Fanfics Brasil - Capitulo 34 Um Amor Improvável

Fanfic: Um Amor Improvável | Tema: Portiñon (Adaptada)


Capítulo: Capitulo 34

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Depois de um banho que durou décadas, até conseguir remover todo o grude do meu corpo, deitei na cama da Dulce e ela trouxe uma bandeja com chocolate quente e um lanchinho para eu comer.


--Será que agora pode me explicar o que aconteceu afinal? – indaguei para que ela me explicasse de onde tinha saído tanta gente.


Ela suspirou e sentou-se ao meu lado.


--O marido da Marcinha era contador de um bicheiro e passou a perna nele. – ela contou o óbvio.


--Isto eu deduzi.


--A Marcinha fugiu com a caderneta e para se proteger, deixou-a com você na sacola do Bernardo.


--E eu achando que ela estava preocupada com o filho.


Fiquei indignada com aquela mulher. Por causa dela eu tinha passado todo aquele sufoco.


--Demorou, mas o marido dela descobriu onde ela havia escondido a caderneta e veio recuperá-la. Revistou o seu apartamento e não encontrou nada, aí resolveu me raptar para te obrigar a devolvê-la.


Então era ele o desordeiro bebum que tinha detonado o meu apartamento e roubado a minha caneca.


Um baita safado!


--E como os homens do bicheiro me seguiam também, foram atrás dele. É isso? – completei o raciocínio.


--Foi. Mas a Marcinha também estava te seguindo e avisou a polícia. Por isso aquela cena burlesca de bandido e mocinho.


Como podia tanta gente estar me seguindo sem que eu percebesse? Eu lá na maior inocência e uma dúzia de gente se arrastando pelas sombras para saber onde eu ia e o que fazia.


O mais interessante era pensar se em algum momento eles se deram conta de que estavam sendo seguidos ao mesmo tempo em que me seguiam. Ou será que ninguém via ninguém?


Que coisa mais estranha!


--E a caderneta? – lembrei de perguntar.


--Parece que foi perdida para sempre. Quando a polícia a encontrou estava dissolvida em óleo. O dinheiro foi perdido para sempre. Mas pelo menos assim ninguém mais vai ficar atrás da gente. As coisas terminam por aqui. A única que ainda pode se dar mal é a Marcinha se o bicheiro resolver se vingar dela.


Eu não estava nem aí para a Marcinha. Ela era uma tremenda traíra. De minha parte, estava plenamente satisfeita em saber que não haveria mais corre-corre depois dessa. Finalmente teria paz e sossego.


A única coisa que esqueci de dizer é que eu tinha uma cópia da caderneta escondida no meu carro. Quem precisava saber? Eu tinha alguns planos que envolviam aquela grana, mas tinha que manter as coisas em segredo por enquanto. Mesmo porque não sabia se Dulce aprovaria meu modo de raciocinar.


Sempre fui uma pessoa prática. E sendo assim, quando surgia uma boa oportunidade de negócios, não deixava passar. Podia sentir que ali estava uma chance única de conseguir finalmente o que eu queria. Estava diante de uma ocasião especial em que a sorte brilhava no meu horizonte e só um idiota não se aproveitaria de algo tão importante. Não é todo dia que se ganha na loteria, minha gente. Eu estava diante do meu futuro.


--Vou dormir um pouco, amor, depois conversamos, está bem?


Dulce acariciou minha cabeça e deitou-se ao meu lado, abraçando-me protetoramente.


Era bom ter alguém para cuidar da gente em momentos como aquele. Deixaria para o dia seguinte colocar em marcha a resolução que eu tomara e que mudaria o rumo de tudo. Naquele momento iria apenas curtir o calor do corpo de Dulce junto ao meu e deixar que o sono me livrasse de toda a tensão que chegava a fazer doer os meus músculos.


Sorri satisfeita e dormi tranquilamente.


No dia seguinte fui buscar Bernardo. Quando Maite abriu a porta ele veio correndo e se precipitou no meu pescoço. Era óbvio que estava com saudades de mim e eu tinha que entregar os pontos: estava com saudades dele também. Levantei-o no colo e sorrimos um para o outro como idiotas. É claro que para um garoto era encantador tamanha demonstração de carinho, mas para mim era constrangedora a maneira como eu agia quando estava perto dele.


--A tia Maite cuidou bem de você?


E minha prima fingiu contrariedade por eu duvidar disso.


Bernardo balançou a cabeça afirmativamente. Ele gostava da tia Maite. E quem não gostaria de uma Morena gostosona daquela esfregando sabonete na gente?


Xô pensamentos impuros!


--Tem certeza que não quer entrar um pouco? – ela convidou delicadamente.


--Não, obrigada, tenho algumas pontas para atar e não quero deixar para depois.


--Tem a ver com ele, não é?


Ela era a garota mais sexy e inteligente do mundo.


--Espero que as coisas se resolvam de vez depois de hoje. Essa coisa de ficar no suspense já me torrou.


--Então boa sorte, prima.


--Valeu.


Dei um beijo no rosto dela e desci com o moleque ainda no meu colo.


Acomodei-o na cadeirinha e chequei para ver se estava tudo bem preso para só então me sentar no banco do motorista e seguir para um encontro que definiria o meu futuro. E não estou exagerando não. Era algo muito importante para mim e estava extremamente nervosa.


*****


Estacionei na frente do prédio onde eu morava e subi para o apartamento, que ainda estava virado e com a porta presa por uma corda. Caminhei pelos escombros e Bernardo parecia estar se divertindo horrores com a bagunça, dava pulinhos no meu colo querendo ir para o chão.


Por fim permiti que ele descesse, liguei a tomada da TV na parede e deixei-o assistir a programação sentado no sofá rasgado.


Uma batidinha na porta chamou minha atenção e Marcinha apareceu, com um sorrisinho sem graça de quem estava em dívida comigo.


Bernardo a enxergou também e correu para ela, abraçando suas pernas. Mas ela nem se dignou a abaixar-se para cumprimenta-lo melhor. Estava com o rosto sério e segurando suas emoções, nas mãos um envelope pardo que apertava contra o peito.


--Que serviço que fizeram. – ela comentou olhando tudo ao redor.


--É, mas eu não pretendia mesmo continuar aqui. Vou vender o apartamento e recomeçar em outro lugar.


--Engraçado você dizer isto.


Ficamos nos olhando sem dizer nada, um peso enorme entre nós.


--Trouxe os documentos? – perguntei, querendo terminar logo com aquilo.


--Hum hum. – Ela limitou-se a dizer.


Tirei do bolso da jaqueta um maço de papéis.


--Vamos trocar?


Ela vacilou por alguns instantes.


--Não pense que estou vendendo o meu filho. Só acho que ele vai ficar melhor com você.


--Claro.


--Tenho medo que descubram que você tinha uma cópia da caderneta e venham atrás. Não quero que o Bernardo corra perigo.


Concordei com a cabeça, mesmo sabendo que aquilo era uma tremenda mentira. Inventara aquela desculpa para não se sentir mal em querer se livrar do filho.


O garoto empatava a vida de riqueza e aventuras com a qual ela sonhava e por isso dera graças de poder entregá-lo para mim. Sabia que eu cuidaria dele com carinho e dedicação. Não que ela não amasse Bernardo. Só não tinha estofo para ser mãe e abdicar de alguns de seus prazeres por ele.


--Boa sorte, Marcinha. – finalizei nosso encontro. Não havia mais o que dizer.


--Obrigada, Anahi.


Finalmente ela se agachou e deu um abraço no filho.


--Você agora vai morar com a tia Anahi, ok? Ela te ama muito e vai ser sua nova mãe. O que você acha?


--Onde você vai?


--Preciso fazer uma viagem e vou demorar. Então seja bonzinho e não apronte muito.


--Tá bom.


Ela o beijou, segurou o choro e saiu.


Bernardo veio andando lentamente para mim e eu o peguei no colo.


--A gente agora vai se divertir jogando baby poker com a tia Dulce. O que acha? E cada rodada que ela perder a gente faz ela tirar uma peça de roupa. Vai ser bem divertido. Pelo menos para mim.


Levantei a palma da mão e ele bateu nela com a sua.


--Vamos sair daqui e recomeçar em outro lugar.


Pus ele de volta no chão e caminhamos para o elevador.


E ali estava um perfeito final feliz. Eu, Bernardo e Dulce: uma família feliz com um futuro promissor à nossa frente.


Mas vocês acham mesmo que tudo terminou por aqui?! Kkkkkkkk


Que gente mais iludida!


Lembrem-se sempre que existe Murphy e que ele é o meu eterno encosto.


Esse cara era insuportável e continuava com sua perseguição sem tréguas.



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Autor(a): angelr

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Depois de trocar papéis com a Marcinha, voltei para o apartamento de Dulce. Ela tinha ido dar aula na faculdade e só voltaria mais tarde. Bernardo correu para sua caixa de brinquedos para espalhar todos os seus carrinhos pelo chão. É óbvio que eu não o deixei fazer isto... sozinho. Ajudei-o a fazer a bagunça, mas sempre de ol ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • flavianaperroni Postado em 07/12/2014 - 05:01:54

    Eita como é PERFEITAS suas webs amei essa assim como amo as outras uehuehuehe

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:44:15

    OIE , mais um fic sua que leio e cada vez me surpreendo mais , voce é uma otima escritora ,PARABÉNS ,amei essa fic ,foi incrivel do começo ao fim !!

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:42:48

    Dona angelr vc surpreende heim... Adorando suas fics heim... Ow pessoa talentosa sow... rsrsrsrs =)

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:41:32

    Gente me diverti com esta Anahi, de todas as fics já li sobre o tema... Essa é a mais engraçada, principalmente na ilha...kkkkkkk Nesta ela é quem conquista.. não a Dulce..rsrsrs Adorei...mto bom... =)

  • angelr Postado em 30/11/2013 - 00:10:46

    portinons2vondy - Sim perfeita

  • portinons2vondy Postado em 29/11/2013 - 23:56:50

    pena que acabou angelr a web era muito boa mesmo :(

  • angelr Postado em 29/11/2013 - 22:01:55

    maralopes - Pois é pena que acabou hahaha mas to postando uma nova

  • maralopes Postado em 29/11/2013 - 16:25:46

    que pena tava amando ler a web mas bola pra frente bjaum angelr

  • angelr Postado em 28/11/2013 - 21:16:13

    rayssamiiraanda - Sim amanha acaba infelizmente :(

  • rayssamiiraanda Postado em 28/11/2013 - 17:11:16

    pooooooooooooxa :( queria mais dessa fic .. amanhã vai terminar :'(


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