Fanfics Brasil - Capitulo 39 Um Amor Improvável

Fanfic: Um Amor Improvável | Tema: Portiñon (Adaptada)


Capítulo: Capitulo 39

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Na manhã seguinte à nossa chegada, montei o equipamento portátil de satélite e li meus e-mails. A maior parte era sobre trabalho, mas tinha alguns da família. Respondi a todos e fui para a praia com Bernardo. Ele estava animado e não parava de me puxar pela mão até conseguir colocar os pés na água absolutamente cristalina.


Se havia um lugar que correspondesse à descrição do paraíso, era aquela ilha maravilhosa. Da primeira vez que estivera nela nem havia realmente apreciado sua beleza, mais preocupada que estava em cumprir com minhas obrigações e retornar para a civilização.


Dessa vez estava atentando para os detalhes e era incrível como a natureza havia se recuperado do furacão tão rapidamente. Poucos meses após a violenta tempestade, não dava para dizer que uma ventania daquelas havia açoitado sua costa e derrubado diversas árvores, deixando somente sujeira e destruição na areia branca da praia.


Aproveitando que o mar estava excepcionalmente calmo, pegamos carona com o grandalhão Matareka e fomos passear de catamarã. E à medida que navegávamos em direção ao alto-mar, um grupo de golfinhos nos acompanhava pulando ao redor da embarcação como se festejassem nossa presença. Pulavam e faziam piruetas no ar antes de mergulharem de volta na água.


É claro que não pude evitar o costume de fotografar tudo, inclusive as expressões maravilhadas de Bernardo enquanto observava todas as novidades que surgiam ao nosso redor. Ele estava visivelmente encantado com tudo o que via e através dele eu me encantava também.


Ajudamos Matareka a pescar nosso almoço e ao final do dia eu estava satisfeita com minha decisão de retornar à Ilha dos Ventos. Ali a vida era mais simples e perfeita. Nada de confusões ou decepções.  Aquela ilha era o máximo.


Pela internet atualizei Maite do meu paradeiro e ela pareceu aliviada em saber que estávamos bem. Não sei por que razão ela estaria tão preocupada. Será que pensava que eu iria fazer algo drástico como me internar com Bernardo em um mosteiro budista nas montanhas do Himalaia? Fora de questão, né. Eu não nunca fui do tipo de ficar sentada de pernas cruzadas pensando na morte da bezerra. Sempre dou a volta por cima e daquela vez não seria diferente.


--Quando você volta? – ela indagou.


--Não sei ao certo. Talvez na outra semana. Sei lá, Maite. Estou feliz aqui e o garoto está se divertindo pra caramba. Amanhã vamos visitar uma cachoeira no centro da ilha e brincar de acampar. Fizemos amizade com os nativos e vamos todos para a gruta Nehenehe passar a noite. Dizem que podemos enxergar nosso destino nas águas da fonte se for noite de lua cheia.


--Você parece mais criança que Bernardo.


--Não existe idade para se divertir, tem?


--Então aproveite bastante a brincadeira.


--Pode apostar que vou.


*****


Montamos as barracas em torno de uma fogueira e após saborearmos algumas frutas típicas da ilha, a conversa começou a girar em torno de lendas e superstições locais. Eu ouvia a tudo com atenção, no fundo rindo interiormente da crendice daquele povo.


A lua despontou no céu e era redonda, brilhando absoluta sem uma nuvem sequer ameaçando sua realeza. Filimoneika, o ancião da tribo, começou a narrar a história da deusa Maru, que protege os apaixonados e que vive nas águas daquela fonte, só aparecendo para os escolhidos a quem deseja abençoar.


Fiquei pensando se era só eu que estava ficando com sono ouvindo tanta maluquice junta.


Recolhi Bernardo e fomos para a nossa barraca. Os outros ficaram mais algum tempo tentando assustar uns aos outros, até que a conversa foi cessando e todos foram dormir.


Já era de madrugada quando senti vontade de fazer xixi. Tinha que procurar um canto para atender ao chamado da natureza e busquei um matinho mais distante do acampamento, um lugar onde poderia ficar à vontade sem medo de aparecer um nativo e me dar um flagra.


E cumpri minha missão com louvor. Puxei a bermuda de volta para o lugar e já estava prestes a retornar quando ouvi um ruído estranho vindo mais além.


Não deveria me preocupar com aquilo, pois tinha todo tipo de animal noturno circulando em volta. Mas por algum motivo, algo dentro de mim me fez ir atrás do ruído para descobrir o que era.


Circulei pelo mato até chegar perto da gruta, onde um filete de água descia pelas pedras e se unia à vertente, descendo até o pequeno lago onde acampávamos.


Dessa vez podia jurar que era uma voz feminina que me chamava em um tom suave e agradável, como o de uma mãe ninando seu filho.


Olhei em volta e não havia ninguém. Era a hora em que qualquer pessoa normal sairia correndo com os cabelos em pé, gritando pela mãe. Mas eu estava tranqüila e sentei numa das pedras do leito, observando o reflexo da lua cheia no espelho d’água.


Só então percebi um vulto surgir aparentemente do nada, estacionando à minha frente.


Até aí nada, certo? Mas o tal vulto estava pairando acima da superfície da água sem tocar nela. Juro! E isto era um bocado assustador. Uma mulher com uma veste branca, os cabelos lisos e compridos até a cintura. O rosto eu não podia distinguir, escondido que estava pelas sombras.


Se eu já não tivesse esvaziado a bexiga minutos antes, tenho certeza que teria me molhado ali naquele instante.


Também juro que não tinha bebido ou fumado nada.


A mulher parecia sorrir para mim, sem nada dizer. Pensei em fugir gritando por socorro, mas algo me prendeu onde estava. Foi então que me convenci absolutamente de que ela era oficialmente uma alucinação. Talvez eu ainda estivesse deitada em minha barraca tendo algum tipo de sonho transcendental.


Depois de ouvir aquela gente contando tantas histórias sobrenaturais, era perfeitamente razoável deduzir que aquilo fosse apenas uma ilusão do meu inconsciente adormecido.


Então a mulher esticou a mão e me entregou uma flor de pétalas brancas, que peguei por puro reflexo. Quando ergui os olhos para tentar travar algum tipo de comunicação, a mulher havia desaparecido.


Levantei de onde estava e voltei para a tenda pensando no que diabos acontecera afinal. Deitei ao lado de Bernardo e coloquei a flor no canto. Estava convencida que aquilo tinha sido um sonho, por isso não pensei mais no assunto.


Na manhã seguinte quando acordei, a primeira coisa que fiz foi procurar a flor e não encontrei nada. Era uma excelente notícia, demonstrando que realmente tudo não passara de um sonho. Todo mundo parecia já ter acordado, inclusive Bernardo.


--Any, Any!


Bernardo veio correndo me abraçar, como fazia todas as manhãs e levei um susto. Ele trazia nas mãos a flor do meu sonho. Exatamente a mesma, com suas pétalas brancas e aveludadas.


--Onde conseguiu isso? – perguntei um pouco trêmula.


--Na barraca. – ele me respondeu e eu fiquei um pouco zonza.


Os demais me olhavam preocupados com minha cara tensa


--Esta é a flor símbolo da deusa Maru. – o velho Filimoneika me encarou meio desconfiado – Não floresce nesta época do ano.


Eu dei um risinho sem graça e fui atrás do bule de café. Precisava urgentemente de uma garrafa de tequila, mas como não tinha, iria me virar com café mesmo.


--Ela apareceu pra você? – o velho indagou em meia-voz, não querendo que os outros ouvissem.


--Depende. Ela é magra, de estatura média, cabelos longos e flutua? Se for, então acho que vi sim.


Ele sorriu e bateu nas minhas costas.


--Se a deusa lhe deu a flor, então é porque ela a abençoou. Terá muita sorte daqui para frente em sua vida.


--Olha, não seria nada mal, porque ultimamente ando meio azaradinha e um espírito chamado Murphy não desgruda de mim.


--Pode acreditar no que digo.


Desejei muito que aquilo não fosse mera superstição. Mas de qualquer forma tinha a flor para comprovar que algo havia acontecido e não fora fruto da minha imaginação. Quem sabe valia a pena ter um pouco de fé no milagre da deusa Maru? Para mim não custava nada ter esperança de um futuro menos turbulento.


*****


Estava deitada numa das redes lendo calmamente um livro quando Mahira veio gritando meu nome como se estivesse pegando fogo em algum lugar. Por um momento temi que ela estivesse atrás de mim novamente e me encolhi, mas ela se aproximou apenas para dizer que Stuart estava no rádio querendo falar comigo.


Pedi para que ela cuidasse de Bernardo e fui ver o que o velho aviador queria comigo.


--E aí, Stuart. Quais as novidades? Outro furacão?


Brincava porque já tinha olhado a previsão do tempo no meu notebook e não havia sinal de qualquer desastre natural vindo em nossa direção.


--Nada assim tão excitante. Só uma encomenda que chegou para você e vou te levar mais tarde. Quer alguma coisa da civilização?


Fiquei intrigada. Que tipo de encomenda poderia ser? Ninguém falara nada de me mandar alguma coisa.


--Que tipo de encomenda? – indaguei curiosa – O que é?


--Não quer que eu meta a mão na mercadoria, quer?


Pensei bem nas mãos imunda do meu velho amigo e decidi que não queria que ele tocasse nada que me pertencesse.


--Deixe o pacote em paz! – respondi rapidamente.


--De qualquer forma, se não gostar do que eu levar, pode devolver que trago de volta sem problema.


 --Está bem. Nos vemos mais tarde.



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Autor(a): angelr

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Terminamos a conversa e ainda fiquei encasquetada com a tal encomenda. Só podia ser coisa da Maite Ela era a única pessoa que sabia que eu estava naquela pequena ilha no pacífico. Olhei para o relógio e era quase hora do almoço. Deveria ter pedido para Stuart trazer um bom pedaço de costela para assar. Comer peixe todo dia era dose. ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 60



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  • flavianaperroni Postado em 07/12/2014 - 05:01:54

    Eita como é PERFEITAS suas webs amei essa assim como amo as outras uehuehuehe

  • justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:44:15

    OIE , mais um fic sua que leio e cada vez me surpreendo mais , voce é uma otima escritora ,PARABÉNS ,amei essa fic ,foi incrivel do começo ao fim !!

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:42:48

    Dona angelr vc surpreende heim... Adorando suas fics heim... Ow pessoa talentosa sow... rsrsrsrs =)

  • vverg Postado em 06/01/2014 - 20:41:32

    Gente me diverti com esta Anahi, de todas as fics já li sobre o tema... Essa é a mais engraçada, principalmente na ilha...kkkkkkk Nesta ela é quem conquista.. não a Dulce..rsrsrs Adorei...mto bom... =)

  • angelr Postado em 30/11/2013 - 00:10:46

    portinons2vondy - Sim perfeita

  • portinons2vondy Postado em 29/11/2013 - 23:56:50

    pena que acabou angelr a web era muito boa mesmo :(

  • angelr Postado em 29/11/2013 - 22:01:55

    maralopes - Pois é pena que acabou hahaha mas to postando uma nova

  • maralopes Postado em 29/11/2013 - 16:25:46

    que pena tava amando ler a web mas bola pra frente bjaum angelr

  • angelr Postado em 28/11/2013 - 21:16:13

    rayssamiiraanda - Sim amanha acaba infelizmente :(

  • rayssamiiraanda Postado em 28/11/2013 - 17:11:16

    pooooooooooooxa :( queria mais dessa fic .. amanhã vai terminar :'(


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