Fanfics Brasil - Capitulo 21 Um Amor Improvável

Fanfic: Um Amor Improvável | Tema: Portiñon (Adaptada)


Capítulo: Capitulo 21

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Despertei de um sonho muito bom, abraçadinha às costas nuas de Dulce. Uma das mãos segurava um dos seus seios com possessividade.


Estava se tornando um hábito delicioso aquela posição. E Dulce também gostava da intimidade que o contato implicava. Algumas vezes durante a noite ela puxara minha mão para que pegasse em seu peito. Então ronronava como uma gatinha manhosa e voltava a dormir.


Observei que seu traseiro estava grudado em meu púbis e era só começar com um pouco de fricção para criar um clima e dar início a mais uma rodada de sexo. Não era essa uma das vantagens de se ter uma namorada fixa? Disponibilidade constante? Contudo não tive oportunidade de por em prática o meu plano maquiavélico de começar o dia com uma bela de uma sacanagem. Uma batida forte e insistente na porta do quarto nos surpreendeu e Dulce vestiu o robe para ver quem era.


Eu continuei em meio aos lençóis, satisfeita onde estava e sem a menor vontade de me mexer e sair do ninho delicioso e aconchegante que era a nossa cama. Na verdade, não tinha idéia de quem poderia estar àquela hora da manhã nos incomodando.


Quando a porta se abriu um homem de bigodes longos e grisalhos, vestido com um terno impecável foi entrando sem ser convidado, gesticulando feito louco e com a cara fechada.


--Pai, o que está fazendo aqui? – Dulce indagou visivelmente contrariada.


--É esta a mulher? – ele apontou para mim e eu aproveitei para me cobrir melhor e esconder minha nudez – É por causa dela que se enfiou nessa confusão toda?


Dulce deu mostras de estar tremendamente envergonhada em ser pega daquela forma pelo sujeito que ela chamara de pai.


--Por favor, vamos conversar mais tarde. Agora não é o momento. – implorou.


--Não senhora, vamos colocar as coisas em pratos limpos agora mesmo. – ergueu ainda mais a voz – E você. – apontou para mim – Vá colocar algumas roupas para ficar no mínimo decente.


Eu pulei na hora com o lençol enrolado no meu corpo, recolhi minha roupa, e corri para o banheiro. Aquele homem era um bocado intimidante. Além do mais eu passara a noite fazendo amor com a filha dele. A coisa não estava muito a meu favor.


--Montou todo esse plano por causa de uma mulher com quem nunca trocou uma só palavra. Consegue perceber o quanto isto é absurdo?


Eu colei a orelha na porta para ouvir o que diziam. Aquilo soara esquisito.


--Pai, eu não poderia imaginar que tudo isto iria acontecer. Acha que planejei o furacão também?


--Não interessa, Dulce. Só o fato de ter trazido todas essas pessoas até aqui com um falso propósito já é um sinal de insanidade. Quando vai esquecer essa mulher imaginária e partir para um relacionamento sério e real e que não me dê mais dores-de-cabeça das que já tenho desde que você resolveu tornar-se uma professorinha e renegar suas responsabilidades com os negócios da família.


--Anahi não é um devaneio meu.


--Mas faz parte de uma fantasia. Desde que a viu tem essa fixação e isto não é certo, minha filha. Está na hora de assumir que tudo não passa de uma ilusão. Conseguiu uma noite com ela? Ótimo. Mas sabe como ela é, seguiu seus passos por todos esses anos. Ela não passa de uma vagabunda que troca de mulher o tempo todo. Acha que pode competir com todas aquelas modelos lindas que desfilam na frente dela o tempo todo? Só nessa sua cabeça perturbada. Essa fotógrafazinha não está interessada em você, apenas não consegue deixar de seduzir todas as mulheres que estão à sua volta. Não enxerga isto?


Eu fiquei atordoada. Dulce era uma tiete maluca que me seguia o tempo todo? Como podia ser?


--O que existe entre a gente é diferente. É mais forte do que simplesmente um caso qualquer. – Dulce tentou defender-se.


O pai dela soltou um rosnado, perto de pegar a filha, coloca-la sobre os ombros e leva-la embora para a clínica psiquiátrica mais próxima. E pude compreender plenamente seus motivos, já que eu também não estava achando a coisa muito normal.


Continuei trancada no banheiro sem coragem de tomar parte na discussão. Estava por demais confusa para agir. Quem era a verdadeira Dulceta afinal? A branquela desmilinguida pela qual me apaixonei, ou aquela perseguidora delirante que mais parecia uma psicótica. Quem sabe ela até colecionasse fotos minhas no porão da casa, junto com os restos dos cadáveres de outras vítimas que guardava para cerimônias satânicas?


Eu sei, eu sei: criei um belo de um drama. Mas na hora aquilo fez sentido para mim. E fiquei apavorada.


Finalmente não agüentei e sai do banheiro.


Dulce  me olhava implorando uma chance de se explicar, mas eu não quis saber de nada. Passei pelo pai dela e corri para fora do hotel.  Nunca poderia imaginar que alguém fosse tão louco a ponto de armar uma armadilha desatinada daquelas para me conquistar. Era muito para a minha cabeça. Alguém não batia bem dos miolos naquela história e com certeza não era eu.


Andei pelas ruas da cidade sem prestar atenção nas pessoas com as quais cruzava e sem ligar para onde ia. Sentia-me uma tremenda otária por ter caído naquela brincadeira revoltante de “vamos-fazer-a-retardada-se-apaixonar-por-mim”.  Só queria encher a cara e me acabar numa mesa de bar cantando “Boate Azul” a plenos pulmões.


Se não sabem de que música estou falando, podem se considerar pessoas sortudas porque é a coisa mais horrivelmente depressiva que já ouvi na vida. Pode-se dizer que é a melô do cornudo assumido.


Como eu sei? Não vou envergonhar a mim mesma contando os detalhes da noite em que eu e uns amigos bebemos demais e acabamos pagando uma fortuna por uma cerveja quente de segunda categoria e uma companhia de quinta. Mas como minha memória é seletiva, não me lembro de nada.


Mesmo assim recordo que acordei na manhã seguinte em casa, abraçando um balde com vômito e uma calcinha de renda enfiada na cabeça como um tipo qualquer de souvenir.


Bem, não preciso me estender em mais explicações, não é? Poupem-me do vexame e vamos voltar à narrativa principal.


Minhas pernas teleguiadas me levaram como sempre na direção de um bar. Desta vez era perto do aeroporto e mal entrei já fui sentando em uma mesa vazia e pedindo em altos brados uma dose pura de cachaça. Total determinação em minhas palavras.


Bom, como podem imaginar, eles nunca tinham ouvido falar de uma bebida dessas e ficaram me olhando num misto de aborrecimento e desconfiança. Lá vinha mais uma turista desaforada pedir coisas idiotas só para bancar a comediante. Chegava a ser entediante para eles.


O barman, um sujeito alto e magrelo como um poste de luz, deu-me uma encarada com tanta ameaça velada que me gelou o sangue. Não me senti à vontade para prosseguir com a minha bravata.


--Uma cerveja então, por favor. – pedi humildemente, com a voz mais baixa.


Obviamente que eu ficaria satisfeita com qualquer coisa que contivesse álcool.


Finalmente um caneco de cerveja foi depositado com certa violência bem na minha frente. Estava estupidamente quente e sem colarinho. Cerveja choca. Concluí que ali não era tão diferente de um puteiro.


 



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Autor(a): angelr

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Porém o pior era saber que provavelmente eu seria presa e espancada num futuro próximo, já que me lembrei tardiamente que não tinha dinheiro para pagar a conta. O pessoal ao redor me olhava com as caras mais sinistras possíveis, como se deduzissem minha pindaíba e estivessem apenas esperando a bandeirada de largada para pular em cima ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • flavianaperroni Postado em 07/12/2014 - 05:01:54

    Eita como é PERFEITAS suas webs amei essa assim como amo as outras uehuehuehe

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:44:15

    OIE , mais um fic sua que leio e cada vez me surpreendo mais , voce é uma otima escritora ,PARABÉNS ,amei essa fic ,foi incrivel do começo ao fim !!

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:42:48

    Dona angelr vc surpreende heim... Adorando suas fics heim... Ow pessoa talentosa sow... rsrsrsrs =)

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:41:32

    Gente me diverti com esta Anahi, de todas as fics já li sobre o tema... Essa é a mais engraçada, principalmente na ilha...kkkkkkk Nesta ela é quem conquista.. não a Dulce..rsrsrs Adorei...mto bom... =)

  • angelr Postado em 30/11/2013 - 00:10:46

    portinons2vondy - Sim perfeita

  • portinons2vondy Postado em 29/11/2013 - 23:56:50

    pena que acabou angelr a web era muito boa mesmo :(

  • angelr Postado em 29/11/2013 - 22:01:55

    maralopes - Pois é pena que acabou hahaha mas to postando uma nova

  • maralopes Postado em 29/11/2013 - 16:25:46

    que pena tava amando ler a web mas bola pra frente bjaum angelr

  • angelr Postado em 28/11/2013 - 21:16:13

    rayssamiiraanda - Sim amanha acaba infelizmente :(

  • rayssamiiraanda Postado em 28/11/2013 - 17:11:16

    pooooooooooooxa :( queria mais dessa fic .. amanhã vai terminar :'(


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