Fanfics Brasil - 35 Uma sedução arriscada (adaptada AyA)

Fanfic: Uma sedução arriscada (adaptada AyA) | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 35

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– Eu quero você – disse ele, sustentando deliberadamente o olhar dela. – Isso não mudou Any, e acredito que jamais mudará.


Ela empalideceu e mordeu o lábio inferior. Ele queria colocar as mãos nela. Queria enterrar o rosto em seu cabelo e inalar a sua doce fragrância. Queria segurar os ombros delgados dela em suas mãos. Queria ser a cura para a sua dor e não a sua causa.


Mas ele nunca soubera fazer aquele tipo de coisa. Nunca tentara. Não sabia sequer como começar, e tudo o que ela fazia era fugir.


Contudo, Any o amava. E aquilo era como uma luz brilhante em que nunca existira nada além de escuridão.


– Eu estava falando sério no escritório – sussurrou ela. – Eu não deveria ter voltado. Se você for embora agora, nunca mais me verá outra vez.


– Eu acredito em você. – Ele mal estava conseguindo evitar tocá-la. – Mas não estou preparado para ver você se martirizar. Não por mim.


– Eu não sou nenhum mártir – disse ela em tom grave.


– Tem certeza? – A voz dele estava maviosa, perigosa e exigente. E ele não recuou um centímetro sequer. – Eu posso ver as chamas dançarem ao seu redor, enquanto você arde na fogueira por sua escolha.


Ela não conseguia compreender o que estava acontecendo nem conter aquele nó no estômago.


– Eu não tenho ideia do que você está falando – disse ela, em um fio de voz.


Poncho foi até Any, fazendo com que ela fosse até as janelas frias, do outro lado da sala. Bastaram três passos, e então o vidro frio estava contra as costas dela, e Poncho estava na parede à sua frente, mais perigoso que qualquer outra coisa no mundo.


– O que você disse a si mesma? – perguntou ele. – Você chorou por minha causa, Any? Pelo homem que não pode retribuir o seu amor? Você esqueceu que eu também a conheço?


– Está caçoando de mim? – perguntou ela, incrédula. Não sabia ao certo se era raiva ou angústia o que estava sentindo. – Quer dizer que você é realmente um monstro, afinal?


Os olhos esverdeado dele brilharam com algo que não era exatamente malícia, algo que a fez perder o fôlego.


– Que conveniente para você – disse ele. – Encontrar alguém para amar tão valentemente e de longe.


As palavras dele a atingiram em cheio. Any ouviu a si mesma gemer e sentiu suas pernas fraquejarem. Ela tentou se desvencilhar, mas Poncho não arredou pé e continuou olhando para ela.


– Você só ama quem nunca a ama de volta – disse ele naquele mesmo tom, tão calmamente, como se não soubesse o quão devastador aquilo estava sendo para ela. Como se ele não pudesse ver o que estava fazendo com ela, ou mais provavelmente, não se importasse. – Você organiza a sua vida em torno de objetos distantes e inalcançáveis.


– Você… – Ela mal conseguia falar. – Você não sabe do que está falando.


– Não sei? – Ela viu as sombras nos olhos dele e a escuridão que por lá espreitava. – Você me ama, Any? Ou acha que só pensa que ama porque acredita que não há o menor perigo de eu retribuir o seu sentimento? Você jamais se arriscaria, não é? Aprendeu a fingir sofrer pelo seu grande amor permanecendo para sempre sozinha. Hermeticamente. A perfeita mártir. – Ele se deteve, com um brilho nos olhos, e sua voz ficou mais grave. – Exatamente como fez com o seu irmão.


Ela ergueu uma das mãos trêmula e se apoiou na parede, com as pernas bambas.


Mas ele foi implacável, com seu, sobretudo voando em torno dele, como uma capa, e o terno colado aos músculos firmes de suas coxas. Um deus perfeito e impiedoso, submetendo-a a seu terrível julgamento.


– Você não tem ideia do que é o amor.


Any olhou para ele pelo que pareceu ser uma eternidade, excessivamente abalada para sequer chorar. Estava se sentindo devassada, como se ele fosse à luz que tivesse iluminado a escuridão de seu interior.


– E você tem? – perguntou ela, por fim.


Os olhos de Poncho eram puro fogo e ouro derretido, queimando-a viva. Ele tomou a mão dela na sua, e em vez de evitar o contato, ela se deleitou na sensação da pele dele contra a sua, depois de todo aquele tempo.


– Deixe-me lhe dizer o que você sabe – disse Poncho, com a voz grave e intensa, carregada de urgência. – Eu a quero de um jeito que não consigo compreender. Posso viver sem você, mas não quero. Não entendo por que deveria fazê-lo.


– Poncho…


– Cállate – ordenou Poncho, virando-se e baixando as mãos dela. Any as cruzou sobre o que restara do calor dele. – Eu tentei. Deixei que você partisse. Você voltou. Você só ama o que não pode ter, e eu nunca fui outra coisa que não um monstro para você. Eu jamais quis ser outra coisa que não eu mesmo. Até agora.


Algo se avolumou no espaço entre eles, frágil e novo. Any sentiu as lágrimas rolarem pelo rosto, mas não fez movimento algum para secá-las. Só conseguia enxergar Poncho diante de si. E assim como os beija-flores que Dominic havia tatuado em sua pele, ela sentiu algo se elevar timidamente dentro de si, como um dom, uma esperança, fazendo com que aquela terrível caverna em que ela vinha vivendo há tanto tempo finalmente começasse a se iluminar.


Ela não queria mais saber de dor. Não queria mais alimentar aquele traço masoquista de sua personalidade. Tudo o que queria era ele. Sempre quisera. Estava cansada de se esconder. Já era à hora de parar com aquilo.


Daquela vez foi ela quem estendeu a mão. Ela se inclinou para frente e passou as mãos pelo maxilar severo de Poncho, e então segurou o rosto feroz, impossível, entre as mãos. Any sentiu o calor dele se mover por ela, aquecendo-a de dentro para fora.


– Se eu não sou uma mártir – disse ela em voz baixa, mas forte – e você não é um monstro, então quem você acha que somos?


– Essa é a questão – falou ele, erguendo as mãos para cobrir as dela, seu olhar se derretendo no dela, enquanto o mundo girava ao redor deles e o fogo que sempre ardera entre eles, soldava-os, um ao outro. – Eu quero descobrir. Com você.


– Acho que nós podemos fazer isso – sussurrou ela, e então o beijou, para selar o seu voto.


 


 


ELE A encontrou esparramada sobre uma das espreguiçadeiras do deque do iate, exibindo suas adoráveis e perfeitas curvas em um biquíni delicioso.


Ela sorriu ao vê-lo se aproximar, mas não afastou o tablet até ele a erguer em seus braços e colar os seus lábios aos dela. Já não a via há quase 24 horas e estava tão desesperado como se tivessem se passado anos.


Poncho a colocou novamente de pé, cuidadosamente, desfrutando do deslizar do corpo dela contra o seu.


– O que foi? – disse, vasculhando o rosto dele.


Enfiou a mão no bolso e tirou de dentro dele uma caixa branca longa que passou a ela. Any o observou por um momento e então abriu a caixa. Ela arfou e Poncho ficou tenso, sem saber se havia feito a coisa certa.


Any pegou o pingente e seus olhos se encheram de lágrimas.


– Beija-flores… – sussurrou ela.


Dois pássaros aninhados em um ninho de prata, nas cores vibrantes que só podiam ser de Murano. Eles brilhavam sob a luz dourada do sol, parecendo quase vivos.


Os olhos dela ainda estavam molhados ao olhar novamente para ele, mas havia um sorriso em seus lábios.


– Você não vai esquecê-lo – disse Poncho, com a voz rouca. – E nem eu.


Ela passou os braços em torno dele e o beijou. Por um longo tempo. Suave e docemente. Fazendo ambos suspirarem.


Já fazia oito meses desde aquela cena, na quitinete de Clapham. Oito meses de Any em sua vida, testando-o e transformando-o, fazendo com que ele se perguntasse como havia conseguido viver sem ela por tanto tempo. Não podia mais imaginar qualquer situação que não incluísse aquela mulher, que o havia, de algum modo, transformado no homem que ele jamais acreditara poder ser. De carne e osso. Vivo. Não um monstro, afinal. Não enquanto ela o amasse.


– Quando vai se casar comigo? – perguntou Poncho, envolvendo-a ainda arfante e exausta em seus braços.


– Quando você merecer – disse ela, afastando-se dele, esfregando os olhos como se achasse aquela probabilidade muito remota e riu.


– Será que vou ter que suborná-la? – perguntou ele. – Você não quer uma casa, nem uma propriedade, atóis ou ilhas.


Ele fez um gesto e ela o seguiu, olhando para o azul profundo do mar Egeu em direção à pequena, ensolarada e verdejante ilha ao fundo. Particular e desabitada. E dele. Any havia insistido que Poncho visitasse todas as suas propriedades ou as vendesse, e assim ele fizera, deixando os negócios nas mãos competentes de seus vice-presidentes. Delegando funções. Aquela ilha grega, uma das Cyclades, próxima a Mykonos, era a última da lista. Ele descobrira que gostara do processo de explorá-las, todas, com ela.


– Não – concordou ela. – Eu não quero a sua propriedade. Mas…


– Sim?


Ela o divertia. Fascinava.


– Talvez uma companhia. – Seus olhos azuis brilharam, enquanto ela prendia o pingente em torno do pescoço.


– Por que será que não estou surpreso do ócio entediá-la?


Ela apenas sorriu.


– Aquela agência de publicidade, em Nova York, ainda está precisando de alguém para gerenciá-la?


Ele estava ciente de que ela conhecia muito bem a resposta.


– E o que você sabe a respeito de agenciamento e publicidade?


Seu tom, porém, era doce. Ele não tinha dúvidas de que aquela mulher podia fazer qualquer coisa a que se dispusesse, e bem.


– Eu o gerenciei por cinco anos – disse ela. – Imagino que uma empresa repleta de artistas americanos seja apenas uma leve brisa em comparação a você.


– Eu amo você – disse ele, porque era a mais pura verdade e porque não conseguia pensar em nada que o agradasse mais do que a ideia de ela construir um futuro com ele. O império deles, e não apenas o seu. – Você pode gerenciar o que quiser mi amor. Mas eu terei que insistir para que se case comigo. Há uma cláusula pouco conhecida em todos os meus contratos – explicou ele, suavemente, beijando o rosto dela, as sardas em seu nariz e sua doce boca. – Todas as filiais da Herrera Group têm de ser presididas por um Herrera, de modo que eu estou de mãos atadas...


Any riu e enroscou os braços em torno do pescoço dele.


– Você sabe como eu amo um sacrifício – provocou ela.


– Ainda bem – disse ele com a voz abafada, sorrindo e beijando-a a fim de selar o acordo.


Aquilo seria muito bom, e eles iam passar a vida toda tornando as coisas ainda melhores. Ele não tinha dúvidas.


Ele era Alfonso Herrera, que não aceitava um não como resposta e não conhecia o fracasso.


 FIM



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Autor(a): day

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Queria agradecer todos que leram e acompanharam a web, aos comentarios que me davam animos para continuar escrevendo....Agradeço de coração e com todo o carinho a vcs! Obrigada e continuem acompanhando as minhas outras Web`s hahahahah ADORO VCS*---------------------------*   NOVAS WEB`S AMOR SEM FIM:   Uma noiva imprópria para um ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • hadassa04 Postado em 21/06/2014 - 00:19:45

    Day, minha menina super poderosa, estou tão triste e tão encantada, encantada com seu talento para escrever e triste porque conheci a maioria das suas fic tarde de mais, seria um prazer ler e comentar como faço com tantas outras, mais prometo compensar com PAIXÃO DE PELE, que também é maravilhosa envolvente e se tiver escrevendo outra me avise quero acompanhar tudo.

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:36:36

    amei a fic* que bom que eles ficaram juntinhos lindossssssssssssssssss

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:05:53

    voltei...

  • iza2500 Postado em 27/12/2013 - 01:25:27

    amei o final,muito bom!

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 13:03:51

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 23:25:33

    até que enfim ela disse que o ama.....quero ver o que poncho vai fazer com esse sentimento agora...

  • cayqueramos Postado em 14/12/2013 - 21:41:50

    Poncho tem q ir atras dela e dizer q tambem ama ela.

  • franmarmentini Postado em 10/12/2013 - 23:07:19

    nossa...mas desse jeito será que ele não vai pisar nela... :( ele deveria ter ido atraz dela...

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:23:07

    pelo que estou vendo...um está de um lado desolado e o outro também :( quem vai dar o braço a torcer primeiro :(

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:22:25

    tadinha da any!!!!!!! não tem ninguem :(


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