Fanfic: Parece Amor (DyC) | Tema: Vondy - RBD

Senti seus lábios fazerem uma leve pressão sobre os meus e logo sua língua me pedia passagem, que dei de bom grado. Todo o meu senso e minha capacidade de raciocinar foram por terra, quando sua língua tocou a minha e uma explosão de prazer tomou conta de todo o meu corpo.
Em um momento eu estava sendo pressionada na parede pelo corpo dele, no outro, minhas mãos já estavam em seu cabelo, pedindo por mais daquele beijo que estava colocando meu mundo de cabeça para baixo. Eu já sentia o ar me faltando, mas mesmo assim, queria continuar. 
Um gemido rouco escapou pela garganta dele e senti suas mãos passearem pelo meu corpo, contornando meus quadris e puxando minha cintura em sua direção, pressionando meu corpo ao seu, me fazendo sentir todo o seu calor e algo duro pressionar de leve minha barriga. Dessa vez fui eu quem gemi, ao tomar conhecimento daquilo. Ele estava excitado e, certamente, minha situação não era muito diferente. Outro gemido rompeu por sua garganta e logo em seguida ele parou de me beijar, encostando a testa na minha. Estávamos ofegantes, suados e excitados e eu não queria nem ver como deveria estar meu rosto naquele momento, todo manchado pelo batom escuro que Any cismou de passar em mim. 
- Cristo, eu... Eu não posso fazer isso, Dul, não posso. - ele murmurou de olhos fechados, balançando a cabeça de um lado para o outro. 
Deus! Do que ele estava falando?

- Não pode ou não quer? 
- Não posso. - me olhou, passando de leve o polegar pelos meus lábios. - Assim não dá, eu nunca vou..
Esperei ele terminar mas ele não o fez.
- O quê? - me ouvi murmurando.
Chris se aproximou. Seus lábios roçaram aos meus de leve, sua respiração cadenciada em meu rosto, me fazendo arfar em satisfação e ao mesmo tempo me segurar para não o agarrar novamente. 
- Ficar com você é o que eu mais quero, Dulce... Mas você é muito burra!

O QUÊ???
Seu corpo encostou ao meu novamente e pude sentir sua ereção ainda mais dura em minha barriga. Me esfreguei lentamente nele, sentindo a excitação tomar conta da minha mente, me impedindo pensar com coerência a respeito do seu insulto contra mim. Aquele tipo de necessidade não tomava conta do meu corpo a um tempo e a única coisa que eu queria, era satisfazê-la com ele. 
-Porra Dulce... - ele murmurou entre meus lábios, pressionando seu corpo ainda mais no meu. 

-Cala a boca! 
Logo seus lábios estavam sobre os meus novamente, me beijando com ainda mais ímpeto do que na primeira vez. Suas mãos escorregaram para minhas costas e desceram até minha bun.da, apertando minhas nádegas com força. Com um impulso, minhas pernas estavam enroscadas em sua cintura e sua ereção estava posicionada diretamente em meu clitóris. 
Um gemido alto escapou pela minha garganta, enquanto eu sentia seus lábios descerem pelo meu pescoço, seus dentes se arrastando pela minha pele sensível, causando-me um arrepio que perpassou por toda a minha espinha. Senti minha calcinha sendo posta de lado. Quando sua boca voltou a minha, arranhei suas costas, tentando descontar naquele ato, toda a excitação que me assolava por inteira quando sua ereção roçou em meu clitóris, enviando uma penetração de prazer por todo o meu corpo. Gememos juntos e eu me movi, esfregando-me mais nele. Podia sentir meu orgasmo se formando e Chris apertou minha bu.nda, puxando-me de encontro ao seu corpo, roçando sua dura ereção contra minha intimidade. Meu gemido alto foi abafado pela sua boca, enquanto meu corpo tremia em meio a explosão que foi meu orgasmo. Chris me sustentou durante todo o tempo em que eu vagava entre a realidade e o paraíso. Quando viu que eu estava melhor, ele me desceu do seu colo e me beijou lentamente, passando as mãos pelo meu rosto afastando-se logo em seguida. Só quando o calor do seu corpo abandonou o meu, foi que tive coragem de abrir os olhos. Encontrei-me sozinha, no começo daquele pequeno quarto e quando voltei a sala o vi saindo, fui atrás e só tive tempo de vê-lo entrar no carro e logo depois arrancar com toda a velocidade. 
Levei os dedos aos meus lábios, sentindo-os inchados. Minhas pernas ainda tremiam um pouco e minha calcinha estava encharcada, mas mesmo assim, eu tive forças de sair e correr até a calçada, a tempo ver o carro dele virando no final da rua.
Christopher havia ido embora. E tudo indicava que, quando a segunda-feira chegasse, ele voltaria a ser o pai da minha filha e talvez um colega de trabalho.
-Dulce? - Dona Alê gritou. Me virei, a vendo andar rapidamente em minha direção. -Dulce escutei o carro sair, pensei que tinham saído! Onde Christopher foi? - ela perguntou de uma só vez, mas quando olhou atentamente pra mim, uma expressão de horror tomou conta de seu rosto.

-Não sei Dona Alê! Não sei! 

Na verdade eu não estava entendendo nada, voltamos pra dentro e eu fui ao banheiro e me olhei no espelho, tomando um susto com a minha imagem. Estava muito ruim, na verdade, estava péssima. Meu batom escuro se espalhou ao redor dos meus lábios, meus cabelos estavam bagunçados e meu pescoço estava vermelho. Sem contar que minhas bochechas estavam em um tom máximo de rosa, me deixando corada de uma maneira esquisita.

Já era noite quando juntei as coisas de Ana e Dona Alê chamou um taxi pra mim. Não tínhamos mais tocado no assunto de hoje cedo, ela se importou mais em aproveitar a neta e eu em tentar achar respostas. O final de semana se passou se arrastando. Eu tinha a sensação de que era capaz de chegar o próximo ano, mas não a bendita segunda-feira. Ás dez da noite de domingo eu já estava deitada, olhando para o teto e me lembrando de Christopher para variar. Aquela cena de sexta-feira à tarde não saia da minha cabeça e tudo o que eu queria era saber como ele iria reagir no dia seguinte, ao me ver. 
Nenhum dos acontecimentos daquela semana me deixaram prever que ficaríamos juntos. Ás vezes a gente parava para conversar nos corredores, ele me perguntava sobre Ana, mas era só. Tudo bem, eu não conseguia parar de olhá-lo nas reuniões e ele sempre correspondia o meu olhar, os olhos brilhando. Mas era só.
Estar com ele, beijá-lo, sentir todo aquele desejo insano... Não tinha passado pela minha cabeça. Mas agora, era tudo o que eu mais queria.  

Passei a metade da noite em claro, pensando e cheguei a conclusão de que eu tinha que esperar as coisas acontecerem e não ficar sofrendo por antecipação. Quando finalmente consegui dormir, o despertador tocou, tirando-me do meu sono atrasado. Mas eu não reclamei.
Enfim, era segunda-feira! Nunca fiquei tão feliz, por ser segunda-feira.

Uma semana depois

-Mana, você está assim desde a segunda-feira passada, por favor, vamos levantar esse astral! -Léo berrou no meu ouvido, mas fui incapaz de responder. 
Christopher estava me ignorando completamente. Durante toda a semana passada, ele sequer dirigiu o olhar para mim, não me deu um sorriso, era como se eu não existisse. Ele ainda agia como se nada tivesse acontecido e quando eu digo nada, não digo por sexta passada e sim por tudo que vivemos.
Eu não entendia, quer dizer... Tudo bem se ele não quisesse continuar comigo, mas por que tinha que me ignorar tanto? Por que não podia ser como antes, quando me olhava e dava aquele mega sorriso, que me deixava de pernas bambas? Será que tudo aquilo fora por causa de sexta? Não dava pra entender realmente, logo agora que eu achava que íamos voltar.
Ele tinha se arrependido, com toda a certeza, era a única explicação para tudo aquilo. E talvez eu tivesse que sentir o mesmo, me arrepender, parar de me importar com ele e seguir em frente com a minha vida. Mas o meu coração não entendia aquilo e sempre que Christopher virava a cabeça e olhava para frente, ele batia mais rápido, implorando por um simples olhar que nunca chegava até mim. 
- Entenderam? Hoje vamos apresentar a maquete a eles, se eles gostarem do projeto é só continuar...
Sua voz doce entrava por um lado e saia pelo o outro. Eu não absorvia nada, nenhuma das suas explicações, apenas ficava observando-o como uma idiota. Talvez eu realmente fosse uma idiota. 
Amanda entrou na sala e agradeceu a Christopher por ele se ocupar de fazer a parte dela enquanto, sabe Deus o que ela fazia. A secretária de Poncho entrou avisando da chegada dos novos clientes fazendo-me despertar da letargia. Arrumei minhas coisas, e me levantei, com Greg ao meu lado. Ele passou o braço pelo meu ombro, me passando força e me ajudando a sair. Assim que chegamos ao corredor principal:
-Dulce? 
Meu coração deu um salto no peito e minhas pernas travaram no chão no momento em que a voz dele adentrou meus ouvidos. 
- Você não precisa falar com ele se não quiser, Dul.-Greg sussurrou no meu ouvido, apertando meu ombro. 
-Dulce... Eu quero conversar com você, por favor. 
Respirei fundo e me virei. Christopher estava parado próximo a mesa e me olhava com atenção. 
- Tudo bem. Estou ouvindo. 
Minha voz soou muito mais determinada do que eu realmente me sentia e eu quase sorri por isso. Christopher olhou para Greg, que ainda estava parado ao meu lado, com o braço sobre meus ombros. 
- A sós. 
- Tudo o que tiver que falar pode ser na frente do meu amigo. Não vejo mal algum nisso. -provoquei mesmo me perguntando o que Greg ainda estava fazendo ali. Ele não se manca?

Chris suspirou e passou as mãos pelos cabelos, antes de andar até mim. Ele parou na minha frente, com os punhos cerrados. 
- Prin... Dulce, por favor. - seus olhos suplicaram, me fazendo conter um suspiro. 
- Tudo bem, Dul, eu vou indo... Qualquer coisa, me ligue. - Greg sorriu pra mim, totalmente relaxado. 
Nem parecia que ele esteve com tanta raiva de Christopher durante a última semana.

...