Fanfics Brasil - 15 Uma sedução arriscada (adaptada AyA)

Fanfic: Uma sedução arriscada (adaptada AyA) | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 15

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Não havia mais se permitido sentir coisa alguma desde que deixara aquela cidade, em seu décimo oitavo aniversário.
Tinha olhado para trás naquele dia e sofrido pelo que acreditara ter perdido. Sentira-se traído, descartado.
Tudo o que um homem fraco, um menino, sentia. Quando finalmente se refizera, aceitara o fato de que sempre estivera sozinho na vida e decidira que jamais voltaria a sê-lo, bloqueando a patética parte de si que ainda se atinha àqueles sentimentos contra producentes.
Ele havia deixado o seu coração na cidade montanhosa de sua juventude, e nunca se arrependera disso, nem se dera conta de sua falta.
Por isso não sentira nada quando adentrara o hall onde Anahi aguardava por ele, com a expressão cuidadosamente neutra como era esperado de uma assistente pessoal bem paga para não esboçar reação alguma.
Não sentira nada durante o longo percurso de volta ao hotel em Cádiz, por entre as montanhas, em direção à Costa de La Luz, como uma viagem por suas lembranças. Não sentira nada pelo restante daquela longa noite, embora a manzanilla tivesse soltado a sua língua, e mais tarde o tivesse feito beijar Anahi, contra uma parede, em uma calçada estreita da cidade antiga, erguendo-a contra si de modo que ela enroscasse as pernas em torno dos seus quadris, mergulhando no mel quente da boca de Any, e de seu beijo.
Não sentira absolutamente nada.
Os lábios dela o haviam encantado, fartos e escorregadios sob os seus, bem como aquelas curvas sensuais deslizando contra ele. Poncho se excitou outra vez só de lembrar a cena, como se ainda estivesse naquela rua escura, há três anos, e não em uma noite gelada, em Milão. Seu coração traiçoeiro, que ele supunha ter conseguido treinar para não perder o compasso, insistia em lhe fazer perguntas que ele não queria responder, fazendo-o querer intensa e profundamente, a ponto de aquilo parecer mesmo uma necessidade. Ele soltou um xingamento em espanhol e esfregou o rosto.
Qualquer que fosse a loucura que estivesse tomando conta dele, contra a sua vontade e para além de se autocontrole, ela teria que parar.


Any ESTREMECEU quando o ar frio a atingiu, desejando ter vestido algo mais encorpado para dormir do que o pijama de seda, na cor champanhe, que o mordomo havia lhe providenciado, junto com o traje que ela havia usado no jantar. Já estava tentando dormir a horas, sem sucesso.
Por que concordara em trabalhar para Poncho por mais duas semanas, como ele havia solicitado? Já fazia dois dias desde que ela voltara atrás, sem que tivesse encontrado a resposta. Pelo menos uma que não a fizesse se odiar ainda mais. Any acabou desistindo de tentar dormir e decidiu tomar um ar fresco.
Lá fora, a noite estava úmida. A escuridão era profunda, e as luzes da cidade piscavam suavemente ao redor. Aquilo era lindo, como tudo o que Poncho tocava tudo o que fazia. Como o próprio Poncho. E tão frio quanto, também.
Ela havia ficado porque aquela era a solução mais rápida e fácil, ou pelo menos assim dissera a si mesma, nos últimos dois dias.
O que eram duas semanas, afinal? Aquilo passaria voando, e então tudo estaria terminado.
Por um lado, estava aliviada, como se Poncho pudesse recuperar o bom senso e vir a se redimir... Ela se desesperou com a fé que tinha nele. Como podia confiar que teria força suficiente para deixá-lo em duas semanas quando falhara tão espetacularmente naquele quesito até agora?
– Se você se jogar de uma altura como essa, descobrirá que a Piazza Del La República não amortecerá a sua queda do mesmo modo como o mar Adriático – disse Poncho, em meio às sombras, fazendo Any se sobressaltar.
Ela bateu no peito como se pudesse forçar o seu coração a parar de bater daquele jeito, tomado de pânico.
Ele estava impossivelmente sexy. Usava apenas um robe de seda que ele não havia se preocupado em fechar por cima de uma cueca preta justa, apertada na altura das coxas, fazendo-o parecer um misto deslumbrante de rei e modelo de lingerie. A boca de Any secou. Uma coisa era encará-lo usando seus ternos de grife. Outra, quando usava trajes casuais que enfatizavam a sua graça atlética e masculina. Mas aquilo...
Aquilo era praticamente um sonho se tornando realidade. O seu, ao menos.
Subitamente, Any teve consciência de como o pijama de seda acariciava a sua pele a cada respiração, e que se sentia mais nua do que se estivesse efetivamente sem roupa. Sentiu um calor se instalar e passear por todo seu corpo, como um toque.
Não importava o quanto estivesse zangada com ele, nem o quão tola ou traída se sentisse.
– Eu não sabia que você estava aqui fora – disse ela, percebendo um leve tremor na voz que a denunciou.
Aquilo só fez chamar ainda mais atenção sobre os sentimentos que ela não queria admitir para si mesma e muito menos para ele. Como se derretia por Poncho, mesmo agora. Como latejava em todos os lugares que desejava ser tocada por aquelas mãos quentes e por aquela boca inebriante. Seus lábios, seus seios. E aquela fome entre suas coxas.
Era como se a escuridão, ou o adiantado da hora, não lhe permitisse mais mentir para si mesma.
Ele inclinou a cabeça muito levemente ao se aproximar, avaliando o rosto dela. Estivera mais frio e distante que o habitual durante o jantar, fazendo com que Any se questionasse verdadeiramente quanto à sua sanidade mental e seu amor-próprio ao se flagrar preocupada com ele.
Não era de surpreender que ela não conseguisse dormir.
– Aqui estamos nós, outra vez, em meio à escuridão – disse ele.
Seu rosto parecia ainda mais feroz em meio às sombras, iluminado apenas pela luz que vinha de dentro da casa, mas o esverdeado intenso dos olhos parecia chamuscar a sua pele.
Any sentiu as palavras dele ressoarem nela, provocando uma dor intensa diante da ideia de que algum dia realmente deixaria aquele homem e teria que sobreviver sem ele.
– Eu não tive a intenção de perturbá-lo, Senhor Herrera.
Lágrimas de raiva e exaustão inundaram os olhos dela, deixando-a envergonhada e enfurecida. Ela piscou repetidas vezes para contê-las, desviando o olhar do dele.
Poncho estendeu a mão e tocou o braço dela, com sua mão firme e quente. Any congelou, temendo encará-lo e correr o risco de ele ver toda a confusão, atração e mágoa que ela tão desesperadamente tentava esconder. Em vez disso, ela fingiu estar profundamente interessada em seu rabo de cavalo, passando as mãos por ele, nervosamente.
Ele, porém, fechou os seus dedos em torno do cabelo dela, inclinando a cabeça de Any para que ela o encarasse antes de soltá-lo.
A doçura daquele gesto tirou o fôlego dela. Talvez aquilo não passasse de mais um de seus sonhos com Poncho, dos quais ela despertava em pânico, em sua minúscula quitinete, arfante e frustrada.
– Diga-me – falou ele, com uma voz grave, porém muito poderosa, fazendo a resolução dela vacilar. – Por que você realmente quer me deixar?
Poncho não havia jogado nada na sua cara, mas perguntara-lhe o que a fizera olhar para ele como se naquele lugar, na calada da noite, ele pudesse se aproximar o suficiente do homem que ela acreditava que ele fosse a ponto de ela poder lhe contar ao menos parte da verdade.
Mas ela piscou novamente, e o calor nos olhos de Poncho fez com que ela se lembrasse de quem ele realmente era.
– Por que está tão determinado a me fazer ficar – perguntou ela – se nem mesmo acredita que eu tenho capacidade de fazer outra coisa que não ser sua assistente.
A boca dura dele se moveu, embora não se tratasse de um sorriso.
– Algumas pessoas seriam capazes de matar por esse privilégio.
Ele estava perto demais, e a poesia puramente masculina de seu belo torso nu, logo ali, aparentemente imune ao frio, estava desviando sua atenção.
O fato de sua reação a ele continuar tão intensa quanto fora há três anos à fez estremecer, como se o seu corpo não pudesse mais fingir que Poncho não a afetava.
– Suponho que esteja me punindo.
Any avaliou o rosto dele com o coração na boca, ao ver apenas o que sempre via, e nada mais. Aquela expressão implacável e beleza feroz. Tão inalcançável quanto às estrelas no alto, ocultadas pelas nuvens.
Ele franziu a testa.
– Por que eu a puniria?
Any sentiu as suas sobrancelhas se arquearem de incredulidade.
– Cádiz, é claro.
Poncho soltou um som impaciente.
– Nós certamente temos questões suficientes e não precisamos recorrer a fantasmas – disse ele, com aquela nota estranha em sua voz outra vez.
Como se ele mesmo também não acreditasse em si.
– Um único fantasma – lembrou-a, sem desviar o seu olhar do dele. – Foi apenas um beijo, não foi o que nos dissemos? E mesmo assim você ainda me pune por isso.
– Não diga absurdos.
– Você me pune – repetiu ela, firmemente, apesar da rouquidão em sua voz. – E foi você quem começou tudo.


 


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Autor(a): day

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iza2500:E quem não esquentaria vendo o Poncho daquele jeito? hahah (66)......Ele sempre gostou dela, mas é muito orgulhoso....Não esquenta, eu sei que entrar pelo celular é ruin, sentir su falta que bom que não me abandonou ^^ franmarmentini: Esse Avô do Poncho é um misseravel, juga ele só pq a mãe do coitado e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • hadassa04 Postado em 21/06/2014 - 00:19:45

    Day, minha menina super poderosa, estou tão triste e tão encantada, encantada com seu talento para escrever e triste porque conheci a maioria das suas fic tarde de mais, seria um prazer ler e comentar como faço com tantas outras, mais prometo compensar com PAIXÃO DE PELE, que também é maravilhosa envolvente e se tiver escrevendo outra me avise quero acompanhar tudo.

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:36:36

    amei a fic* que bom que eles ficaram juntinhos lindossssssssssssssssss

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:05:53

    voltei...

  • iza2500 Postado em 27/12/2013 - 01:25:27

    amei o final,muito bom!

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 13:03:51

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 23:25:33

    até que enfim ela disse que o ama.....quero ver o que poncho vai fazer com esse sentimento agora...

  • cayqueramos Postado em 14/12/2013 - 21:41:50

    Poncho tem q ir atras dela e dizer q tambem ama ela.

  • franmarmentini Postado em 10/12/2013 - 23:07:19

    nossa...mas desse jeito será que ele não vai pisar nela... :( ele deveria ter ido atraz dela...

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:23:07

    pelo que estou vendo...um está de um lado desolado e o outro também :( quem vai dar o braço a torcer primeiro :(

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:22:25

    tadinha da any!!!!!!! não tem ninguem :(


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