Fanfic: Uma sedução arriscada (adaptada AyA) | Tema: anahi e alfonso
Ela se sentou em seu assento apertado, no vôo da Air Herrera, de Los Angeles para Londres, olhando para a foto dele na contracapa da revista ofertada no avião, achando que seu coração ia se partir em dois. Eu não posso fazer isso, pensou ela então, secando as lágrimas antes que elas molhassem o seu vizinho que roncava. Não podia viver o que ainda tinha para viver sabendo que só voltaria a vê-lo naqueles dolorosos e distantes vislumbres. Na televisão, ou nas revistas, porém nunca mais na sua frente. Nunca mais suficientemente próximo para que ela pudesse tocá-lo, saboreá-lo, provocá-lo.
Fora e ainda era apaixonada por ele, por mais que desejasse não sê-lo e estava começando a acreditar que aquilo jamais mudaria. Ela se sentia menor sem ele.
Já de volta à quitinete, em Londres, ela tentou dizer a si mesma que ainda tinha toda a sua vida pela frente, que só precisava escolher um caminho para seguir e o mundo seria seu. Acordou na manhã seguinte em busca de pistas para o seu próximo capítulo, mas tudo lhe pareceu frio e vazio. Sem sentido.
A lembrança de Poncho ainda a assombrava, naquele minúsculo apartamento que ele nunca havia visitado, em uma manhã brilhante que não deveria ter nada a ver com ele. Seus olhos se fecharam quando ela estava junto à pequena geladeira e ela o viu. Olhos intensos esverdeado. Aquele rosto feroz, implacável, com aquele nariz reto e aquela boca cruel, impossível. Ela o sentiu. Não podia respirar sem imaginar as mãos dele sobre a sua pele, o seu sorriso, o som de sua voz dizendo o seu nome.
Importava mesmo como ele pudesse querê-la, contanto que a quisesse? Any se flagrou andando de um lado para outro na pequena cozinha, desejando ter lidado de outra maneira com a situação em Bora Bora. Desejou que ele tivesse mentido e lhe dito que a queria que precisava dela, e não apenas como sua assistente. Ela poderia não ter acreditado nele, mas teria querido fazê-lo, e talvez aquilo tivesse sido suficiente.
Mas não podia se casar com Poncho se ele nem mesmo pudesse fingir que a amava.
– Uma moça tem que ter seus padrões de conduta – disse ela em voz alta, balançando a cabeça, e lá estava sozinha, prestes a voltar para um homem que nunca a amaria como ela merecia.
Mas aquele era o problema. Any não queria simplesmente ser amada. Ela queria ser amada por Poncho e não via sentido em viver sem ele. Talvez uma sobra de Poncho fosse realmente melhor que nada, já que nada mais serviria. A ideia de outro homem era risível. A verdade era que ela não conseguia nem mesmo lembrar por que havia ficado tão zangada com ele, ou porque ficara tão desesperada por se afastar dele. Aquelas semanas sem vê-lo foram as mais longas de sua vida desde que começara a trabalhar para ele, há cinco anos. Ela ansiava por um olhar de Poncho, pelo som de sua voz impaciente. Sentia falta dele.
Ele podia não querê-la do modo como ela desejava. Podia tê-la pedido em casamento apenas para manter algo que não queria perder, mas não era aquilo que lhe doía mais, e sim ficar sem ele.
Seu amor por ele era maior que o seu amor-próprio, ainda que aquilo fizesse dela uma tola igual à mãe, uma mulher triste, destinada a uma vida de migalhas.
Any ADENTROU novamente a vida dele e o seu escritório em uma tarde de quarta-feira, usando um estilo casual chique, despreocupadamente elegante e o cabelo preso em um rabo de cavalo baixo.
Era evidente que havia passado mais tempo sob o sol e que aquilo combinava com ela. Mostrava um brilho saudável e seus olhos estavam claros quando cruzaram os dele.
Minha, pensou ele, tomado de desejo.
Ele quis colar a sua boca sobre a dela. Quis estar dentro dela. Em vez disso, porém, enfiou as mãos nos bolsos e permaneceu atrás da mesa, olhando para ela, tentando conter a fúria de seu desejo.
– Eu sei que você detesta quando as pessoas aparecem sem marcar – começou Any com aquele tom de voz calmo, que o assombrara por semanas. – Eu peço desculpas – disse ela, com aquele seu maldito sorriso que ele odiava. – Sua nova assistente parece adorável.
– Ela é perfeita – concordou Poncho, quase que com um rugido. – A melhor assistente pessoal que eu já tive.
– Fico feliz em saber disso – falou ela, muito agradavelmente, como se ele fosse apenas mais um homem rico que ela tivesse que aplacar. Como se estivesse trabalhando. – Porém, se a memória não me falha, você não é muito adepto a este de elogios, o que o torna sem sentido, eu diria.
Ele não disse coisa alguma. Não podia.
– Eu voltei a Bora Bora, conforme o planejado – disse ela, procurando o olhar dele, embora Poncho não soubesse por quê.
– Espero que o seu vôo tenha sido agradável. – Ele não pôde conter aquele tom irônico nem o modo como sua sobrancelha se arqueou. – Vôo comercial?
– Levei mais de 40 horas.
Ele deveria ter respondido. Seus olhos cruzaram os dela como se Any o estivesse simplesmente encorajando a conversar com ela, com se ele pudesse ter feito aquilo antes. Mas ele não podia. Ela o havia deixado. Ele havia permitido que ela partisse.
E ainda não conseguia compreender nenhuma daquelas coisas.
E acima de tudo ainda a queria. Simples assim.
Apesar de saber exatamente o quanto querê-la o havia destruído.
– Any – disse o nome dela com toda a fúria, denunciando todo o desejo que ainda sentia, sem nem mesmo se importar como aquilo a atingiria. – Por que está aqui?
Ele a viu engolir em seco, como se estivesse nervosa, e começou a sentir uma dor física por ainda não estar tocando nela.
– Vim para a entrevista – disse ela, e sua voz não tremeu, mas mesmo assim ele pôde ouvir a emoção que havia nela. Um homem melhor poderia não ter tomado aquilo como uma vitória, mas ele não tinha aquele tipo de pretensão.
– Entrevista? – repetiu ele, em um tom gelado. – Para quê?
Any ergueu o queixo, e mais uma vez ele pôde ver que ela estava se escondendo.
– Para a minha antiga função, é claro.
Ele havia sonhado com aquilo, exatamente daquele jeito, e não pôde conter um sorriso.
Mas ela não se quebrou. Não a sua Any.
– Eu gostaria de reaver o meu antigo emprego – disse ela, muito distinta e educadamente. Ela cruzou as mãos à sua frente como a passiva e obediente funcionária que sempre fingira ser e seguiu diretamente para as mãos dele com a cabeça erguida. – Estou disposta a implorar, caso seja necessário.
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Autor(a): day
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
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hadassa04 Postado em 21/06/2014 - 00:19:45
Day, minha menina super poderosa, estou tão triste e tão encantada, encantada com seu talento para escrever e triste porque conheci a maioria das suas fic tarde de mais, seria um prazer ler e comentar como faço com tantas outras, mais prometo compensar com PAIXÃO DE PELE, que também é maravilhosa envolvente e se tiver escrevendo outra me avise quero acompanhar tudo.
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franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:36:36
amei a fic* que bom que eles ficaram juntinhos lindossssssssssssssssss
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franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:05:53
voltei...
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iza2500 Postado em 27/12/2013 - 01:25:27
amei o final,muito bom!
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franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 13:03:51
Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)
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franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 23:25:33
até que enfim ela disse que o ama.....quero ver o que poncho vai fazer com esse sentimento agora...
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cayqueramos Postado em 14/12/2013 - 21:41:50
Poncho tem q ir atras dela e dizer q tambem ama ela.
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franmarmentini Postado em 10/12/2013 - 23:07:19
nossa...mas desse jeito será que ele não vai pisar nela... :( ele deveria ter ido atraz dela...
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franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:23:07
pelo que estou vendo...um está de um lado desolado e o outro também :( quem vai dar o braço a torcer primeiro :(
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franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:22:25
tadinha da any!!!!!!! não tem ninguem :(