Fanfic: Little Things AyA | Tema: AyA - Ponny - Annie - Poncho

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Anahí encarava a paisagem pela janela do carro. A muito tempo que não voltava para Inglaterra e era bom estar de volta a um lugar onde nasceu e viveu sua infância e parte da adolêscencia até a época em que decidiu passar uma temporada com o pai em New York. Não demorou muito e Clarie digiriu o carro em uma pequena ruazinha calma e tranquila. A rua era estreita e as "calçadas" eram cobertas por árvores enormes e gramados rasteiros. Mais um quilômetro a frente e Annie conseguiu ver a enorme casa da mãe. Uma mansão de madeira e vidro com lâmpadas espalhadas por toda a extensão da frente e algumas nos corremões da pequena escada que levava para a porta principal toda feita de vidro à prova de balas, segurança que Theodoro fez ela tomar já que criaria Jarod e Anahí ali.
- E aí? O que você acha? - Clarie se virou para trás, ao parar o carro, e encarou a menina que sorriu.
- Senti saudades dessa paz que eu sempre encontrei na sua casa. - Annie sorriu amigável soltando o cinto, abrindo a porta e pegando a bolça que havia trazido consigo. Ao descer do carro acompanhada de Clarie, Anahí encontrou o velho mordomo Edward parado no pé da escada escarando-as com um sorriso amistoso no rosto.
- Sra. Puente, Srta. Anahí. - Edward disse sorrindo e extendendo o braço para que elas o acompanhasse.
- É bom te ver Edward. - Anahí sorriu e subiu as escadas em pulos rápidos, assustando Clarie.
- Olá Edward, Anahí não faça isso você ainda está de repouso. - Claire acelerou os passos para alcaçar a filha, Anahí sorriu. As duas entraram em casa e Anahí logo se tacou no sofá encarando a enorme sala da casa. Com grandes sofás brancos e uma linda mesinha de centro de madeira, a sala era bélissima. Para se aproximar da parte do sofá, precisava descer dois pequenos deraus que cercava toda área de sofá, televisão e mesinha de centro. Uma enorme televisão ocupava a estante que ficava de frente para o maior sofá onde Anahí havia deitado, de cada lado do sofá haiva outro um pouco menor da mesma cor. O chão era feito de madeira e muito bem polido, brilhando do jeito que Claire gostava. Ao lado esquerdo da porta principal havia uma enorme escada de vidro que dava para o próximo andar. Clarie se sentou ao lado de Annie no sofá que extendeu os pés no colo da mãe.
- É maravilhoso estar de volta. - Anahí se espriguiçou no sofá tirando risos da mãe.
- É eu também acho, não consigo mais me adaptar a New York. - Clarie encarou toda a extensão da casa e voltou-se para Anahí, vai ver seu quarto.
Anahí deu um pulo do sofá e correu escada acima e não demorou a se encontrar no enorme corredor. Um lado daria para duas portas, uma ao lado esquerdo e outra ao direito, e seguindo reto daria para uma pequena varanda do enorme terreno da frete da casa. Para o outro lado se extendia um enorme corredor com duas portas de cada lado e no final mais um corredor que levava para outros quartos e banheiros. Se quarto era o ultimo daquele mesmo corredor, a outra pequena varanda daquele lado dava para a parte de trás da casa onde Clarie tinha um pequeno rancho com alguns cavalos e um estábulo. Anahí entrou em seu quarto e percebeu como tudo ali lembrava-lhe a sua infância, era bom demais estar de volta.
O quarto era enorme, as paredes eram de um tom de vermelho e branco. Uma cama, de enorme estrutura de madeira e um cochão em cima com lençóis limpos e da mesma tonalidade do quarto, se extendia ao lado esquerdo da porta. Uma estante enorme de madeira branca e vidro se extendia na parede de frente para a cama. ao lado da cama uma janela com outra pequena varanda se extendia dando-lhe uma linda visão do enorme terreno. Ao lado esquerdo da estante uma porta de vidro dava para o enorme closset e ao lado direito um outra porta dava para o banheiro da suíte. Anahí olhou tudo aquilo de uma forma carinhosa, não mudara muita coisa desde a ultima vez que estivera ali e era bom que tudo continuasse do seu jeito, tirando as coisas de uma menina de 11 anos que mudou para uma de 17 anos.
Anahí sentou-se na cama e retirou as botas de salto que usava, a viagem fora cansativa mais pelo menos seus jeans e sua camisa samsa social rosa lhe proporcionaram uma viagem até que agradavel. Anahí pisou no chão, agora descalça, e sentiu-se voltando a se criança.
- E aí? Gostou da decoração? - Clarie se sentou ao lado de Annie na cama.
- Está tudo incrivel mamãe, os livros, as cores, os detalhes... - Anahí encarou o quarto a sua frente. Nem parece que faz seis anos que estive aqui.
- Pra mim faz um século. - Clarie tramatizou tirando risos da menina. - Meu amor, eu vim lhe dar uma péssima notícia. - Anahí bufou já imaginando. - Terei que viajar para a Itália a apresentação do novo filme será lá e terei que estar presente.
- Sério mãe? Achei que ficaríamos juntas! - Anahí cruzou os braços voltando ao tempo de infância.
- Oh meu bebê, você sabe que se pudesse ficaria com você pra sempre, mais não posso, prometo voltar o mais rápido. - AClarie a abraçou e sorriu.
- Quando você irá? - Annie choramingou tirando risos da mãe.
- Hoje à noite. - Clarie respondeu vendo o olhar da filha mudar. - Sei que não gosta, m,ais quanto mais rápido eu for, mais rápido posso voltar. - Annie se levantou e se dirigiu até a estante mexendo em qualquer coisa que desvia-se seu olhar da mãe. - Annie...
- Pode ir mãe, eu ficarei bem com o Edward e a Kate. - Annie falou dos empreados que se lembrava muito bem, Claire se levantou e andou até ela lhe dando um abraço por trás.
- Prometo voltar o mais rápido, só não se zangue e prometa se cuidar? - Anahí encarou a mãe ainda um pouco triste, depois de um longo momento Annie suspirou.
- Ok, eu prometo. - Clarie sorriu mais tranquila. A idéia de traze-la para cá fora de Theodoro, daqui a alguns dias começaria a gravação da nova novela que Alfonso participaria e então ele estaria presso demais para ve-lâ, Annie só precisaria passar um tempo com a mãe e então depois ficaria livre para voltar a sua vida. O combinado era Annie ficar ali por quatro semanas sendo que duas semanas e meia Clarie passaria viajando e ela ficaria sozinha, seria díficil mais Annie viveu a infância entre uma batalha judicial entre os pais, já que Theodoro não queria da o braço a torcer, e depois viveu sozinha enquanto a mãe trabalhava e quando se mudou para a casa de Theodoro foi a mesma coisa, mesmo sendo triste Anahí sabia viver desse jeito e nunca havia reclamado.
(...)
Anahí pegou a ultima mala de Clarie e recolocou no carro. Estava sendo díficil para ela passar duas semanas sozinhas naquela casa enorme, preferia voltar para a casa do pai mais Clarie havia dito que Theodoro já estava em Paris junto com Jarod para assinarem milhares de contratos. Como Anahí não poderia ficar viajando junto com eles o jeito seria ficar ali até a mãe voltar.
- É só isso, obrigado meu amor. - Clarie deu um beijo na cabeça de Anahí e sorriu. - Prometo tentar voltar antes.
- É eu sei, e se o papai voltar antes de você eu vou para a casa dele, não quero ficar sozinha mãe! - Clarie sorriu amarelo, Theodoro estava em New York, mais não poderia dizer para Anahí, caso cotrario ela iria querer ir para lá e encontraria com Alfonso.
- Tudo bem, mais prometo que serei rápida. - Clarie entrou no carro e colocou o cinto. - Ligarei todas as noites, não esqueça dos remédios e descance.
- Devia fazer tudo de errado só por ficar sozinha, mais não, prometo que me cuidarei. - Anahí zombou fazendo Clarie sorriu de sua careta.
- Eu te amo Anahí e você é tudo o que eu tenho de melho, e Jarod também é claro. - Anahí concordou e Clarie deu partida no carro retomando a pequena rua até que Anahí não pudesse mais ver o carro.
Essas semanas seriam chatas, ficar ali sozinha seria quase insuportavel, nunca adorou essa idéia de ficar sozinha que fará sem poder fazer nada que ela realmente gostasse. Sem ter o que fazer, Anahí entrou e foi para o quarto onde se deitou e começou a pensar em Alfonso. Desde que saíra do hospital, não falara nada a ninguem, mais parecia que a ultima fase da sua vida estava apagada, não se lembrava do acidente não sabia como aconteceu e nem o porque aconteceu, sua cabeça parecia ter apagado esses assuntos e essas cenas. Sabia que o certo era contar ao médico, mais não suportava a idéia de ficar mas um segundo naquele hospital e surtaria se tivesse que ficar mais um segundo lá, então prefeiriu esconder. Mais essa era a verdade, não se lembrava de Alfonso e nem do acidente e se sentia perdida desde os ultimos meses, tudo parecia confuso e perdido e não entendia absolutamente nada sobre si própria.