Fanfics Brasil - 2 Drink your fear... Or your fetish.

Fanfic: Drink your fear... Or your fetish. | Tema: BDSM, ORIGINALS, BDSMS.


Capítulo: 2

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Dor. Essa é a palavra que eles mais gostam de ouvir.


Pare senhor, está doendo. Pare. Pare!


Eles nunca lhe ouviam. Quanto mais berros, melhor era o que sentiam. Seu corpo era domado por um espírito superego inflamável, na qual machucava internamente e sugava sua alma. Suas forças.


Chicotes, mordaças, algemas. Prazer.


Dor!


xx


 


Minhas pernas não conseguiam parar quietas. A fraqueza era quem dominava meu corpo. Meus joelhos já gastados e com ferimentos agudos pareciam querer quebrar toda vez que meus pés tocavam o chão. Em minhas costas era carregado o peso das chibatadas e não agüentava meu próprio corpo.


Se não nos curvássemos diante de suas caldas reais, não havia juramento. Se não fizesse o que nosso rei mandasse, não havia misericórdia. Ele era nosso mestre. Nosso próprio castigo.


A luz do corredor parecia possuir-me. Meus poros explodiam por querer suar, mas era inválido de todo ele. O medo impedia-me de andar, falar e de restaurar todos os meus movimentos de reflexo. De nada conseguia fazer. Era incontrolável.


Coma-me, beba-me.


Se há um inferno então cá estou eu. Estes são os demônios pela qual devemos temer. É a doença que não há cura. Quando se está presa entre os dedos deste apocalipse, é impossível escapar.


Ele sentia-se um deus misericordioso que aplicava cura em seus fieis. Mas ele não tinha devotos, tinha escravos. São escravos de seu próprio ego. Não sabiam onde queriam chegar. Mas eles sabem que vão, e estão cada vez mais perto.


Mais perto do limite.


 


(...)


Eu estou cansada. Meu corpo pede ajuda, mas minha mente mal funciona. O caminho do corrimão de aço até a porta onde eu dormia, parecia a distancia entre dois continentes.


Meu corpo tremia. Ele tremia. Queria sossego. Não conseguia andar. Eu só precisava de um banho. Um banho quente. Mas a lembrança de seus olhos fazia-me banhar em lágrimas que ardiam meus cortes no rosto. E ardiam, queimavam. Eu tremia. Tudo ardia. Sangrava.


Sangue!


 


[ ].


Quando minhas mãos sangrentas fecharam a porta branca de madeira, senti minhas juntas desabarem. Meu corpo estava atirado ao chão, como se tivesse sido baleada há poucos segundos.


Respiração ofegante. Algo dentro de mim incomodava-me. Era pontiagudo. Algo afiado.


Era bom.


 


Meu colo era todo de sua boca. Manchas horríveis e enormes tinham domado meu corpo e feito moradia. Meus cabelos eram agora ralos. Queria morrer.


Morrer um milhão de vezes.


 


(...)


Meu corpo estava fraco, com um frio na espinha. Estou em combustão.Prestes a explodir. Com os sentidos à flor da pele. Meu corpo não me deixa agir, minha alma está contaminada.


Contaminada por sua força.


Estou no inferno.


 


Sinto as vistas embaçadas. Sinto o coração pulsando na garganta. Sinto as têmporas latejando. Sinto um frio, um calor, um tremor, um soluço preso em minha garganta seca..


Como se quisesse mais.


 


Não sei quem ele é. Não sei seu nome. O que faz. Foi tão mal comigo...


E tão bom.


 


Meu coração bate forte quase rasgando a pele fina de meu peito. Minha veia frontal pulsa quase com vida própria. O que há de errado comigo?


Estou perdida. Eu tenho um abismo.


-


O chuveiro derrama sua água devagar por meu corpo quase sem energia. Os machucados ardem.


E ardem, e ardem. Machucam. Queimam..


 


Um gemido escapa da boca.


Uma injeção de adrenalina percorre minhas veias, tudo embaça. Minhas pernas perdem o equilíbrio. Minha coluna contorce por si própria.


Eles falam por mim.


Satisfação!


[].


 


Minha boca estava seca e cortada devido à mordaça. Cada mordida era um gosto de sangue diferente.


O sangue dele, o meu sangue.


 


Os fios da toalha enganchavam nos cortes e me fazia urrar.


Urrar de dor.


 


Deito-me na cama, mas meus pensamentos são todos para esta maldição. Um homem que não conheço, olhos que não conheço. O que ele quer de mim?


Quer-me, ele me quer.


 


Levanto-me e ando entre os corredores. As luzes são como fogo, elas queimam minhas pupilas.


Eu ando, ando, ando.


 


Ando na expectativa de encontrá-lo por ai, perguntar seu nome. Perguntar o motivo que o levou a isso. O encontro. Ele está virado, fumando um tubo de câncer. Meu corpo para, como um freio automático. Ele se vira.


Os olhos. Aqueles olhos. Oh céus, os olhos.


 


(...)


 


Chovia. O chão do império infernal tremia. As luzes só não eram mais fortes que a cor de seus olhos.


Maldito!


 


Chovia como nunca antes enquanto estive aqui. As paredes pareciam querer cair, soltando as sombras desta prisão.


Chuva venenosa.


 


– O que faz aqui? – disse apagando seu cigarro e soprando seu intimo sujo em mim.


Meu corpo treme. Estou pegando fogo.


Estou em um tumulto prestes a explodir em chamas.


 


Eu quero correr, eu preciso correr, preciso de ajuda. Mas não tenho ninguém para me ajudar. Todos aqui são monstros de meu pesadelo. Não tem ajuda.


Não querem me ajudar.


 


Minha mente me obriga à ceder-me neste maldito lugar, á essas regras impuras e indomáveis. Eu não posso. Preciso continuar firme. Eu irei sair daqui.


Eu sei que irei.


 


– Ande! O que faz aqui?


Sua voz me cortava como lâmina. Embargava-me.


Tão assustadora.


 


xx


Sai correndo. Correndo com meus tornozelos sobre pressão. Minhas pernas balançavam como se fosse uma boneca de pano. Mas eu tinha que agüentar, eu tinha que sair dali.


Sair, correr.


Ir embora.


 


A porta se fecha novamente. Eu me desconheço.


Não sou mais eu.


Eu morri.


 


Tento não me indignar. Preciso ser forte, analisar as tentativas de fugir. Algo que não falhe. Não posso estar neste lugar.


Não quero continuar aqui.


O chefe... É ele!


Oh céus, era ele.







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Autor(a): korn6661

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Os treinamentos que tínhamos todos os dias cansavam meu corpo e devastavam minha mente. Poderíamos colecionar as chicotadas, machucados e chupões que tínhamos. Eu achava tudo neles real demais. Era quase como se estivéssemos realmente sendo trancafiadas e servindo a eles, mas não. Apenas uma aula. Mas, segundo o professor ...


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