Fanfic: A não tão incrível vida de Lola

Era um simples “Oi” mas bom ja fazia bastante tempo que a gente não se falava, na verdade me lembro bem que ano passado - quando  eu fazia de tudo pra ele me notar- ele nem respondia minhas mensagens, começamos a conversar e quando ele soube quem era, ele ficou bem feliz e porque não ficaria? Ele tinha pedido pra ficar comigo de novo, a gente podia fazer um encontro a 4. Eu e ele a Malu e o Pedro, mas a Malu estava com o Bruno. Depois do” eai, tudo bem?” “e as novidades” eu contei que estava sozinha em casa, que minha mãe tinha ido viajar e que meu pai, bom ele ja tava dormindo a horas, ele pergunto se podia subir aqui em casa e quando eu digo subir é subir é literalmente subir, a gente morava na mesma rua, o que era bem legal. 

Minha primeira reação, foi não pensar em nada, como eu ja disse eu achei que tinha superado ele o Arthur tinha me ajudado a esquecer ou pelo menos tentou. O que eu faria? Deixaria ele vim em casa mesmo correndo o risco do meu pai descer no portão as 22:00 horas e ver nos dois juntos? Não eu não podia dar uma de tão fácil, eu ja tinha dado um fora nele, mas depois do que aconteceu ano passado isso ia ser o suficiente? Eu lembro que ele ficava abraçando a Karen na minha frente e depois perguntava se estava tudo bem me abraçando, minha vontade era de gritar “NÃO, NÃO ESTÁ, PORQUE VOCÊ FICA ABRAÇANDO ELA NA MINHA FRENTE?”, mas porque eu faria isso? Ele me acharia uma louca varrida, com certeza ele diria ” Pera ai, a gente não tem nada, posso abraçar quem eu quiser”. Ele passo umas duas horas tentando me convencer a deixar ele subir, quando era umas 00:30 eu liguei pra ele……

Quando ligavam pra ele tocava “Diamonds” da Rihanna, Como era mesmo a parte que tocava “So shine bright, tonight, you and I, We’re beautiful like diamonds in the sky, eye to eye, so alive, We’re beautiful like diamonds in the sky, Shine bright like a diamond”… Tocou umas duas vezes e ele atendeu.

- Oi, tudo bem?

- Jura que você quer vim agora aqui em casa?

- Sim, algum problema?

- Ja é tarde.

- Se você tivesse me deixado ir no começo da conversa eu ja taria ai a muito tempo.

- Mas meu pai ta aqui e outra o portão ta trancado.

- Ele nem vai perceber e você pode abrir, pega a chave ai.

(tento controlar o sorris bobo do meu rosto)

- Não da, a gente se fala depois.

- Era só isso?

- Era sim, boa noite.

- Boa noite.

 Ficamos os dois no telefone por mais alguns segundos, acho que era uma dose a mais de esperança pra nos dois, no meu caso, eu estava tentando mostrar que eu me importava e que não era o caso de eu não estar nem ai. Ele bom, acho que ele só estava esperando que eu mudasse de ideia e pedisse pra ele subir. Depois de segundos que pareciam horas eu desliguei, quando estava fechando a porta da cozinha, meu pai acordou e eu menti, dizendo que estava pegando aguá, depois disso eu fui dormir, com um sorriso tão grande que mal cabia no rosto.