Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 18 PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 18

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O iate Helsinger era o chamado super-iate oceânico. Tinha 65m de comprimento, casco de alumínio, dois motores, sistemas de navegação computadorizados e uma velocidade de uns 130 km/h. Acomodava 12 convidados e 14 membros da tripulação. Possuía seis cabines de luxo para convidados, assim como um grande salão e um cinema, com sofás enfileirados e som surround. O convés de madeira juntava as áreas de refeições informais e de entretenimento, além de uma piscina, uma área de ginásticas jogos, um heliporto — com helicóptero — e uma lancha de 12 m, que podia ser usada como barco de pesca.
O anfitrião deles deu as informações assim que Alfonso e Anahi subiram à bordo do Rosalie.
Chuck provou que era maior pessoalmente. Mas, agüentava bem a sua idade, como às vezes os homens grandes conseguem. Sua esposa não parecia nem um dia mais velha do que 30 anos. Claramente, tinha ótimos cirurgiões plásticos.
Na verdade, Alfonso não se importou quando Chuck levou-o para um passeio, exibindo seu orgulho e alegria, deixando Anahi aos cuidados da Sra. Helsinger, para conhecer a sua cabine, mostrando que conseguia falar.
Sinceramente, algum tempo afastado de Anahi era exatamente o que o médico recomendava. Alfonso ainda não recuperara completamente o seu equilíbrio do interlúdio na limusine. Ele nunca tinha sido tão afoito assim, ao ponto de esquecer a camisinha. Além daquilo, a pronta concordância de Anahi com a separação deles na terça-feira não caiu bem. O que era terrível. Nem como ela estava agindo, de repente. Como se estivesse distante.
Certo, tinha bebido toda a taça de champanhe antes deles chegarem ao porto Darling. Mas, aquilo não seria o bastante para deixar seu rosto brilhando tanto.
Ela nunca parecera mais bonita, mais desejável.
Sim, devia aproveitar cada oportunidade de ficar longe dela durante os próximos dois dias. Ou pelo menos, garantir a presença de um dos Helsinger por perto quando estivessem juntos. Não haveria descanso depois do almoço na cabine deles. Ou assistir filmes sozinhos naquele incrível home theatre. Alfonso jurou ficar no convés o máximo possível, diante de toda a tripulação.
— Você precisa ver a sala de comando — insistiu Chuck, depois de mostrar à Alfonso a piscina, o bar e a imensa sala de ginástica.
A sala de comando era surpreendente, parecendo uma espaço-nave. Logo, Alfonso se distraiu conversando com o comandante, que mostrou os aparelhos eletrônicos.
— Então, você concorda que é um ótimo barco, Alfonso? — perguntou Chuck, depois que deixaram a sala de comando.
— Você é um homem de sorte.
A risada de Chuck era tão grande quanto ele.
— Pelo que vi, você é o homem de sorte. Aquela sua esposa. Uau. É uma boneca viva.
— Anahi é uma ótima garota.
— Como a conheceu?
Alfonso olhou direto nos olhos aguçados de Chuck, antes de decidir que não mentiria. Mesmo querendo os bilhões da sociedade com a Comproware, não poderia agüentar a decepção. Ou o fingimento.
— Na verdade, Chuck, Anahi tem uma agência de apresentação, chamada Wives Wanted — respondeu. — Quando soube que você não consideraria fazer sociedade com qualquer homem que não fosse casado, decidi procurar depressa uma esposa. Então, liguei para a Wives Wanted.
Chuck parecia completamente chocado.
— Quer dizer que se preparou, só para conseguir a sociedade comigo?
— Na ocasião, pareceu uma boa idéia.
— E?
— Anahi se recusou a procurar uma esposa para mim, com base apenas em um acordo comercial.
Chuck parecia um pouco confuso, o que confirmava o que Anahi dissera. Alfonso não tinha sido investigado.
— Entendo — disse o seu anfitrião. — Mais ou menos. Então, o que aconteceu? Não! — Chuck ergueu a mão, interrompendo-o, os olhos brilhando. — Não precisa me dizer. Posso adivinhar. Vocês se olharam e se apaixonaram loucamente.
Alfonso abriu a boca para negar, depois, fechou-a. Estava claro que Chuck não queria ouvir a verdade, queria ouvir romance. O homem era um romântico incurável!
— Como adivinhou? — perguntou Alfonso.
— O mesmo aconteceu comigo e Rosalie. Um olhar e pronto! Ela estava digirindo esse carro — um brilhante conversível vermelho — e ficamos perto um do outro como um conjunto de luzes. Os olhos dela iluminaram o meu caminho e foi amor. Amor à primeira vista. Tinha aquela garota na cama antes da tarde terminar. Três dias depois, emergimos e fomos para Vegas.
— Você não se preocupou que podia não durar?
— Não. Eu sabia que era verdadeiro, como você soube. Eu já tinha me casado e divorciado duas vezes. Duas garotas com sinais de dólar em seus olhos, que não se casaram comigo por amor. Na hora, eu soube que as coisas entre eu e Rosalie seriam diferente. Não era apenas sexo. Foi como me senti com ela. Que éramos almas gêmeas. Nunca conversei tanto com uma mulher em minha vida. Também, nunca me senti tão feliz. Não, nenhum de nós teve dúvidas, apesar da nossa diferença de idade. E aqui estamos, 16 anos depois, felizes como porcos na lama, com dois filhos lindos e um estilo de vida maravilhoso.
— Parece que você tem tudo — falou Alfonso.
— Você não precisa me invejar, garoto. Você joga bem as suas cartas e também terá tudo.
— Se jogar bem significa tentar enganar os seus altos padrões morais de vida, Chuck, você pegou o homem errado.
Chuck lançou a cabeça para trás e gargalhou.
— Eu terei que contar isto a Rosalie. Ela vai morrer de rir. Sempre disse que um dia eu encontraria o meu par na área comercial.
Acho que hoje é o dia. Mas não se preocupe, Alfonso. Se alguém vai enganar aqui, sou eu. Soube que este seu novo programa de firewall vai revolucionar a comunidade da web. E tornar alguém muito rico também. Meus advogados já estão trabalhando num acordo, que dará a nós dois o melhor de tal mundo.
— Não vejo a hora dos meus advogados verem esse acordo — disse Alfonso, fingindo frieza.
Mas não podia esperar para contar a Anahi.
— Imagino que você gostaria de contar à sua pequena dama as boas novas — disse Chuck, fazendo Alfonso pensar que ele lia mentes.
— Sim, ela vai gostar. —Muito.
Agora, ela não precisaria esperar muito pelo segundo milhão. O que não era um pensamento muito agradável.
Seria Anahi quem terminaria, depois de conseguir tudo. Uma permanência sexual com ele e um bom pote de dinheiro, tornando-a ainda mais desejável, para pegar um homem que desse o que ela queria. Casamento e filhos.
O maxilar de Alfonso se projetou quando pensou nela casando com outro homem. Sorridente, ficando grávida. Feliz.
E, enquanto isso, onde ele estaria? Sozinho, como ela dissera que acabaria.
Não era melhor ser sozinho? Quem vive só não fere ninguém, nem destrói vidas.
— Acho que está na hora de nos juntarmos às garotas para o almoço — disse Chuck. — Será servido no convés superior, onde podemos ver tudo. O plano é fazer uma volta pelo seu maravilhoso porto durante o almoço. Depois, iremos para a costa, Pittwater. Ouvi dizer que são as praias mais lindas de Sydney. Acredito que você já tenha visto a costa de Sydney, então, enquanto Rosalie e eu bancamos os típicos turistas, vocês dois, recém-casados, podem gostar de deitar um pouco. — Piscou para Alfonso.
Quando Chuck andou para as escadas que levavam ao outro convés, Alfonso balançou a cabeça. Inferno, todos conspiravam contra ele? Deitar um pouco com Anahi podia ser uma necessidade, visto que ele precisaria sentar ao lado dela durante o que provavelmente seria um longo almoço, vendo o tamanho de Chuck.
Depois do rápido desaparecimento de seu anfitrião, após o almoço, Alfonso resolveu não lutar contra a situação. Estaria aqui com Anahi pelos próximos dois dias, podia muito bem aproveitar, como ela dissera.
— Então, o que pensa agora dos Helsinger? — perguntou Alfonso, enquanto rolava e pegava o controle remoto da enorme televisão de tela de plasma, diante da cama.
Era a primeira conversa que tinham, desde a chegada à cabine, após o almoço. Falar não fora uma prioridade para Alfonso e, como sempre, Anahi estivera com ele naquilo.
Quando ele virou de volta, ela encostou nele, passando os dedos levemente pelos cabelos cacheados que cobriam o seu peito.
— Gostei muito deles. É impossível não gostar,`ou deste barco. Olhe o tamanho e luxo desta cabine.
Alfonso concordava. As paredes eram cobertas de painéis de madeira, de cor quente, um espesso tapete dourado no chão. A cama era simplesmente enorme e, ainda que a colcha de brocado verde estivesse no chão, Alfonso admitia que não se sentiria diferente num palácio. Até no banheiro da suíte, todo em mármore preto com metais e acessórios dourados.
Os móveis pareciam peças antigas legítimas, mas podiam ser reproduções. Apenas a iluminação era moderna, oculta, para dar a ilusão de amplidão. O closet era imenso, e as roupas deles já estavam penduradas quando desceram do almoço, deixando Alfonso satisfeito por ter ido às compras com Reece.
— Eu também gosto deles. — concordou ele, passando, curioso, pelos canais de satélite, antes de desligar novamente a televisão. Tinha coisas melhores para fazer do que assistir TV. — Você impressionou muito o Chuck — ele deitou de costas, se espojando, sentindo as mãos de Anahi nele.
— Isso é bom — murmurou ela.
— Claramente, ele disse que a sociedade é minha. Anahi levantou a cabeça.
— Disse! Por que você não me contou antes?
— Não podia. A minha língua estava ocupada. Ela riu, deitando sobre ele.
— Estava. Você sabe que é muito bom nisso. Nem todos os homens são, sabia?
— Obrigado por me lembrar que não sou o seu primeiro.
— Não me diga que está com ciúmes.
— Seria uma surpresa?
— Completa.
— Então, prepare-se, pois eu estou com muito ciúme — murmurou, virando-a, e ficando sobre ela. — De cada homem com quem você esteve.
— Não faça parecer que foi uma legião. Não tive tantos assim, diferente de você, Alfonso Stone.
— É, mas nunca tive uma mulher como você.
— É um cumprimento?
— É uma tremenda complicação.
— Por quê?
— Porque não quero deixá-la ir embora.
Pronto! Falara. Agora ela podia fazer o que quisesse. Ela olhou-o, os olhos assombrados.
— Você quer mesmo dizer isso?
— Infelizmente.
— Infelizmente por quê?
— Porque não sou bom para você, que quer um casamento normal, com filhos. Não sou adequado e, com certeza, nunca quis ser pai.
— Por quê, Alfonso? Você é maravilhoso para aqueles meninos que ajuda. Tem muito amor para dar.
— Eu dou ajuda a eles, não amor\ Dinheiro, oportunidade.
— Então, por quê? A sua horrível infância, imagino. Você não quer que outros meninos passem pelo que você passou, é isso?
— Algo assim.
— O que aconteceu com você, Alfonso?
— Já disse. Não gosto de falar disso.
— Por que não? Poderia fazer bem.
Pela primeira vez na vida, Alfonso ficou tentado. Respirou fundo, mas depois, balançou a cabeça. Não podia contar. Não queria ver pena em seus olhos.
— Do que tem medo, Alfonso? — insistiu ela. — Prometo não contar à ninguém.
— Acredite, você não quer saber.
Ele imaginava como Anahi reagiria. Ela tivera uma infância normal, não tinha idéia de como era viver como ele vivera quando criança. Certo, talvez ela tivesse alguns problemas financeiros. Mas, pelo menos, tivera um pai. E uma mãe que fora mãe. E eles pareciam simpáticos.
— Alfonso, acho que é importante você falar sobre o que aconteceu — ela prosseguiu, determinada. — Está guardado há muito tempo. Se estiver preocupado por eu ficar chocada, não se preocupe. Já vi e li muito sobre coisas não muito boas na vida.
Ele riu forçado, deitando perto dela. Talvez conseguisse, se não olhasse nos olhos dela. Talvez não.
— Eu nem saberia por onde começar — murmurou.
— Vamos começar quando você nasceu. Conte-me sobre a sua mãe e seu pai. Quem eram eles? Como se conheceram? Onde estão agora?
Secamente, ele perguntou:
— Você não ficará calada enquanto eu não contar tudo, não é?
— Não.
Alfonso teria ficado irritadíssimo se fosse qualquer outra mulher, apertando-o assim. Por que não estava?
Porque você quer contar para ela, disse aquela voz interior que ele tentava ignorar, que não se calava mais. Quer que ela saiba o que o endurece, que o entenda.
— Não diga que não avisei. Quer saber sobre os meus pais. Certo. Não posso dizer muito sobre meu pai. Nunca o conheci, nem soube o seu nome. A minha certidão de nascimento diz pai desconhecido. Acho que era um marinheiro americano, aqui em Sydney, ou algo assim.
— Então, a sua mãe teve um romance com um soldado e você foi o resultado. Isso não é tão terrível, Alfonso.
— Olha, eu não estou brincando. Minha mãe era um traste — falou ele, brusco. — Desde os 15 anos. Os pais dela a puseram fora de casa naquela ocasião. Minha mãe costumava pegar todos os tipos de homens quando precisava de dinheiro para drogas. Obviamente, naquela noite, estava alta demais para pensar em proteção e foi assim que eu vim.
— Oh, entendo.
Alfonso leu um pouco mais naquelas palavras, ditas suavemente. Sabia que ficara desgostosa.
— Eu disse que não seria uma história bonita — retorquiu ele.
— Não é uma história incomum, Alfonso. Mesmo assim, triste. Para você e sua mãe, pobrezinha.
— Pobrezinha! — Ele sentou abruptamente, olhando para esta mulher que se atrevia a ter simpatia pela sua mãe.
— Eu fui o pobre. Eu e meu pobre irmãozinho!
— Irmão? — Ela também sentou, afastando os cabelos do rosto. — Em sua entrevista, você disse que não tinha irmãos ou irmãs.
— Tony era meu meio irmão, sabe Deus quem era o pai dele. Minha mãe admitiu não saber. Imagino que só nos teve porque éramos bons para angariar dinheiro. A Previdência Social paga às mães solteiras por cada filho. — O rosto dele mostrava os sentimentos dolorosos de sempre, ao falar de sua mãe. — Ela era uma mãe inútil. Quase todo o seu dinheiro ia para as drogas. Nunca sobrava muito para comida ou roupas. E pior, para remédios para o Tony, que sempre foi uma criança doente, desde o início.
E lá estavam elas de novo, as lembranças de sua infância, trazendo os demônios negros que tinham assombrado seus sonhos por anos e que só iam embora quando ele estava trabalhando, ou fazendo sexo.
Alfonso tivera essas duas válvulas de escape por anos. Trabalho e sexo.
Mas desta vez, não havia escapatória.
Fora um erro mostrar a sua alma. Um grande erro.
Virou-se, pondo os pés fora da cama, os sentimentos tumultuados dentro dele. Lágrimas chegaram aos seus olhos, mas, ele se recusava a chorar. Chorar era para bebês. E mulheres.
— Você não tem idéia de como é — falou. — Já foi para a cama, à noite, com fome? Ou para a escola sem lanche, usando roupas velhas, doadas, que eram pequenas demais? Ou viu o seu irmãozinho definhar diante dos seus olhos?
As mãos gentis dela em seus ombros quase o libertaram completamente.
— Não — respondeu Anahi, suavemente. — Eu não. Mas posso imaginar quão infeliz você deve ter sido. Você, seu irmão e sua mãe. Tente ter alguma pena dela, Alfonso. Tente perdoar.
— Nunca poderei perdoá-la — ele negou com a, cabeça. — Ela dizia como nos amava, o tempo todo. Nos abraçava e beijava, mas nunca cuidou de nós. Suas ações falavam mais do que palavras.
— Ela era doente — insistiu Anahi. — Não tinha apoio, ou alguém forte como você, Alfonso.
— Não arranje desculpas. Ela fez suas escolhas, e Tony e eu sofremos as conseqüências.
Anahi podia entender a amargura dele. Mesmo assim, as crianças julgam duramente seus pais. Resolveu não ser tão crítica com seus pais no futuro. Afinal, eles tinham sido ótimos pais. Calorosos, amorosos e cuidadosos.
— O que aconteceu com ela? — perguntou ela gentilmente. Ele riu. Parecendo frio, vazio.
— Morreu de overdose, claro. Eu tinha 9 anos e o pobrezinho do Tony, seis.
— O que aconteceu com vocês depois? Os pais de sua mãe assumiram vocês?
— Você deve estar brincando. As autoridades entraram em contato com eles, e eles disseram que a filha viciada deles e seus infectos rebentos estavam mortos para eles. Então, fomos adotados. Em lares diferentes. Eu não me ajustei a qualquer das minhas famílias adotivas, então, terminei numa instituição do estado.
— Um orfanato?
—É.
— Ah, Alfonso...
Deus, ele não agüentava mais a pena dela. Ergueu a cabeça, esticando as costas e os ombros.
— Não foi tão ruim — mentiu. — Tinha aquele velho lá. Um servente. Ele mexia bem em computadores e viu quanto eu gostava deles. De qualquer forma, uma vez, no Natal, ele me deu um velho dele. Fred, era o seu nome. Tio Fred. Nunca o esqueci.
Aquela parte era verdade. Anos atrás, voltara para recompensar a gentileza do homem, descobrindo que Fred morrera alguns meses antes.
— Foi assim que começou nos computadores.
— Foi. Mergulhei em programação como um pato na água e nunca olhei para trás. Não peguei meu certificado de segundo grau. Me recusei a fazer os exames. Eu era um mendigo rebelde. Mas, a longo prazo, não importou. Eu me fiz sozinho.
— Isto você fez — falou ela, de uma maneira que o fez sentir-se orgulhoso. — O que aconteceu com seu irmão, Alfonso?
Alfonso riu forçado. Mulheres! Elas têm que saber todos os detalhes, não é?
— Ele morreu. Aos 8 anos. Meningite. Seus pais adotivos não perceberam os sintomas até ser tarde demais. Pensavam que era gripe. A pobre criança nunca teve uma chance.
— Isso é terrivelmente triste, Alfonso. Eu sinto muito.
— Agora você entende porque não quero ser responsável pela vida de uma criança. Eu nunca agüentaria ser um pai ruim.
— Você não seria. Seria um pai excepcional, exatamente por isso. Você se preocuparia mais do que a maioria dos homens.
— Eu?
— Sim, você.
Os braços dela, apertados em volta dele, produziram uma emoção incrível nele. Se a crença dela nele fosse verdadeira. Se ele pudesse confiar nele mesmo.
— Você teria um bebê com um homem como eu, Anahi? — Ele se ouviu perguntando, a voz cética. — Realmente, teria?
Os lábios dela, que estavam plantados em suas costas, dando leves beijos curtos, ficaram imóveis.
Alfonso podia imaginar o que passava pela cabeça dela.
— Eu poderia. Certo.
Ele se virou, olhando-a nos olhos.
— Você está apenas dizendo isto.
— Não estou. Você quer que eu tenha o seu bebê, Alfonso? O estômago dele embrulhou.
— Deus do céu, não. Quero é que você fique comigo depois que sairmos deste iate, que venha morar comigo, não como minha esposa. Como minha mulher.
Os olhos dela buscaram os dele.
— Por quanto tempo?
— Por quanto tempo você quiser. Ela franziu o rosto.
— Não posso prometer ficar para sempre, Alfonso.
Alfonso sabia exatamente o que ela queria dizer. Um dia, iria querer mais do que ele estava disposto a dar.
No entanto, tal dia não era hoje, pensou, empurrando-a de volta para a cama.
— Quanto tempo ainda temos antes de nos arrumarmos para os drinques? — perguntou ele bruscamente, enquanto passava as pernas dela em volta dele e entrava nela.
— Cerca de uma hora — respondeu ela, gemendo suavemente, quando ele iniciou um ritmo forte.
Uma hora. Um dia. Uma vida.
Nunca seria tempo suficiente, Alfonso percebeu, em ondas alternadas de êxtase e desespero. Nunca!


 



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Autor(a): ayaremember

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— Está bom, querido? — perguntou Anahi, enquanto desfilava diante de Alfonso, no brilhante vestido azul de festa.Os olhos escuros de Alfonso brilharam.— Não — grunhiu. — Sexy demais. Imagina quantos bilionários estarão na festa? Chuck disse que está trazendo de avião seus amigos do mundo todo. Claro que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:33

    *-*

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:22

    que bom que deu tudo certo...amei o ultimo capítulo parabéns!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 24/11/2013 - 23:39:16

    Amando essa historia *----* quero mais posts, tadinho do Alfonso não é atoa que ele nao confia em nenhuma mulher com uma mãe dessas =/

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:32

    continua por favor!

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:15

    tudo tudo maravilhoso!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 21/11/2013 - 23:37:07

    quero mais posts agora que a web tah esquentandoo *----*

  • franmarmentini Postado em 19/11/2013 - 00:30:49

    esses vão pegar fogo no iate kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....pq a casa que tão va explodir ahaahahahahahah

  • franmarmentini Postado em 17/11/2013 - 08:54:24

    nossa...

  • anarbdfa Postado em 16/11/2013 - 21:21:50

    Posta mais!

  • franmarmentini Postado em 13/11/2013 - 09:39:35

    posta maissssssssssssss


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