permite isso, sim sou mudo, as palavras que todo o dia penso em dizer a ele, nunca chegaram a seus ouvidos. –Está tudo bem meu querido? –Balanço a cabeça positivamente. –Então quais são os motivos dessas lagrimas? –Abro minha boca, mais nada sai. Esforço-me mais só sai sons estranhos.
Não demora e ele começa seus feitos do dia. Seus toques... –Ah! Quando ele me toca assim... Suas mãos... Seus movimentos, tudo são de uma forma, extraordinariamente variáveis a cada dia, não sei onde ele aprendeu essas excitantes formas de masturbar alguém. Minhas mãos sangram nas corrente que as rodeiam, e aquele liquido vermelho escorre pelo meu braço, até o cotovelo e pinga em minhas coxas, ele as lambe junto com o sague e olha pra mim devassadamente. Suas enormes unhas arranham meu abdome, isso me excita mais, sua mão é precisa em meu membro, e sua caliente língua em minhas coxas, essa combinação... Ah... Não vou me segurar... O..Oh! –Meu sêmen em seu corpo, as vezes ele não gosta quando isso acontece, e me castiga. –Garoto malvado, sorte sua, estou bonzinho hoje. Então o que você está esperando? –Fico de costa e logo ele me adentra. Queria poder gemer, gritar minha felicidade mais nada sai. Seu pênis tão rijo me adentra profundamente, suas fortes mordidas em meu pescoço, chegam a sangrar. Essa dor... Esse prazer... Suor e sangue, combinação perfeita. Com tanto afã ele arranha minha pele, meu pescoço menos o meu rosto. Não sei por quê. Ah! Ó céus hoje ele está extraordinário, minha entrada já está acostumada com seu vasto membro, porém ele o usa de formas variáveis, essas formas me levam a loucura. Oh! Agora ele me tem de frente, me encara, não isso não. Seus olhos eles... Eles me hipnotizam, não posso gozar antes dele, irá ficar furioso, não gosto quando fica bravo comigo. Meu castigo é fica sem seus toques por vários dias, isso me deixa depressivo. Ma-as não estou aguentando. Ele me tendo de frente sabe meus pontos fracos, conhece meus limites, será que ele quer de proposito que eu lhe dê um motivo pra não me tocar? Será que enjoo de mim. Não! –O abraço e com isso ele para com seus movimentos, e me encara. –Porque me paraste? –Me esforço, mais nada, nenhuma palavra sai. –O que tanto passa nessa sua cabecinha, quando estou fazendo isso com você? –Nani? Ele nunca me perguntou isso. Suas mãos em meus cabelos, ele está acariciando-me? Porque isso agora? –Ele me abraça fortemente, fazendo seu membro ainda dentro de mim, ir mais profundo, me inclino levemente pra trás. –Não pense que irei te deixar, não quero que fuja de mim, por isso te mantenho preso nessas correntes, meu Chibi. –Meu coração, ele está mais acelerado que nunca, o que será que ele quer? Sempre fica em silencio quando tranzar comigo. E hoje eu ouço essas doces palavras mesmo depois de ter feito coisas que ele não gosta. Quero falar, agora, tudo que sempre quis ti dizer. –Ele segura firme em minhas ancas, me conduzindo a subir e descer. Meu corpo em teu corpo, suas lamurias, seu olhar de sedução tudo estava perfeito. Ele não me arranha mais, apenas me acaricia, e me beija, sua língua em minha boca, as salivas escorrendo no canto de nossos lábios, aquilo estavam prazerosamente espetaculares. Minha bunda escorrega em seu colo que estava todo encharcado do suco que jorrava de seu membro dentro de mim. –Eu queria ao menos uma vez, ouvir tua voz. Ah!... –Nani?! Minhas pernas tremem, isso é impossível, todos os dias tranzamos, e elas nunca ficaram assim, agora ele se desfez dentro de mim, algo que nunca fez antes, e ainda diz isso? O que eu mais desejo, é o que ele também mais deseja? Porque ele não me solta? A não assim vou chorar, se ele me ver chorando vai achar que está me machucando. –Logo me acalmo ao sentir tuas calientes mãos acariciando meu rosto. –Meu Chibi, seus olhos estão cheios de lagrimas, o que tanto faço pra te fazer chorar? –Droga, quero te falar, quero gritar, se ao menos eu soubesse escrever, seria possível com apenas palavras você saber dos meus sentimentos por ti. –Onegai não chore. Meu chibi. –Ele me abraça. –Daria minha vida pra ti curar. –Nani?! Porque isso? Não vou conseguir parar de chorar. –Eu... E... –Tento falar algo, mais não consigo de jeito nenhum, o afasto um pouco de mim e fico com a cabeça abaixada. –A... Ai. –Minha garganta dói, mais tenho que dizer isso a ti. –A... A... –Em seu abdome caem gotas de sangue, sim minha garganta está sofrendo com o esforço que eu estou fazendo. Levanto a cabeça e com o pouco de força que me restava eu tento...eu tento –AISHITERU KIYOTO-KUN!!! –A expressão em seu rosto, aquela expressão não sei se é boa coisa, mais minha garganta dói me sinto fraco, acabo me apoiando em sem peito, quando sinto algo quente e molhado caindo em meu ombro, quando inclino minha cabeça para cima, o vejo chorando, tento falar algo, mais não tenho forças nem para soltar sons estranhos. Ele apenas me abraça forte. –Chibi, pensei que estava te maltratando esse tempo todo, logo no inicio eu só queria lhe usar, és tão belo. Porém nas ultimas semanas do primeiro mês do nosso relacionamento, me senti necessitado de teu corpo, de teu calor, acabei te prendendo como bicho. –Ao falar essas palavras ele me solta das algemas, assim eu pude abraça-lo pela primeira vez em três meses, e com meu abraço ele para de falar e chora novamente, seguro firme em seu rosto e dou um sorriso. –Aishiteru. –Essa palavra não doía mais, afinal só era ela que eu conseguia falar. Ele me abraça novamente. –Gomen-ne, Chibi. –Eu apenas sorria e repetia aquela única palavra que conseguira falar.
Fim.
Autor(a): isysxxsutcliff
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