Fanfics Brasil - Capítulo 8 Romeu&Julieta (New Version)

Fanfic: Romeu&Julieta (New Version)


Capítulo: Capítulo 8

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Mal vi o tempo passar; tomei um banho e fiquei sentada na minha cama pensando no que poderia ter acontecido com o Romeu. Estava ficando louca com o silêncio que tomou conta da casa; meu irmão tinha mandado trancar a porta do meu quarto pra eu não sair e tinha redobrado a segurança da casa. Fui até a janela do meu quarto e olhei para o jardim. Tinha pelo menos uns cinco guardas ali, todos com armas nas mãos. Suspirei e voltei para dentro. Eu precisava dar um jeito de receber noticias.
Escutei um barulho no andar de baixo. Passos nas escadas. Logo em seguida a porta era destrancada e meu irmão entrou no quarto com mais dois guardas.
- Vamos conversar!- ele disse me fitando.
Um dos guardas ficou do lado de fora do quarto, enquanto o outro ficou ao lado do meu irmão.
- O que você fez com ele?- perguntei.
- Não se preocupe. Eu não matei seu queridinho.- ele disse com nojo.- Prefiro deixar ele vivo; assim posso me divertir um pouco mais.- ele deu um sorriso maléfico.- Mais eu não vim aqui falar disso.- ele se aproximou.- Vim falar sobre o que aconteceu aqui.
- Não tenho nada pra dizer.- disse me afastando dele.- Eu amo o Romeu e não vou desistir dele.
- Você não sabe o que tá dizendo Julieta. Você não conhece aquele cara como eu conheço.
- Não importa.
- Ele é um gangster.
- Você também é.
- Mais eu sou seu irmão. Sua família. Aquele cara é só um estranho. Ele matou o David.
- Não foi ele.
- Parece que ele já conseguiu colocar você contra mim.
- Do que você está falando?
- É isso que eles querem Julieta; que nós briguemos. Assim eu fico mais vulnerável e eles podem tomar conta da cidade.
- Você só pensa nisso não é? Só pensar em ser dono das ruas de Londres, em se vingar. A vida é mais que isso Ian.
- Eles mataram nossos pais Julieta. Eles merecem pagar por isso.
- Você sabe que não foi assim. 
- A culpa foi deles.- ele disse nervoso.- Só deles.
- Eles não teriam morrido se você não tivesse atraído os Titãs para aquela maldita ponte. Eles eram inocentes Ian; eles morreram em vão.
Respirei fundo e limpei uma lágrima que tinha caído. Falar sobre aquilo sempre me deixava daquele jeito.
- A culpa não foi minha. Eles,..
- Eles não Ian, você.- fitei ele.- Foi você que deixou eles naquela ponte, você os abandonou.- me aproximei dele.- E tudo isso só porque tinha acabado de descobrir que eles não eram seus pais biológicos; só porque eles não eram do seu sangue. Você é cruel Ian.
- Não diga uma coisa dessas. Eu os amava.
- Você tinha raiva Ian; raiva de ter sido enganado a vida toda. A única coisa que você queria era se vingar. E você acabou com a minha vida com essa vingança maldita.
Ele se afastou de mim; os olhos marejados.
- Eu não posso mudar o que aconteceu. Mais eu não vou deixar você cometer os mesmo erros que eu cometi Julieta. Você nunca mais vai ver aquele cara. Eu não vou permitir que ele chegue perto de você de novo.
- Você não pode fazer isso.
- Posso e vou. É para o seu bem.
Ele chamou o cara que estava com ele; eles saíram e trancaram a porta de novo.
Me sentei na cama e deixei que as lágrimas caíssem.

Devo ter chorado horrores naquela cama; quando me levantei senti que meus olhos mal ficavam abertos de tão inchados que estavam. Fui até o banheiro e lavei o rosto com a água da pia; levantei a cabeça e fitei meu reflexo no espelho.
- Você precisa ficar calma agora.- disse a mim mesma.- Tem que ser forte pra aguentar o inferno que está por vir.- peguei uma toalha de rosto e passei na cara.- Ok.- suspirei.- Você precisa de um plano. Um plano muito bom.
Sai do banheiro e fiquei andando pelo quarto pensando no que poderia fazer para descobrir que destino o meu irmão tinha dado para o Romeu. Rui todas as minhas unhas pensando em alternativas seguras de me comunicar com o mundo exterior. Depois de andar vários minutos de um lado para o outro, me sentei na cama suspirando.
- Não adianta; eu não sei como vou conseguir notícias dele.- suspirei e me deixei cair no colchão.
Peguei o celular, mais pensei melhor.
- Meu irmão já deve ter dado um jeito de grampear ele, e todos os telefones da casa.- joguei o mesmo longe e me sentei, frustada.
Quem eu queria enganar? Eu NUNCA conseguiria sair daquela casa de novo; meu irmão tinha sido bem claro quando disse que eu nunca mais veria o Romeu de novo. Não tinha como eu sair dali, não tinha como eu fugir daquele inferno. E o pior de tudo; não tinha como eu salvar o amor da minha vida.
A ideia de que ele poderia estar morto me atormentava a mente. Eu não podia aceitar aquilo; eu tinha que acreditar que ele estava bem. Caramba, ele é um gangster. Deve estar acostumado a levar surras por ai.
Escutei passos na escada; a porta foi destrancada e meu irmão entrou.
- Pra fora!- ele disse.
- O que?
- Eu disse para fora.- ele repetiu.- Essa noite você não vai dormir aqui.
Me levantei assustada.
- Como assim? O que você vai fazer comigo?
Ele não respondeu. Deu sinal para que dois de seus guardas entrassem; eles me pegaram pelos braços e me guiaram para fora do quarto. Eu não sabia o que ia acontecer comigo. Mais estava com muito medo de descobrir.
Eles me levaram para o porão da casa; me jogaram lá dentro e fecharam a porta á chave.
Fiquei parada no escuro, olhando para o único ponto de luz do lugar: uma pequena fresta na porta. O medo crescia dentro de mim.
O que ia acontecer comigo agora? Do que meu irmão era capaz pra me ver longe do Romeu? Será que ele me mataria?
Escutei barulhos na casa; me aproximei da porta e encostei meu ouvido na mesma. Parecia que eles estava quebrando alguma coisa no andar de cima; o barulho era muito alto. Escutei alguém arrastando alguma coisa pela casa, uma furadeira foi ligada.
O que estava acontecendo aqui?
Me afastei da porta e olhei em volta. Eu sabia que tinha um interruptor em algum lugar na parede. Sai apalpando as paredes até finalmente encontrar o interruptor. Liguei a luz. Um facho de luz fraca saiu da lâmpada e iluminou o porão.
A cadeira em que eles tinham amarrado o Romeu ainda estava ali. As manchas de sangue eram visíveis no chão. Me encostei na parede e escorreguei o corpo até chão; abracei as pernas com os braços e apoiei o queixo nos joelhos.
O barulho no andar de cima continuava.

A porta foi aberta de repente, fazendo a luz invadir o porão. Me assustei e me levantei rapidamente; meu irmão estava parado na porta me fitando.
- O que você vai fazer?- perguntei me afastando até a parede.
Ele não disse nada, apenas andou até mim e me segurou pelos braços.
Me arrastou para fora do porão e pela escada.
- O que tá acontecendo?
- A partir de hoje você não sai mais dessa casa sem mim.- ele disse destrancando meu quarto.- Não quero saber de você ficar pendurada no telefone e nem recebendo visitas indesejáveis.- ele abriu a porta e me empurrou para dentro do quarto.- A partir de hoje, você será vigiada 24 horas por dia.
Olhei em volta. Meu quarto estava uma bagunça; ele tinha mandado colocar grades de ferro na minha janela.
- Isso é sequestro sabia?
- Não importa o que isso seja. Você vai ficar longe daquele marginal de qualquer jeito.
Então ele não tinha matado ele? Uma onda de alívio tomou conta do meu corpo. Ele estava vivo.
- Você só sai desse quarto quando estritamente necessário. Escutou?
Balancei a cabeça concordando.
- Ótimo. A porta vai ficar fechada o tempo todo, só pra garantir que você não vai fazer besteira.- ele andou até a porta, parou e me fitou.- Sinto muito que as coisas tenham chegado a esse ponto.
Ele saiu em seguida trancando a porta.
Então agora eu seria uma prisioneira na minha própria casa?
Suspirei e me deixei cair em um puf. Pelo menos o Romeu ainda estava vivo. E se isso fosse manter meu irmão longe dele, eu faria tudo que o Ian quisesse. Eu me afastaria do Romeu pra sempre.
Olhei pela janela e suspirei.
A noite foi longa; eu não conseguia parar de pensar no que o meu irmão poderia ter feito com o Romeu. Quase não dormi durante a noite; acordei antes mesmo do sol nascer.
Me sentei na cama e olhei pela janela através das grandes grades de ferro. Ainda tinha estrelas no céu, e estava escuro também. Suspirei e me levantei; vesti um hobby e fui até a janela. A luz fraca do poste que tinha na calçada lançava uma luz tênue pelo jardim; dando um ar meio fantasmagórico pra ele. Encostei minha testa na grade fria e fechei os olhos.
Como eu queria ter minha mãe de volta; queria que ela estivesse ali comigo, ela saberia exatamente o que dizer. Uma onda incontrolável de lembranças invadiu minha mente.
Eu e minha mãe no jardim brincando de casinha; eu e minha mãe em frente ao espelho nos maquiando; eu e minha mãe correndo no parque; eu e minha mãe no espetáculo da primeira série. 
Em todas as lembranças ela aparecia rindo e feliz. Mais de repente tudo mudou.
Estávamos dentro do carro do meu pai e chovia muito. Eu não me lembrava do nosso destino; só sabia que era tarde da noite quando meu pai me acordou e mandou eu me vestir. Tudo estava confuso, meu pai e minha mãe estavam tensos.
Paramos em uma ponte, na saída da cidade. Meu pai saiu do carro; a chuva me impedia de ver o que estava acontecendo.
Então veio o barulho, alto, ensurdecedor e assustador. Um tiro. Minha mãe saiu do carro correndo e me tirou do banco de trás; a chuva logo me deixou encharcada.
Depois disso só me lembro de correr no meio da chuva e me esconder atrás de uma pilastra. Vi meu irmão de longe. E vi o que ele fez.
As lágrimas tomaram conta dos meus olhos e rosto; passei a mão limpando-as e voltei para a cama.
Ficar remoendo o passado não mudaria em nada o presente. Eu precisava ser forte, precisava me controlar. Eu não ia deixar que o Ian acabasse com a minha vida de novo; não ia deixar ele matar mais uma pessoa que eu amava. Eu seria capaz de tudo pra impedi-lo.

Meu irmão cumpriu a promessa dele. Eu não sai nem por um segundo de dentro do meu quarto; ele me trouxe comida e água á tarde e voltou a trancar a porta.
Mal toquei na comida; não conseguia comer, nem beber nada. Parecia que tinha um nó na minha garganta. Eu estava me sentindo a própria Rapunzel, trancada em uma torre guardada por guardas e um dragão.
Fui até a janela e olhei lá para fora. Tinha pelo menos três guardas na minha janela, eles pareciam cães de caça.
Voltei pra cama e me sentei.
O que eu podia fazer agora? Eu estava presa na minha própria casa; se eu tentasse sair com certeza levaria um tiro na cabeça. E eu ainda não tinha nenhuma notícia do Romeu. Me deitei e suspirei.
Eu precisava fugir. Mas como?

Escutei um barulho na janela do quarto; tentei ignorar e me virei para o lado. O mesmo barulho se repetiu duas vezes. Suspirei e me levantei; acendi a luz do quarto e fui até a janela. Os guardas não estavam lá; provavelmente estavam dormindo em algum canto escondido. Vi uma pedra vindo em direção da janela e bater no vidro.
Olhei com mais atenção para a escuridão do jardim.
Vi um vulto sair detrás de uma árvore.
- Mike?!- exclamei.
Ele andou até ficar de baixo da janela e fez sinal pra eu descer. Eu não podia gritar, se não eu acordaria os guardas. Peguei um caderno e um lápis, eu tinha que me comunicar, pedir ajuda.
Escrevi no papel: ``Não posso descer, estou presa!"
Ele fez careta e fez sinal pra eu esperar; ele sumiu no meio das sombras do jardim.
Fiquei na frente da janela, ansiosa e nervosa.
Por que ele estava demorando tanto? Onde ele tinha ido? Será que os guardas encontraram ele?
Minha mente não parava.
Bati as unhas no parapeito da janela, nervosa. Quando estava quase desistindo, ele voltou. Suspirei aliviada.
Ele levantou um pedaço de papel.
``Vou tirar você dai!"
Fiz sinal perguntando como. Ele escreveu: " Se for preciso eu invado sua casa e te sequestro!"
Ri baixinho e peguei um papel.
Escrevi:" Como o Romeu tá?"
Ele demorou alguns segundo para levantar outra placa.
" Nada bem!"
Droga! Me desesperei quando vi aquilo escrito. Ele levantou outro papel.
" Mais não se preocupe, estamos cuidando dele!"
Escrevi: "Onde?"
Ele escreveu: "Bem longe, em um lugar seguro!"
Suspirei aliviada e agradeci. Ele ficou parado lá por um tempo, sem dizer mais nada, apenas olhando para os lados. 
O que ele tava fazendo?
Cheguei mais perto das grades. Ele me olhou e sorriu.
"Tive uma ideia." Ele escreveu. "Me espera ai, já volto!"
Quando pensei em dizer alguma coisa ele já tinha sumido de novo. Suspirei e me sentei no parapeito da janela, o único jeito era esperar.

Ele voltou cinco minutos depois, com uma escada. Me assustei quando vi aquilo.
- O que você tá fazendo?- perguntei pra ele.
Ele não respondeu. Colocando a escada na lateral da minha janela ele começou a subir lentamente. Fiquei olhando aquilo sem acreditar. Em poucos minutos ele estava parado na sacada do meu quarto, ofegante e com um sorriso no rosto.
- Você é louco!- disse rindo.- E se alguém pegar você aqui?
Ele deu de ombros.
- Quem foi que colocou essas grades?- ele perguntou.
- Meu irmão. Ele disse que não saio desse quarto sem a permissão dele.
- Isso é cárcere privado. É crime!
- Eu sei. Mais ele não se importa com isso.- suspirei.
- Você tá bem?
- To. Só muito preocupada.- me aproximei da grade.- Como ele tá? Tá muito machucado?
- Não vou mentir pra você.- ele disse.- Ele tá péssimo. Quando encontramos ele, pensamos que ele estava morto. Seu irmão acabou com ele.
Fechei os olhos e respirei fundo. Não podia perder o controle agora.
- Você pode dar um recado a ele pra mim?
- Posso tentar. Quando sai de lá ele ainda estava desacordado.
- Só diz a ele que eu sinto muito. Diz que eu nunca mais vou deixar meu irmão machucar ele.- engoli o choro.- Diz a ele que eu vou me afastar dele.
Ele me fitou surpreso.
- Tá falando sério? Você não pode fazer isso.
- É o único jeito do meu irmão ficar longe dele. É o único jeito dele ficar vivo Mike.
- Vou não pode desistir Ju.
- Só dá o recado, por favor!
- Tá bom. Se é assim que você quer.
- Acredite, não é o que eu quero. Mais é preciso.
- A gente tem que dar um jeito de tirar você daqui.
- Não se preocupe comigo. Cuide pra que ele fique bem.
Ele segurou minha mão através das grades.
- Nós vamos dar um jeito nisso Ju. Vamos arrumar essa bagunça. Eu prometo.
Sorri de lado. Só de saber que tinha alguém em quem eu podia confiar cuidando do Romeu, já me deixava mais leve.
- É melhor você ir.- disse.
- Eu vou voltar.- ele disse.- Prometo que te tiro daqui.
Sorri.
Ele desceu a escada, pegou a mesma e sumiu na noite.
Olhei pra o céu e suspirei. Ele ia ficar bem, era nisso que eu tinha que acreditar.



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Autor(a): paranoic4

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 4



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  • severo_durkheim Postado em 17/08/2014 - 23:34:03

    Continue escrevendo !!....sobre a história Planeta maldito,eu perdi a minha senha da conta,então estou postando o planeta maldito nessa conta que eu estou comentando .....XD

  • ceehsilva Postado em 19/11/2013 - 01:37:31

    Que vontade de bater nesse cara..tao lindos RomeuJulieta

  • ceehsilva Postado em 15/11/2013 - 23:23:26

    Continue ou eu sequestro sua mãe e amarro o seu pai!

  • ceehsilva Postado em 09/11/2013 - 15:25:14

    continua


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