Fanfics Brasil - 31 Uma sedução arriscada (adaptada AyA)

Fanfic: Uma sedução arriscada (adaptada AyA) | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 31

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franmarmentini: a web ja ta quase no fim, pode ter certeza que ele vai atrz dela ;)


 


 


O interfone tocou alto, atrás dele. Poncho não se moveu. Não sabia mais se estava furioso ou se havia se transformado em um resto do homem que tinha sido.
Ele precisou de todas as suas forças para não colocar uma equipe de investigadores atrás dela para rastrear todos os seus passos, exatamente como o tolo ciumento e obsessivo que ela o havia acusado de ser. Ela lhe dissera que ele precisava aprender a perdê-la e ele descobrira que aquela não era uma lição que estivesse interessado em dominar.
Você tem que me deixar ir embora, dissera ela. E ele deixara, mesmo que aquilo quase o tivesse matado, o mantido desperto todas as noites desde então, e arruinado os seus dias. Ela era a única coisa de que ele havia aberto mão na vida.
E aquilo parecia o maior de todos os seus fracassos.
Poncho não conseguia perdoar a si mesmo, nem a ela, por ter feito aquilo com ele. Por tê-lo transformado naquela criatura fraca e destruída.
E o pior de tudo, por tê-lo permitido gostar dela.
Any NÃO tivera tempo de se jogar na posição fetal sob a coberta, assim que retornara à minúscula quitinete, em Clapham, apesar de aquilo ser tudo o que ela queria fazer.
O vôo que ela já havia reservado para Bora Bora partiria em dois dias. Tinha se encontrado com os advogados taciturnos de Poncho na manhã anterior à sua partida e assinado todos os papéis que eles colocaram à sua frente, sem questionar coisa alguma.
Aquela fora a última etapa necessária para recuperar a sua liberdade.
Mais que isso, significara que ele estava permitindo que ela partisse.
Uma parte dela havia imaginado que ele pudesse bancar o Godzilla, rugindo e se agitando, exigindo que ela ficasse mais duas semanas, ou prendendo-a naquele casamento que tinha lhe proposto. Alguma coisa. Mas ele permitira que ela o deixasse no aeroporto, em um dia inglês frio, e tão deprimentemente real que ela quase se perguntara se Bora Bora, o iate no mar Adriático, Milão, e tudo o mais, realmente haviam existido.
Alfonso Herrera, que nunca cedia, nunca havia ouvido a palavra não, finalmente a deixara partir.
Exatamente como ela havia lhe dito para fazer, lembrara a si mesma.
Exatamente como tinha lhe pedido.
E então ela havia voltado para casa, pegado cuidadosamente a lata com as cinzas de Dominic, fechado-a com uma fita adesiva, embrulhado e colocado em sua bolsa.
A viagem havia sido terrível. Quando, finalmente, chegara ao hotel, na parte sudeste da principal ilha de Bora Bora, longe da ilha particular de Poncho, fora impossível não fazer comparações. Ela dissera a si mesma que não se importava. Que havia ido até lá a fim de realizar uma tarefa específica e não era nenhuma princesa para achar o seu pequeno quarto, com vista para um jardim, deprimente.
Tinha ficado furiosa consigo mesma, e com Poncho, por tê-la mimado daquele jeito. Ela havia se acostumado a todo o luxo de que ele se cercava.
Precisara de uma semana para se refazer minimamente daquelas duas semanas intensas passadas com Poncho, mas estava finalmente pronta. Certa tarde, ao pôr do sol, ela pegara um dos caiaques e levara as cinzas de Dominic consigo e as lançara naquela linda e pacífica lagoa, enquanto o céu explodia em tons de laranja e rosa, cumprindo a promessa que fizera ao primeiro homem a quem havia amado, e que sempre amaria.
– Como eu desejaria ter podido salvá-lo – sussurrou ela em direção à água, ao céu e ao mar. – Como gostaria de ter tentado com mais afinco.
Ela se lembrou da risada deleitada do irmão que ela nunca se cansava de ouvir. Pensara em seu olhar malicioso e divertido, tão mais brilhante e vivo que o dela e então, algumas vezes, tão mais apagado. Ela pensou no seu corpo excessivamente magro, seu cabelo escuro, suas mãos de poeta e na tatuagem em seu ombro de dois beija-flores, que lhes representava, conforme ele havia lhe dito, certa vez.
Livres e voando, para sempre.
– Como eu gostaria de saber o que aconteceu com aquela nossa foto de quando éramos bebês – dissera ela, sorrindo diante da lembrança do antigo fotógrafo. – Ainda não sei quem era quem naquela imagem.
Pensara em sua mãe, tão aterrorizada com a sua solidão que qualquer homem serviria, por mais vil que fosse. Pensara em todos aqueles anos em que haviam sido apenas ela e Dominic contra o mundo e em como sentiria a falta dele pelo restante de seus dias.
Any se permitira chorar pela família que havia perdido, pelos seus filhos em potencial que jamais viriam a conhecer o tio, e todo o restante de sua vida estendendo-se diante dela sem nada de seu irmão gêmeo, a não ser o que ela carregava consigo, dentro dela.
O que não era suficiente a pensara, então, com amargura.
Nunca seria.
– Você levou parte de mim com você, Dominic – disse-lhe ela enquanto a escuridão a envolvia. – E eu nunca o esquecerei. Prometo.
Quando todas as cinzas já se haviam ido, ela fizera o caminho de volta para o hotel, onde, finalmente, se enroscara na cama, cobrira-se até a cabeça e desabara.
Ela havia passado dias por lá. Chorara até ficar cega com as próprias lágrimas. Deixara tudo sair para, por fim, desabar a terrível tempestade que vinha carregando consigo por tanto tempo. O pesar de tantos anos, a dor e a fúria e todas as mentiras que havia contado a si mesma a respeito de suas motivações. Quanto tinha amado Dominic e sim, para a sua vergonha, o quanto, algumas vezes, também o havia odiado. Chorara por tudo o que perdera, por como estava sozinha, e por como não sabia o que fazer de sua vida, agora que não tinha mais pelo que sobreviver, nem propósito algum a alcançar.
Mas um dia ela se sentou, abriu as janelas e deixou a brisa entrar.
Ela respirou fundo. Havia tomado o seu chá na bela praia do hotel, e se sentiu renascer.
Já estava na hora de enfrentar a verdade a respeito de seus sentimentos por Poncho.
– Eu sou tão assustador assim? – perguntara ele naquela noite, em Cádiz. O restaurante estava lotado e muito barulhento, e o braço dele roçara no dela, na mesa onde estavam sentados pertinho um do outro.
– Acho que você se orgulha de ser o mais assustador possível – respondera ela, sorrindo. – Afinal, você tem um nome a zelar.
– Tenho certeza de que em algum lugar, debaixo disso tudo, eu não passo de um pedaço de argila à espera de alguém que me molde – dissera ele, com aquele quase sorriso se aprofundando cada vez mais.
– Um metal talvez, mas barro, jamais – comentara-a, rindo.
– Eu me curvo diante da sua sabedoria superior – falara ele, agitando o seu xerez, olhando intensamente para ela.
Any se sentira enrubescer, desconcertada, mas aquilo lhe parecera certo, mesmo assim.
Poncho, então, se inclinara e murmurara junto ao seu ouvido:
– O que eu faria sem você?
Ela sabia muito bem o que ele faria sem ela, pensou Any agora, olhando para o céu perfeito e para aquela gloriosa lagoa, nenhum dos dois parecendo-lhe tão brilhante quanto antes, sem Poncho. Ele devia estar à frente de seus negócios, implacável, enquanto ela estava destroçada pela sua ausência.
E aquilo não parecia melhorar independentemente de quantos dias se passavam.


 


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Autor(a): day

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • hadassa04 Postado em 21/06/2014 - 00:19:45

    Day, minha menina super poderosa, estou tão triste e tão encantada, encantada com seu talento para escrever e triste porque conheci a maioria das suas fic tarde de mais, seria um prazer ler e comentar como faço com tantas outras, mais prometo compensar com PAIXÃO DE PELE, que também é maravilhosa envolvente e se tiver escrevendo outra me avise quero acompanhar tudo.

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:36:36

    amei a fic* que bom que eles ficaram juntinhos lindossssssssssssssssss

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:05:53

    voltei...

  • iza2500 Postado em 27/12/2013 - 01:25:27

    amei o final,muito bom!

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 13:03:51

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 23:25:33

    até que enfim ela disse que o ama.....quero ver o que poncho vai fazer com esse sentimento agora...

  • cayqueramos Postado em 14/12/2013 - 21:41:50

    Poncho tem q ir atras dela e dizer q tambem ama ela.

  • franmarmentini Postado em 10/12/2013 - 23:07:19

    nossa...mas desse jeito será que ele não vai pisar nela... :( ele deveria ter ido atraz dela...

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:23:07

    pelo que estou vendo...um está de um lado desolado e o outro também :( quem vai dar o braço a torcer primeiro :(

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:22:25

    tadinha da any!!!!!!! não tem ninguem :(


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