Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 1 PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 1

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CAPÍTULO UM


Alfonso permaneceu sombrio no trajeto do táxi de Mascot para o seu apartamento, em Glebe, insatisfeito com o resultado de sua viagem de negócios aos Estados Unidos e com sua decisão impulsiva.
Mas era tarde demais para mudar de idéia. Estava preso. Em casa, tirou o terno italiano, comprado especialmente para a reunião com Helsinger, e foi para o banheiro. Depois de tomar bAnho e fazer a barba, vestiu jeans e uma camiseta, indo preparar um café da manhã decente. O do avião não o apetecera.
Alfonso comeu ovos com bacon na varanda coberta de sol e com uma linda vista do porto da cidade.
A varanda fora um dos motivos para Alfonso comprar o apartamento. A água o relaxava, descobriu. Gostava de sentar lá à noite, depois de um longo dia de trabalho no computador, bebericando uísque, enquanto a água distraía e acalmava sua mente. No entanto, agora nada o acalmava.
Comeu depressa, antes de ir para a cidade encontrar seu melhor amigo — e banqueiro. Pensou em qual seria a reação de Richard. Alfonso suspeitava que ele apoiaria a sua decisão pouco convencional. Richard podia parecer conservador, mas no fundo não era. Não se pode ser CEO (Chief Executive Offícer — Presidente em exercício) de um banco internacional antes dos 40 anos sendo humilde e dócil. Richard tinha o seu lado implacável, especialmente para fazer dinheiro. E, louco como o esquema de Alfonso podia parecer, se desse certo, tornaria ambos homens muito ricos.
Cinco minutos depois, Alfonso vestiu sua jaqueta preferida, de couro preto, e saiu. Após meia hora, estava sentado no escritório de Richard.
— Como "não viu Helsinger"? — O tom de Richard era confuso. — Pensei que tinha marcado a reunião antes de partir de
Sydney.
— Infelizmente, Chuck teve que sair da cidade no dia em que cheguei a Los Angeles. Deixou desculpas. Uma emergência familiar.
— Inferno, Alfonso. Foi má sorte.
— Com certeza. Encontrei o diretor-gerente dele. Ele me garantiu que a Comproware está muito interessada em meu novo programa de antivírus e anti-spyware.
— Com certeza estão. — falou Richard secamente. — É brilhante.
Alfonso concordava com Richard. Era brilhante, especialmente por poder rastrear a origem do vírus — ou espião — e contra-atacar sozinho. Desde que começara a trabalhar na montagem do programa, Alfonso soubera que a sua modesta e relativamente pequena empresa de software, na Austrália, não tinha força suficiente para fazer justiça ao produto. Precisava de uma empresa internacional, com política de marketing capaz de lançá-lo mundialmente.
Depois de fazer uma busca atenta, encontrara a Comproware, uma empresa de software americana, relativamente nova, com um ótimo apelo no mercado e também a reputação de oferecer generosos contratos a criadores de novos programas e jogos, pagando royalties ao invés de uma quantia fixa.
Após algumas negociações não muito bem-sucedidas pela Internet e por telefone, Alfonso voara para o escritório central da Comproware na América, para conhecer pessoalmente o dono. Durante os dois dias de estada, esperava conseguir de Helsinger um contrato. Certamente, não contava com o que tinha acontecido.
— Não consegui um contrato — admitiu. — No entanto, o que obtive foi a oferta de uma possível sociedade.
— Sociedade! — exclamou Richard, excitado. — Com Chuck Helsinger? Você deve estar brincando. Aquele homem é uma lenda no varejo. Tudo o que toca, vira ouro. Uma sociedade com ele vale milhões.
— Na verdade, Rich, bilhões. Se eu puder fechar esse acordo, os seus 15 por cento da minha pequena empresa tornarão você ainda mais rico do que já é. Reece também vai gostar muito dos 15 por cento dele.
E os meus setenta por cento significam que poderei fazer tudo o que sempre quis, Alfonso pensou, não pela primeira vez. Um clube de meninos em cada cidade, pequena ou grande, na Austrália. Muitos acampamentos de verão. E bolsas de estudo.
As possibilidades eram ilimitadas!
Se ele conseguisse a sociedade.
Satisfeito, Richard balançou a cabeça.
— Não posso acreditar. É incrível.
— Há um pequeno problema, mas posso dar um jeito. Imediatamente, Richard pareceu preocupado.
— Que problema?
— Chuck Helsinger tem uma regra rígida a respeito dos homens com quem faz sociedade.
— Que regra?
— Eles precisam ser casados. Homens acomodados, com sólidos valores familiares.
— Está brincando.
— Não.
Richard gemeu. Depois, encostou na cadeira, as sobrancelhas escuras erguidas.
— E agora, como vai se arrumar?
— Já comecei. Imediatamente enviei um e-mail a Chuck, dizendo que recentemente fiquei noivo de uma garota maravilhosa e que nos casaremos antes do Natal.
As sobrancelhas de Richard formaram um arco.
— Foi muito criativo, Alfonso, mas não acho que funcionará. Um homem como Chuck Helsinger, certamente investiga cuidadosamente qualquer sócio em perspectiva e logo descobrirá a mentira.
— Pensei nisso. Mas não será mentira por muito tempo.
— Significa que vai mesmo casar!
Alfonso entendeu o assombro do amigo. Afinal, ele era um conhecido solteirão. Muitas vezes, dissera a Richard que casamento nunca estaria em seus planos.
Mesmo assim, jamais previra um acordo com tal exigência. Às vezes, um homem precisa fazer o que tem de ser feito.
Em seus próprios termos, claro.
— Se eu quiser essa sociedade, terei que casar. Logo. Helsinger estará em Sydney no dia quatro de dezembro, para buscar um luxuoso iate construído aqui. É um presente de Natal para a família dele. Ele e a esposa querem que eu e minha nova esposa participemos de um cruzeiro de dois dias, nas águas de Sydney, para nos conhecer. Imagino que se eu passar a idéia de um feliz homem casado, com sólidos valores familiares, a sociedade será minha.
— Bom Deus! — exclamou Richard.
— Veja, não pretendo ficar casado. Será apenas um acordo comercial, até que a sociedade seja sacramentada.
— Isso é um pouco de sangue-frio, não é, Alfonso? Mesmo para você.
Alfonso deu de ombros.
— Os fins justificam os meios. Afinal, que direito tem aquele velho hipócrita de insistir numa coisa tão ridícula? Ser casado nada tem a ver com um bom empresário. Sou a prova disso.
— Talvez, mas isso não o torna hipócrita.
— Eu mesmo fiz algumas investigações antes de escolher a Comproware, para conhecer os antecedentes profissionais e pessoais do dono. Sabia que Chuck está na terceira esposa, uma mulher que tem uns 25 anos menos do que os setenta dele? Certo, eles estão casados há 16 anos e têm dois filhos. Mas isso o torna um homem decente, com valores familiares sólidos?
— Entendo o que diz — murmurou Richard.
— A esposa dele não deve ser muito melhor. Acredita que ela casou pelo charme dele? Lógico que não. Ficou gravitando em volta dele, como muitas mulheres com homens ricos. Você sabe como é, Rich. O dinheiro incentiva muito quando se trata de alguns membros do sexo frágil. Como eu ficarei milionário, nunca sentirei falta de companhia feminina, nem terei problemas para encontrar uma esposa temporária. Precisarei apenas esfregar a quantia certa no narizinho da garota mercenária certa.
— Parece que pensou em alguém. Uma de suas ex-namoradas?
— Não. Nenhuma servirá. A última coisa que quero é complicação, ou conseqüências. Preciso de uma esposa que saiba exatamente o que quero, desde o início. Só aparência. Será um casamento apenas no nome, discretamente desfeito depois. Essa união não será consumada, tenha certeza! — Alfonso terminou, enfaticamente.
Ele estava cansado e enjoado de mulheres querendo envolvimento emocional, apesar dos avisos antecipados dele. No início, pareciam aceitar a regra de "apenas companhia e sexo", mas mudavam depois que ele as levava algumas vezes para a cama. Alfonso não agüentava quando uma mulher começava a dizer que o amava. Primeiro, por não acreditar. As mulheres usavam aquelas três palavrinhas o tempo todo, para manipular homens. E tentar agarrá-los.
Mal sabiam que dizer a Alfonso que o amavam significava o fim.
Por isso tinha tantas ex-namoradas. A última fora uma advogada, que pensara ser diferente. Mas não... logo ficara possessiva como todas as outras.
Por um tempo, Alfonso parará de ter encontros, simplesmente por não agüentar cenas. Ultimamente, passava seu tempo livre em trabalhos de caridade. E fazendo mais ginástica.
— E onde você vai encontrar essa criatura super mercenária, Alfonso? Garotas não andam por aí com letreiros dizendo que se casarão por dinheiro.
— Que memória curta você tem, Rich. Eu a encontrarei numa agência de encontros pela Internet. Você mesmo não experimentou Wives Wanted (Procura-se esposas) antes de conhecer Holly? E não confessou, sobre uma garrafa de uísque, que aquele serviço especial de encontros tinha montanhas de lindas garotas atrás de dinheiro?
Richard franziu o rosto.
— Certo, eu falei. Mas talvez eu as tenha julgado mal. Estava numa fase ruim quando conheci aquelas mulheres. Provavelmente, não eram tão más assim. Quero dizer, Reece encontrou Alanna usando aquela agência. Ninguém a chamaria de caça-dotes.
— Há sempre uma exceção à regra — falou Alfonso, lembrando da adorável e amorosa esposa de Reece. — Alanna é aquela exceção. Você ainda tem o telefone da Wives Wanted! Se não tiver, pedirei ao Reece.
— Eu o tenho em algum lugar.
Ele abriu uma gaveta, procurando numa pilha dê cartões. Alfonso estava decidido e quem poderia culpá-lo? Uma sociedade com Chuck Helsinger era uma oportunidade única na vida.
Mesmo assim...
Holly não acreditaria, quando ele contasse, à noite. Alfonso era o sujeito mais avesso ao casamento que eles conheciam. Contra o amor e contra mulheres.
Aquilo estava indo longe demais. Ele não era contra mulheres. Sempre tivera as mais belas ao seu lado. As mulheres pairavam em volta de Alfonso como abelhas no mel. Richard não sabia o motivo, pois Alfonso não era exatamente belo. Holly dizia que era porque ele era alto, escuro, de aparência perigosa.
Richard concordava que o aspecto másculo de Alfonso podia ser um fator favorável para o seu magnetismo.
Raramente usava temos, preferindo jeans e jaquetas de couro.
Pretas, como a de hoje.
De qualquer forma, Alfonso nunca ficava sem companhia feminina. Felizmente, Holly não gostava do tipo, preferindo o seu estilo mais conservador, arrumado. Graças a Deus.
— Aqui está—entregou o cartão a Alfonso. — A mulher que cuida do negócio chama-se Anahi Portilla. O nome e o telefone estão no verso. Ela o chamará para uma entrevista antes de combiná-lo com alguém. Nunca aceita um cliente pela Internet. Sugiro que não conte, de cara, o seu programa. A Srta. Portilla leva muito a sério seu serviço de encontros. Outro pequeno aviso. As mulheres do banco de dados da Wives Wanted que eu conheci são todas deslumbrantes. Pode ser interessante se você não escolher uma que seja linda demais. Caso contrário, ficará difícil para um homem como você manter suas mãos afastadas.
— O que quer dizer com um homem como eu?
— Você gosta de sexo, Alfonso. Não finja. Teve mais namoradas nos poucos anos em que o conheço do que as oscilações na bolsa. Creio que é esperto em não consumar esse casamento. Mas, será capaz de resistir à tentação? A verdade é que, durante o tempo em que estiver... "casado", você e sua nova esposa ficarão algum tempo juntos. Para começar, terão que compartilhar uma cabine no iate de Helsinger. Se ela for bonita demais, será difícil manter as mãos longe da mercadoria.
— Você me subestima, Rich. Posso bancar o celibatário, sem problema. — Há algumas semanas fazia isso. — Pelo dinheiro em jogo, poderia me transformar num monge, para sempre.
Richard não pareceu muito convencido.
— Se você diz. Não se esqueça do que eu disse sobre Anahi Portilla. Cuidado com o que diz a ela.
— Acho que você é um pouco ingênuo quanto à dona da Wives Wanted. A Srta. Portilla está no negócio de casamentos por dinheiro, exatamente como 99 por cento de suas clientes femininas. Acene a quantia certa para ela e a velhota me arrumará a garota certa antes de você falar qualquer coisa.
Um sorriso vago passou pelos lábios de Richard enquanto olhava Alfonso partir. Ele adoraria ser uma mosca quando seu amigo conhecesse a incrível Srta. Portilla.
Alfonso podia estar certo sobre ela ser tão mercenária. Não a conhecia o bastante para julgar. Mas velhota não era.



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Autor(a): ayaremember

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  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:33

    *-*

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:22

    que bom que deu tudo certo...amei o ultimo capítulo parabéns!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 24/11/2013 - 23:39:16

    Amando essa historia *----* quero mais posts, tadinho do Alfonso não é atoa que ele nao confia em nenhuma mulher com uma mãe dessas =/

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:32

    continua por favor!

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:15

    tudo tudo maravilhoso!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 21/11/2013 - 23:37:07

    quero mais posts agora que a web tah esquentandoo *----*

  • franmarmentini Postado em 19/11/2013 - 00:30:49

    esses vão pegar fogo no iate kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....pq a casa que tão va explodir ahaahahahahahah

  • franmarmentini Postado em 17/11/2013 - 08:54:24

    nossa...

  • anarbdfa Postado em 16/11/2013 - 21:21:50

    Posta mais!

  • franmarmentini Postado em 13/11/2013 - 09:39:35

    posta maissssssssssssss


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