Fanfics Brasil - capitulo dez Uma sedução arriscada (adaptada AyA)

Fanfic: Uma sedução arriscada (adaptada AyA) | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: capitulo dez

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franmarmentini: eles são muito cabeça dura hahah


 


CAPÍTULO DEZ


 


 


 


 


ELE A olhou como se quisesse estraçalhá-la com os dentes e Any lutou para se controlar.


– Se quiser mesmo implorar, não sou eu quem vai detê-la – disse Poncho, depois de um longo momento, embora os seus olhos esverdeado brilhassem. – Pode começar se ajoelhando.


Ela se lembrou daquele dia em Bora Bora, com riqueza de detalhes. Lembrou-se de ter rastejado até ele pela madeira polida, sorrindo para ele por entre as pernas fortes, querendo-o mais do que a sua próxima respiração. E ainda o queria. Um calor subiu pelo corpo dela, e Any temeu ter ficado com o rosto em brasa. Os olhos dele haviam se estreitado e aquecido, e ela soube, sem sombra de dúvida, que ele estava se lembrando da mesma coisa.


– Doces lembranças – disse ele, provocando-a deliberadamente, mas ela não pareceu reagir do mesmo modo que antes.


Agora que sabia exatamente o que podia fazer com cada centímetro daquele seu belo corpo, ela se flagrou sem voz.


Poncho saiu de detrás da mesa e foi até a frente dela, apoiando-se de modo a permanecer a poucos centímetros. Any se conteve para não se afastar nem esboçar qualquer reação.


– Conte-me – disse ele, naquela sua voz suave, extremamente perigosa. – O que aconteceu para que você quisesse se candidatar novamente a um emprego que quis tão desesperadamente deixar? Como vai ser da próxima vez que decidir que me odeia? O que vai jogar na minha cara?


– Talvez eu tenha sido apressada – falou, antes que perdesse o que ainda lhe restava de bom senso e lhe implorasse para possuí-la, como bem entendesse. – Talvez tenha permitido que o meu pesar pela perda de meu irmão afetasse o meu julgamento.


Ele a olhou por um longo momento.


– A vaga já foi preenchida – informou Poncho, com frieza. – Você estava certa – prosseguiu ele, com o sotaque extremamente acentuado. – Foi ridiculamente fácil substituí-la. Bastou uma simples ligação.


– Oh, eu entendo – disse ela, então, fingindo ser forte. – É a minha última punição?


– E pelo que eu a puniria? – perguntou ele, com uma voz grave e intensa que a atingiu diretamente em seu ventre. – Parece que eu não passei de uma maneira conveniente de você saciar os seus desejos, exatamente como eu a aconselhei a fazer. O que aconteceu, exatamente, para que eu devesse achar que precisava puni-la?


– Nada – disse ela, já tão destroçada a ponto de não sentir mais os efeitos de mais aquela tempestade. – Não aconteceu nada.


Any inclinou a cabeça na direção dele, se virou e olhou para a porta. Tinha sido um erro ir até lá. Precisava seguir em frente, por mais que lhe doesse sequer pensar aquilo. Com o tempo, ela se recuperaria de tudo aquilo. É claro que se recuperaria. As pessoas se recuperavam de desilusões amorosas o tempo todo.


Ela também conseguiria.


 Ainda há uma vaga em aberto – disse ele, por trás dela, em um tom quase satisfeito que a deixou toda arrepiada.


Any se deteve e se odiou por isso. Você não passa de uma viciada, repreendeu-a sua voz interior. Como o seu irmão, e igualzinha à sua mãe. Aceitaria qualquer punição que ele lhe infligisse.


 E que função é essa? – perguntou Any, distante, como se estivesse em outro lugar, longe dali. – Seu saco de pancadas particular?


– Minha mulher.


Ela se sentiu estapeada, como da outra vez, na ilha, só que daquela vez estava muito fraca. Já havia se quebrado em mil pedaços para ir até lá. Aquele tinha sido apenas mais um golpe. Por um momento, pensou que sucumbiria às lágrimas que ameaçavam rolar de seus olhos, mas piscou repetida e furiosamente para afastá-las, e então se virou para ele.


As sobrancelhas dele estavam arqueadas, desafiadoras e autoritárias. Toda a tensão, toda a dor, mágoa e o desejo pareciam pairar no ar, entre eles. Os olhos dele estavam em chamas e ela não parecia conseguir reunir o orgulho e o instinto de autopreservação necessários para conseguir rir daquele pedido de casamento torto.


Ele não havia dito que precisava dela, nem que a queria. Não tinha dito que a desejava nem que aquilo era difícil para ele.


Parecia o mesmo de sempre.


Intocável. Implacável. O homem mais perigoso que ela já havia conhecido.


– Sua mulher – disse ela, como se mal reconhecesse a palavra. Ela mal conseguia falar graças ao nó em sua garganta. – E o que envolveria essa posição, exatamente?


Aquele brilho predatório surgiu novamente em seu olhar. Por trás dele, a chuva começou a bater na vidraça e o céu ficou escuro, conferindo-lhe um caráter ainda mais elementar.


– Tenho certeza de que vamos pensar em alguma coisa – disse ele, em um tom de voz que a fez lembrar-se das vezes em que a havia possuído. O ajuste perfeito. A eletricidade. A fúria que a fazia esquecer completamente de si mesma.


– E até quando vale esse acordo? – perguntou ela, com a voz densa. – Você é conhecido por ser volúvel.


Ele se afastou da mesa e caminhou na direção dela, como uma arma letal apontada diretamente para ela, e Any teve que se conter para permanecer imóvel. Para não correr na direção oposta nem na dele.


– Eu tenho pensado em muito pouca coisa desde o dia em que você entrou aqui e pediu demissão – disse ele, aproximando-se demais, obrigando-a a olhar para ele. – Eu jamais quis que você deixasse este lugar. Não é a minha volubilidade que está em questão aqui, é?


– Eu não posso me casar com você – falou ela, decidida.


Desesperada, na verdade.


Ele baixou as sobrancelhas.


– Está interessada em alguém mais rico? Mais poderoso? – Ele não riu ao dizê-lo. Não precisava. Sua voz ficou ainda mais grave, apesar de sua boca se curvar naquele frio e zombeteiro fac-símile de sorriso. – Melhor de cama?


– Amor – revelou, ouvindo-se dizer para seu grande horror. Mas não havia como desdizê-lo, nem mesmo quando ele a olhou como se ela tivesse lhe atirado outro sapato na cabeça e acertado o alvo daquela vez. – Não faz sentido se casar sem amor.


– É claro – bufou ele, com uma expressão que ela nunca havia visto antes, distante e terrível, como se lhe tivessem arrancado o coração do peito. Mas aquele era Poncho.


A boca dele se contorceu.


– Você já deixou a sua opinião bem clara. Em sã consciência, jamais se casaria com um monstro como eu.


Embora aquelas palavras fossem as mais amargas que ela já havia ouvido, a ponto de fazer com que ela se contorcesse, ele chegou ainda mais perto. Estendeu a mão e acariciou a ponta sedosa do rabo de cavalo, puxando-o por cima do seu ombro. O toque suave contrastava com a agressividade contida em seu olhar, e ela se lembrou daquela noite no terraço gelado, em Milão, em que ele fizera mesma coisa. Quando a fizera acreditar que havia algo mais entre eles do que uma simples atração sexual.


Ela se lembrou de quando chegara a pensar em se deixar afundar para não ter que enfrentar aquele homem que lançava uma sombra sobre toda a sua vida. Que a havia acusado de se esconder dele, repetidas vezes, e lá estava ela, escondendo dele a mais importante de todas as verdades. O que, efetivamente, ela estava protegendo?


Any não tinha nada nem ninguém. Estava completamente sozinha. Não tinha nada a perder.


– Eu não o acho um monstro, Poncho – sussurrou ela, sentindo-se à beira de um precipício muito alto rumo ao nada. – Eu o amo. – Ele permaneceu aterrorizantemente imóvel. – E você gosta de colecionar coisas – prosseguiu ela, sem se importar com a emoção contida em sua voz por conta das lágrimas não derramadas que pressionavam a sua garganta. – Você é muito bom nisso. Fica obcecado por algo durante algum tempo e então o abandona em busca de outra obsessão. – Ela balançou a cabeça e deu um passo para trás. – Não posso culpá-lo por isso. Conheci o seu avô. Mas como posso me casar com você se não retribuiu o meu amor?


– Any... – começou ele, mas sua voz parecia a de um estranho, e ele a olhava como se ela tivesse se transformado em um fantasma, bem ali, à sua frente, e ela soube que estava na hora de ir embora.


Que nunca deveria ter ido até lá.


Que havia se traído mais uma vez.


– Você não precisa dizer coisa alguma – falou ela. – Eu deveria ter me mantido a distância. Sinto muito.


E então ela se virou e foi embora. Pela última vez.


 


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Autor(a): day

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franmarmentini: pois é maior teimosos esses dois!!! mais tah ai o final da web vamo ver se ficam juntos hahaha   Poncho RASTREOU os passos dela e descobriu o seu endereço. Uma quitinete, em Clapham, do outro lado da cidade. Estava tão zangado com ela que sua cabeça parecia estar pegando fogo.   Ele bateu com força na port ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • hadassa04 Postado em 21/06/2014 - 00:19:45

    Day, minha menina super poderosa, estou tão triste e tão encantada, encantada com seu talento para escrever e triste porque conheci a maioria das suas fic tarde de mais, seria um prazer ler e comentar como faço com tantas outras, mais prometo compensar com PAIXÃO DE PELE, que também é maravilhosa envolvente e se tiver escrevendo outra me avise quero acompanhar tudo.

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:36:36

    amei a fic* que bom que eles ficaram juntinhos lindossssssssssssssssss

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:05:53

    voltei...

  • iza2500 Postado em 27/12/2013 - 01:25:27

    amei o final,muito bom!

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 13:03:51

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 23:25:33

    até que enfim ela disse que o ama.....quero ver o que poncho vai fazer com esse sentimento agora...

  • cayqueramos Postado em 14/12/2013 - 21:41:50

    Poncho tem q ir atras dela e dizer q tambem ama ela.

  • franmarmentini Postado em 10/12/2013 - 23:07:19

    nossa...mas desse jeito será que ele não vai pisar nela... :( ele deveria ter ido atraz dela...

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:23:07

    pelo que estou vendo...um está de um lado desolado e o outro também :( quem vai dar o braço a torcer primeiro :(

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:22:25

    tadinha da any!!!!!!! não tem ninguem :(


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