Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 6 PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 6

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A súbita excitação lembrou a Alfonso que este não era o pensamento certo àquele momento, e se censurou, encostando o carro na porta de Anahi.
Era uma casa avarandada, igual às outras na rua. A diferença entre elas era a pintura.
A de Anahi era pintada de cores tradicionais. Paredes creme com telhado e ferragens em verde escuro e um toque de vinho aqui e ali. A porta da frente e a janela também eram cor de vinho, além da calha. A pequena varanda da frente tinha piso de azulejos terracota, em estilo antigo, com vasos esmaltados cheios de palmeiras em cada canto.
Alfonso ficou lá por uns cinco minutos antes de, finalmente, chegar à porta e tocar a campainha.
— Está atrasado — falou ela, abrindo a porta.
— Não acho cinco minutos um atraso — ele pensou que as melhorias na aparência dela eram mínimas.
Usava calças compridas pretas, de linho, com uma blusa solta creme, que parecia escolar. Seus cabelos também pareciam de uma garota de escola, presos na nuca com um laço preto.
Alfonso não tinha qualquer fetiche por garota de escola. Gostava que suas mulheres se parecessem com mulheres.
Apenas o rosto dela mereceu sua aprovação. Parecia ter cuidado um pouco, maquiando os olhos, que pareciam maiores e mais azuis, e seus lábios cheios pareciam...
Melhor não olhar. Lábios úmidos, com batom vermelho, faziam coisas estranhas com ele.
O perfume dela também era sedutor.
— Então, podemos ir?
— Só vou pegar a minha bolsa e casaco.
— Não precisa de casaco. Está fazendo 28 graus.
Ela olhou-o friamente, fazendo-o desejar ter trazido a sua jaqueta.
— Eu sempre o carrego. Em Sydney, nunca se sabe quando vai soprar um vento do Sul.
— Ótimo.
— Você é sempre tão impaciente? — resmungou ele, quando ela voltou, com a bolsa preta.
Não, Anahi queria confessar, com vergonha e desgosto, corando. Só quando fiquei sentada 15 minutos, indócil, pensando estar louca por sentir isso por um homem que nada queria de mim, exceto fingimento. Me odiando por sentir dor física quando deu 13h30 e você não chegou.
— Acho que estou um pouco nervosa. Não é todo dia que concordo em me casar com um homem que mal conheço.
— Não mudou de idéia, não é?
Anahi conteve um tremor, enquanto olhava para ele. Ontem, achara-o atraente, de jeans e jaqueta de couro. Hoje, achava-o devastador.
Teria o sonho da última noite aumentado a sua fome por ele? Ou era o jeans apertado e a camiseta, igualmente preta, que a fazia ansiar por tocar o seu magnífico corpo?
Hoje podia vê-lo todo, desde os ombros largos, os bíceps, o estômago liso e os quadris estreitos.
Anahi também fazia ginástica, três vezes por semana, e estava acostumada a ver belos corpos masculinos, porém, o de Alfonso era algo mais.
Ele fazia Brandon parecer um fracote, apesar dele ser bem torneado e bronzeado.
— Não — respondeu, afinal. — Ser amigo de Richard Crawford é uma referência excelente. Ele é um homem de boa reputação. Mas estive pensando que quero um acordo pré-nupcial, garantindo o que você me prometeu.
— É justo — disse ele, com um de seus agora familiares encolher de ombros.
— Você concorda?
— Claro. Não se brinca com dinheiro. Pedirei a Rich para consultar os advogados do banco. Eles podem fazer um acordo que estipule os meus termos.
Quando Alfonso falou em banco, ela lembrou.
— Deus, eu esqueci.
— Esqueceu o quê?
— Prometi aos meus pais fazer algo no banco deles hoje. Estão com alguns problemas de dinheiro — acrescentou ela, e se arrependeu. — Esqueci completamente.
— Onde é o banco deles? Posso levá-la até lá, quando terminarmos.
— Faria isso? Não é na cidade, é em Parramatta.
— Sem problema. O assunto da licença de casamento não vai demorar para sempre. Não se formos logo.
Anahi ficou aliviada por irem, até sentar ao lado dele. O espaço fechado, com a presença máscula de Alfonso, a fazia lamentar ter aceitado a carona até Parramatta.
O que estava acontecendo?
Pergunta tola. A resposta estava sentada bem ao seu lado, com todo o seu machismo perturbador.
Respirou fundo. O crime seria deixá-lo saber como a afetava.
Estava satisfeita por ter se vestido discretamente.
Porém, o destino — e a tarde de sexta-feira — deixaram-na; nervosa quanto à ida a Parramatta. Problemas de estacionamento e longas filas significaram que eram quatro horas da tarde quando conseguiram a certidão de nascimento de Alfonso e depois a licença de casamento.
— Agora é tarde demais para ir à Parramatta — disse ela, quando saíram do cartório.
— O problema de seus pais é urgente? Pode esperar até segunda-feira?
— Acho que terá — falou ela, não muito feliz por ter esquecido de sua promessa.
— Qual é exatamente o problema? — perguntou Alfonso, enquanto andavam para o estacionamento.
Anahi mordeu o lábio. Não queria que Alfonso soubesse porque estava se casando com ele. Contar uma história triste sobre ela fazendo disso uma causa nobre para justificar o casamento, seria lamentável. Muito cinematográfico.
Melhor que Alfonso continuasse pensando que queria o dinheiro para si própria. Não queria que ele sentisse pena dela. Pena era a última coisa que queria dele, pensou com malícia.
Ao mesmo tempo, precisava dar uma explicação plausível. Alfonso não era tolo.
— Meu pai está com a hipoteca atrasada. Se eles refinanciarem o empréstimo, com juros atuais — muito menor do que quando pegaram — devem ser capazes de administrar.
— Você parece saber o que está falando. E contadora?
— Sem diploma, mas tenho um da escola de comércio.
— Achei que você tinha dito que era secretária.
— Era assistente pessoal. Subitamente, Alfonso parou, segurando-a pelo braço.
— O banco de Rich refinancia empréstimos. Ele a ajudará, se eu pedir. Ele me deve um favor.
— Como é isso?
— Ele tem ações da Stoneware.
— Aaah.
— Agora você conhece o meu segredo — disse ele, com um sorriso irônico. — Não estou me casando com você para conseguir o dinheiro de Helsinger para mim. Tenho outros motivos, menos egoístas.
— Todos temos mais de um motivo para fazer o que fazemos — ela pensou em seus pais.
— Isso parece profundo. Então, quais são os seus outros motivos para casar comigo?
— Ah, não. Você não vai fazer isso comigo novamente.
— Fazer o quê?
— Fazer-me contar meus segredos, depois, não contar nada de você. Nós dois sabemos o principal motivo desse casamento. Dinheiro. É tudo o que precisa saber, Alfonso Stone.
Os olhos escuros dele brilharam para ela, suavizando o seu rosto, por um instante.
— É justo. Veja, o banco do Rich fica a uma quadra daqui. Vamos. Sendo como é, ele deve estar no escritório.
Anahi teve que andar rapidamente, olhando de relance para a força física de Alfonso.
— Não podemos simplesmente aparecer lá! — protestou, sem fôlego. — Além do mais, o banco dele não é mercantil? Eles não, tratariam de hipotecas — ela concluiu.
— Ele o fará para mim.
— Mas...
— Por Deus, mulher. Deixe-me ajudá-la. Ou deixar um homem ajudá-la vai contra o seu credo de mulher liberada?
Aquilo calou-a, pois não era uma mulher liberada.
— Assim é melhor — ele murmurou, fazendo-a entrar num prédio sólido, de pedras cinza, que parecia muito antigo.
Por dentro, entretanto, o saguão era espaçoso e elegante, exalando um tipo de atmosfera rica mas sóbria.
Passando pelos seguranças, Alfonso saudou-os com um "Oi", como se fosse um antigo amigo. Logo chegaram ao quinto andar, os sapatos de Anahi afundando no espesso tapete vermelho do amplo corredor, onde havia várias portas de madeira pesada. Ao final, à direita, havia uma com uma placa dourada, com o nome de Richard Crawford e CEO embaixo.
Quando Alfonso girou a maçaneta da porta, a agitação de Anahi aumentara. Seria embaraçoso e difícil. Como ela iria ocultar de Alfonso a situação financeira de seus pais se ele a acompanhasse no escritório do amigo?
O que ele faria.
A primeira porta aberta mostrou que estavam na sala da secretária de Richard Crawford.
— Olá, Pattie. — Alfonso saudou a morena de meia-idade, ocupada em cobrir o computador. — O chefe está?
— Onde mais? — respondeu ela, com um olhar seco. — Faz o favor, Alfonso, de levá-lo a algum lugar para um drinque? Tenho visitas à noite e preciso chegar em casa antes de escurecer.
— Faremos isso, meu bem.
Anahi revirou os olhos. Pelo menos, ele era consistente.
— Não vai nos apresentar? — perguntou a secretária, sorrindo na direção de Anahi.
— Desculpe, esqueci a minha educação. Anahi, esta é Pattie Woodward. Pattie, esta é Anahi Portilla. Minha noiva.
— Pensei em passar e contar as novidades ao Rich — Alfonso continuou, enquanto a secretária olhava fixo para Anahi.
Anahi imaginou se o choque de Pattie era por Alfonso dizer que ia se casar ou se pela mulher escolhida. Certamente, ela não era o tipo habitual.
— Bem! — afinal, exclamou Pattie. — Parabéns aos dois. E quando será o casamento?
— Assim que possível — respondeu Alfonso. — E não, não é um casamento sob a mira de uma arma. Só não podemos mais esperar para ser marido e mulher — ele acrescentou, deixando Anahi em choque quando passou os braços em volta de sua cintura, puxando-a com força contra ele. — Não é, querida? — perguntou, os dedos acariciando suas costelas, bem abaixo do seio direito.
Desta vez ela engoliu em seco, o coração disparado, enquanto seus mamilos enrijeciam, estranhamente excitados. Sem pensar, ergueu os olhos para os dele, os lábios se abrindo para dizer "sim", completamente sem fôlego.
Os olhos dele apertaram, antes de abaixar para os lábios entreabertos dela. O coração de Anahi quase parou.
Meu Deus! Ele ia beijá-la, bem ali. Na frente de Pattie.
E ela ia deixar.


 



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Autor(a): ayaremember

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— Aah!Alfonso girou, vendo Richard parado à porta de seu escritório, parecendo estranhar.Devia agradecer ao seu amigo por impedi-lo de beijar Anahi.Mas, inferno, ela estava tão bem em seus braços. Mais alguns segundos e ele teria descoberto o gosto dela, como beijava.Agora, nunca saberia.— Olá, Rich — disse ele, frustrado ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:33

    *-*

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:22

    que bom que deu tudo certo...amei o ultimo capítulo parabéns!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 24/11/2013 - 23:39:16

    Amando essa historia *----* quero mais posts, tadinho do Alfonso não é atoa que ele nao confia em nenhuma mulher com uma mãe dessas =/

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:32

    continua por favor!

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:15

    tudo tudo maravilhoso!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 21/11/2013 - 23:37:07

    quero mais posts agora que a web tah esquentandoo *----*

  • franmarmentini Postado em 19/11/2013 - 00:30:49

    esses vão pegar fogo no iate kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....pq a casa que tão va explodir ahaahahahahahah

  • franmarmentini Postado em 17/11/2013 - 08:54:24

    nossa...

  • anarbdfa Postado em 16/11/2013 - 21:21:50

    Posta mais!

  • franmarmentini Postado em 13/11/2013 - 09:39:35

    posta maissssssssssssss


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