Fanfics Brasil - 7 Uma sedução arriscada (adaptada AyA)

Fanfic: Uma sedução arriscada (adaptada AyA) | Tema: anahi e alfonso


Capítulo: 7

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Aquela mesma lembrança sedutora se revirou dentro dele, voltando perigosamente à vida.
Any transferiu o seu peso de um pé descalço para o outro, fazendo com que ele se lembrasse de que ela era, de fato, uma mulher, e não um robô perfeito, construído apenas para suprir as suas necessidades. Que ela era feita de carne e osso, uma carne lisa e macia, e que as suas pernas, que se escondiam sob aquela saia de seda, eram perfeitamente torneadas. Que ela não era uma escultura de gelo, e que ele já havia provado do seu calor.
Poncho não gostou nada daquilo, mas deixou que o seu olhar corresse novamente por Anahi, mesmo assim, notando, como que pela primeira vez, as curvas que se elevavam em sua figura delgada, nos lugares certos.
Havia algo em seu cabelo despenteado, na emoção do seu olhar e na completa ausência de sua expressão calma habitual que o abalava profundamente. O coração dele começou a bater em um ritmo cada vez mais acelerado, fazendo-o pensar em coisas que sabia que não deveria pensar. Aquelas pernas macias enroscadas em torno de sua cintura, enquanto ele a pressionava contra uma parede na cidade antiga. A boca quente de Any sob a sua. Toda aquela fria competência da qual Poncho dependera durante todos aqueles anos se derretendo ao seu redor…
Aquilo era inaceitável. Havia uma razão pela qual ele nunca se permitira pensar naquela noite, droga. Maldita Any.
– Chamá-lo de uma força da natureza o exime de suas responsabilidades, não é? – perguntou Any, como se não tivesse percebido ou não se importasse que Poncho estivesse avançando em sua direção, embora ele tivesse visto os dedos dela se apertarem em torno do sapato que ainda mantinha na mão. – Você não é um furacão nem um terremoto, Senhor Herrera. É apenas um homem isolado e egoísta, com dinheiro demais e habilidades sociais de menos.
– Acho que eu a preferia como era antes – observou ele, com uma voz cortante, mas ela não se acovardou.
– Subserviente?
– Quieta.
Os lábios dela se curvaram em algo excessivamente frio para ser um sorriso.
– Se não quiser ouvir a minha voz, nem as minhas opiniões, terá que me deixar ir embora – lembrou-lhe ela. – Você é tão bom em dispensar as pessoas, não é? Não acabou de fazer isso com aquela pobre moça há cinco minutos?
Ele se valeu de sua altura e se inclinou sobre Any, aproximando-se excessivamente do seu rosto, sentindo um leve perfume de sabonete ou perfume. Aquilo despertou o próprio desejo. Lembrou-se de ter enterrado o rosto no pescoço dela e sentiu uma vontade incontrolável de fazê-lo outra vez, agora. Não sabia se deveria admirá-la ou provocá-la quando ela não recuou.
Poncho teve a estranha sensação de que aquela mulher podia significar a sua morte. Aborrecido, ele afastou de sua mente aquela estúpida superstição de seus tempos de infância, que ele já acreditava ter deixado para trás.
– Por que está tão preocupada com o destino daquela “pobre moça”? – perguntou ele, com a voz cada vez mais grave à medida que ia ficando mais furioso. – Você sequer sabe o nome dela?
– Você sabe? – a retrucou, chegando a inclinar mais o rosto como se estivesse prestes a cutucá-lo com algo mais que palavras.
– Por que se importa tanto com o modo como eu trato as minhas mulheres, Srta. Portilla? – perguntou ele, em um tom gelado e perigoso que deveria tê-la silenciado por dias.
– Por que você não se importa? – contra-atacou ela, com uma expressão grave.
Subitamente, ele compreendeu o que estava acontecendo. Como não tinha enxergado toda aquela efervescência antes, já que ela deveria estar lá há anos? Ele não permitira que uma única noite insignificante, deliberadamente ignorada, praticamente assim que aconteceu, o assombrasse ou afetasse o seu relacionamento profissional com ela e achara que ela também não.
– Talvez – o sugeriu – você não tenha sido inteiramente honesta quando me disse que não havia nenhum homem envolvido nessa história.
Por um momento, ela ficou simplesmente olhando-lhe, apática.
Depois respirou fundo, enquanto o choque e a incredulidade atravessavam o seu olhar, seguidos de uma súbita consciência, e deu um passo para trás. Mas ele já o havia visto.
– Você não pode estar falando sério – disse ela, arfante, soando horrorizada. Talvez um pouco horrorizada e aterrorizada demais. – Acha mesmo que... Você?
– Eu – concordou ele, sentindo toda aquela fúria se agitar em seu interior, transformando-se em outra coisa, algo que ele lembrava muito bem, apesar de insistir no contrário. – Você não seria a primeira secretária no mundo a ter uma paixonite pelo chefe, não é? – Ele inclinou a cabeça, magnânimo. – Eu assumo toda a responsabilidade por isso. Jamais deveria ter permitido que aquele episódio em Cádiz ocorresse. Foi tudo culpa minha. Permiti que você alimentasse muitas ilusões.
Any empalideceu, e apesar do que havia dito, tudo em que ele conseguiu pensar foi naquela noite ocorrida há tanto tempo na Espanha, no caminho de volta da bodega para o hotel, enquanto o mundo se turvava e ela passava o braço em torno de sua cintura, como se ele precisasse de apoio. E então a boca de Any sob a sua, sua língua, seu sabor, muito mais inebriante que amanzanilla que ele havia tomado em uma espécie de tributo torto ao avô, cuja morte, naquele mesmo dia, ele se recusava a lamentar. Em vez disso, ele a beijara contra o muro e em meio a doce escuridão.
Suas mãos contra as curvas dela, seus lábios no pescoço de Any…
Poncho ainda podia sentir o sabor dela, mesmo depois de todos aqueles anos.
Ele vinha mentindo para si mesmo. Não tinha sido movido apenas por aborrecimento e raiva. Não fora isso o que o deixara rijo e pronto, fazendo o sangue correr mais rápido pelas veias.
Aquilo era desejo.
– Seria mais provável eu me apaixonar pelo capeta – disse ela, furiosa, atropelando as palavras como se não pudesse pronunciá-las rápido o bastante. – Além do mais, eu era a sua assistente pessoal e não a sua secretária...
– Você é o que eu disser que é – advertiu ele, num tom mavioso e perverso, como se aquilo pudesse apagar aquela lembrança, ou colocá-la no devido lugar. A ela e àquele seu crescente desejo por ela também. – Algo que você parece ter esquecido completamente hoje.
Any arfou e ele voltou a notar aquela centelha, aquela excitação. A lembrança.
Aquele brilho nos olhos azuis dela, que ele já havia visto uma vez e jamais esquecera, por mais que tivesse dito a si mesmo o contrário.
Mais mentiras, concluiu ele, sentindo o corpo latejar com a necessidade de sentir o sabor dela. De possuí-la.
– Eu não desperdicei um segundo sequer do meu tempo “alimentando ilusões” a respeito da sua grosseria e bebedeira em Cádiz – sibilou ela, mas a voz falhou e ele soube que ela estava mentindo, tanto quanto ele havia feito até ali. – Foi um único beijo. Você, por acaso, fantasiou com isso? Foi por isso que me impediu de obter aquela promoção? Ciúme?
Aquela ideia era simplesmente risível, mas Poncho queria sentir novamente o sabor dela e que ela se calasse, e só conseguiu pensar em um modo de conseguir as duas coisas de uma só vez, dizendo a si mesmo que se tratava de uma estratégia.
Seu coração batia com força. Ele ansiava por botar as mãos nela.
Ele a desejava. Apenas estratégia, o pensou outra vez.
Não acreditava realmente naquela história, mas baixou a cabeça, mesmo assim, e a beijou.


 


 


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Autor(a): day

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 43



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  • hadassa04 Postado em 21/06/2014 - 00:19:45

    Day, minha menina super poderosa, estou tão triste e tão encantada, encantada com seu talento para escrever e triste porque conheci a maioria das suas fic tarde de mais, seria um prazer ler e comentar como faço com tantas outras, mais prometo compensar com PAIXÃO DE PELE, que também é maravilhosa envolvente e se tiver escrevendo outra me avise quero acompanhar tudo.

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:36:36

    amei a fic* que bom que eles ficaram juntinhos lindossssssssssssssssss

  • franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:05:53

    voltei...

  • iza2500 Postado em 27/12/2013 - 01:25:27

    amei o final,muito bom!

  • franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 13:03:51

    Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)

  • franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 23:25:33

    até que enfim ela disse que o ama.....quero ver o que poncho vai fazer com esse sentimento agora...

  • cayqueramos Postado em 14/12/2013 - 21:41:50

    Poncho tem q ir atras dela e dizer q tambem ama ela.

  • franmarmentini Postado em 10/12/2013 - 23:07:19

    nossa...mas desse jeito será que ele não vai pisar nela... :( ele deveria ter ido atraz dela...

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:23:07

    pelo que estou vendo...um está de um lado desolado e o outro também :( quem vai dar o braço a torcer primeiro :(

  • franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:22:25

    tadinha da any!!!!!!! não tem ninguem :(


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