Fanfic: Parece Amor (DyC) | Tema: Vondy - RBD

POV Ucker

-Não to afim de ir pra casa, quer ir pra algum lugar? –tentei fazer com que passássemos mais tempo juntos (apesar desse não ser o problema porque sempre estávamos juntos)

-Não to me sentindo bem, eu não seria uma boa companhia pra você agora! –ela estendeu a mão e eu pensei que fosse ligar o rádio como fez da última pra que eu calasse a boca, mas ela só abriu o porta luvas e tirou um bombom dali-

-Sua companhia é sempre bem vinda! –nós estávamos agindo como se não nos conhecemos e eu estivesse tentando flertar com ela- Está passando mal? –perguntei voltando pra parte em que ela diz não se sentir bem-

-Não. Só estou cansada!

-Se importa se eu parar pra comprar alguma coisa?

-Chris! –finalmente ela disse meu nome do jeito que só ela dizia, naquele tom doce e suave que me fez sentir um pouco de receio- Não aja como se não nos conhecêssemos! –ela continuou com a suavidade na voz.

-Então não faça com que eu me sinta um estranho! –eu tentei usar o mesmo tom, olhei pra ela de relance e voltei a olhar a rua. Ela não estava me olhando, ela ainda comia o maldito bombom-

-Me desculpa se eu fico apenas esperando o momento em que você virá até mim! –ela continuou com a suavidade um pouco estressante-

Ok! Essa eu não entendi!

-Não entendi!

-Não quero falar sobre isso!

-Se você não falar agora, quando vai ser?

-Talvez quando se der conta!

-Me der conta de que?

-Vamos aonde quiser Chris!

Como ela conseguia ser tão insuportavelmente doce em um assunto desses, tudo bem? Não estávamos brigando nem nada mas estávamos discutindo a relação! Não estávamos? Não tive certeza quando ela cruzou as pernas em cima do banco, me olhou e sorriu ainda mastigando. Eu também não estava entendo porque ela nunca terminava o bombom.

Mais que merda! Porque eu estava me preocupando com o bombom? Eu quase derrubei um motoqueiro quando ela sorriu pra mim e estava sendo como se realmente não nos conhecêssemos.  

-Eu vou enlouquecer! –pensei alto-

-Talvez!

Do que ela estava falando? Eu já me esqueci qual era o assunto e talvez se eu dissesse isso eu piorasse as coisas. Mais eu nem sabia ao certo como as coisas estavam e se era possível piorar!

***

Acordei e olhei no relógio, eram quatro e quarenta e seis da manhã e eu provavelmente não iria mais dormir. Olhei pro lado e lá estava ela, dormindo, virada de costas pra mim e eu podia ouvir a sua respiração.

Provavelmente eu iria passar o resto da madrugada tentando entender nossa conversa. Talvez eu deva concertar as coisas, talvez Dulce não goste mais de mim e queria que eu descobrisse sozinho.

Eu não consigo pensar em outra alternativa porque se não, o que eu deveria descobrir sozinho. Talvez fosse não tivesse importância e muito menos significado e eu devesse esquecer.

Se eu não estivesse tão mal com ela nos últimos dias eu até escolheria a última opção. Levando em conta também que é uma fase de mulher grávida e que logo depois isso iria passar. A única diferença é que eu estaria acordado porque um bebê chorou e não porque eu tive um sonho sinistro com a minha mulher.

***

09:37

Estava na empresa, tinha acabado de sentar na minha mesa e impulsivamente contar o meu sonho aos meus amigos que provavelmente me internariam depois. Eu nem sei porque eu contei, na verdade eu sei... eu queria resposta, não deles obviamente mas respostas... mais a única coisa que consegui foi conselhos...

-Conversa com ela! –disse Poncho-

-Eu até perguntaria a Mai, mas ela tá azeda!

Olhei pra Poncho.

-Any concerteza não sabe de nada! Ainda mais agora que ela não sai nem ... da cama!

Voltei a olhar pra Christian.

-O que você fez? Porque a Mai está “azeda”? –eu fiz aspas-

-Vai saber! Ela não me disse nada!

-Qual é o problema delas? –fic uma pergunta retórica, até porque ninguém ali saberia responder- Se elas tem problemas com a gente deveriam nos dizer, não temos bola de cristal!

-Faz que nem eu –ele disse- Deixa pra lá, uma hora ela vai sentir saudades!

...