Fanfics Brasil - CAPÍTULO - 8 PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada

Fanfic: PROCURANDO VOCÊ - AyA - Adaptada Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO - 8

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Saindo do carro, ele insistiu em acompanhá-la até a porta.
— O que vai dizer a seus pais? — perguntou, enquanto ela procurava as chaves.
— Nem imagino — murmurou, suspirando quando deixou-as cair. — Talvez diga que ganhei na loto — inclinou-se para pegá-las.
Alfonso pegou as chaves antes dela e seus rostos ficaram nivelados, os olhos escuros dele mergulhados nos dela.
— Devia contar a verdade.
— Você deve estar brincando. Minha mãe teria um ataque. Anahi não tinha certeza. Provavelmente, sua mãe chegara ao ponto de ficar feliz com o papel de mãe da noiva, em quaisquer circunstâncias. Estava sempre reclamando que sua filha só encontrava maridos ricos para outras garotas.
— Meu pai também não aceitaria.
— Tenho certeza que seus pais apoiariam, quando você explicasse a situação. Afinal, eles serão beneficiados.
— Há mais na vida do que dinheiro.
— Só quando você o tem — retorquiu ele, fazendo-a imaginar quais dificuldades ele enfrentara na vida. — Com seus pais por dentro de tudo — argumentou Alfonso — nosso casamento seria mais convincente. Teríamos fotos de família para mostrar a Helsinger.
Anahi franziu o rosto.
— Isso exigiria um vestido de noiva adequado.
— Você vai ter um.
— É?
— Claro. E um guarda-roupa de lua-de-mel.
Os olhos dele percorreram as calças pretas, até os sapatos pretos, depois voltaram, a expressão desgostosa.
— Você tem uma linda figura, Anahi. Por que a esconde?
— Não escondo.
— Claro que sim. E acho que sei o motivo. Tem medo.
— Medo de quê?
— Que algum homem a queira e a use novamente.
— Ooh! Um psicólogo, assim como especialista em moda e um gênio de computadores! — Ela debochou, sabendo que ele estava certo.
Ele a fitou, os olhos impenetráveis, duros, fazendo-a imaginar o que ele pensava. Talvez que era uma bruxa.
Mas queria que ele pensasse assim, não? Pois, neste momento, tinha medo dele, do que podia fazê-la sentir e querer, do que podia acontecer se ela abaixasse suas defesas e começasse a se arrumar, como fizera para Brandon.
— Pode me dar as chaves, por favor? — Pediu, educadamente. Após olhá-la mais um pouco, soltou as chaves em sua palma.
Depois, pegou uma longa mecha de cabelo, que se soltara. Ela tremeu quando ele passou a mecha por trás de sua orelha.
— Imagino o comprimento dele — falou ele, com voz rouca. — Alguma vez você os deixa soltos?
Os olhos deles se encontraram.
— Tenha um bom fim de semana — falou ele abruptamente, virando-se e indo para o portão da frente. — Eu a verei na segunda de manhã. — Ah, Anahi... — virou-se ao portão. — Comece a usar o anel de noivado de sua avó.
— Algo mais?
Olhando-a toda novamente, ele falou.
— Algumas roupas novas não fariam mal. Mas acho que posso esperar até levá-la às compras. Não confio em seu gosto. Agora, vá tratar de suas coisas de mulher. Eu tenho algumas coisas de homem para fazer. Nos vemos.
Anahi apertou as chaves. Que tipo de coisas de homem?
Ia fazer sexo. Provavelmente, passaria a noite toda assim — talvez todo o fim de semana — fazendo amor de todas as maneiras.
Quando conseguiu entrar, um ciúme sombrio e destrutivo tomara conta dela. A tentação de fazer algo para estragar os planos de Alfonso quase chegou ao ponto de contar a verdade aos seus pais.
Sua mãe ficaria curiosa e seu pai preocupado. Exigiriam conhecer o homem que pretendia casar com a filha deles, mas não permanecer casado. A questão do dinheiro, talvez pudesse acalmá-los um pouco, mas ainda iriam querer conhecer Alfonso, antes de sua preciosa filha entrar naquilo.
O que seria sensato. Havia muitos seres estranhos neste mundo. Ainda que Anahi não achasse que Alfonso era um deles — apenas um homem rude, ambicioso e incrivelmente sexy.
Mas desistiu. Um olhar em Alfonso faria sua mãe começar a imaginar que havia mais nesse casamento do que parecia, Ela conhecia o gosto de sua filha.
Ainda precisava ligar para a sua mãe nesta noite e dizer algo para explicar como logo teria meios de pagar a hipoteca deles.
Uma versão da verdade veio à sua mente, e podia funcionar.
Depois de preparar algo para comer, foi para a sala e pegou o telefone.



CAPÍTULO OITO


Alfonso estava na varanda, com os pés para cima, tomando uísque e olhando as luzes da cidade, quando seu celular tocou. Inclinou-se, tirando o celular do bolso.
— Alfonso Stone — falou, imaginando quem seria. Talvez um de seus programadores? Não numa sexta-feira à noite. Podia ser Richard, avisando-o para manter as mãos afastadas de sua futura esposa.
— Alfonso, é Anahi.
— Anahi! — ficou surpreso. — Estava pensando em você.
— Tenho certeza que estava. Onde está? Parece silencioso.
— Estou em casa.
— Ah, eu não precisava ligar para o celular. Não importa. Bem, fiz o que você queria. Contei a verdade aos meus pais. Você gostará de saber que somos esperados na casa deles amanhã, para um churrasco no almoço.
— O quê?
— Eu avisei que isso poderia acontecer. Meus pais se preocupam comigo. Querem vê-lo, garantir que não é um psicopata ou pervertido. O que até pode ser, pois não sei muito sobre você.
— Sou muitas coisas, mas não pervertido. Nem psicopata.
— Como posso saber? Só tenho a sua palavra. Alfonso deu um curto assobio.
— Não sou santo, mas nunca minto. Pergunte por aí. Descobrirá que Alfonso Stone é um homem de palavra.
— A quem devo perguntar? Além de Richard Crawford, que você admite ter ações de sua empresa e que se beneficiará se me casar com você para que consiga a sociedade. Isso poderia ser chamado de conflito de interesse.
— Se você se casar comigo? Pensei que tínhamos, um acordo.
— Aquilo foi antes de falar com meus pais. Agora, você terá que passar primeiro pelo crivo deles. Se passar, sou toda sua.
As palavras provocantes saíram sem pensar. Não devia ter ligado para atormentá-lo com o que teria acontecido se tivesse contado a verdade aos seus pais.
Felizmente, ele era incapaz de ver o calor de culpa em seu rosto, pois as palavras provocantes mostravam seus desejos secretos. Iria amar ser toda dele.
Preferiria que ele fosse todo dela. O seu boneco particular, para brincar, até que tudo o que ele a fazia sentir estivesse satisfeito.
Mas aquilo era coisa do mundo de fantasia. O mundo real não dava às mulheres aquele tipo de privilégio, já que elas sempre pagavam pelo seu prazer sexual com envolvimento emocional e, principalmente, dor pela alma destroçada.
Só os homens podiam tomar o que queriam e depois ir embora, sem mexer um fio de cabelo. Anahi não duvidava que Brandon não perdera o sono por ela. Simplesmente voltara para a esposa e, provavelmente, encontrara outra tola para ter um caso.
"O problema com você", Brandon dissera, quando ela pedira que fosse embora, "é que leva a vida muito a sério."
Lembrando-se daquelas palavras, Anahi percebeu que não era capaz de fazer jogos sexuais. Para ela, luxúria e amor geralmente se entrelaçavam. Sempre que ia para a cama com um homem, acabava se apaixonando por ele. Brandon não fora o seu primeiro desastre. Definitivamente, era o último.
— Antes que sua testosterona se manifeste — acrescentou ela — foi apenas uma expressão.
— Acho que minha testosterona está bem a salvo perto de você, Anahi.
Ah, aquilo doeu. Muito.
— Estou aliviada, Alfonso. Mas talvez deva ter cuidado ao escolher o meu novo guarda-roupa. É sabido que os homens são bem superficiais quando se trata de sexo. No passado, bastava o vislumbre de um tornozelo e eles espumavam pela boca. Ele riu.
— Eu preciso muito mais do que um vislumbre do seu tornozelo, meu bem. Não que eu espume pela boca. Tive mulheres completamente nuas à minha frente que não me afetaram em nada.
— Pobre Alfonso. Você tem algum problema nessa área? Ele riu novamente.
— Com certeza, neste momento. Mas pretendo corrigi-lo mais tarde, hoje à noite.
Ele ia sair e pegar alguma cabecinha de borboleta, Anahi pensou.
— Espero que use proteção.
— Docinho, sempre uso proteção.
— Você viu que me chamou de meu bem e docinho nos últimos trinta segundos? Pensei que estivéssemos acertados quanto à isso.
— Esse é o seu problema, Anahi. Pensa demais. Faria melhor se arrumando um pouco, saindo e indo se deitar com alguém.
— Como você vai fazer?
— Não pretendo sair hoje à noite.
— Mas, pensei...
— Viu só? Você pensa demais. Geralmente, errado.
— Você é um homem extremamente irritante.
— E você é uma mulher extremamente irritante. Ela suspirou, exasperada.
— Tenho coisas melhores a fazer e, antes disso continuar, preciso confessar uma coisa.
— Isso parece sinistro.
— O fato é que não contei, realmente, a verdade aos meus pais. Não há churrasco no almoço de amanhã na casa deles.
— Desculpe, não entendi.
— Eu queria mostrar como as coisas ficariam complicadas se começássemos a contar que vamos nos casar. Sei que você quer que o nosso casamento pareça real, mas eu gostaria de um divórcio discreto depois, sem precisar explicar nada à minha família. Você não?
— Não tenho família.
— Ninguém?
— Ninguém — respondeu ele, num tom que a impediu de fazer mais perguntas.
— E quanto aos seus amigos?
— Só tenho dois amigos próximos. Rich já sabe da situação e Reece logo saberá. Eu o convidarei e à Alanna para o nosso casamento.
— Por que motivo?
— As fotos. E os benefícios. Reece é um empresário conhecido e Alanna está grávida. Helsinger ficará impressionado por eu ter amigos com cérebros e sólidos valores familiares.
— Talvez, mas eu ficarei sem jeito. — Mesmo gostando de Reece e Alanna, não gostaria que soubessem que ia se casar com Alfonso por dinheiro.
— Você, sem jeito? — caçoou ele. — Nunca! Você é durona. Anahi fungou. Se ele soubesse.
— Não tanto quanto você.
— Verdade — concordou ele. — Então, o que disse aos seus velhos?
— O máximo de verdade possível. Contei sobre você e sobre a sociedade em potencial com o Sr. Helsinger e que estava disposto a me pagar um milhão de dólares se eu conseguisse encontrar uma esposa para você, em um dia, o que consegui, conforme contei a eles. Só não disse que era eu.
— Foi esperta.
— Esta sou eu. Tão esperta quanto dura. Você está certo, Alfonso. Seus hormônios estão bem protegidos. Ser esperta e dura não são atributos para uma mulher atrair os homens.
Alfonso desejava que fosse verdade. Infelizmente, seus hormônios masculinos não eram estimulados há tempos.
Claro que seu recente celibato era parte do problema, mas não o único motivo pela sua constante excitação. Os lábios cheios dela o atraíam demais. Sem falar no corpo, deliciosamente reprimido.
Sorriu duramente. Ela quase o pegara com aquele negócio de churrasco. De fato, começara a se preocupar com o que diria aos pais dela sobre seu passado.
Ainda que Alfonso gostasse da verdade, teria que mentir. A verdade faria com que quaisquer pais normais dissessem à amada filha para não se meter com ele, independente de quanto dinheiro estivesse envolvido!
A verdade também poderia fazer Anahi fugir dele. Precisava ter cuidado com ela, e perto dela, de muitas maneiras. Talvez não devesse encontrá-la até o casamento, diminuindo as chances de qualquer coisa acontecer, estragando tudo.
Era o que faria.
— A propósito, não posso ir ao banco na segunda de manhã. Passarei lá durante o dia para assinar o acordo.
— Ótimo.
— No sábado iremos comprar as roupas. Primeiro, preciso descobrir a programação de Helsinger. Mas, já podemos marcar a hora. Que tal às nove?
— Quer dizer que não nos veremos até então? O que aconteceu com fazer este noivado parecer real? Não devíamos passar algum tempo juntos? Jantar fora ocasionalmente? Visitar um ao outro?
Alfonso não conseguia pensar em nada pior. Tinha certeza que acabaria se descontrolando.
— Seriamente, não creio que Helsinger esteja vigiando. Um homem com o ego dele confiaria em seu julgamento pessoal. O que contará é o que faremos no iate, não o nosso comportamento antecipado. Vejo você no próximo sábado, Anahi. — E desligou.
Anahi ficou olhando para o telefone. Não ia vê-lo por uma semana inteira.
Seriam sete dias inteiros. E sete noites inteiras.
— Bom — murmurou, batendo o fone.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 14



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  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:33

    *-*

  • franmarmentini Postado em 19/12/2013 - 10:10:22

    que bom que deu tudo certo...amei o ultimo capítulo parabéns!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 24/11/2013 - 23:39:16

    Amando essa historia *----* quero mais posts, tadinho do Alfonso não é atoa que ele nao confia em nenhuma mulher com uma mãe dessas =/

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:32

    continua por favor!

  • franmarmentini Postado em 24/11/2013 - 18:39:15

    tudo tudo maravilhoso!!!!!!!!!!!

  • steph_maria Postado em 21/11/2013 - 23:37:07

    quero mais posts agora que a web tah esquentandoo *----*

  • franmarmentini Postado em 19/11/2013 - 00:30:49

    esses vão pegar fogo no iate kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk....pq a casa que tão va explodir ahaahahahahahah

  • franmarmentini Postado em 17/11/2013 - 08:54:24

    nossa...

  • anarbdfa Postado em 16/11/2013 - 21:21:50

    Posta mais!

  • franmarmentini Postado em 13/11/2013 - 09:39:35

    posta maissssssssssssss


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