Fanfics Brasil - Capitulo 33 Um Amor Improvável

Fanfic: Um Amor Improvável | Tema: Portiñon (Adaptada)


Capítulo: Capitulo 33

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O meliante me mandou ir até um armazém perto do cais. Um lugar sombrio e que me arrepiou cada pelinho que eu possuía no corpo. Inclusive aquele que você imaginou.


Ah, quer dizer que não tinha imaginado nada? Desculpe então. Hehehe... É que eu sempre penso essas bobagens o tempo todo.


Mas vamos em frente que tenho muito a contar.


Entrei pela portinha lateral e fui de imediato agarrada e revistada até que o homem achasse a caderneta. Podia ver Dulce atada a uma cadeira de madeira com uma fita adesiva tapando a boca.


Ele pegou a caderneta e me largou descuidadamente, quase me fazendo cair no chão.


Era mesmo o almofadinha, marido da Marcinha. O escroto tinha armado para cima de todo mundo e achava que podia se dar bem.


O rosto satisfeito dele transformou-se em raiva.


--Onde está o resto? Só tem metade das anotações aqui.


--O resto fica pra depois que soltar minha namorada.


--O que?! – e pegou arma da cintura, apontando pra mim – Quer morrer?


--Muito pelo contrário. Só quero garantir que você cumpra sua parte do acordo. Mesmo porque não acho que esteja a serviço do tal bicheiro. Se fosse assim não estaria aqui sozinho: ia ter um milhão de capangas com você. Vou te contar o que acho.


Sentei despreocupadamente em outra cadeira, esticando as pernas e cruzando os braços atrás da cabeça no maior relaxamento.


--Você desviou grana do tal bicheiro para diversas contas espalhadas em paraísos fiscais. A Marcinha descobriu e queria a parte dela, mas você não estava nem aí porque ficou sabendo que não era o pai do Bernardo. Então ela fugiu com a cadernetinha e a coisa complicou para o seu lado. O único jeito de sair vivo dessa é recuperar a grana e fugir para um lugar bem longe daqui.


--Muita cheia de idéias, né? Pois tudo que vai acontecer é morrer mais cedo.


--Você é quem sabe.


--Posso matar a garota agora mesmo.


--E aí que eu não conto nada mesmo. – Num gesto rápido puxei um canivete que tinha escondido na cintura e ele deu risada.


“O que aquilo poderia fazer contra uma pistola?”, com certeza ele pensou. Só podia mesmo ser brincadeira. Até Dulce arregalou os olhos com a minha bravata.


E o manipulador de dinheiro alheio só parou de dar gargalhadas quando coloquei a lâmina afiada no meu próprio pulso.


--O que está fazendo? – ele não entendeu bulhufas.


--Se matar minha garota, não tenho mais motivo para viver. Me mato na hora e você vai ficar sem a grana.


--Você é louca?


--Piradíssima! Faz três dias que não tomo meus medicamentos. – E dei uma gargalhada daquelas de psicopata --Tem um cara aí do seu lado vestido de Carmem Miranda ou estou imaginando coisas? Isso sempre me acontece. Aí fico muito muuuuuito nervosa. E surto!!!!


Comecei a saltitar em torno dele como um índio suicida, erguendo o canivete e baixando numa dança muito doida.


--Ahhhhhhhh!!!!!!! Ehhhhhh!!!!  Ihhhhhh! Ohhhhh Uhhhhhh!!!!!


Ele acompanhava meus movimentos assustado. E eu continuei com a minha representação.


--Vai soltar ela ou não?  Estou perguntando pela última vez. Depois eu corto a carótida! – apontei para o pulso.


Na verdade eu não fazia a menor idéia onde era essa tal de carótida, mas podia apostar que ele também não entendia coisa alguma de anatomia.


Ele olhou para o canivete e entrou em pânico. Era a primeira vez que via uma pessoa ameaçar a si mesma para conseguir que um bandido se rendesse. Estava surpreso e sem conseguir tomar uma decisão. Ele não sabia se ia ou se vinha, totalmente sem rumo.


Eu disse que sou uma pessoa excepcionalmente criativa. Aquele sujeito não era páreo para mim.


--Tá bom, tá bom, sua desvairada!


Desamarrou Dulce e ela correu para os meus braços. Passei para ela a chave do meu carro e mandei que fosse embora.


--Não vou a lugar algum, Any. Vou ficar com você.


--Se manda daqui Dulce, faça o que estou te dizendo.


Ela pegou meu pulso para ver se não estava ferido e senti que não confiava muito no que eu dissera. Acho mesmo que ela duvidou da minha sanidade mental. E era importante que fosse assim ou eu não teria chances contra aquele surrupiador de dígitos bancários.


--Vai logo, amor. – sussurrei enquanto a empurrava com mais firmeza em direção à saída.


Ela a contragosto saiu pela portinhola, os olhinhos preocupados e suplicantes. Ouvi o carro arrancar e fiquei mais sossegada. Metade da minha missão estava cumprida.


--Agora vamos conversar. – mais uma vez sentei numa das cadeiras e cruzei as pernas.


--Fiz o que pediu, agora me diz onde está o resto da caderneta. – ele quase que implorou.


Àquelas alturas o Jorge nem se lembrava que tinha nas mãos uma arma.


--Queimei tudinho. Cada pedaço daquela titica.


--O que?!!!!


Fiquei com pena dele: parecia que ia ter um ataque cardíaco.


--Mas decorei as informações e sei o que estava lá.


--E se você esquecer?


--Não se preocupe. Por que acha que me chamam de fotógrafa?


--Porque você tira fotos, sua louca desmiolada! – ele respondeu em desespero.


Eu ri como se ele tivesse dito uma piada idiota.


--Tenho memória fotográfica. – apontei para a minha cabeça – Lembro de tudo. Entendeu agora?


Era mentira, mas ele não sabia. Parti do princípio que o sujeito não devia ser muito esperto para ter casado com a Marcinha. Quem se presta a tamanha tortura voluntariamente?


--Tem certeza que lembra de tudo?


--Claro. Nunca esqueço de nada. – e dei uma paradinha, franzindo a testa -- Humm... Qual é mesmo o meu nome? – fiz aquilo para debochar dele, mas o coitado não se agüentou e começou a chorar como um bebê, desolado que toda a sua esperança de fortuna estivesse nas mãos de uma louca varrida.


Neste preciso instante uma rajada de balas veio de sei lá onde e quase nos atingiu. Por reflexo joguei-me no chão e fui me arrastando pelo chão até me esconder atrás de um enorme tambor de óleo num cantinho discreto. Enquanto isto vi quando Jorge correu para os fundos do armazém, com um monte de gente armada atrás dele. Estava ferradézimo! E eu também se não ficasse bem quietinha.


Aí foi um desfile de gente mal encarada passando correndo e cada vez mais eu me encolhia. Outros sons de tiros soaram e tudo o que eu queria era me livrar daquele pesadelo.


Então foi a vez das sirenes da polícia. O que era aquilo, afinal? Como um encontro secreto se transformara em uma balada movimentada daquela? Ninguém tem privacidade hoje em dia.


Mais tiros, gritos, fugas desenfreadas e muita confusão até que tudo se acalmasse o suficientemente para que eu arriscasse abrir um dos olhos bem devagarinho.


Alguns policiais passeavam com rifles e metralhadoras pelo local, chutando os bandidos para ver se estavam ainda vivos, mas ninguém se mexeu. E eu é que não ia me mexer também. Fiquei onde estava, atrás do latão que estava vazando óleo pelos furos de bala, caindo tudo sobre mim.


De repente Dulce e Marcinha entraram correndo e olhando em volta preocupadas. Era até surreal ver as duas juntas naquele momento em que eu estava tão lubrificada. Hehehe! E lá vou eu de novo pensando bobagem. 


Mas falando sério, eu estava tão apavorada naquela hora que só queria ir para casa assistir a Turma da Mônica, sentadinha no sofá, com uma bacia gigante de pipoca.


Tentei me levantar, mas derrapei no óleo e me estatelei no chão. O barulho chamou a atenção de todo mundo e me vi com pelo menos cinco armas apontadas para mim ao mesmo tempo.


--É a Anahi! – Marcinha gritou e os policiais deram uma relaxada, baixando os trabucos e me ajudando a ficar de pé. Mas era como se estivesse numa pista de gelo.


Com dificuldade deslizei até Dulce e nos abraçamos. Quer dizer, eu despenquei em seus braços e ela com dificuldade conseguiu me segurar.


Nem me interessei em saber o que a Marcinha estava fazendo ali naquele instante. Fui patinando para fora do armazém e Dulce me guiou até o carro, assumindo a direção e me levando para longe de toda aquela confusão.


 



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Autor(a): angelr

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Depois de um banho que durou décadas, até conseguir remover todo o grude do meu corpo, deitei na cama da Dulce e ela trouxe uma bandeja com chocolate quente e um lanchinho para eu comer. --Será que agora pode me explicar o que aconteceu afinal? – indaguei para que ela me explicasse de onde tinha saído tanta gente. Ela suspirou e sentou-se ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • flavianaperroni Postado em 07/12/2014 - 05:01:54

    Eita como é PERFEITAS suas webs amei essa assim como amo as outras uehuehuehe

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:44:15

    OIE , mais um fic sua que leio e cada vez me surpreendo mais , voce é uma otima escritora ,PARABÉNS ,amei essa fic ,foi incrivel do começo ao fim !!

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:42:48

    Dona angelr vc surpreende heim... Adorando suas fics heim... Ow pessoa talentosa sow... rsrsrsrs =)

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:41:32

    Gente me diverti com esta Anahi, de todas as fics já li sobre o tema... Essa é a mais engraçada, principalmente na ilha...kkkkkkk Nesta ela é quem conquista.. não a Dulce..rsrsrs Adorei...mto bom... =)

  • angelr Postado em 30/11/2013 - 00:10:46

    portinons2vondy - Sim perfeita

  • portinons2vondy Postado em 29/11/2013 - 23:56:50

    pena que acabou angelr a web era muito boa mesmo :(

  • angelr Postado em 29/11/2013 - 22:01:55

    maralopes - Pois é pena que acabou hahaha mas to postando uma nova

  • maralopes Postado em 29/11/2013 - 16:25:46

    que pena tava amando ler a web mas bola pra frente bjaum angelr

  • angelr Postado em 28/11/2013 - 21:16:13

    rayssamiiraanda - Sim amanha acaba infelizmente :(

  • rayssamiiraanda Postado em 28/11/2013 - 17:11:16

    pooooooooooooxa :( queria mais dessa fic .. amanhã vai terminar :'(


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