Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 5 PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 5

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Havia uma estranha sinceridade em sua voz e seu rosto. Não parecia querer ofendê-la, mesmo tendo feito aquilo.
Anahi podia fazer duas coisas. Ficar ofendida ou aceitar seu conselho. Na verdade, ainda queria casar, ter uma família.
Era deprimente pensar que poderia nunca ter um filho. Era culpa sua estar, há tempos, sem sorte com o sexo oposto e talvez precisasse de um homem como Alfonso para fazê-la enfrentar suas fraquezas. E fazê-la tentar mudar.
Não poderia fazer o papel de recém-casada devotada se vestindo e agindo como agora. Por que não aproveitar a oportunidade e tentar ser uma mulher diferente, mais suave, sensual, menos agressiva?
Ela suspirou.
— Sei que adquiri alguns maus hábitos. Não costumava ser tão dura e cínica, mas, quando descobri que Brandon não apenas tinha uma esposa mas também dois filhos, fiquei perdida.
— Como ele conseguiu? Quero dizer, esconder esposa e dois filhos por... quanto tempo foi?
— Quatro anos.
— Droga. É muito tempo. Você não suspeitou de nada?
— Devia, mas não suspeitei. O trabalho dele dava a desculpa perfeita para sumir e quando não podia me dizer aonde ia ou porque eu não podia contatá-lo. Era um espião.
— Um espião! Deus, Anahi, você se apaixonou por alguém que contou aquela piada velha?
— Ele era... é... espião — falou ela, firmemente. — Trabalha para a ASIO, a Organização Australiana de Inteligência de Segurança, na unidade anti-terrorista. Tenho certeza disso, Alfonso. Na ocasião, eu mesma trabalhava numa posição no governo.
— Que era?
— Eu era assistente pessoal de um dos ministros, no gabinete do Primeiro Ministro. Tirei seis meses de licença depois do fiasco com Brandon. Nunca mais voltei. Então, abri a Wives Wanted.
— Por quê?
— Por quê?
— É. Sem mentiras.
— Acho que havia muitas razões. Depois de algumas semanas de licença comecei a procurar agências de apresentação na Internet. Afinal, só tinha 30 anos e estava terrivelmente só. Mas, depois de algumas experiências de mensagens horríveis, de homens que queriam apenas entrar em minhas calças, resolvi iniciar a minha própria agência, uma que preenchesse minhas próprias exigências quanto a um marido. Logo descobri que havia muitas outras mulheres como eu, e muitos homens também, que tinham se queimado, mas ainda queriam esposas e filhos.
— Admita que a faz parecer uma benfeitora para si mesma. Iniciou a Wives Wanted para encontrar um marido para você.
— Acho que sim. Infelizmente, não funcionou assim, mas, ainda me sinto bem vendo mulheres conseguir o que querem, no que se refere a homens. Creio que foi uma espécie de vingança que se transformou em terapia.
— É, posso entender.
— E quanto a você? — perguntou ela, cansada de falar dela, indo para um terreno doloroso.
— O que sobre mim?
— O que o tornou tão descrente do amor e casamento?
— Não sou descrente do amor e casamento. Desejo boa sorte àqueles que encontram a felicidade. Apenas, não é para mim.
— Por quê? Não minta, diga a verdade. O rosto dele enrijeceu.
— Existem algumas verdades que são melhores não ditas — murmurou ele, voltando à comida.
Anahi olhou-o fixamente, perdendo o apetite.
— É assim? Não vai me dizer?
Ele ficou mudo até terminar sua comida, quando, pousando o garfo, falou:
— Não.
— Bem, muito obrigada.
— Você não precisa saber todos os acontecimentos da minha vida. Não é como se fôssemos casar de verdade.
— Eu contei.
— Mulheres gostam de falar sobre elas, homens não. A frustração de Anahi foi ao máximo. Não agüentava homens que faziam aquilo com ela, lembrando-a muito de Brandon, que fora rasteiro, manipulador, o maior bastardo do mundo, querendo saber cada detalhe de sua vida e depois não contando nada sobre a dele.
Se um dia se casasse, seria com um homem que nada ocultaria dela, que lhe contaria o que havia em sua cabeça, em seu coração. Confiaria a ela seus segredos, sua alma. Nunca a faria de tola, pois o amor não é cruel. É gentil, terno, sensível.
Anahi olhou o homem à sua frente e percebeu que ele era incapaz de ser gentil, terno e sensível. A sinceridade que ele clamava, nada mais era do que uma rudeza doentia. Desrespeitava e não gostava das mulheres, por algum motivo que não pretendia contar à ela.
Fizera um acordo com o diabo concordando com esse casamento, mas não voltaria atrás.
Mesmo assim, não tinha que fazer o que não queria.
— Sei bem que homens não gostam de falar — falou friamente. — O que é uma pena. Poderia fazer algum bem a eles. Por outro lado, mulheres não gostam de ser feitas de tolas, assim, não vou comprar o anel de noivado com você hoje à noite. Sei que terei que fingir devoção diante do Sr. Helsinger. Entretanto, não fingirei diante de uma vendedora. Minha avó deixou todas as suas jóias para mim. Usarei o anel de noivado dela. E a aliança dela, quando chegar a hora. É pegar ou largar.
Novamente, ele apenas deu de ombros, com irritante indiferença.
— Tudo bem, desde que sejam anéis bonitos, não baratos. Um homem na minha posição não compraria anéis baratos para sua esposa.
— São anéis lindos.
— Ótimo. Me poupa tempo e trabalho. Mas não volto atrás quanto às roupas. Mesmo assim, podemos esperar um pouco. A licença de casamento é que não pode esperar. Você disse que demora um mês. Onde se consegue?
— No cartório de registros, na cidade. Você precisará levar a sua certidão de nascimento. Imagino que tenha uma cópia.
— Não.
— Terá que conseguir uma. Se for pessoalmente ao Departamento de Nascimentos, Óbitos e Casamentos, pode pegar uma no balcão. Também é na cidade.
— Bom. Podemos fazer tudo amanhã, logo cedo. Pegarei você, às nove.
— Você devia perguntar se estou ocupada amanhã de manhã.
— Está?
— Tenho hora no cabeleireiro, onde vou todas as sextas-feiras de manhã. — Era uma indulgência, a coisa mais relaxante que fazia a cada semana. Anahi gostava especialmente da massagem na cabeça após o xampu.
Os olhos dele foram para os cabelos dela.
— Nesse caso, sugiro que mude para um salão um pouco melhor antes de dezembro.
Anahi lançou um olhar fulminante.
— E eu sugiro que você encontre outro alguém para se casar. Ele pareceu assombrado, mesmo sabendo que não tivera qualquer tato.
— Você gosta de como seu cabelo está?
— Eu arrumei meu cabelo assim hoje.
— Então, de propósito, você fica menos atraente possível sempre que tem uma entrevista com um cliente masculino.
Talvez. Quando deprimida, tendia a tornar-se autodestrutiva. E fazia meses que sentia-se deprimida com sua vida pessoal.
— A que horas você termina de arrumar seus cabelos? — perguntou ele.
— Por volta do meio-dia.
— Eu a pegarei em sua casa às 13h30.
— Ótimo. Estarei pronta.
— Bem, então por hoje é só — falou ele, pedindo a conta. Anahi notou que ele deixara uma gorjeta grande. Brandon deixava uma gorjeta boa. Também fora um homem bom. Ela percebeu que havia muitas semelhanças entre os dois homens. Desconfortáveis demais.
Quando ele parou diante de sua casa, ela se recusou a deixá-lo sair do carro e levá-la até a porta. Não queria ficar tentada a convidá-lo a entrar, detestando já sentir-se excitada pelo dia seguinte. Não gostava dele, mas estava atraída. Ficara quase sem fôlego só de sentar no carro ao seu lado por menos de três minutos.
Sentiu o seu olhar enquanto destrancava a porta. Ele dissera que não iria embora antes dela estar lá dentro, em segurança.
Aquilo também lembrava Brandon, querendo que ela se sentisse protegida. Seria pelo seu tamanho e força? De qualquer modo, perto de Alfonso Stone, sentia-se um pouco insegura e muito feminina, o que era tão irritante quanto sedutor.
Anahi detestava a fragilidade daquele sentimento, que lembrava a sua frustração.
Ao mesmo tempo, suspeitava que, às 13h30 de amanhã, abriria esta porta diferente de como estava agora. Queria ter o prazer de ver aqueles olhos ríspidos arregalados de surpresa.
Não, não mudaria nada. Alfonso não gostaria dela. E ela não gostaria dele.
Mas atração sexual nem sempre tem a ver com gostar. Nem com bom senso. Era algo primitivo e poderoso, que não ouvia a lógica; apenas instintos básicos, que reduziam uma mulher a pouco mais do que um navio vazio, pedindo para ser preenchido.
E naquela noite, Anahi ansiou por ser preenchida por Alfonso Stone.
No entanto, a sua frustração física serviu apenas para fazê-la mudar de idéia sobre a manhã seguinte. Não usaria cinza, mas não se enfeitaria para esse homem. Seu orgulho não permitia, apesar do seu ego — e corpo ansioso — querer.
Alfonso podia chegar a conclusões erradas, pensar que ela era uma mulher fatal, querendo que se apaixonasse por ela e permanecesse casado.
Se pensasse assim, sairia correndo.
E, no momento, era ridículo arriscar-se a perder dois milhões de dólares. Se tivesse alguma chance de seduzir o homem, podia valer a pena, porém, Alfonso fora bem claro quanto à cláusula de “sem sexo" no contrato deles.
O que a lembrava. Talvez devesse fazê-lo assinar um contrato. Afinal, que garantias tinha de que ele daria os dois milhões? Como não pensava em casar novamente, um homem como ele não se importaria com divórcio. Poderia simplesmente se afastar dela quando conseguisse a sociedade, deixando-a sem nada.
Por outro lado, não iria querer uma briga desagradável. Má publicidade. Chuck Helsinger não ficaria bem impressionado.
Sim, falaria do assunto e continuaria a lidar com Alfonso de maneira prática. Não com aquela coisa feminina, tola e suave.
Se apenas pudesse dormir...
Anahi só adormeceu bem depois das duas horas da manhã e sonhou com um homem sem rosto, ao qual ela dera permissão de usar seu corpo, da maneira mais vergonhosa, tomando-a repetidamente, fazendo-a gritar. O sonho pareceu durar horas, quando, totalmente gasta, o viu se afastar, sem uma palavra.
Apenas no último momento, quando olhou-a pelo ombro, ela viu os olhos. Escuros, duros.
— Alfonso — chamou, no sonho.
Ele continuou andando.



CAPITULO CINCO


No dia seguinte, enquanto ia para a casa de Anahi, Alfonso sorria ironicamente.
A resposta de Richard, quando ele ligara para contar ao amigo quem ele garantira como esposa, ainda o divertia.
— Você está brincando comigo! — exclamara Richard. — Natalie Portilla! A própria Senhora Durona?
Uma descrição muito engraçada, mas bastante adequada, segundo Alfonso.
A surpresa inicial de Richard mudou quando Alfonso explicou os termos lucrativos que ele oferecera à dona da Wives Wanted.
— Surpreendente o que algumas mulheres fazem por dinheiro — dissera Richard, cinicamente, ecoando a opinião de Alfonso.
Ainda assim, não havia dúvida que ela impressionaria o velho Helsinger, usando algumas roupas decentes. Anahi não podia ter se vestido sempre como ontem. Tivera um amante por quatro anos. Sujeitos casados têm uma amante bem feminina, sexy e sensual.
Alfonso mal podia esperar para descobrir a feminilidade de Natalie. Percebera, mais do que devia, o top esticado sob aquele horrível casaco cinza. E era alta, devia ter belas pernas. Ao sentar no café, cruzando as pernas, notara seus tornozelos finos.
Uma pena aqueles sapatos, pensou. Sapatos pretos pesados, com saltos grossos, não ajudavam mulher alguma. Nem sombrios terninhos cinza.
Ele adoraria vê-la em jeans apertados, sem deixar nada à imaginação. Junto com um top sensual e saltos agulha, do tipo venha-para-a-cama.



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Autor(a): ayaremember

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A súbita excitação lembrou a Alfonso que este não era o pensamento certo àquele momento, e se censurou, encostando o carro na porta de Anahi.Era uma casa avarandada, igual às outras na rua. A diferença entre elas era a pintura.A de Anahi era pintada de cores tradicionais. Paredes creme com telhado e ferragens em verde escuro ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:33

    *-*

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:22

    que bom que deu tudo certo...amei o ultimo capítulo parabéns!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 24/11/2013 - 23:39:16

    Amando essa historia *----* quero mais posts, tadinho do Alfonso não é atoa que ele nao confia em nenhuma mulher com uma mãe dessas =/

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:32

    continua por favor!

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:15

    tudo tudo maravilhoso!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 21/11/2013 - 23:37:07

    quero mais posts agora que a web tah esquentandoo *----*

  • franmarmentini Postado em 19/11/2013 - 00:30:49

    esses vão pegar fogo no iate kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....pq a casa que tão va explodir ahaahahahahahah

  • franmarmentini Postado em 17/11/2013 - 08:54:24

    nossa...

  • anarbdfa Postado em 16/11/2013 - 21:21:50

    Posta mais!

  • franmarmentini Postado em 13/11/2013 - 09:39:35

    posta maissssssssssssss


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