Fanfic: Little Things AyA | Tema: AyA - Ponny - Annie - Poncho

Alfonso se levantou do chão e olhar se fixou no carro onde Anahí acabara de entrar, ao vê-lo ela deu partida e saiu sem rumo, o carro catou pneu, o medo surgiu quando pensou no caso dela poder acabar batendo o carro. Depois de um longo suspiro, Alfonso tirou o casaco e o segurou de punho fechado, o celular no bolço vibrou, a vontade de não atender era enorme, mas, ao olhar no visor e ver o nome de Jarod, Alfonso pegou o aparelho e colocou no ouvido.
- Cadê a minha irmã? - Jarod gritou do outro lado da linha, a fúria estava estampaa em sua voz, por um momento Alfonso sentiu os dentes trincarem.
- Ela já sabe da verdade, acabei de contar, pegou o carro e deve estar indo para casa. - Alfonso murmurou com um fio de voz. Jarod bufou de raiva e Alfonso ouviu uma forte pancada do outro lado da linha.
- Você não podia ter feito isso Alfonso, não podia! - No outro lado da linha Jarod segurava com força um porta retrato com uma foto sua e de Anahí a alguns anos, Anahí sorria animada enquanto Jarod a segurava em seus ombros. - Não cheguei mais perto da minha irmã, suma da vida dela Alfonso, Anahí voltará amanhã mesmo para cá.
- Jarod eu sei que agi errado, mais é melhor que ela saiba de toda a verdade, eu estou sofrendo com isso, ela está me odiando, mesmo assim, prefiri a verdade, acho que vocês também deveriam. - Alfonso angou até um ponto de táxi e entrou no primeiro que estava lá, deu para o homem o endereço de seu flet na cidade, logo ele deu partida.
- O procblema não é esse Alfonso, o que você acha que meu pai va dizer sobre isso? Só de saber que você estava com Anahí ele vai surtar Alfonso.
- Pare de demonstrar medo por ele Jarod, é exatamente isso que ele quer, estou voltando para New York pela manhã.. - Jarod o interrompeu.
- Então se prepare, pois ele também, tenho que desligar, se prepare para se arrepender do que fez Alfonso, você não tem noção com quem você mexeu. - Jarod não deixou que Alfonso respondesse e desligou, Alfonso guardou o aparelho no bolço da calça. Não demorou muito e o motorista o deixou em seu prédio, Alfonso subiu e entrou no flet, fechando a porta atrás de si.
Aquele lugar parecia enorme agora, não se sentia mais feliz nem mesmo completo, a solidão o dominava e sentia que seu oração estava cada vez mais apertado em seu peito, não se sentia mais o mesmo, mais também não se sentia diferente.
Era estranho aquela sensação em seu peito, em seu corpo. Se lembrou da primeira noite após o acidente de Anahí, quando teve que dormir no apartamento onde eles passaram noites incriveis, fora díficil estar lá, por isso vendeu o apartamento e comprou a mansão onde mora hoje. Lembrou da dor e do sofrimento daquela noite, não conseguira pregar os olhos, não conseguia ficar um segundo sem chorar, sem lembrar de Anahí, sem conseguir pensar no que acontecera. Lembrou-se do momento em que chegou no hospital com Anahí e  dez minutos depois o médico voltou dizendo da perda do bebê, se sentira péssimo e não conseguira ficar um segundo a mais ao lado dela, a culpa havia invadido-o e junto com ela a dor e o resentimento. Fora horrível.
Se conseguir se manter de pé, Alfonso se sentou no chão ao lado do sofá de couro preto, e abraçou os joelhos com força e... chorou, as lágrimas rolavam do seu rosto sem que ele pudesse controlar, a dor invadia seu corpo inteiro, era horrível tudo aquilo.
Alfonso se levantou e deitou-se no sofá. Com o celular apertado nos dedos, Alfonso encarava a foto de Anahí como papel de tela do aparelho. Ela estava com os cabelos presos em um rabo de cavalo, usava os óculos e segurava um lápis em uma das mãos, Alfonso se lembrou daquele dia, ela estava vestindo um vestido rodado lilás e um casaco branco, estava frio e eles tinham acabado de levantar, Anahí, como sempre, dormira em sua casa, a alguns dias que isso vinha acontecendo, desde que eles começaram a "namorar". Ela estava desenhando como sempre e ele aproveitará para bater a foto, no dia ela ficará uma fera, mais depois não se importou muito. No dia do acidente, Alfonso colocou a foto como papel de parede e depois nunca mais tirou, era bom tê-la perto de si, nem que seja por foto.
Alfonso chorou, chorou, chorou tanto que o cansaço o derrubou, não conseguia ficar acordado mais também não queria dormir, estava trsite demais para isso. Aquela sensação, aquele sentimento, era tão doloroso que ele preferia não sentir, se pudesse arrancava o coração de seu peito para evitar tal dor. Era horrível!

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