Fanfics Brasil - Capitulo 19 Um Amor Improvável

Fanfic: Um Amor Improvável | Tema: Portiñon (Adaptada)


Capítulo: Capitulo 19

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Na manhã seguinte acordei cedo, mas permaneci deitada junto a Dulce. Abracei-a por trás, me acomodando em conchinha. E ela, mesmo adormecida, aconchegou-se um pouco mais no meu corpo. Segurei um dos seus seios, massageei-o um pouco em demonstração de carinho e logo em seguida tirei mais uma sonequinha. O sol ainda estava um pouco encoberto por nuvens escuras, mas não parecia que o vulcão estivesse expelindo tantas cinzas como no dia anterior.


Foi então que um barulho diferente fez-se ouvir e me pus em alerta. A princípio parecia um trovão vindo de algum lugar distante, mas aos poucos o ruído foi aumentando, até ficar claro que se tratava do caco velho pilotado por Stuart. Aquele som era inconfundível e estava marcado entre os meus piores traumas já vivenciados. Porém agora soava para mim como a melhor música que os meus ouvidos poderiam apreciar.


--Dulce. – sussurrei em seu ouvido para não assustá-la e ela abriu os olhos sonolentos, virando-se para mim.


--O que foi?


--Não está ouvindo?


Ela apurou os ouvidos e abriu um largo sorriso.


--Vamos nos vestir. Estamos salvos.


Ficamos de pé e catamos nossas roupas pelo meio da areia, vestindo-as rapidamente.


E antes que nós corrêssemos para a pista de pouso, eu a puxei para mim e lhe dei um beijo profundo, que deixava claro que a noite anterior não tinha sido para mim uma aventura ou um passatempo. Eu queria muito mais do que isto do nosso relacionamento.


Ela se pendurou em meu pescoço querendo ficar, mas não havia muito tempo a perder. Era chegada a hora de abandonarmos a ilha mais maldita que eu já tinha conhecido na minha vida. Por mim não voltaria nunca mais naquela meleca de lugar.


Quando chegamos na pista todos já haviam corrido lá e estavam mais interessados em embarcar e sumir dali que indagar o porquê de termos passado a noite sozinhas na praia.


Stuart abriu a porta do avião e desceu sem desligar os motores.


--Espero que tenham apreciado sua estadia na Ilha dos Ventos, senhoras e senhores. – o piadista falou como um cicerone -- Se quiserem embarcar, sairemos em dez minutos. E se quiserem tirar algumas fotos do lugar para guardarem de recordação, podem ficar à vontade.


--Não, muito obrigada. Este passeio eu prefiro esquecer. – cumprimentei-o com um aperto de mãos enquanto minha equipe se debatia na porta para ver quem entrava primeiro.


--Por quê? Não gostaram do atendimento?


--Digamos que não apreciei muito os anfitriões se debandando e nos deixando numa ilha desgraçada prestes a sumir do mapa.


--Sabe que pode pedir um reembolso por isto, não sabe?


--Se eu encontrar esses covardes fujões novamente, o que vou querer é o fígado deles.


Stuart riu da minha revolta. Então lembrei que o rádio estava quebrado e por isso não tínhamos conseguido falar com ele. E mesmo assim ele viera nos resgatar.


--Fiquei sabendo que um rabo do furacão havia atingido essas bandas e tive um pressentimento de que não iriam apreciar muito continuar aqui depois disto.


--Deduziu bem. Estávamos apavorados com a possibilidade daquela ilha explodir e nos levar junto.


--O que até pode acontecer, mas não nesta vida. Desde menino esse vulcão faz seu show nessa época, cobre a ilha de cinzas e depois sossega por alguns anos.


--E por que os nativos fugiram então?


--Talvez porque vocês estão aqui e todo mundo sabe que estrangeiros dão um tremendo azar.


Pois eu me considerava uma tremenda sortuda.


Olhei para o avião e estava todo mundo a bordo, menos Dulce que estava pendurada no meu braço.


Subimos na velha aeronave de Stuart, que taxiou até a cabeceira da pista e preparou os motores.


--Senhores passageiros, apertem os cintos e obedeçam ao sinal de não fumar. A temperatura externa está um diabo de quente e voaremos na altitude que o Kakapo agüentar. Boa sorte!


Então acelerou e em segundos estávamos a caminho de Rarotonga. De lá embarcaríamos para Auckland e em seguida para o Brasil. Nunca sentira tantas saudades de casa. Que maravilha era viver num país que não tem furacões ou erupções vulcânicas, apenas balas perdidas, ônibus incendiados. Mas isto a gente já estava acostumado.


Apertei a mão de Dulce e nos olhamos com aqueles olhinhos apaixonados que dão a maior bandeira. E é claro que a primeira pessoa a perceber a mudança em nosso relacionamento foi minha prima. Mas até que ela foi discreta. Só caiu na gargalhada sem que ninguém soubesse a razão. Então as risadas se e repente nos tornamos um grupo muito alegre e feliz.


Quando aterrissamos em Rarotonga todo mundo começou a olhar para a gente de um jeito estranho e fiquei me sentindo um ET. Demorou um pouco até percebermos que a atenção que estávamos chamando era por conta de nossa aparência terrível, com as roupas rasgadas e os cabelos duros.


--Que tal uma noite numa dessas lindas pousadas para nos acostumarmos novamente com a civilização?


Minha sugestão foi aceita por unanimidade.


--Stuart, obrigada por tudo. – agradeci ao velho com um abraço – Você é o melhor piloto do mundo, pode estar certo. E o Kakapo deixa qualquer avião no chinelo.


Ele abriu um sorriso enorme e me devolveu o abraço com um tão apertado que quase desfaleci.


--Se aparecer por aqui novamente, sabe onde me achar. Se eu não estiver aqui, estarei no bar.


--Pode deixar que o acharemos. E felicidades para você e sua família.


Nos despedimos e me juntei ao resto do pessoal para irmos nos hospedar em um hotel.


Entramos no pequeno saguão e os atendentes fizeram uma careta de desagrado. Era como se um grupo de mendigos pedintes tivesse chegado para incomodar os hóspedes.


Só naquele momento lembrei-me que não tínhamos dinheiro ou cartões de crédito. Estávamos lisos e sem ninguém para quem apelar. Poderia ligar para o Guto resolver o problema, mas ele demoraria uma infinidade e talvez nos deixasse na mão. Era bem do tipinho dele se esquivar na hora em que mais se precisava dele.


Dulce pediu para falar ao telefone e o atendente a olhou de cima a baixo, não achando que seriamos capazes de pagar a ligação.


Fiz uma cara de indignada e quase pulei em seu colarinho. Os rapazes também o cercaram e logo o aparelho foi colocado na frente dela sem mais demoras.


Ela ligou para alguém e falou pouco. Apenas disse onde estava e que precisava de dinheiro. Eu não tinha a menor idéia de quem estava do outro lado da linha, mas ficou claro que não seria problema fazer o depósito. Desligou o telefone e em meia hora um homem elegante vestindo terno e gravata aproximou-se de nós.


--Srta. Dulceta, por favor.


--Sou eu. – ela deu um passo à frente.


--Uma encomenda para a senhora e caso precise de mais alguma coisa, basta nos ligar. Aqui está meu cartão.


Ela pegou o cartão, agradeceu e esperou que o homem saísse antes de ir até o balcão e retirar do envelope algumas notas para pagar as despesas de todos nós.


O gerente dessa vez foi todo prestativo e nos reservou os melhores quartos.


--Para quem você ligou? – cochichei perto de seu ouvido.


--Meu patrão.


Ela respondeu de pronto, mas não engoli aquela resposta que ela me dera tão sem convicção.


--Podemos ficar no mesmo quarto? – Dulce pediu encabulada. Estava insegura se nosso amor sobreviveria ao retorno à civilização.


--Claro que sim. – respondi com absoluta firmeza. De minha parte não tinha volta.


Subimos uma pequena trilha até nossa cabana, que tinha uma vista maravilhosa para o mar. E depois de um bom banho para tirar os últimos resquícios de lama, nos jogamos na cama ampla e macia, onde dormimos por horas.



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Autor(a): angelr

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Quando eu acordei havia um monte de sacolas espalhadas pelo quarto e Dulce estava vestida com uma calça jeans, camisa branca impecável e um par de tênis, tudo visivelmente novo. Ela percebeu meu olhar e foi logo se explicando. --Pedi para o gerente ir até uma loja e comprar algumas roupas para todos nós. Não sei quanto a você, ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • flavianaperroni Postado em 07/12/2014 - 05:01:54

    Eita como é PERFEITAS suas webs amei essa assim como amo as outras uehuehuehe

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:44:15

    OIE , mais um fic sua que leio e cada vez me surpreendo mais , voce é uma otima escritora ,PARABÉNS ,amei essa fic ,foi incrivel do começo ao fim !!

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:42:48

    Dona angelr vc surpreende heim... Adorando suas fics heim... Ow pessoa talentosa sow... rsrsrsrs =)

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:41:32

    Gente me diverti com esta Anahi, de todas as fics já li sobre o tema... Essa é a mais engraçada, principalmente na ilha...kkkkkkk Nesta ela é quem conquista.. não a Dulce..rsrsrs Adorei...mto bom... =)

  • angelr Postado em 30/11/2013 - 00:10:46

    portinons2vondy - Sim perfeita

  • portinons2vondy Postado em 29/11/2013 - 23:56:50

    pena que acabou angelr a web era muito boa mesmo :(

  • angelr Postado em 29/11/2013 - 22:01:55

    maralopes - Pois é pena que acabou hahaha mas to postando uma nova

  • maralopes Postado em 29/11/2013 - 16:25:46

    que pena tava amando ler a web mas bola pra frente bjaum angelr

  • angelr Postado em 28/11/2013 - 21:16:13

    rayssamiiraanda - Sim amanha acaba infelizmente :(

  • rayssamiiraanda Postado em 28/11/2013 - 17:11:16

    pooooooooooooxa :( queria mais dessa fic .. amanhã vai terminar :'(


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