Fanfics Brasil - 29 Uma sedução arriscada (adaptada AyA)

Fanfic: Uma sedução arriscada (adaptada AyA) | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 29

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  • franmarmentini: TA DEMORANDO ESSA DECLARAÇÕA NÉH!!

  • cayqueramos:AII SERA???


 


O coração de Any pareceu se contrair dentro do peito, e ela balançou a cabeça.
– Não foi isso o que eu quis dizer.
– Afinal – prosseguiu ele, no mesmo tom sombrio e amargo que a fez querer chorar e protegê-lo do que quer que o estivesse fazendo falar daquela maneira –, o que eu sei a respeito de família? Você é a única pessoa do mundo que sabe o quão pouco o meu próprio avô se importava comigo. Ouviu o que ele disse. Também é a única pessoa no mundo que manteve algum tipo de proximidade comigo por certo tempo. Você, certamente, sabe o quão pouco eu estou qualificado para falar a respeito desse assunto.
Ela se sentiu péssima.
– Não seja idiota – disse ela.
Ele congelou, e seus olhos escurecidos se arregalaram.
– Eu disse que duvidava que você me desse uma licença. Você é um chefe muito exigente, Poncho. Insiste em ter acesso aos seus funcionários 24 horas por dia. Eu não tinha motivos para achar que iria receber a notícia de que eu sequer tinha uma vida pessoal de outra maneira que não se horrorizando.
– Você não tem ideia do que eu faria.
– Eu sei exatamente o que você faria – retrucou-a. – É para isso que você me paga.
Por um momento, Poncho apenas olhou para ela. Any não teve ideia de como ele iria reagir.
E então, provando o quão pouco ela o conhecia, ele jogou a cabeça para trás e riu.
Ela nunca soubera que ele era capaz de rir. Aquele som era contagiante. A alegria iluminou o rosto dele, transformando-o...
A verdade se abateu sobre ela, tirando-lhe o fôlego e fazendo a sua cabeça girar.
Ela estava apaixonada por ele.
E ao que parecia, já há bastante tempo.
Tinha minimizado as coisas até então, temendo encarar a verdade. Nunca pensara em perguntar a ele por que a havia preterido para aquele emprego, três anos atrás, apesar de saber que era perfeitamente qualificada para tanto. Pior, tinha optado por manter distância de seu irmão, não só quando ele morrera, mas mesmo antes, se fosse honesta consigo mesma. Era mais fácil lhe enviar dinheiro de longe do que se envolver nas confusões em que Dominic vivia se metendo.
Tudo para cuidar de um homem que nunca retribuiria o seu amor. Que não faria a menor ideia do que era o amor.
E você, disse outra vez aquela voz dentro dela, faz?
Any sentiu uma vergonha terrível se apoderar dela. Quisera que sua mãe doente e egoísta a amasse como deveria, que todos aqueles padrastos a amassem como a uma filha. Que Dominic a amasse mais do que as drogas em que havia se viciado.
E Poncho… Ele não podia amar coisa alguma. Por isso, ela se dedicara a fazer com que ele precisasse dela e achava que ele a valorizava, se não por outra coisa, ao menos por aquilo.
Fora aquilo o que ela quisera naquele dia, em seu escritório, que agora parecia tão distante? Por acaso supusera que ele ia se jogar a seus pés quando pedisse demissão, declarando o seu amor por ela?
É claro que ele não o havia feito. Ninguém jamais o fizera. Poncho nem mesmo saberia como fazê-lo, ainda que sentisse o mesmo que ela.
Como ela era tola.
Ele a estava observando agora, com aquela risada inesperada ainda estampada em seu rosto, tornando-o mais do que simplesmente belo. Poncho estava lindo e quase... Abordável.
Aquilo partiu o que restava de seu coração.
– Você está bem? – perguntou ele, com os olhos ainda brilhantes, procurando os dela, estreitando-os diante do que quer que estivesse estampado neles... A verdade, ela temia.
Uma terrível verdade que ela jamais poderia lhe revelar.
– Estou – disse ela, enquanto Poncho franziu a testa diante da nota trêmula em seu tom de voz. E ela mentiu: – Mordi minha língua, só isso.
AO QUE parecia, o tempo era a única coisa que Poncho não podia controlar.
Aquela era à tarde do último dia deles juntos, fato que nenhum dos dois ainda havia mencionado, embora aquilo tivesse pairado entre ambos muitas vezes, quando ele a possuíra na noite anterior, ou naquela mesma manhã. Poncho não conseguia se concentrar na teleconferência de que ela estava participando como sua representante, descobrindo que não podia fazer outra coisa que não observá-la enquanto ela falava ao microfone, ao centro da mesa.
– Vou levar isso ao conhecimento do Senhor Herrera – disse ela, com aquela voz suave, capaz de deixá-lo em brasa, e que agora ele sabia o que encobria. – Enquanto isso, porém, acho melhor darmos uma nova olhada nesses gráficos, antes de tirarmos qualquer conclusão.
Talvez fosse porque podia vê-la, enquanto o restante dos participantes da teleconferência, não. Eles, certamente, deveriam imaginar a Any habitual, com seus conjuntinhos cinza, seus saltos perigosos e o cabelo preso. Mas ele estava vendo a verdadeira Any, com o cabelo selvagem, aquela nova cor em sua pele clara, as sardas no nariz e nos ombros, pés descalços e um sarongue cor de turquesa enrolado em torno de um biquíni rosa - choque.
Ela era magnífica. E sua. E ia deixá-lo.
Poncho não sabia o que fazer. Sabia apenas que não poderia permitir que ela partisse.
Ela tentou voltar à atenção para o que diziam os diversos executivos, sem saber que ele os estava ouvindo. Havia descoberto que podia ser altamente vantajoso se valer de Any, daquela maneira, fazendo-os pensar que estavam conversando com alguém mais abordável que ele.
– O Senhor Herrera prefere lidar com propostas de soluções, Barney – disse ela, ao microfone. – Posso relatar as suas preocupações a ele, mas suspeito que ele lhe dará uma resposta semelhante. Só que não será tão educado.
Ouviram-se algumas gargalhadas, e ela se virou para sorrir para ele, com seus olhos azuis quase da cor da prata.
Um sorriso verdadeiro o pensou, com satisfação, e não um daqueles sorrisos profissionais que ela usava para aplacá-lo de tanto em tanto, e que ele havia passado a odiar. Mas ainda continuava escondendo alguma coisa dele. Não sabia de que se tratava, nem o motivo, mas podia ver que havia um segredo.
Perversamente, aquilo só fez com que ele a quisesse ainda mais.
Poncho havia lhe dito que ela era a única pessoa com quem ele tivera alguma espécie de proximidade e a verdade nua e crua daquilo passara a atormentá-lo. Ela era a única pessoa na vida em quem ele confiava. Havia lhe permitido um acesso sem precedentes a todas as partes de sua vida. A ele. Nenhum de seus funcionários jamais se envolvera em sua vida pessoal antes e ele, certamente, jamais permitira que nenhuma de suas mulheres sequer se aproximasse de seus negócios. Só Any fazia a ponte entre aqueles dois mundos.
E seu tempo com ela estava chegando ao fim.
Cedendo a um rápido e incompreensível desejo, como se aquilo pudesse aliviar o súbito peso em seu peito, Poncho estendeu a mão e pegou a dela. Os olhos de Any voaram na direção dos dele, mas ele se concentrou no deslizar dos dedos dela contra os seus. No modo como eles se encaixavam tão bem, uns nos outros.
Ele levou a mão dela até os lábios e beijou as suas costas. Any curvou a palma para melhor se aninhar ao rosto dele como se também o estivesse abraçando e algo se agitou dentro dele. Um muro que não sabia que existia ruiu, e ele soube, então, o que precisava fazer.
Havia uma maneira de mantê-la consigo. Uma estratégia que ainda não havia tentado. E daí que as coisas não seriam mais exatamente como haviam sido até agora? Ele poderia até gostar de tê-la como alguém da família, qualquer que fosse o verdadeiro significado daquela palavra. Ela era o que de mais próximo ele jamais viria a ter daquilo.
Ele precisava fazer com que ela dissesse sim.
– O HELICÓPTERO chegará daqui a duas horas – disse Any na manhã seguinte, tomando cuidado para parecer calma e objetiva. – O avião estará pronto para decolar assim que chegarmos ao Taiti.
Poncho estava na ponta do píer, de costas para ela. Parecia distante e imóvel, e ela quis se apoiar naquela ampla força, pousar a cabeça em seu ombro. Quis deixar que o seu cheiro masculino a envolvesse. Quis mergulhar no seu calor. Os dedos de seus pés descalços se curvaram na madeira macia e quente sob eles, e ela disse a si mesma que estava perfeitamente bem, que não sentia outra coisa a não ser um alívio de que aquilo estivesse chegando ao fim.
Eles despertaram na aurora e se enroscaram um no outro, na cama enorme de Poncho. Ele a havia puxado para cima de si, antes mesmo de ela acordar completamente, deslizando para dentro de Any tão facilmente que ela chegou a se perguntar se aquilo era sonho ou realidade. Ou um adeus, sugeriu a voz em sua mente. Ela a ignorou e se inclinou para beijá-lo.
Eles se exploraram lentamente, com beijos longos e carícias intermináveis, alimentando uma espécie diferente de chama que ardia longa e docemente.
Será que aquilo, algum dia, ia se apagar dentro dela?
Ela duvidava.
– Acho que ninguém pode permanecer no paraíso para sempre, não é? – perguntou ela, quando ele não se virou para encará-la, tentando puxar assunto a fim de encobrir o seu nervosismo.
– Não. – Foi uma resposta dura, feroz.
– Tudo é tão adorável por aqui – disse ela, sentindo-se indefesa, incapaz de parar. – Mas isso não é real, é?
Poncho se virou, tão intenso e implacável que ela quase deu um passo para trás, mas se conteve. Os olhos dele se chocaram com os dela.
– E essa sua falação é? A essa altura, você já deveria saber que isso não funciona comigo.
Any sabia que não podia cair naquela armadilha. Não iria se envolver em nenhuma briga que acabasse em beijos, ou reconciliações apaixonadas.
– Você é ocupado demais para passar mais tempo se escondendo do mundo – disse ela, o que era a mais pura verdade. – Até mesmo aqui.
– Como você mesma pontuou na noite passada – falou ele, com a voz abafada –, a vantagem de empregar os melhores profissionais do mercado está em poder, ocasionalmente, delegar responsabilidades a eles.
Ela sorriu, mas foi um sorriso vazio que ele não retribuiu.
– Poncho…
Ela mordeu o lábio inferior e viu os olhos dele escurecerem em um misto de dor e paixão, e o coração dela se apertou dentro do peito. Se começasse a chorar agora, talvez não conseguisse parar nunca mais.
– Não torne isto mais difícil do que tem de ser – sussurrou ela.
Ele só a olhou, como se fosse feito de pedra. A pequena masoquista dentro dela queria Poncho e só ele, como quer que pudesse tê-lo. O que quer que aquilo significasse. Independente do quanto aquilo a machucasse.
– Isto não tem que ser difícil – disse ele, então.
A sua voz estava muito baixa. Poncho estendeu a mão e acariciou o espaço entre o cós da calça dela e a blusa. Any respirou fundo, tão sintonizada com ele que o mais leve toque desencadeava a sua paixão, deixando o corpo dela pronto para recebê-lo.
– Acho que você deveria se casar comigo – disse ele.
O mundo parou de repente.
Ela não conseguia respirar. Não ouviu som algum. O ar não se moveu.
De algum modo, porém, conseguiu não desmaiar. Apenas permaneceu lá, olhando para ele.
– O que você disse?
– Não faça esse tipo de joguinho comigo.
Ele tomou o queixo de Any em sua mão, injetando o seu olhar no dela, vendo coisas demais – e ela não podia permitir uma coisa dessas. Não sobreviveria se ele soubesse que ela o amava. Jogou a cabeça para trás, e ele a soltou, mas não sem lembrar a ambos, sem dizer uma palavra, que ele o havia permitido.
– Você não pode estar falando sério – disse ela, com a respiração e a voz irregulares. Tremendo como se o que ele havia dito fosse algum tipo de terremoto e ela ainda estivesse sofrendo com os efeitos secundários.
– Eu nunca falei tão sério em toda a minha vida.
E aquilo, concluiu ela, era o que mais doía. Aquilo era tudo o que ela havia querido na vida – mais do que ela sonhara ser possível –, mas não daquele jeito.
– Eu não posso – disse ela, quase que em um sussurro.
– Por que não? – perguntou ele na voz que usava quando tentava fazer algum investidor mudar de ideia.
Any ficou magoada. Por que não podia simplesmente aproveitar aquela oportunidade, perguntou o seu lado masoquista. Afinal, ele podia aprender a amá-la.
Talvez até já a amasse, ao menos na medida em que era capaz de fazê-lo. E será que talvez não era suficientemente bom?
Mas havia outra voz lá agora, uma nova.
Frágil e minúscula, mas sua.
– Eu mereço algo melhor. – Ela se ouviu dizer a si mesma.
O efeito em Poncho foi imediato e drástico, embora ele não parecesse se mover. Era como se ela o tivesse ferido além do suportável.
– “Melhor”? – repetiu ele.
Any quis estender as mãos para tocá-lo, mas não ousou fazê-lo. Havia um nó em sua garganta e em seu peito, e não tinha nada que ela pudesse fazer.
– Eu tenho que cumprir uma promessa que fiz ao meu irmão – sussurrou ela. – Nada é mais importante que isso.
Nem mesmo você, pensou Any tristemente, embora tudo dentro dela se revoltasse contra aquilo.
– Case-se comigo. – Aquilo foi menos um comando e mais um pedido. – É a única solução. – Quando ela só olhou para ele por entre olhos cada vez mais turvos, ele pareceu quase desesperado. – Eu não saberia perder você – disse ele, quase que em um sussurro. – Não posso.
– Você vai ter que aprender.
– Any…
– Eu não posso Poncho. Nem mesmo por você.
– Any.
Até mesmo o modo de ele dizer o seu nome doía. Como se o tivesse ferido mortalmente. Ele tomou o rosto dela em suas mãos, e foi então que ela notou as lágrimas molhando o seu rosto, apesar de seus esforços.
Mas ele não a amava. Nem mesmo fingia amar. Ele não amava ninguém. Portanto, ela podia se rasgar em mil pedaços, partindo agora, ou ficar e se casar com ele, e ir desmoronando aos poucos, ano após ano, até realmente odiá-lo como desejara poder odiar duas semanas atrás.
– Eu não sou o monstro que você pensa – disse ele, suave e intenso, cravando uma adaga em seu coração.
– Suas duas semanas acabaram Poncho. – Aquela foi à coisa mais difícil que ela já havia feito na vida. O maior sacrifício. Ela deu um passo para trás, viu as mãos de ele baixarem e soube que nunca sararia daquela dor. – Você tem que me deixar ir embora.


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Autor(a): day

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cayqueramos: sim o Poncho ja ama a Any, ele sempre amou ela só não sabia disso franmarmentini: A Any foi muito boba agora, o Poncho pedindo ela em casamento e ela quer ir embora hahaha   CAPÍTULO NOVE   SE AQUILO era gostar de alguém, pensou Poncho algumas semanas depois de ter retornado de Bora Bora e Any o haver deixado s ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • hadassa04 Postado em 21/06/2014 - 00:19:45

    Day, minha menina super poderosa, estou tão triste e tão encantada, encantada com seu talento para escrever e triste porque conheci a maioria das suas fic tarde de mais, seria um prazer ler e comentar como faço com tantas outras, mais prometo compensar com PAIXÃO DE PELE, que também é maravilhosa envolvente e se tiver escrevendo outra me avise quero acompanhar tudo.

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:36:36

    amei a fic* que bom que eles ficaram juntinhos lindossssssssssssssssss

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:05:53

    voltei...

  • iza2500 Postado em 27/12/2013 - 01:25:27

    amei o final,muito bom!

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 13:03:51

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 23:25:33

    até que enfim ela disse que o ama.....quero ver o que poncho vai fazer com esse sentimento agora...

  • cayqueramos Postado em 14/12/2013 - 21:41:50

    Poncho tem q ir atras dela e dizer q tambem ama ela.

  • franmarmentini Postado em 10/12/2013 - 23:07:19

    nossa...mas desse jeito será que ele não vai pisar nela... :( ele deveria ter ido atraz dela...

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:23:07

    pelo que estou vendo...um está de um lado desolado e o outro também :( quem vai dar o braço a torcer primeiro :(

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:22:25

    tadinha da any!!!!!!! não tem ninguem :(


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