Fanfic: Um Amor Improvável | Tema: Portiñon (Adaptada)
Depois que passamos a tarde dormindo com as janelas e portas escancaradas para que o vento nos refrescasse, a Pocahontas devassa veio nos chamar para o jantar. Ela sorria para mim com o mesmo jeitinho inocente de sempre, liderando o caminho até a cabana principal onde morava com os pais.
Fomos recebidos com extrema alegria pelos anfitriões e a mesa já estava posta com diversas iguarias, desde frutas típicas locais até um peixe recheado que me emocionou tanto que cheguei a encher os olhos de lágrimas. Como eu estava com fome, meu Deus!
Sentamos numa gigantesca mesa que coube todo mundo e os pratos de comida começaram a flutuar de um lado a outro. Agarrei o peixe quando passou na minha frente e não o soltei até conseguir pegar uma boa porção, que era simplesmente maravilhosa.
Eu estava plenamente satisfeita com a culinária daquela boa gente.
--Agora meu genro vai tocar música pra homenagem. – o velho barrigudo proclamou com aquele eterno sorriso carimbado no rosto.
Um homenzarrão buscou uma violinha parecida com um cavaquinho e começou a tocar e cantar músicas típicas da região. E eu estava apreciando bastante o show, quando finalmente algo soou estranho em meus ouvidos. Eu tinha realmente ouvido o nosso anfitrião se referir àquele mamute como “genro”?
Desejei ardentemente que Pocahontas tivesse uma irmã. Mas se ela tinha, estava presa em alguma masmorra e mantida longe do convívio humano, porque ali não tinha outra garota.
Olhei para Mahira com os olhos arregalados, nitidamente em pânico e ela limitou-se a inclinar o rostinho lindo e angelical, sorrindo para mim com candura. Depois fez biquinho e mandou-me de longe um beijinho.
Piranha dos infernos! Eu acabara de transar com a mulher do hipopótamo cantor. E se ele descobrisse eu estaria ferrada, já que não dá para fugir por muito tempo numa ilha. Sabe como é? Por mais que eu corresse, era só ele ficar parado no mesmo lugar que cedo ou tarde eu passaria na frente dele. Aí era só me arremessar numa viagem sem volta ao mar azul, repleto de tubarões assassinos.
Dulce, que estava ao meu lado, percebeu meu suor frio e o trajeto do meu olhar e fez cara de aborrecimento.
--Não acredito que você fez sexo com a mulher daquele sujeito. – censurou com tamanha veemência que me fez recuar assustada. Ela parecia realmente furiosa.
--Eu não sabia que existia um marido na jogada. – tentei me explicar -- Muito menos um daquele tamanho. Portanto não brigue comigo porque minha vida bem pode ter chegado ao fim.
Eu sei, era ridículo a maneira como eu me lamuriava para aquela ratinha branca de laboratório. Mas a gente perde totalmente o orgulho quando começa a passar toda a sua vida na frente dos seus olhos.
--Talvez agora você se concentre no trabalho e menos nas “belezas naturais”.
Balancei a cabeça jurando por Deus que se ela me tirasse daquela sinuca eu jamais pecaria novamente. Mas o que aquela garota franzina e sem pigmentação poderia fazer para me ajudar? Só mesmo o desespero para apelar daquela forma.
Antes que eu pudesse raciocinar, Dulce me tascou um longo beijo na boca, silenciando a mesa.
--Gostaríamos de comunicar a todos, que eu e a Anahi decidimos juntar nossos trapinhos.
Todos nos parabenizaram alegremente, tentando esconder a enorme surpresa, pois sabiam que eu acabara de conhecer Dulce. Maite, é lógico, não acreditou em nada, mas mesmo assim me deu um abraço e um beijo no rosto.
--O que você está aprontando? – cochichou no meu ouvido antes de se afastar.
Eu apenas sorri e fiz sinal de que conversaríamos depois.
A nativa tarada e adúltera amarrou o beiço e se retirou do recinto. Fiquei feliz em afastá-la de mim, mas envergonhada por ter arrumando uma esposa tão sem graça, mesmo que o casamento fosse de mentira.
Depois do jantar, tive que ficar grudada o tempo todo na Dulceta bu..ceta. Queríamos deixar bem claro para a dissimulada que eu tinha mulher e que ela deveria parar de correr atrás de mim.
Nós nos retiramos para nossos chalés bem cedo, pois o cenário para a sessão de fotos tinha que ser montado antes do amanhecer para que pegássemos a melhor luz para o ensaio e isto implicava que as modelos deveriam estar maquiadas, penteadas e vestidas com as roupas da campanha antes que os primeiros raios de sol surgissem no horizonte.
Estava deitada na minha cama quase dormindo quando uma pedrinha caiu em mim. Gelei de imediato. Só podia ser Mahira e rapidamente me esgueirei da cama e rastejei agilmente pelo chão até o quarto de Dulce.
--Dulce, Dulce. – chamei bem baixinho.
Ela abriu os olhos sonolentos e fez uma careta de tédio ao me ver.
--O que foi? Tem uma barata no seu quarto?
Fiz minha melhor cara de criança carente.
--Pior. Mahira está na minha janela jogando pedrinhas. Você tem que me salvar. Por favor!
--Aquele perua não desiste, né?
Dulce levantou-se jogando as cobertas para o lado com vigor e marchou até o meu quarto, indo direto para a janela.
--O que que está acontecendo aqui, hein? – gritou para a libertina de sarongue.
Mahira assustou-se com a chegada de Dulce e se escafedeu. Por dentro eu dava risada da minha pequena protetora colocar a assanhada para correr.
--E não volta não, que te arranco os cabelos!
A garota fez um risco pela areia em direção a casa e eu me joguei na cama aliviada.
Nunca poderia esperar que Dulce pudesse ter um temperamento tão intimidador. E explosivo também, porque saiu do meu quarto pisando forte sem tornar a me dirigir a palavra. Estava realmente indignada, provavelmente por eu ter atrapalhado seu sono para me livrar da piranha do pacífico. Era o pensamento mais lógico para justificar seu mau-humor.
--O que diabos acabou de acontecer aqui? -- Maite surgiu na porta com olhar indagador.
Sorri sem graça por ter que explicar tudo para minha prima. Se bem que ela me conhecia melhor que ninguém e sabia da minha tendência patológica de me meter com a mulher errada.
Ela se sentou na beirada da minha cama e aguardou, com os braços cruzados, que eu me dignasse a contar a história por trás daquele comportamento bizarro no jantar e também o que acabara de ocorrer.
Depois de narrar dolorosamente as minhas desventuras, foi muito constrangedor ouvir as gargalhadas de Maite. Ela não tinha o menor dó do meu padecimento. A família às vezes nos decepciona à beça.
--Pare de rir e vá dormir. – atropelei-a do meu quarto. A última coisa que eu precisava era de alguém tirando sarro de mim pela noite adentro.
Ela bocejou e saiu se espreguiçando, ainda dando uma risadinha de mofa. Era uma completa desconsiderada.
Autor(a): angelr
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 60
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flavianaperroni Postado em 07/12/2014 - 05:01:54
Eita como é PERFEITAS suas webs amei essa assim como amo as outras uehuehuehe
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justin_rbd Postado em 02/12/2014 - 12:44:15
OIE , mais um fic sua que leio e cada vez me surpreendo mais , voce é uma otima escritora ,PARABÉNS ,amei essa fic ,foi incrivel do começo ao fim !!
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vverg Postado em 06/01/2014 - 20:42:48
Dona angelr vc surpreende heim... Adorando suas fics heim... Ow pessoa talentosa sow... rsrsrsrs =)
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vverg Postado em 06/01/2014 - 20:41:32
Gente me diverti com esta Anahi, de todas as fics já li sobre o tema... Essa é a mais engraçada, principalmente na ilha...kkkkkkk Nesta ela é quem conquista.. não a Dulce..rsrsrs Adorei...mto bom... =)
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angelr Postado em 30/11/2013 - 00:10:46
portinons2vondy - Sim perfeita
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portinons2vondy Postado em 29/11/2013 - 23:56:50
pena que acabou angelr a web era muito boa mesmo :(
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angelr Postado em 29/11/2013 - 22:01:55
maralopes - Pois é pena que acabou hahaha mas to postando uma nova
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maralopes Postado em 29/11/2013 - 16:25:46
que pena tava amando ler a web mas bola pra frente bjaum angelr
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angelr Postado em 28/11/2013 - 21:16:13
rayssamiiraanda - Sim amanha acaba infelizmente :(
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rayssamiiraanda Postado em 28/11/2013 - 17:11:16
pooooooooooooxa :( queria mais dessa fic .. amanhã vai terminar :'(