Fanfics Brasil - Capitulo 35 Um Amor Improvável

Fanfic: Um Amor Improvável | Tema: Portiñon (Adaptada)


Capítulo: Capitulo 35

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Depois de trocar papéis com a Marcinha, voltei para o apartamento de Dulce. Ela tinha ido dar aula na faculdade e só voltaria mais tarde.


Bernardo correu para sua caixa de brinquedos para espalhar todos os seus carrinhos pelo chão. É óbvio que eu não o deixei fazer isto... sozinho. Ajudei-o a fazer a bagunça, mas sempre de olho no relógio. Assim que desse a hora de Dulce chegar do trabalho tínhamos que arrumar tudo e deixar o ambiente impecável para não levarmos pito. Se bem que seu jeito de nos repreender era totalmente encantador e jamais incluía palavras ofensivas. Era um show de caretas e mãos na cintura para nos intimidar. E sempre terminava em risos.


Ela nos achava adoráveis. E para falar a verdade, éramos mesmo. Para que bancar a humilde?


Pelas sete horas da noite Dulce abriu a porta e magicamente estávamos comportados no sofá assistindo um documentário muito interessante sobre extraterrestres em Machu Picho. Blargh!!


Bernardo parecia mais interessado do que eu porque apareceram algumas lhamas e são bichinhos bem engraçadinhos... quando não cospem na cara da gente.


Ela olhou em volta e tudo estava limpo e organizado.


--Espero que a janta esteja pronta. -- afirmou com seriedade.


Gelei de imediato. Tinha esquecido que era minha vez de cozinhar.


Sei que no princípio disse que não sabia nem onde ficava a cozinha do meu apartamento, mas era um exagero. Eu até me defendia bem no arroz com feijão. Só era tremendamente preguiçosa.


Dulce me fizera assumir algumas responsabilidades dentro de casa e nos alternávamos nas tarefas mundanas. Por isso fiquei contrariada comigo mesma por ter falhado em cumprir com minhas obrigações, ainda mais estando morando de favor em seu apartamento.


Ela percebeu que eu estava sem graça e veio em meu socorro.


--Eu estava mesmo com vontade de comer comida chinesa. Liga lá e pede, amor?


Fiz aquilo rapidamente, depois de lhe dar um beijo de boas vindas.


--Tenho uma surpresa. -- cochichei em seu ouvido.


--Mesmo? -- ela ficou intrigada.


--Depois te conto. Mas é uma coisa boa.


--Está bem.


Ela foi para a suíte tomar um banho e eu fiquei esperando a entrega do nosso jantar.


Sentamos à mesa e fiquei contente vendo nós três ali reunidos como uma família. Conversamos sobre meu novo trabalho para uma revista de moda infantil e ela ficou aliviada em saber que pelo menos por algum tempo eu não estaria rodeada de mulheres estonteantes.


Ela me contou das aulas que dera e alguns fatos curiosos e engraçados que haviam ocorrido. Seus alunos às vezes eram totalmente sem noção e falavam ou faziam as coisas mais absurdas possíveis.


Depois colocamos Bernardo para dormir e Dulce leu para ele uma historinha. Em minutos o garoto estava dormindo profundamente. Talvez porque a história fosse chata pra caramba, mas apostei minhas fichas que era pelo tom de voz suave que minha namorada tinha, que fazia a gente flutuar como se estivesse numa bolha de sabão.


Fiquei pensando, sem realmente entender, como alguém poderia achar que houvesse uma só razão no mundo para não amar aquela mulher.


Lavei a louça e fomos para a cama. Depois de morar por tanto tempo sozinha, era surpreendente como me acostumei fácil à vida familiar. Acho que aquilo era o que sempre esperei ter, mas não tinha esperança de conseguir. E nem sabia se seria capaz  de tanto.


Busquei na sacola da minha câmera os papéis que Marcinha havia me dado e pulei na cama feliz, mostrando-os para Dulce, com um baita sorriso em meu rosto.


Ela leu o que dizia e franziu os olhos.


--Ela aceitou te entregar o filho?


--É isso mesmo. Ele agora é meu. – afirmei orgulhosamente.


--E por que ela faria isto agora que todos os problemas acabaram? – Dulce ficou desconfiada.


--Acabou para nós, mas ela continua em perigo e precisa de grana para fugir do bicheiro. Então me ofereci para comprar o Bernardo. – resumi com simplicidade.


Dulce desta vez me olhou num misto de horror e consternação.


--Vendeu como? De que forma uma mãe aceitaria vender o próprio filho? Que loucura é essa, Any?


--Eu já disse: a Marcinha queria dinheiro e eu o Bernardo. Negócio fechado.


--Você negociou uma criança como se fosse uma mercadoria qualquer? É revoltante!


Fiquei em dúvida qual era afinal seu ponto de vista. Marcinha quis me vender o filho, e daí? Não compreendi todo aquele pudor diante de uma negociação limpa em que todos obtiveram exatamente o que queriam.


Ela levantou-se da cama e ficou andando agoniada de um lado para o outro, passando as mãos pelos cabelos.


--Não acredito que fez isto. – parou à minha frente atormentada.


--O que tem de errado?


E eu realmente estava pasma, sem saber o que acontecia.


Por via das dúvidas me defendi.


--Nem vem, Dulce, não obriguei a Marcinha a me passar o garoto. Foi tudo às claras.


--Até aí tudo bem, Anahi. O que me choca é que isto tenha envolvido dinheiro, como se o Bernardo fosse um animal de estimação e estivesse mudando de dono.


Aquilo me ofendeu tremendamente. Ela sabia o quanto eu era apegada ao menino e que jamais o trataria como um cachorrinho amestrado.


--E como você pagou? – Dulce chegou ao ponto crucial da coisa.


Agora sim eu iria ouvir besteira a noite toda.


--Eu tinha uma cópia da caderneta e entreguei para ela. – falei me encolhendo toda, me preparando para o pior. Mas por incrível que pudesse ser, seu semblante suavizou-se e ela parou de andar feito louca, relaxando o corpo.


--Trocou uma fortuna pelo Bernardo?


--Grandes coisas! – chacoalhei os ombros com desdém -- Para mim ele vale muito mais.


Não tive tempo de reagir antes que ela pulasse sobre mim na cama e me beijasse calorosamente.


--Eu te amo, Anahi -- Dulce declarou com um sorriso lindo que sempre me encantava.


--Eu também te amo. Mas posso saber a razão dessa declaração súbita?


Ela se afastou um pouco de mim e seu sorriso tornou-se melancólico.


--Desde que estamos juntas meu pai vem insistindo que você só está interessada no meu dinheiro. Ele me liga quase todos os dias para saber se você já se cansou de se divertir comigo e me largou. Foi ele quem me falou do seu vídeo com aquela modelo. Queria provar que você não vale nada e só brinca com meus sentimentos.


Fiquei ressentida com aquele velho palhaço. Com que direito ele vinha perturbar a nossa felicidade? Pais e mães às vezes são bem cruéis com seus filhos. Marcinha vendendo o filho e o pai de Dulce reforçando o tempo todo suas inseguranças.


--Pois deixa comigo. Vou ligar para ele todas as manhãs para dizer que ainda estou com você e que não vou me separar nunca.


Ela riu da minha determinação, no fundo não acreditando muito na minha ameaça contra o pai.


Mas a coisa mudou de figura depois que fiz exatamente isto durante semanas. Pegava sempre algum celular emprestado para o número ser diferente.


Era muito divertido quando o velho atendia.


--Alô.


--Oi meu sogro! – cumprimentava-o animadamente -- Só pra dizer que amo sua filha e estamos felizes. Tenha um bom dia.


Aí eu desligava e dava muitas risadas. Era a minha garantia de um dia alegre e festivo. Gostava de imaginá-lo dando saltos de um metro de altura de tanta raiva de mim.


--Meu pai ligou desesperado e pediu para você parar de persegui-lo todos os dias. –Dulce me falou timidamente depois de algumas semanas.


--Então ele que nos deixe em paz e pare de enfiar caraminholas na sua cabeça. – retruquei um pouco contrariada. Era muito chato ter que lidar com a baixa estima da Dulce o tempo todo por causa daquele velho banana. Se ele parasse eu parava também.


--Ele prometeu não falar mais nada, amor. – ela garantiu.


Por mais que Dulce tentasse ainda não conseguira se livrar da influência do pai. Quando falava com ele virava uma menininha assustada.


--Tudo bem então. – afirmei com pesar. Encher a paciência dele me dava tanto prazer que era muito difícil desistir de torturá-lo. Decidi que só a título de saideira iria infernizá-lo por mais uma semana. Estava contando que até lá já teria pensado em mais uma crueldade para perturbar o sono do sogrão.


Dulce compreendeu as minhas intenções maléficas e me abraçou, buscando a proteção dos meus braços.


Eu, de minha parte, fiquei toda cheia, me achando o máximo. O que vindo de mim significa dizer que fiquei totalmente igual ao que sempre fui. kkkkkk



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Autor(a): angelr

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • flavianaperroni Postado em 07/12/2014 - 05:01:54

    Eita como é PERFEITAS suas webs amei essa assim como amo as outras uehuehuehe

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:44:15

    OIE , mais um fic sua que leio e cada vez me surpreendo mais , voce é uma otima escritora ,PARABÉNS ,amei essa fic ,foi incrivel do começo ao fim !!

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:42:48

    Dona angelr vc surpreende heim... Adorando suas fics heim... Ow pessoa talentosa sow... rsrsrsrs =)

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:41:32

    Gente me diverti com esta Anahi, de todas as fics já li sobre o tema... Essa é a mais engraçada, principalmente na ilha...kkkkkkk Nesta ela é quem conquista.. não a Dulce..rsrsrs Adorei...mto bom... =)

  • angelr Postado em 30/11/2013 - 00:10:46

    portinons2vondy - Sim perfeita

  • portinons2vondy Postado em 29/11/2013 - 23:56:50

    pena que acabou angelr a web era muito boa mesmo :(

  • angelr Postado em 29/11/2013 - 22:01:55

    maralopes - Pois é pena que acabou hahaha mas to postando uma nova

  • maralopes Postado em 29/11/2013 - 16:25:46

    que pena tava amando ler a web mas bola pra frente bjaum angelr

  • angelr Postado em 28/11/2013 - 21:16:13

    rayssamiiraanda - Sim amanha acaba infelizmente :(

  • rayssamiiraanda Postado em 28/11/2013 - 17:11:16

    pooooooooooooxa :( queria mais dessa fic .. amanhã vai terminar :'(


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