Fanfic: Amor Demoníaco~*~D&C~*~ [Terminada]

-Uau. Está perto
de nascer, não é Mai? -Dulce perguntou encantada, tocando na barriga voluptuosa
da amiga.

-Se seguir nossos
planos... daqui a duas semanas Georgina ganha um irmãozinho. -Christian
comunicou, orgulhoso.

-Pode nascer
outra menininha, não esqueça. -Maite comentou, tocando na própria barriga.

-Vai ser bem
vinda do mesmo jeito. -Christian deu um beijo na barriga da morena, e Dulce
sorriu.

-Que papai mais
babão. -Brincou.

-Acho que eu no
seu lugar estaria pior. -Joan disse a Christian. -Quando se trata de crianças
eu viro um tio coruja.

-Eu volto já.
-Christopher pediu, levantando-se do sofá e se afastando. Dulce levantou o
rosto na mesma hora, acompanhando-o com o olhar.

Ficaram mais
alguns minutos ali, falando de crianças, quando Maite ergueu-se com a ajuda do
marido.

-Dul, quer vir
comigo até lá em cima dar uma olhada em Georgie? Nós voltamos já. -Disse aos
dois homens, já puxando Dulce para subir as escadas.

-Ela está
dormindo? -Dulce perguntou inocentemente. -Não queria ir embora sem dar um
beijo na minha afilhada.

-Ela deve acordar
daqui a pouco. -Maite sorriu, entrando no quarto da pequena filha. Uma das
criadas estava no quarto, e a morena mandou-a sair.

Dulce estava
debruçada na caminha da menina de cabelos negros, que dormia profundamente
virada de bruços, quando Maite falou:

-Então? O que
está havendo? Você e Christopher brigaram?

Dulce voltou-se,
surpresa.

-Não. Por quê?

-Desde que vocês
dois entraram ele está estranho. Não falou quase nada. E agora deve estar no
jardim da casa, sozinho.

-Eu não sei. Ele
estava bem hoje de manhã. -Dulce respondeu confusa. -Na realidade, ele anda
passando por alguns problemas nesses últimos meses... anda tendo pesadelos com
a irmã... não está dormindo direito. Anda trabalhando demais.

-Hum. -Maite
assentiu. -Mas não faz sentido ele ter acordado bem hoje, e estar desse jeito
agora.

-Eu também acho.
Mas não sei o que aconteceu.

-Será que não é
por causa de Joan? -A amiga arriscou. -Não me leve a mal, Dul, eu adorei seu
primo. E pelo visto ele e Christian se deram muito bem, devem estar nos maiores
papos lá embaixo... mas desde que chegou você só tem olhos para ele.
Christopher pode estar se sentindo um pouco deslocado. E pelo fato de Joan ser
tão extrovertido, e ele ser fechado, também não ajuda muito a um gostar do
outro.

-Você acha? -Dulce
arregalou os olhos. -É melhor eu ir procurá-lo.

-Vá. -Maite
assentiu. -Veja o que Christopher tem e nos encontre para almoçar.

Dulce confirmou
com a cabeça e saiu do quarto. Estava no meio das escadas quando Joan apareceu,
abraçando-a e beijando-a na testa.

-Estava indo
procurar você.

-Só fui dar uma
olhada na minha afilhada. -Dulce sorriu.

-Escute, Dul...
acho que seu marido não gostou muito de mim. -Joan disse, incerto, ainda com as
mãos na cintura fina da ruiva. -Pode ser ciúmes de marido, mas acho melhor você
ir falar com ele. Ele não parece muito bem.

-Ciúmes? -Dulce
franziu a testa. -De mim e de você? Não acho... mas porque disse que ele não
parece bem? Ele já voltou para a sala?

-Dulce! -A voz
ricocheteou pela escada.

Dulce e Joan se separaram
na mesma hora e olharam para o pé da escada, onde um Christopher de ar
tempestuoso os encarava.

-Vou voltar para
o... -Joan indicou o outro cômodo, olhando para Dulce. Desceu as escadas e
passou por Christopher, que o encarou com um olhar não muito amigável.

Dulce suspirou e
desceu também. O marido não a esperou e saiu na frente, na direção da grande varanda
que ficava do lado de fora, internamente, da casa.

Ele parou de
costas. Os ombros largos tapando grande parte da luz, as mãos no corrimão de
madeira. Dulce chegou e fechou a porta da varanda para que pudessem conversar
mais à vontade. Virou-se para frente, hesitante perante o silêncio de
Christopher.

-Chris?
-Murmurou, desejando ver seu rosto, mas ele ainda estava de costas para ela.
Aproximou-se lentamente, abraçando-o por trás e beijando-o pelo ombro. -O que
foi?

-O que foi? -Ele grunhiu, mas sem
afastar-se do abraço. -Talvez queira que eu vá embora para que possa ficar o
resto do dia na presença daquele homem que faz seus olhos brilharem tanto?
Sinceramente, estou sentindo como se minha presença aqui fosse inútil, ou
transparente.

-Não diga isso!
-Dulce repreendeu. -Joan é meu primo, Christopher. E não fale como se estivesse
acontecendo algo mais que isso, porque vai me ofender.

-Ele ser seu
primo não quer dizer absolutamente nada! -Christopher disse em voz alta,
virando-se. Dulce viu que ele estava realmente furioso. -Quantos casamentos
existem em que os casais são primos?

-Mas é diferente.

-O que é
diferente? Vai negar que ele seja uma espécie de primeiro amor da sua vida e
que você está absolutamente encantada em vê-lo de novo? Talvez você não
quisesse casar quando me conheceu, por estar apaixonada por seu primo... só
agora eu me dou conta.

-Não é nada
disso! -Dulce irritou-se. -Joan nunca foi meu amor. Nem primeiro, nem segundo.
Meu primeiro amor foi você. -Cuspiu
as palavras. -Não vou mentir e dizer que não estou muito feliz de tê-lo
encontrado novamente... mas somente pelo fato de todas as lembranças que eu
tenho com ele, são boas. Na verdade, as melhores lembranças da minha infância e
começo de adolescência são com Joan. Ele era meu melhor amigo. Desejei ter a
presença dele em muitos momentos... inclusive quando me casei com você. Mas
nunca foi mais que isso.

-E como pode
saber o que ele sente por você? -Christopher perguntou com frieza.

-Porque eu sei.
Ele me vê como uma irmã mais nova. A irmã que ele nunca teve.

-Não foi o que
pareceu nas duas vezes que eu os vi
abraçados. -Resmungou com sarcasmo.

-Ah, então é
isso. -Dulce deixou o semblante mais leve. -Tudo isso se trata de ciúmes? Maite
estava certa.

-Tenho motivos
para ter ciúme? -Ele a desafiou.

-Nenhum. -Dulce o
encarou com frieza. Ficaram se olhando por vários segundos, até que a ruiva
relaxou e aproximou-se, encostando a cabeça no peito de Christopher.

Ele ficou
enrijecido nos primeiros instantes.

-Você sabe que
não precisa, Christopher. Meu amor é você. Já está cansado de saber. Sua
insegurança em relação a mim tinha diminuído... porque está assim agora?

-Não sei. -Ele
admitiu. Dulce ergueu os olhos para ele, observando as sombras escuras nos
olhos do marido. Ergueu uma mão pequena e circulou aquela área com os dedos,
carinhosa.

-Anda dormindo
direito, meu bem? Os pesadelos pararam?

-Diminuíram. -Ele
suspirou. -Mas ainda os tenho. Queria que isto parasse.

-Vai parar.
-Dulce fez um carinho no maxilar dele. Sentiu que Christopher já relaxara no
abraço e seus olhos estavam menos duros ao fitá-la. -Sabe o que eu acho? Que
você anda trabalhando demais. Anda se estressando à toa, ficando nervoso... as
razões dos pesadelos podem ser essas.

-Talvez.

-Não quero que
você fique bravo comigo. -Dulce encaixou a testa na clavícula masculina,
aspirando o perfume delicioso que Christopher tinha.

-Não estou,
Dulce. Desculpe. -Ele rodeou-a com os braços fortes. -Acho que estou mesmo
exagerando.

-Você iria gostar
de Joan se fosse mais receptivo. -Dulce comentou. -Ele é uma pessoa muito
simpática, é fácil gostar dele. Christian gostou. Eu sei que você ainda tem
problemas em se relacionar com as pessoas, ser mais aberto... mas precisa
tentar, meu amor.

Christopher
hesitou, fazendo pequenos círculos nas costas de Dulce... círculos que estava
começando a arrepiá-la e deixá-la nervosa.

-Tudo bem. Está
certa.

Ela voltou a erguer
o rosto. Christopher a encarou, com aquele olhar maldoso e faminto, e beijou-a.
Tinha a mão pousada na garganta da ruiva, sentindo a pulsação acelerada sob a
pele delicada e suas suaves ingestões de saliva.

Dulce sentiu a
língua quente dele circular em sua boca e chocar-se com a sua própria. A boca
dele era violenta, mas ao mesmo tempo gentil, envolvendo os seus pequenos
lábios... forçando-os a abrirem no mesmo ritmo que os dele.

-Te quero
novamente. -Christopher disse sem nenhum puder, observando o rosto delicado.
-Isso nunca vai parar, será possível?

-Espero que nunca
pare. -Ela foi sincera.

Ele riu
roucamente. Naquele minuto, alguém abriu a porta da varanda. Eram Maite e Joan.
Christopher pôs o ombro largo na frente de Dulce, como que para ficar na frente
e protegê-la do olhar do outro. Dulce lhe segurou a cintura, fazendo uma
pressão como se pedisse para ele se acalmar. Christopher hesitou.

-Vejo que fizeram
as pazes. -Maite sorriu.

-Nunca estivemos
brigados. -Christopher abraçou Dulce pelos ombros e olhou a esposa como um
tigre observa sua presa.

-Ótimo. -Maite
não pareceu ficar sem-graça. -O almoço está na mesa. Vamos?

A morena se
afastou e Joan ia segui-la, após dar um pequeno sorriso a Dulce, quando
Christopher chamou:

-Joan.

-Sim? -O ruivo
parou, enfrentando-o.

-Quero... pedir
desculpas de cheguei a ser grosseiro. -Christopher disse lentamente, parecendo
fazer um esforço para dizer as palavras como se elas doessem. Dulce sorriu de
orgulho. -Não foi minha intenção. É que ando com coisas demais na cabeça.

Joan pareceu em
choque por um momento, e depois sorriu, estendendo a mão.

-Não tem
problema.

Daquela vez,
Christopher retribuiu o cumprimento e apertou a mão do ruivo.

O almoço foi num
clima muito mais leve. Christopher participou da conversa, não se mostrou
taciturno e fechado como quando chegara. Na hora do café, Maite teve que subir,
pois Georgie acordara, e Dulce e Christian foram para o lado de fora resolver
algo com um dos criados, Maite pedira que Dulce fosse... deixando rapidamente
Joan e Christopher.

-Então além de
primo... é o melhor amigo de minha esposa. Estou certo?

-Isso mesmo.
-Joan acrescentou creme no seu café. -Tenho um carinho muito grande por essa
mocinha, desde criança.

-Nunca namoraram?

-Não. -Joan riu.
-Dulce é como minha irmã caçula. Quando ela brigava com Fernando... e o clima
em casa ficava pesado... ela vinha me procurar.

-Gostaria de ter
estado com ela. -Christopher disse, sério.

-Você está agora.
-Joan sorriu. -E pelo que ouvi falar, não só agora... há algum tempo.

Christopher
assentiu.

-Você a ama de
verdade, não? -O ruivo sorriu.

-Ela é a minha
vida. -Christopher respondeu num tom mais rude do que pretendia. Joan não
pareceu se ofender.

-Ótimo. Dulce não
merece menos que isso. É uma criatura especial demais. Sempre me preocupou o
fato dela ser sozinha... ter um pai daqueles, e uma mãe ausente. Tive medo do
tipo de casamento que Fernando arrumaria para Dulce. Quis manter contato, mas
ele nos afastou. Agora eu posso morrer tranqüilo. -Sorriu. -Pelo que já pude
notar, você dá a vida e mata, por ela.

-Sem pensar duas
vezes.

-Dulce move
nossos instintos protetores de forma violenta, não é? -Joan deu um sorriso
compreensivo.

-Vejo que estão
se dando bem. -A pequena ruiva apareceu, indo na direção do marido para
sentar-se ao lado dele. Christopher ergueu um braço para que ela pudesse
enroscar-se no seu peito.

-Sim. Acho que
nos entendemos. -Joan assentiu, divertido.

Dulce ergueu os
olhos para Christopher e pôde notar, pela sua expressão, que ele já começava a
gostar mais de seu primo... mesmo que nunca fosse admiti-lo.

Bom gente eu só quero avisar que o próximo poste vai ser o último capítulo... Então por favor COMENTEM, comentem muuuuuuuuuuuuuuuuuito o máximo que seus dedinhos conseguirem !

Bjinhos gatitas COMENTEM !!`