Fanfics Brasil - Capítulo 7 Romeu&Julieta (New Version)

Fanfic: Romeu&Julieta (New Version)


Capítulo: Capítulo 7

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Percebi que alguém se aproximava de mim no escuro. Fiquei meia assustada; mais logo percebi que era ele. Me levantei e andei na sua direção.
- Você está atrasado.
Ele sorriu e me puxou pela cintura.
- Eu sei. Tive que resolver uma coisinha antes de vir. Você tá bem?
- Agora sim.
- Você se preocupa demais.
- E você de menos. Você não sabe como meu irmão tá depois do que aconteceu. 
- Eu não tenho medo dele Julieta. Eu sei me defender.
Fitei ele por alguns minutos me silêncio. Eu tinha perguntar.
- Foi você?
Ele me olhou confuso.
- Eu o que?
- Foi você que matou ele?
- Do que você tá falando?
- Um garoto morreu no tiroteio. Foi você que o matou?
- É claro que não Julieta. Eu mal participei daquela insanidade.- ele se afastou e me fitou.- Quem foi que te disse isso?
- Meu irmão.- respondi.- Ele tá atrás de você agora; ele disse que vai matar você do mesmo jeito que você fez com o David.
- Pode deixar ele vir. Não tenho medo dele.
- Pois devia.- respondi séria.- Você não sabe do que ele é capaz de fazer quando está com raiva. 
- Ele não também não sabe do que sou capaz de fazer.
Suspirei e me virei de costas pra ele. Aquela conversa não ia levar a gente a lugar nenhum. Caminhei até o carro e me encostei nele.
- Acho melhor você sumir por um tempo.- fitei ele.
- Eu não vou fugir.
- A questão não é essa Romeu. Ele vai caçar você até te encontrar e te matar. Você não entende.
- É você que não entende.- ele se aproximou de mim.- Eu cresci nesse mundo Julieta, sei muito bem cuidar de mim mesmo.
- Eu também cresci nesse mundo e sei do que pessoas como meu irmão são capazes de fazer por vingança.- me aproximei dele e o fitei.- Eu me preocupo com você; eu tenho medo Romeu, medo do que pode acontecer com você.
Ele me puxou pela cintura, deixando nossos rostos a poucos centímetros de distância.
- Coloca uma coisa na sua cabeça Julieta. Eu também sou um gangster, sei como são as coisas nesse mundo. 
- Mais...
- Shh!- ele colocou o dedo nos meus lábios, me silenciando.- Não quero mais falar disso. Eu sei que você tá com medo; mais não precisa se preocupar comigo.- ele sorriu.- Não vai se livrar assim tão fácil de mim.
- Ou você é muito burro ou...
- Ou eu te amo demais pra poder ficar longe você.- ele sorriu.
Sorri.
- Isso ainda vai matar você.
- Não me importo.- ele encostou a testa dele na minha.- Eu te amo!
Fechei os olhos e sorri.
- Também amo você!- disse baixinho.

-Eu tenho que ir pra casa.- disse me afastando.- Meu irmão não pode saber que eu sai.
- Fica só mais um pouquinho.- ele me puxou de novo.- Eu estava com tanta saudades de você.
Sorri.
- Não posso. Ele vai vir atrás de mim se eu demorar, e isso não vai ser nada bom.
Ele suspirou e revirou os olhos.
- Não se preocupe com isso agora. Ele não está aqui.- ele aproximou nossos rostos.- Mais nós estamos.
- Ro....
- Shh!- ele me deu um selinho, me fazendo calar.- Não fala mais nada não.
Não tinha como fugir daquilo. Ele me prendia de tal forma, que era impossível fugir dele.
Ele me encostou no carro e me beijou. Não foi um beijo como os outros; foi um beijo mais intenso, com mais vontade, mais caloroso. As mãos dele apertavam minha cintura, colando nossos corpos um no outro; deixei minhas mãos deslizarem pelas costas dele por baixo da camiseta preta que ele usava. Ele desceu os beijos para o meu pescoço, levando a mão por baixo da minha blusa. Senti as mãos frias dele passarem por minha barriga e subir na lateral do meu corpo até chegarem no meu sutiã.
- Romeu.- sussurrei no ouvido dele.
Ele mordeu minha orelha de leve.
- O que?- disse com a voz rouca.
- A gente tá na rua.- disse mordendo os lábios.
Ele parou de beijar meu pescoço e me fitou.
- Tem razão.- ele respirou fundo, mais não se afastou de mim.- Eu me esqueci desse pequeno detalhe.
Eu ri e envolvi o pescoço dele com os braços.
- Eu tenho mesmo que ir.- dei um selinho nele.- Desculpa.
Ele me segurou contra o corpo dele.
- Não quero que você volte para aquela casa.
- Mais é lá que eu moro.
- Foge comigo.
- O que? Ficou doido?
- Não. Sai daquela casa, foge comigo.
- E a gente vai viver de que?
- Não importa. Eu só não quero que você fique com aquele...cara.
- Aquele cara é meu irmão Romeu.
- Ele é perigoso.
- Ele nunca faria nada contra mim.- passei a mão no rosto dele de leve.- Não se preocupe, eu sei como lidar com ele.- sorri.
- Mas...
- Sem mais Romeu. Não vou discutir isso com você. Eu tenho que ir antes que ele volte pra casa.- me afastei dele.- Te vejo amanhã?
- Claro.
- Boa noite!
Ele me puxou pelo braço e me segurou pela cintura.
- Boa noite.- sussurrou antes de me beijar.

Dirigi de volta pra casa bem mais relaxada e feliz. Agora eu podia dormir tranquila, meu irmão nunca conseguiria me separar do Romeu. Estacionei na garagem e desci. A casa estava bem silenciosa quando entrei. As luzes estavam apagadas e os caras não estavam mais lá. Será que meu irmão já estava em casa?
Fui até o escritório dele; ninguém lá. Subi e chequei o quarto, os banheiros, todos os cômodos. Nada dele. Então os caras tinham ido embora sem a permissão dele. Isso ia dar uma confusão e tanto.
Fui até meu armário e peguei uma roupa confortável; entrei debaixo do chuveiro e deixei a água cair por meu corpo. Fiquei alguns minutos lá embaixo relaxando.
Me enxuguei e vesti minha roupa. Escutei um barulho estranho no andar de baixo. Ainda estava com a toalha enrolada na cabeça para secar o cabelo. Cheguei no topo da escada e olhei lá embaixo; vi um vulto indo em direção da cozinha.
- Ian?- chamei.
Ninguém respondeu. Desci alguns degraus; vi mais dois vultos passarem e irem na mesma direção do primeiro.
O que estava acontecendo ali?
Desci o restante dos degraus e fui até o interruptor. Estiquei o braço para acender a luz; senti uma pancada forte na cabeça e perdi os sentidos logo em seguida. Tudo ficou escuro e silencioso.

Minha cabeça doía e meus olhos estavam embaçados. 
- Droga!- resmunguei.
Passei a mão no rosto. Abri os olhos e olhei em volta. Eu estava no porão da minha casa; a luz estava apagada; consegui distinguir algumas silhuetas no escuro. Me levantei com uma certa dificuldade; meia tonta, me apoiei na parede e esfreguei os olhos.
A luz foi acesa de repente, fazendo minhas vistas doerem e lagrimejarem; tapei o rosto com as mãos.
- Finalmente você acordou.
Abri os olhos. Na minha frente, a pouco mais de meio metro de distância; meu irmão estava parado ao lado de uma cadeira de madeira; dois homens estavam com ele, cada um com uma 38 nas mãos.
- O que tá acontecendo?- perguntei confusa.- O que significa tudo isso Ian?
Ele me fitou; deu dois passos para o lado.
Tive que me apoiar na parede pra não cair no chão com o choque. Romeu estava amarrado na cadeira; estava com a cabeça baixa, provavelmente desmaiado.
- Romeu.- sussurrei fitando ele.
- Acho que você já conhece nosso convidado especial.- meu irmão disse.
Ele andou até uma mesa que tinha no canto e pegou uma garrafa de álcool; destampou a mesma e despejou o líquido na cabeça do Romeu. Ele acordou na mesma hora, assustado. Ele olhou para os lados confuso; seus olhos se encontraram com os meus.
- O que você tá fazendo?- perguntei fitando o Ian.- Como você...
- Foi fácil.- ele me interrompeu.- Ele é um idiota fraco.- ele jogou o resto do álcool no rosto do Romeu.
Fitei o Romeu; já estava ficando desesperada com tudo aquilo. 
- Eu nunca pensei que você seria capaz de me trair.- Ian me fitou.- Logo você; minha irmã, sangue do meu sangue.- ele se aproximou de mim.- Você me decepcionou muito Julieta.
- Ian, por favor. Eu não sei do que você está falando...
- NÃO MINTA PRA MIM.- ele gritou jogando a garrafa longe.- EU VI VOCÊS DOIS JULIETA; VI VOCÊ E ESSE VERME AOS BEIJOS.- ele cuspiu no rosto do Romeu.
Tentei me aproximar, mais os homens me seguraram pelos braços com força, me impedindo de ir adiante.
- Ian...- chamei.
Ele se virou e me fitou.
- Eu podia esperar isso de qualquer pessoa, menos de você. Você me apunhalou pelas costas Julieta. E isso eu nunca vou perdoar.
- Então, você que é o temível Ian?- Romeu disse de repente.-Você não me parece tão temível assim.- ele fitou meu irmão.- Na verdade você está dando dó.
Meu irmão deu um soco na cara dele; me fazendo dar um grito alto. Romeu cuspiu sangue no chão e levantou os olhos para meu irmão rindo.
- É o melhor que consegue fazer?
Meu irmão explodiu em um grito de fúria e partiu pra cima dele. Ele dava socos e chutes no Romeu.
- IAN PARA!- gritei tentando alcançá-los.- PARA!
Ele não me ouvia; continuava espancando Romeu como se ele fosse um daqueles sacos de areia de academias. Eu via o sangue espirrar da boca do Romeu, sujando o chão em volta da cadeira.
Aquilo era horrível. Eu não podia fazer nada para ajudar o amor da minha vida; eu só podia ficar ali e olhar enquanto ele apanhava até a morte.

- IAN PARA!- gritei desesperadamente.
Ele não me ouvia, continuava desferindo socos na cara e pelo corpo do Romeu.
- Por favor!- pedi chorando.
Ele parou; passou a mão no rosto e suspirou.
- Ele não parece muito machão agora.- ele segurou o rosto do Romeu.- O que foi, o gato comeu sua língua?
Os guardas do meu irmão riram.
- Isso é tudo...que você consegue fazer?- Romeu disse.- Que decepção. Eu esperava mais do grande e poderoso Ian.
Meu irmão armou outro soco.
- PARA IAN.- gritei.- JÀ CHEGA!
Ele abaixou a mão e se virou pra me fitar.
- Você ainda defende ele?- ele se aproximou de mim.- Tem coragem de ficar contra mim? Seu próprio irmão?
- Por favor.- disse baixinho.- Já chega! Você vai matar ele.
- Essa é a intenção. Você não sabe como eu fico decepcionado com você. Minha própria irmã me apunhalando nas costas. Que decepção Julieta.- ele suspirou.
- Eu não apunhalei você. Me desculpa Ian. Eu nunca quis te magoar assim eu...
- Chega!- ele exclamou.- Já chega de desculpas Julieta. Você me traiu da pior maneira possível.- ele se aproximou de mim.- Mais eu entendo que você cometeu um erro. Mais não se preocupe, eu vou consertar pra você.- ele se afastou de mim.
Fiquei observando enquanto ele pegava um fósforo e acendia.
- Meu Deus!- sussurrei.- Ian não.- tentei me soltar, mais os guardas me segurarão mais forte.- Por favor. Não faça isso.
Ele se aproximou do Romeu, olhando para a chama que tremeluzia em sua mão.
- O fogo purifica.- ele olhou para o Romeu.- Tá na hora de pagar por seus pecados.
- Não!
Juntei todas as minhas forças e me soltei; corri e fiquei na frente do meu irmão. Entre ele e o Romeu.
- Você não vai fazer isso Ian. Eu não vou deixar.
- Saia da minha frente Julieta.
- Você vai ter que me matar também.
- SUA IMBECIL!- ele gritou.
Não sei bem como aconteceu; só sei que senti a mão dele acertar meu rosto, logo em seguida eu estava no chão, o rosto ardendo com o tapa.
- COMO OUSA DEFENDER UM VERME DESSE? COMO OUSA FICAR CONTRA SEU IRMÃO? SANGUE DO SEU SANGUE?
Ele estava completamente fora de si.
- Ian...
- CALA A BOCA.- ele gritou.- CALA A MALDITA BOCA.
Me encolhi no chão.
- VOCÊ NÃO PODE FICAR DO LADO DELE. NÃO PODE!
Ele andou pela sala respirando com dificuldade.
Me virei e fitei o Romeu; ele estava com a cabeça baixa, sangue pingava de sua boca e nariz. Levei a mão no rosto dele e limpei um pouco do sangue de sua boca. Ver aquilo doeu muito em mim.
- Me desculpa.- sussurrei pra ele.
- Eu cuidei de você esse tempo todo.- meu irmão continuou.- Fiquei sempre do seu lado. Sempre cuidei de você.- ele me fitou.- E é assim que você me agradece? Cravando uma faca no meio do meu coração?
- Eu não trai você Ian.- disse me levantando.- Eu me apaixonei.
Ele riu sarcástico.
- Você não se apaixonou. Só está fazendo isso pra me contrariar.
- Não. Eu amo o Romeu; e não vou deixar você matar ele. Primeiro você vai ter que me matar.
Ele veio na minha direção; vermelho de raiva.
- Não me obrigue a machucar você.
- Você já machucou. Á mais de 7 anos atrás.- limpei o rosto.- Você não é ninguém pra falar sobre traição.
- Eu sou seu irmão.
- Não. Você não é meu irmão. Você é um monstro Ian. Um monstro que eu desprezo.
Ele ficou em choque com isso. Parou e ficou me fitando. Uma lágrima caiu no canto do olho dele.
- Tirem ela daqui.- ele disse.
- Eu não vou sair.- disse decidida.- Não sem antes você soltar o Romeu.
- Tirem ela daqui agora.
Os guardas dele se aproximaram de mim.
- Ian...
Os guardas dele me seguraram pelos braços e começaram a me puxar para fora do porão. Tentei resistir e fugir; mais eles eram mais fortes que eu.
Eles me arrastaram para meu quarto e me jogaram lá dentro; cai no chão.
- É melhor você ficar ai até seu irmão terminar lá embaixo.- um deles disse.
Me levantei; mais quando avancei para a porta eles a fecharam na minha cara. Bati na porta.
- IAN, ME TIRA DAQUI.- gritei.- POR FAVOR!
Comei a chorar de novo. Encostei na porta e escorreguei até o chão.
Escutei alguns barulhos no andar de baixo; a porta foi aberta; logo em seguida um carro saindo da garagem. Fechei os olhos e rezei para que nada acontecesse com o Romeu.
Limpei o rosto e tirei o cabelo do olho. Precisava ficar calma, precisava pensar. Respirei fundo. Mais a imagem do meu irmão espancando o Romeu veio a minha mente, me fazendo cair no choro de novo.
Aquilo não podia estar acontecendo comigo. Tinha que ser um sonho. Um pesadelo.



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Autor(a): paranoic4

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Mal vi o tempo passar; tomei um banho e fiquei sentada na minha cama pensando no que poderia ter acontecido com o Romeu. Estava ficando louca com o silêncio que tomou conta da casa; meu irmão tinha mandado trancar a porta do meu quarto pra eu não sair e tinha redobrado a segurança da casa. Fui até a janela do meu quarto e olhei para o jardim ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • severo_durkheim Postado em 17/08/2014 - 23:34:03

    Continue escrevendo !!....sobre a história Planeta maldito,eu perdi a minha senha da conta,então estou postando o planeta maldito nessa conta que eu estou comentando .....XD

  • ceehsilva Postado em 19/11/2013 - 01:37:31

    Que vontade de bater nesse cara..tao lindos RomeuJulieta

  • ceehsilva Postado em 15/11/2013 - 23:23:26

    Continue ou eu sequestro sua mãe e amarro o seu pai!

  • ceehsilva Postado em 09/11/2013 - 15:25:14

    continua


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