Fanfic: Uma sedução arriscada (adaptada AyA) | Tema: anahi e alfonso
CAPÍTULO TRÊS
ELA HAVIA efetivamente saltado da maldita embarcação.
Poncho permaneceu no convés e a olhou com uma expressão grave quando a viu ressurgir na superfície da água e começar a nadar em direção à praia distante, lutando para manter o autocontrole. Para trancar todo aquele desejo a sete chaves, nas profundezas de sua memória.
Como aquilo tinha acontecido? Outra vez?
Não havia mais ninguém a culpar a não ser a ele mesmo, o que só piorava a situação, ainda mais.
– Perdoe-me, senhor, mas ela… Caiu? – perguntou uma voz por detrás dele, parecendo chocada. – Não deveríamos ajudá-la?
Ele não queria pensar nela como uma pessoa. Não queria sentir aquele seu sabor inebriante novamente em sua boca nem aquele insano desejo se agitar dentro dele outra vez, deixando-o tão rígido a ponto de quase sentir dor e parecer um estranho para si mesmo. Ele não queria nada daquilo.
– Essa é uma excelente pergunta – resmungou Poncho.
Ele ainda a observou por um longo e tenso momento, dando aquelas braçadas longas e seguras em meio à imensidão azul, quase admirando a sua força de vontade, para não falar na sua graça e habilidade, mesmo completamente vestida.
Poncho teve que se esforçar para manter o seu corpo sob controle e afastar aquele desejo denso que ainda latejava dentro dele. Havia sido o tipo de beijo que conduzia a cenas ardentes, e se aquela não fosse Anahi, ele não teria pensado duas vezes, e a teria possuído ali mesmo, no chão do salão.
E contra a parede. E sobre as almofadas macias na sala de estar. Repetidas vezes, só para se deleitar naquela química que havia entre eles e que ele tentara se convencer de que tinha esquecido completamente até aquilo voltar a ser a única coisa em que conseguia pensar.
Mas aquela era Anahi.
E Poncho sempre fora um homem prático, focado em tudo o que fazia. Nunca havia se desviado do caminho que traçara para si, nem sequer ficara tentado a fazê-lo. Exceto por uma infeliz escorregadela em Cádiz, naquela noite, e uma repetição ali, em seu iate.
Aquilo já era demais. Ele tinha que recuperar o seu autocontrole e não voltar a incorrer naquele mesmo erro.
Ele a viu se virar na água, certamente checando se havia alguém atrás dela, e lutou contra aquela parte do seu ser que lhe sugeriu deixá-la simplesmente por lá. Ela já o havia feito perder tempo demais. Sua agenda estava lotada naquele dia, e ele havia deixado tudo de lado a fim de tentar impedir que ela fosse embora. Por que fizera aquilo, afinal? E depois a beijara?
Não importava, disse ele a si mesmo, implacavelmente. Any era uma assistente muito valiosa para que ele corresse o risco de deixar que ela se afogasse. Ou de se tornar a sua amante, como o seu corpo ainda demandava entusiasticamente. Havia pensado a mesma coisa, três anos atrás, quando ela se candidatara àquela promoção. Tudo deveria continuar exatamente como era antes.
Ele não compreendia por que ela queria deixar o seu emprego tão desesperadamente nem por que havia ficado tão furiosa com ele, de uma hora para outra. Tinha, porém, certeza de que se investisse dinheiro suficiente naquele problema, especialmente se o único problema fosse os seus sentimentos feridos, tudo se resolveria. Ele torceu a boca. Ao menos era assim com todo mundo.
– Senhor? Talvez devêssemos usar uma de nossas lanchas. Ela já está um pouco longe agora… – perguntou o capitão, outra vez, mais subserviente e mais preocupado.
Ele não estava gostando nada de Anahi tê-lo feito sentir o que quer que fosse, menos ainda, algo como aquilo. Ela era a sua assistente pessoal perfeita, competente e confiável. Seu relacionamento com ela era impessoal. Foi só quando começou a enxergá-la como mulher que as coisas começaram a se complicar, e que ele começou a se sentir do jeito que imaginava que os homens mais fracos se sentiam – inseguro e até mesmo carente. Aquilo o horrorizara.
Nunca mais, jurara ele, ainda muito jovem.
Nada mais de sentimentos. Ele já havia sentido coisas demais nos primeiros 18 anos de sua vida, e sofrera muito por causa disso. Sucumbir àquelas coisas era para o tipo de homem em que ele não tinha a menor intenção de se transformar. Fracos. Maleáveis. Comuns.
Aquelas idéias o haviam guiado por quase duas décadas.
Quando algo estava fora do seu alcance, ele simplesmente o ampliava e tomava o que queria. Se não estava à venda, ele pressionava até que estivesse e freqüentemente por um preço menor que o seu verdadeiro valor, graças às suas maquinações.
Se uma mulher não o queria, ele simplesmente realizava os seus desejos, quaisquer que fossem até ela chegar à conclusão de que havia sido apressada demais em sua avaliação. Se sua assistente queria deixar o emprego, ele simplesmente a substituía, e se achava que deveria ficar ele lhe dava o que ela quisesse para tanto. Comprava tudo o que queria porque tinha cacife para tanto. Porque nunca mais voltaria a ser aquele menininho marcado pela vergonha de sua mãe. Porque não era, nem jamais seria governado por seus sentimentos.
Aquela louca obsessão por uma mulher que já havia tentado deixá-lo duas vezes no mesmo dia estava se tornando perigosa.
Ela o fazia desejar, e ele se recusava a dar mais corda àquilo.
– Prepare uma das lanchas – disse ele, em voz baixa, ouvindo, logo em seguida, toda a tripulação entrar em ação, como se só estivessem esperando ouvir a sua ordem. – Eu mesmo a buscarei.
COMENTEM GAROTAS ;)
Autor(a): day
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iza2500: Foi mesmo! haha Ponchito vai resgata-la, aqueles dois são tão orgulhosos ficam fazendo doce ao invez de se amarem logo hahah franmarmentini: VERDADE acho que a Any deveria deixar de ser tão teimosa e dar amor e carinho pro Poncho... Ele detectou certa surpresa, por parte do comandante, diante de sua resposta. É claro, ele era Al ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 43
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hadassa04 Postado em 21/06/2014 - 00:19:45
Day, minha menina super poderosa, estou tão triste e tão encantada, encantada com seu talento para escrever e triste porque conheci a maioria das suas fic tarde de mais, seria um prazer ler e comentar como faço com tantas outras, mais prometo compensar com PAIXÃO DE PELE, que também é maravilhosa envolvente e se tiver escrevendo outra me avise quero acompanhar tudo.
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franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:36:36
amei a fic* que bom que eles ficaram juntinhos lindossssssssssssssssss
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franmarmentini Postado em 13/01/2014 - 00:05:53
voltei...
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iza2500 Postado em 27/12/2013 - 01:25:27
amei o final,muito bom!
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franmarmentini Postado em 23/12/2013 - 13:03:51
Quero deixar um recadinho!!! AMANHÃ NÃO VOU PODER COMENTAR EM NENHUMA FIC* POIS É MEU NIVER!!!...KKKKKKK E VOU ESTAR NA CORRERIA POR CAUSA DA MINHA VIAJEM... VOU PRA MACEIÓ :) PRAIAAAAAAAAAAAA IUPÍ...ENTÃO VOU FICAR +- ATÉ DIA 10/01/14 SEM COMENTAR...MAS NÃO IREI ABANDONAR A FIC* :) BJUS E FELIZ NATAL E ANO NOVO PRA VC E PRA TODOS DA FIC* E QUE VENHA 2014!!!!!! ;)
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franmarmentini Postado em 14/12/2013 - 23:25:33
até que enfim ela disse que o ama.....quero ver o que poncho vai fazer com esse sentimento agora...
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cayqueramos Postado em 14/12/2013 - 21:41:50
Poncho tem q ir atras dela e dizer q tambem ama ela.
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franmarmentini Postado em 10/12/2013 - 23:07:19
nossa...mas desse jeito será que ele não vai pisar nela... :( ele deveria ter ido atraz dela...
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franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:23:07
pelo que estou vendo...um está de um lado desolado e o outro também :( quem vai dar o braço a torcer primeiro :(
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franmarmentini Postado em 08/12/2013 - 12:22:25
tadinha da any!!!!!!! não tem ninguem :(