Fanfics Brasil - 3 Drink your fear... Or your fetish.

Fanfic: Drink your fear... Or your fetish. | Tema: BDSM, ORIGINALS, BDSMS.


Capítulo: 3

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Os treinamentos que tínhamos todos os dias cansavam meu corpo e devastavam minha mente. Poderíamos colecionar as chicotadas, machucados e chupões que tínhamos. Eu achava tudo neles real demais. Era quase como se estivéssemos realmente sendo trancafiadas e servindo a eles, mas não. Apenas uma aula. Mas, segundo o professor, era isso que o ‘’chefe’’ queria. Aliás, que maldito ‘chefe’ que não dá suas caras por aqui, hein?


– Senhorita Anne? – chamava-me um dos ‘soldados’ rente a porta de meu quarto


– Sim?


– Pode acompanhar-me, por favor?


 


Estranho. Desde quando eles sabem o que é um por favor?


– Claro.


Levantei-me e desamarrotei meu vestido com as mãos. Os corredores extensos estavam vazios, quase como se entre aquelas portas, estivessem apenas os poucos móveis que enfeitava os cômodos. Algo estava me embrulhando o estômago.


O pesadelo só começou.


xx


 


– Ei, para onde está me levando?


Ignorada com sucesso. Qual era o problema deles por aqui?


O modo como ele apertava meu antebraço machucava. Depois de muito caminhar entre os andares, chegamos a um corredor vermelho, e no fundo dele havia uma porta branca com a pintura muito bem cuidada. O enorme homem negro à minha frente que até milésimos atrás apertava minha pele, abriu a porta com tal educação que espantava qualquer um que visse. Ao entrar -obrigatoriamente – me deparei com paredes cobertas por uma tinta creme, se pouco me engano... Havia tudo o que um cômodo de luxo pode ter. Televisão, sofá, cama, banheiro separado, geladeira, frigobar e todas as outras coisas luxuosas que alguém de boas condições financeiras pode bancar sem nenhum problema.


 


As orações que havia orado eram como uma droga,


Nunca me ajudaram.


 


(...)


Varri o lugar à procura de alguém que pudesse me ajudar, ou ao mínimo dizer onde eu estava e o porquê estava ali, mas não havia ninguém. O silêncio me embriagava, quase como minha melodia favorita. Meu estômago estava me pedindo para alimentá-lo, me fazendo sair abrindo todas as portas que eu visse. Alimentei-me e sentei em uma poltrona vermelha que ficava a poucos centímetros do sofá.


Não importa quantas vidas eu viva, eu nunca me arrependerei.


 


Se eu pudesse definir em uma palavra como me sentia, seria ‘princesa’.Tudo o que me rodeava me fazia lembrar minha antiga vida, a vida que eu vivi antes de parar aqui, e quando eu a tinha era assim que me sentia. O cheiro de lavanda infestava minhas narinas, me fazendo pegar no sono sem querer.


Há um fogo por dentro desse coração


Bater, bater, queimar, deixe tudo queimar


 


Um barulho me fazia abrir os olhos devagar. Minha cabeça pesava, como se eu tivesse tido um porre na noite passada. Minha vista embaçava, era difícil ver ao redor.


 


Você não quer ver


Você sabe que não quer ver


 


[]


Minhas mãos. Não conseguia mexer minhas mãos, algo as prendia. Contendo o desespero, abri os olhos como à velocidade da luz e percebi que estava no mesmo lugar, amarrada e de peças intimas. Não havia ninguém ao redor, tudo como antes, exceto pela poltrona que até segundos atrás abrigava meu corpo. Ela estava virada, abrigando agora outra pessoa. Um homem.


–Quem é você? – falei em alto tom enquanto deixava minhas lágrimas de arrependimento escapar


Você realmente me quer?


Para me torturar pelos meus pecados?


 


– Vejo que acordou – uma voz desconhecida soou entre o espaço, tornando a mesma um eco


– Quem é v-você?


E então a poltrona se virou. Meu inimigo maior, meu ego, toda minha dor, todo meu rancor, meu pesadelo...


Ele estava bem ali, em minha frente, me devorando.


 


(...)


Como um Deus, me possuiu como um espírito santo.


 


Sua maneira de andar era como a de um rei. Seus olhos faiscavam olhando-me ali, nua, sem poder de defesa. Por alguns segundos, olhando-o andar de um lado para o outro, me senti envergonhada. Se eu pudesse ver meu rosto, saberia que estaria vermelho. Um sorriso manso brotou de seus lábios. Não havia me olhado nos olhos até então.


Até então.


 


Ao ver a cor deles, me decaí. Eram de um verde quase transparente, deixando-me ver suas purezas e até mesmo seu lado mais indefeso. Era um anjo, mas um anjo que engana. Seus cabelos loiros de uma maneira jogada que só ele havia me mostrado como, caía perfeitamente em tudo. Parecia uma cópia bem feita do que uma garota queria. Era visualmente meigo como um santo, mas dentro de si havia uma sombra.


Ele era o fundo do necrotério...


Minha morte.


 


Uma sensação de desespero tomou conta do meu corpo por inteiro. Mas nas partes... Bom, na área genital propriamente dita, senti a angústia e a pressão sobre o monte de Vênus. Taquicardia e suores naquele "cortejo". E a febre que ressequia os meus lábios enquanto eu passeava com a língua entre o couro de sua calça? Queria que ele me explodisse os miolos. Quase gozei com esse pensamento maldito. Seria o fim da agonia e do êxtase. Que inferno, ele tinha uma arma!
Eu o sugava sôfrega. Sugava todo seu corpo enquanto apertava o seu sexo duro e ameaçador. Ameaça-me a DOR! Era a dor que eu sentia por estar presa àquelas algemas aos pés da cama. E aquele chicote a me atordoar o cérebro e a intimidade. Sentia o ácido me queimar por dentro. O trêmulo das mãos daquele animal. Seu sexo apontando agora para os meus seios. O gemido... O meu gemido. (que cadela!).
O cara era um covarde. Com aquele pênis IMENSO e AMEAÇADOR deslizando sobre o meu corpo e a mira da arma me apontando. Bandido! Cheguei a gritar de desespero. Queria fugir daquela cena deplorável. Daquela mutilação me-lin-dro-sa. Eu disse a ele que queria ficar solta. Eu foderia, sim! Daria prazer. Daria o meu corpo. Daria a ele o que ele quisesse e imaginasse. Mas o cano da arma me amedrontava. E ao mesmo tempo estilhaçava-me como se quisesse me penetrar nos meus pensamentos mais profanos.


Ele me vendara os olhos. Eu sentira com a língua. O doce. O amargo. O resto de pólvora dentro do cano. O gosto do sêmen. Implorei para que ele me libertasse, mas o solavanco do seu membro em fúria dentro da minha boca não o permitiu que o fizesse. Só senti quando os bicos dos meus seios eram acariciados com a ponta do revólver, enfiava os mamilos dentro do buraco da arma, descia pelos meus seios, lambuzava-me com o próprio líquido que já escorria de seu sexo arrebatador. Aos poucos fui gemendo, fui me contorcendo, arrepiando-me toda. Fui me esticando até alcançar as coxas peludas daquele infeliz. Fervi. Fervilhei. Endoidei com o gélido desejo. Sua mão me apertava como se eu fosse uma almofada ou qualquer coisa que o deixasse me consumir.


Aquele momento poderia ser comparado sem pudor algum com uma selva. Era um modo de sobrevivência. Sobreviveria o mais forte. Lembrei das aulas que tive. A palavra segura. Mas quem era aquele homem? Ele nem ao pior me conhecia. Ou conhecia? Não sei bem responder, mas sei que ele me deixava louca como ninguém antes. O jeito que na qual me dava sua dor, sua agonia por prazer era uma troca de almas e todos os tipos de intimidade possível. Minhas costas ardiam como se fosse abrir a qualquer momento, prestes a tirar de mim todo o sangue e nervos.


Ele via o que causava, o que a dor fazia em mim, como me sentia. Viu também quando duas lágrimas salgaram o meu rosto num tom submisso de adorar aquela dor.
Raspou de leve os seus dedos sobre os meus lábios. Abriu as minhas algemas. Deitou-me sobre a cama. Roupas, chicotes, algemas, chaves, ARMAS. Parecia mais um batalhão do que um próprio matadouro de desejos. Era assim que via aquele santo lugar. Meu sangue fervia e meu corpo não se auto continha. Tudo vibrava, era como um êxtase.


Eu não queria sentir tudo o que estava acontecendo comigo. Meu subconsciente me pedia para desistir de toda esta loucura e dar um jeito da qual ele parasse, mas mesmo sem as algemas, eu sabia bem que naquele momento, sentia-me presa a ele como se estivéssemos amarrados com cordas e todo o tipo de segurança. Estávamos livres.


Eu estava presa à ele.


Ele é meu desejo.


 


Sua expressão era como a de um felino. Ele rangia os dentes todas as vezes que me estapeava. Um tapa daqueles bem dados, que arde e te faz querer descontar a todo custo, mas este era o melhor. Eu não podia. Ele era o rei. No rei não se encosta.


Eu queria mais de sua força, que me espancasse, me torturasse, me violentasse. Era sujo o que acontecia, a coisa mais suja que você poderia ver em toda sua vida, mas se este é sujo, então acabei de descobrir que é da sujeira que gosto. DE SUA SUJEIRA!


Ele saiu de perto de mim e alcançou o cano tão denso da arma. Ele atirou. Sem nada. Seco. Um barulho tão bom quanto um orgasmo. Ensurdecia. Mas o estampido soava aos meus ouvidos como uma prece bendita.


Em pensar que me sentia como uma princesa á poucas horas atrás. Agora sou escrava. Escrava do rei.


Escrava do chefe... Do poderoso chefão.




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Autor(a): korn6661

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Sentia-me como uma doente em recuperação difícil. Enlouquecemos juntos dentro de um quarto. Tirou de mim um lado que eu não conhecia e que eu jamais pensei que existisse. Depois, me jogou como um pedaço de carne para os leões. Tê-lo foi como um fósforo. Eu sou a vela. Sou o fogo e sua violência, a gasolina. ...


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